A arte da fotógrafa, cineasta e artista
visual inglesa Friedl Kubelka. Veja
mais abaixo.
PROEZAS DO BIRITOALDO - VIII - Quando o Balde Tá Entupido, a Topada Leva a Merda Pro Ventilador - Não aliviando um só centímetro nas suas aprontações, Biritoaldo foi atanazando quem surgisse pela frente, até bater o seu próprio recorde reinando durante as comemorações do aniversário de Zé-cabelo-de-cu-de-pato, um famoso festeiro da região. Gostar de pagode como Birito gostava, ôxe, era folgar anistia para apenado. A festança do Zé-cabelo só perdia prestígio para a festa da padroeira do lugar e o anfitrião reunia economias e donativos durante o ano inteiro para com, a chegada da data, a cada ano, a aglomeração aumentasse para chegar ao Guiness Book. Eita! Num era prá menos não, era um estrondo prestigiado mesmo, pois, justamente por ser o patrocinador do evento um afamado pai-de-santo requisitado pelas necessidades de gente até do exterior. Até a televisão da capital cobria ao vivo o mais inusitado dos aniversários, carregado de um ritual fora de qualquer compreensão humana. Para se ter idéia das proporções que tomava, todo mundo havia sido convidado para a efeméride, de se mensurar que era gente saindo pelo ladrão, mesmo. Gente encangado, espremido, tinha hora até de um não saber o que era dele ou do outro. - Eita! Sou eu ou tu? Num sei mais... - Êpa! Essa pêia é minha, larga!!! - Vôte! Quem foi o nojento que me tirou uma dedada agora no furico, hem? Apareça se for homem, vá! - Ôxe, perdi a virgindade num arroxado desse, meu! - Danou-se! Minhas pregas voaram, alguém achou? Era mesmo: gente como a praga! A residência do ineivado estava verdadeiramente tomada por uma mundiça oriunda de todas as partes da cidade e doutras até. Um cenário reluzente para uma doidice esquisita que, com certeza, ficaria nos anais da fofocagem por séculos e milênios. Todo ano o regabofe passava das medidas e deixava um motivo para falácias de causar inveja a qualquer escândalo nacional ou extravagância de bilionário. Havia até uma preparação de ânimos e indumentárias para se amostrar, iniciado meses antes pelos mais insólitos sujeitos. Até quem destestava, sem menos esperar, tava lá escafedido. De autoridade a esmoler, tudo na maior presepada. Durante a lambança se sacrificavam animais ingerindo o sangue dele em honra de um orixá lá que protegia a tesão dos marmanjos, num permitindo do sujeito ficar caiando na hora agá; se descabaçavam donzelas escolhidas a dedo pelo babalorixá e, depois, comiam tira-gosto com o cabaço das imoladas; expunham-se coleção de pregas dos cús presentes, bem como, ao lado, o respectivo teste da goma, comprovando a veracidade testemunhal da homência dos dali, excetuando-se os pirôbos que se resguardavam da competição mode não serem execrados pela corja. No carnaval todo, a mundiça rezava durante mais de hora todas as orações conhecidas e enigmáticas inventadas na hora, não sei quantas vezes o pai nosso era exigido com os devotos todos de cú pra cima para que o devotado pudesse completar a proteção. Depois disso, incitavam uns aos outros a beber de todo tipo de bebida e ingerir comida vária, de insetos até filé mignon, a ponto de, sem poder se segurar em pé na comemoração, entoarem, completamente desafinados o hino do bloco deles, o Arrocha Putada! Hino criado para homenagear o santo, garantindo uma pêia dura do sujeito pro resto da vida toda. Nossa, era um verdadeiro cerca-Lourenço, só babel! A festa era de arrombar a noite, varando a madrugada, entrando pelo dia e, com fôlego, de novo noite adentro só se findando quando ninguém mais ficava em pé, o que demorava acontecer. Era tanta gente chegando e renovando os presentes, tendo, um ano desse dos passados, virar tres dias e tres noites encarreadas, sem intervalos nem refugo. É uma cachaceira do mijado brabo virar cachoeira de afogar neguinho abstêmio. - Eita, aquele bebeu mijo. Se viver, num terá doença nenhuma; se morrer, tá lascado, vai feder mais que cachorro sarnento! E tome mé! Era copo lambuzado, garrafas esvaziadas e desmaiadas pelos cantos; olhos trocados, meio-mundo estrábico, conversa mole sem-pé-nem-cabeça; soluço, arroto e cusparada. A vigilância sanitária sempre intervinha fiscalizando a gororoba servida, mas findava imergindo com o corpo de bombeiros no meio da troça lavada. Mesmo quando um passava da conta incendiado com a carraspana, era afogado num tonel de mijo para apagar o fogo. Ficava novinho e botava o jipe pra pegar de novo com tração nas quatro rodas, numa talagada de cinco dedos da branquinha. Bebiam com vontade mesmo. Nego embeiçava no gargalo da queimadenta! No auge da comilança surgem os despropósitos só justificáveis pela zonzice da bebedeira, até inventarem uma porrinha entre os adeptos etílicos, pra ver quem agüentava tomar quantas doses fosse possível com respectivo tira-gosto. O pior era o determinador da vitória, vez que os participantes começavam ao mesmo tempo e entre eles próprios quem quisesse que fosse o julgador. Nunca havia. Uma bagunça! Foi aí que a certa altura da pândega, ocorrera a suspensão no fornecimento de energia elétrica. Ouviu-se, pois um estrondoso grito. Quem tava bêbo ficou bom na hora, completamente arrepiado. - Puta-que-o-pariu! Tão querendo comer a minha mão! - Quem foi o desinfeliz que foi capaz duma coisa dessa? - Que infeliz das costas ocas deu na mãe pra acabar com a festa, hem? - Isso é um vitupério! Foi um deus-nos-acuda. Logo a mão do anfitrião. Por causa disso uns quinhentos Sherlock Holmes se incumbiram de encontrar o culpado daquela desgraça. Era resmungo para todo lado, tendo em vista que de tal vexame se anunciava nunca mais realizar a festa por tal desfeita de convidado em querer deixar maneta logo o patrocinador! Todos reprovaram tal deselegância. Que desmesura insana! - Quem terá sido esse fio-d'égua? - Esse fiodaputa vai pagar, se vai! A raiva se generalizava tomando conta de todos no recinto. Normalizada a energia pela diligente equipe de eletricistas emergenciais que não queriam perder um só minuto do folguedo, tudo agora às claras, fitou-se olho no olho, um por um, para encontrar o réu famigerado. Uma verdadeira caça à raposa. Cadê-lo! Um desconfiado do outro aumentava a suspeita. Mas, não se precisou de muita olhadela na conferição e Biritoaldo já vestia a carapuça, baixando a cabeça para reprovação geral. - Uhhhhh! -, um repúdio geral. - Vai morder o pinguelo da tua mãe, fiodapeste! - Corno safado! Um chute na bunda jogou-lhe no meio da rua, só conseguindo se livrar da ira popular por causa do pé na bunda desembestado por fuga. Nisso ele era bom, desde meninim que se evadia de pisa ou castigo desferido pelos pais e algozes. Assim, a festa fora, deveras, uma verdadeira fatalidade na sua vida. Chica Doida mesmo já lhe ameaçara antes, se fosse lá estaria tudo acabado. Foi e terminou achincalhado por todos. Ele já imaginava a turma de peso lhe amaldiçoando. E agora, meu? - Num amole não que tô com o freio travado! Amarrei o maior bode! E quando engancho o cu na porta, ou fica o cu, ou vem a porta! Na maior bobeira Biritoaldo saiu pelas ruas, a esmo, perscrutando qual seria seu futuro a partir de tal desavença. Misantropo, atravessou a cidade, só se dando conta da distância que percorrera ao ouvir um fungado cadenciado saindo duma moita atrás do convento das freiras. Parou. Viu que o gemido feminino era prazeroso e o fungado do cara provava que o sujeito estava enfiado até a alma nas intimidades dela. - Arregaça a pomba no caneco da piniqueira, pôrra! Desintala nego! -, gritara tentando espantar os sebosos. Ora, qual não foi sua surpresa: era Didi-papa-cu com a macaca inchada na boceta arreganhada de Chica Doida, sua ditosa namorada. Que fatalidade! Num agüentou o baque e desmaiou ali mesmo. - A gaia fudeu com ele! -, sentenciou Didi. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. VEJA MAIS: PROEZAS DO BIRITOALDO
PENSAMENTO DO DIA – Usar
o conhecimento disponível é tão ou mais importante que a produção de novos
conhecimentos. O desafio é depurar o que tem valor real no mar de informações existentes
hoje. Pensamento do professor da Universidade de Georgetown, Carl Dahlman. Veja mais aqui.
BIOÉTICA - [...] A Bioética é uma ciência da
sobrevivência, uma forma de saber que deveria ser também uma sabedoria, capaz
de assegurar a preservação da biosfera global, que tratasse da moralidade das
relações humanas com o ambiente natural, que estabelecesse uma ponte entre o
saber científico e o saber humanístico. [...]. Trecho extraído da obra Bioética da proteção: ferramenta válida para
enfrentar problemas morais na era da globalização (Bioética, 2008), do bioquímico
estadunidense e pesquisador na área de oncologia, Van Rensselaer Potter (1911-2001). Veja mais aqui e aqui.
CORDÃO DOS COME-SACO - Em Londres, que ultimamente não tem sido uma
capital das mais britânicas (ou talvez os britânicos é que não sejam tão
londrinos assim, sei lá), vai se inaugurar uma exposição internacional de
embalagem. Até aí, tudo normal, como dizem os anormais. Há, no entanto, uma
nova indústria que se fará representar nessa exposição que está causando a
maior curiosidade: a dos sacos comestíveis. Como, minha senhora, de quem é que
é o saco? Calma, madama, eu já chego lá. A indústria foi inspirada na salsicha
e isto dito assim fica meio sobre o jocoso, mas torno a explicar que, com
vagar, se chega ao saco. É o seguinte: não sei se vocês já repararam que as
salsichas, ultimamente, não têm mais aquela pele indigesta que a gente comia
antigamente e ficava trocando seu reino por um bicarbonato. Hoje em dia, a pele
das salsichas é fininha e a gente come sem o menor remorso estomacal posterior.
Pois essa pelinha, irmãos, é de matéria plástica comestível. Foi inventada por
um Thomas Edison das salsichas e aprovou num instante. E baseada nessa
aprovação é que uma fábrica de embalagens estudou a possibilidade de fazer
sacos para carregar comida das mercearias para o lar, capazes de serem também
comidos, isto é, um saco de matéria plástica parecida com a das salsichas, que
seriam vendidos aos armazéns e utilizados pelos fregueses para transportar a
mercadoria comprada. Entenderam, ou tem leitor retardado mental? Agora, que
fica bacaninha, isto fica. Num instante vão aparecer os estetas dos refogados,
para melhor aproveitamento do saco. As Myrthes Paranhos do mundo inteiro vão
publicar receitas de como se prepara um saco de matéria plástica para o almoço
e os jornais, nas suas seções dominicais de culinária, terão títulos como este:
"Saquinho de siri", "Saco au champignon", "Saco à la
façon du chef", etc., etc. E parece até que aqui o neto do Dr. Armindo
está vendo uma dessas grã-finas, sempre mais preocupadas com o aspecto exterior
do que com o aspecto interior, fazendo um rigoroso regime alimentar e dizendo
para a empregada, quando esta volta do mercadinho com as compras: Para mim não
precisa preparar almoço, não. Eu como só o saco. Extraído da obra Rosamundo e os outros (Circulo do Livro, 1989), de Stanislaw
Ponte Preta, pseudônimo usado pelo cronista, radialista e compositor Sérgio
Porto (1923-1968). Veja mais aqui.
NOTURNO - Aparecendo sem
aviso, a lua / Contra os picos evita se arranhar / E para o céu aos poucos
escorrega, / assim como quem sabe o seu lugar. / De imediato, me diz meu
coração: / “Adora-A, Virgem, Mãe, Musa, Cabeça / Digna de ver, mas Que há de
construir-te / Ou destruir-te, conforme lhe apeteça.” / E então a minha mente,
num reflexo: / “Não me dirás, presumo, que lhe doa / A esse montão estéril de
crateras / Quem com quem dorme e quem a quem magoa.” / Nesta noite, tal como em
muitas outras, / A mais óbvia franqueza vence a rixa, / A minha mente, dura,
ousa admitir / Que ambos na força apostam sua ficha. / Dado aquilo em que ambos
acreditam, / A Deusa tem, por certo, de partir, / E sua majestade é só a
máscara / Que um dínamo sem rosto vem cobrir; / Mas nenhuma das minhas
naturezas / Pode queixar-se se eu for rebaixado / A um reles funcionário cujo
sonho / É vasto, sem escrúpulo, encrencado. / Supondo, entanto, que meu rosto é
real / E não um mito ou máquina que visto, / Devia a lua assemelhar-se a x, / Com
feições que eu de fato tenha visto, / Como as de meu vizinho, ou uma face – / Não
um status, um sexo – como a sua, / Constante para mim, não me importando / Qual
o valor que a x eu atribua; / Essa efusiva dama, porventura, / Que uns versos
seus me veio aqui trazer; / Esse pobre que volta novamente / Em busca de um
empréstimo qualquer; / Contraimagens, enfim, que balanceiam / Com o que nelas é
falta de peso / Meu mundo, esse veículo privado / E os motores inúmeros do
Estado. Poema do poeta,
dramaturgo e editor britânico Wystan Hugh Auden (1907-1973). Veja mais
aqui.
LAKSHIMI, A SENHORA DO AMOR, DA BELEZA E DA PROSPERIDADE - Lakshmi é uma divindade hindu e esposa do deus Vishnu, um dos
responsáveis pela manutenção do Universo junto com Shiva e Brahma. Lakshmi
personifica a beleza, a fartura, a generosidade, a riqueza e a fortuna. Quando
está representada sem o lótus, ao sair do Oceano, a deusa é chamada de Padma.
Suas representações também incluem um cesto cheio de arroz ou brotos. A planta
sagrada de Lakshmi e o Manjericão. Costumava-se plantá-la próximo aos templos e
casas como sinal de proteção. De acordo com o mito, Lakshmi sempre existiu,
mesmo antes da criação. Ela estaria flutuando em lótus. Daí vem o nome de
Padma, que quer dizer deusa do Lótus. A
palavra "Lakhsmi" é derivada da palavra "Laksya" do
sânscrito, significando o "alvo", o "objetivo". NASCIMENTO DE LAKSHMI: Como todas as
Deusas no panteão Hindu, Lakshmi tem muitas histórias sobre sua origem. Uma
delas conta, que o Rei dos Reis, Indra, um certo dia, perdeu seus poderes e
envelheceu. Um sábio nomeou um Deva menor para ir até Brahma em busca de uma
solução. Entretanto,esse último o conduziu até Mahavishnu (avatar de Vishnu)
para um melhor aconselhamento. Vishnu sorriu ao ouvir o problema dos Devas
(Deuses Menores) e deu-lhes uma solução. Disse que deveriam agitar o poderoso
oceano de leite e beber amrita, o elixir que os faria recuperar a juventude e a
força. Mas tal feito não era nada fácil. Como chocalhar o oceano? Usando a
montanha Mandara e a serpente Vasuki. Os Devas então foram providenciar tudo.
Mas a montanha Mandara necessitava de uma base para puxá-la. Então Vishnu
transformou-se em uma tartaruga poderosa e serviu de base para a montanha.
Colocaram ainda, a serpente Vasuki em torno da montanha para protegê-la. Os
demônios acordados com tanta agitação, também quiseram compartilhar o elixir.
Os Devas, como sabiam que não conseguiriam realizar a tarefa sozinhos,
aceitaram a ajuda dos Asuras (demônios). Agitaram tanto o oceano até que seus
braços se feriram e receberam então, quatorze presentes preciosos para à
humanidade. A Deusa Lakshmi foi a última a emergir. Sentada sobre um lótus,era
extremamente bela e encantou a todos. Os elefantes do céu derramavam gotas de
água para refrescá-la. De acordo com a mitologia hindu, a terra inteira é
mantida por quatro elefantes chamados Dik-gaj, onde "dik" significa o
sentido e "gaj", o elefante. Lakshmi trouxe consigo o elixir, que
faria reviver a força dos Deuses. Escolheu então, para ser seu consorte,
Vishnu. Vishnu carregou Lakshmi do oceano até o céu e cada vez que ele desce na
terra como um avatar, é acompanhado por um avatar de Lakshmi. A VIDA DE RAMA (VISHNU) E SITA (LAKSHMI):
Quando Vishnu atravessou suas reencarnações, Lakhmi reencarnava com ele. Quando
Vishnu se tornou Rama, Lakhmi tornou-se Sita. Quando ele virou Krishna, ela
passou a ser Radha, a menina-vaca. Tais encarnações são chamadas de
avatares.Calque será o nome do décimo avatar,no qual Vishnu aparecerá no fim da
época presente no mundo, para destruir todos os vícios e malvadezas e restituir
à humanidade a virtude e pureza. O herói mais importante da mitologia hindu é o
príncipe Rama. A história da busca de sua esposa Sita, que foi raptada pelo
demônio Ravana, se conta por toda a Índia. Foi escrito pela primeira vez na
épica sânscrita de 50000 linhas, o Ramayana (200 aC. - 200 d. C.). No reino
Ayodhya (hoje norte da Índia) há milhares de anos atrás, vivia um rei chamado
Dasaratha, o qual estava casado com três esposas (algo habitual entre os reis)
chamadas Kaushalya, Kaikeyi e Sumitra. Nenhuma das três havia podido lhe dar
filhos. Desaratha aconselhado pelos sacerdotes brahmanas, organizou um grande
sacrifício de fogo para conseguir um filho. Durante o sacrifício surgiu um ser
místico que lhe entregou um tigela com arroz (se tratava de um alimento
santificado) para suas esposas comerem. A Kaushalya por ser a mais importante
das rainhas, comeu a metade do arroz,e dividiu o que restou entre as outras
duas. Com o passar do tempo, Kaushaya deu à luz a um filho chamado Rama,
Kaikeyi teve Bharata e de Sumitra nasceram os filhos chamados Lakshmana e
Shatrughana. Rama tinha uma metade da divindade de Vishnu e seus irmãos
compartem o resto. Os irmãos cresceram desconhecendo sua origem divina. Os
hindus adoram Rama como uma encarnação do Deus Vishnu. Rama apaixonou-se por
Sita, a filha do rei Janaka de Mithila, que é a reencarnação da fiel esposa de
Vishnu, Lakshmi. Devido a um incidente na corte, Rama, Lakshmana e Sita foram
viver tranqüilamente no bosque. Tudo ia bem até o demônio Ravana seqüestrar a
Sita, que gritou a todas as árvores do bosque para dizerem a Rama que estava
sendo levada contra sua vontade. Também tirou suas jóias e seu véu de ouro a
cinco macacos e Hanumen, seu general. Então o sábio Agastya o aconselhou a
adorar o sol, a fonte da vida. Assim o fez e também pediu emprestado uma
carruagem e um cocheiro do Deus do Céu, Indra. Logo Rama foi atrás de Ravana e
de seus exército de rakshashas demoníacos, que estava cheio de guerreiros
ferozes com nomes como Morte-aos-homens. Rama juntou seu exército composto de
macacos e ursos e atacou o demônio, depois de haver cruzado a ponte das pedras
flutuantes sobre o oceano. Após diversas batalhas, Ravana, o demônio de dez
cabeças foi morto pelas flechas de Rama, e Sita foi finalmente libertada. Rama
junto de sua esposa Sita, e seu irmão Lakshmana acompanhados de devotos,
regressaram a Ayodhya, depois de haverem passado 14 anos em exílio. Quando os
habitantes de Ayodhya escutaram a notícia da chegada do rei amado, se vestiram
com as melhores roupas e as mulheres se maquiaram e vestiram suas preciosas
jóias. Justo aquele dia era de lua nova, tudo estava muito escuro, assim para
iluminar o caminho do rei Rama, foram colocadas numerosas lamparinas de azeite
por todo o trajeto, assim como no palácio e em todas as casas do reino. A
palavra Diwalli significa literalmente "fileira de luzes", e foi
assim, portanto, que se originou essa festa ancestral que se celebra em toda a
Índia e em todo mundo onde vivem os hindus. A história de Rama e Sita é muito
difundida muito além da Índia. É popular na Indonésia, na Malásia e na
Tailândia. O casal Vishnu e Lakshmi regem o sentimento erótico, além de governar o
elemento água. A mitologia hindu revela que desta união nasceu Kama, o Deus do
amor. Kama é extremamente belo, retratado como um lindo pássaro. Em algumas
ocasiões, é reverenciado durante o ato de amor. O tema principal do Ramayna é a
eterna luta do bem contra o mal, da luz contra a escuridão e das conseqüências
dos nossos atos passados. Em Ramayana nos encontramos com o sacrifício da
liberdade em nome do dever e da honra. Assim, como nos ensina que o amor,
demanda um serviço,pois ele transcende qualquer status social. Rama não vive
sem sua Sita, por isso, os grandes mestres espirituais sabem, que nunca deve-se
adorar o Deus sozinho, mas sempre com sua consorte, ou seja, junto com sua
energia feminina. Lakshmi é considerada como modelo da esposa hindu, unida em
completa harmonia com o marido e sua família. Sempre que invoca Lakshmi, deve-se
recordar que ela não é só a Deusa da Fortuna material, mas sim também da
espiritual que é a que realmente perdura e sobre tudo, não devemos esquecer que
Lakshmi é ainda, uma Deusa do Amor. REENCARNAÇÕES
DA DEUSA: A Deusa-Mãe Lakshmi é consultada pela população hindu,
buscando algum tipo de riqueza. Há oito modalidades de se adorar Lakshmi,
levando em conta o resultado desejado. A imagem abaixo também ilustra as oito
reencarnações da Deusa Lakshmi: Santhana
lakshmi Ela protege toda a Riqueza a Família, principalmente as
crianças. Gaja laksmi Ela
surge como Rainha Universal com seus dois elefantes que atendem todas as preces
e orações. Aishwarya lakshmi Só
Ela encerra a totalidade do conhecimento, tanto material quanto espiritual. Dhanya lakshmi É Ela que alimenta
o mundo nos concedendo a Riqueza da boa colheita dos grãos. Adhi lakshmi Ela é a Mãe
Divina e fonte dedo o poder de Vishnu. Vijaya lakshmi É Ela que nos concede a vitória sobre
obstáculos e problemas (vitória tb, no trabalho e aspectos legais) Dhana lakshmi Ela é a
doadora do todo tipo de riqueza DEUSA
DO AMOR, DA BELEZA E DA PROSPERIDADE: Lakshmi é uma Deusa do amor e da
beleza, da sorte, da prosperidade e do sucesso. No hindu moderno é representada
como uma jovem de longos cabelos negros brilhantes e soltos, vestindo um sari
(vestido típico das mulheres da Índia) vermelho com bordados dourados e usando
diversas jóias como: colares, braceletes, pingentes e um aro no nariz com incrustações.
Em sua cabeça ostenta uma coroa (Mitra) que representa o Monte Meru, a
"Morada dos Deuses", que se vê circundada por um aro de luz que
simboliza a Luz Solar. Em suas diferentes representações, pode mostrar-se com
uma tez escura, ressaltando seu caráter de consorte de Vishnu; quando sua tez é
da cor dourada, simboliza fonte de riqueza; se é branca, é a forma mais pura de
Prakriti (da natureza); se a tez é rosada, se mostra como a Mãe de todas as
criaturas. Apesar dela aparecer em inúmeras ilustrações com quatro braços, é
normalmente representada apenas com dois, segurando uma flor de lótus, ou
sentada sobre ela com um cântaro que jorra moedas de ouro e flanqueada por dois
elefantes. Normalmente nos templos da Índia, Lakhshmi está em pé ao lado de seu
consorte, o Deus Vishnu, o segundo membro da trimurti hindu. A Trimurti
("tripla estátua"), ou trindade, da divindade hindu consiste de:
Brahma, Vishnu e Shiva. Quando é representada por quatro braços, os dois
posteriores carregam flores de lótus (conhecimento desenvolvido); os braços
anteriores mostram suas mãos doadoras de pepitas de ouro ou gemas, símbolos da
fortuna que entrega aos homens: ouro e a gema do conhecimento. As quatro mãos
significam os quatro fins da vida humana: dharma (atos de justiça e dever),
kama (prazeres sensuais), artha (riqueza) e moksha (libertação espiritual
final). As mãos da frente representam a atividade de mundo físico e as detrás,
indicam as atividades espirituais que conduzem à perfeição espiritual. A
posição das mãos: em Abhaya até Mudrá ou postura de Proteção no caminho da
devoção, e em Varada até Mudra ou Doadora de dons. O assento de lótus, onde a
Deusa se posiciona em cima, significa dizer que devemos apreciar a riqueza, mas
não devemos nos tornar obsessivos por ela. Nossa vida deve ser análoga a um
lótus, que cresce na água, mas não é molhada por ela. Os lótus, quando
mostrados em vários estágios de florescimento, representam os mundos e os seres
em vários estágios de evolução. A flor de lótus sustentada pela mão direita
posterior nos dá a idéia de que devemos executar todos os nossos deveres de
acordo com o dharma. Isso nos conduzirá ao moksha (libertação espiritual final)
que está simbolizado por um lótus na mão esquerda posterior. As moedas de ouro
que caem na terra da mão anterior de Lakshmi ilustram o seu poder de doar
riqueza e prosperidade para seus devotos. Os dois elefantes ao fundo simbolizam
o nome e a fama associados a riqueza temporal. A idéia passada é que o devoto
que obtiver a graça da riqueza não é tão somente para adquirir nome e fama ou
para satisfazer seu próprio desejo material, mas deve compartilhar com o outro
a fim de também propiciar-lhe felicidade. As trompas dos elefantes que
sustentam cânforas das quais jorram água, representam as águas do Sagrado
Ganges ou também o Amrita obtido através do "Batimento ou Agitamento"
do oceano do qual Lakshmi surgiu esplendorosa, com uma beleza sem par. Muitas
vezes Laskhmi é mostrada portando uma cânfora com Amrita (elixir da
imortalidade do espírito), coberta de Kusa (erva ritualística). Como Deusa da
prosperidade Lakshmi, é chamada também como Dharidranashini (a que destrói toda
a pobreza) e Dharidradvamshini (àquela que se opõe a pobreza). Às vezes, se faz
referência a ambos (Lakshmi-Vishnu) pelo nome Lakshmi-Narayan, sendo Narayan
outro nome de Vishnu. Outros nomes que são dados para Laksmi incluem Hira
(jóia), Indira (A Poderosa) e Lokamata (A Mãe do Mundo). Entretanto, é chamada
também de Chanchala que significa "volúvel", ou aquela que não fica
em um lugar por muito tempo. Isso significa que a fortuna e a riqueza não
permanecem por tempo prolongado nas mãos de qualquer um. Somente aqueles que
são merecedores do respeito da Deusa terão esse privilégio. Portanto, não
devemos somente adorá-la, mas também não devemos desperdiçar dinheiro em
artigos ou projetos desnecessários.
A arte
da fotógrafa, cineasta e artista visual inglesa Friedl Kubelka.
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