Do nosso tempo, o verdadeiro ornamento.
O pensamento e a arte de da pintora italiana Lavinia Fontana (1552-1614).
MARCELA SOB OS LENÇOIS – Ah, todos os dias, às saídas do infeliz marido das
costas ocas e ogro das mil e uma usurpações, ela emergia sob o lençol
transparente a me provocar seminua, janelas e portas entreabertas, pronta para
tirar o maior proveito da minha entrega. Dele a inhaca daquele bafo sepulcral de
esposo das naftalinas e de todos os malefícios dos vilões milenares, deixava-a
sonsa sob os lençóis ardendo em brasa com aquele jeito pudico de quem se
aquieta satisfeita, tímida esposa, dama de entrar e sair com todos os olhos em
sua direção, vestes compactas modeladoras do seu corpo que escondiam o incêndio
da sua carne tostando a minha às horas mais cúmplices e só a mim permitiam as
descobertas mais voluptuosas das nuvens multicores de sua alcova. Ah, Marcela
dos lábios pedintes prontos para me beijarem cobiçosos e sobejarem minha carne
e meu sexo rijo aos látegos de sua língua e se apossando de sua boca enluarada
para saber-me guerreiro usurpando sua garganta, sua vulva molhada e seu orifício
sedento de todas as minhas investidas e conquistas, para ser-me submissa e
inteira, amante altaneira de todas as súplicas de puta pelas tardes, manhãs e
noites de nossas peripécias, e senhora de todos os tronos dos mais suntuosos
palacetes para vergar autoritária acossada por minha virilidade e por sua
própria natureza de ser-me serva e rainha nua crucificada de amor por todas as
horas de nossas fugitivas aventuras. © Luiz Alberto Machado. Direitos
reservados. Veja mais aqui, aqui & aqui.
DITOS & DESDITOS – Estou
convencido que nem a ciência nem a tecnologia podem satisfazer as necessidades
espirituais a que todas as possíveis religiões procuram atender. Tornamo-nos
deuses na tecnologia, mas permanecemos macacos na vida.
Pensamento do filósofo e historiador britânico Arnold Toynbee (1852-1883). Veja mais aqui.
A ARTE
– [...] Com a formação da estética ou
filosofia da ate, a atividade do artista não é mais considerada como um meio de
conhecimento do real, de transcendência religiosa ou exortação moral. Com o
pensamento clássico de uma arte como mimese (que implicava os dois planos do
modelo e da imitação), entra em crise a ideia da arte como dualismo de teoria e
práxis, intelectualismo e tecnicismo: a atividade artística torna-se uma
experiência primária e não mais derivada, sem outros fins além do seu próprio
fazer-se. À estrutura binária da mimesis segue-se a estrutura monista da
poiesis, isto é, do fazer artístico, e, portanto, a oposição entre a certeza teórica
do clássico e a intencionalidade romântica (poética). [...]. Trechos
extraídos da obra Arte moderna
(Companhia das Letras, 1992), do historiador e teórico de arte italiano Giulio Carlo Argan (1909-1992).
ARTE COMO TERAPIA – O mundo moderno
considera a arte muito importante – quase como o sentido da vida. [...] Ela pode ser um instrumento, e precisamos
observar melhor que espécie de instrumento é este – e o que pode fazer de bom
para nós. [...]. Trechos extraídos da obra Arte como terapia (Intrínseca, 2014), de Alain de Botton e John
Armstrong, tratam de temas como para que serve a arte e a arte como
instrumento, as sete funções da arte, e a arte com relação ao amor, a natureza,
o dinheiro e a política. Veja mais aqui e aqui.
A BAILARINA APUNHALADA - Dance, coração apunhalado, cante / E rir porque a ferida
é dançar e sorrir, / Peça às vítimas sacrificadas para dormir / E você dança e
canta baixinho. / Não adianta chorar. Segure as lágrimas ardentes / E do grito
da ferida ele extrai um sorriso. / Não adianta explodir. A ferida dorme
pacificamente. / Deixe-o e venere suas correntes humilhantes. / É inútil se
rebelar. Nenhuma raiva contra o chicote furioso. / Qual é o significado das
apreensões das vítimas? / Dor e tristeza são esquecidas / E também um ou dois
mortos, e as feridas. / Transforme o fogo da sua ferida em uma melodia / Que
ressoe em seus lábios saudosos / Onde há um resto de vida / Para uma canção
essa desgraça ou tristeza não silencia. / É inútil gritar. Rejeição e loucura.
/ Deixe os mortos caídos, sem sepultura. / Qualquer um morre ... que não haja
gritos de tristeza. / Qual é o sentido das revoltas de prisioneiros? / É inútil
se rebelar. Nas pessoas, os restos / As veias não permitem que o sangue
circule. / É inútil se rebelar enquanto alguns inocentes / Eles esperam ser
mortos. / Sua ferida não é diferente das outras. / Dance, embriagado de
tristeza mortal. / Os insones e os perplexos estão condenados ao silêncio. / É
inútil protestar. Descansa em paz. / Sorria para a adaga vermelha com amor / E
cai no chão sem tremer. / É um presente que eles te matem como uma ovelha, / É
um presente que apunhalará seu coração e sua alma. / É uma loucura, vítima, que
você se rebele. / A raiva do escravo cativo é uma loucura. / Dance a dança do
forte, do feliz / E ele sorri com a felicidade do escravo contratado. / Contém
a dor da ferida: é pecado gemer, / E sorri satisfeito com o assassino culpado.
/ Dê a ele seu coração humilde / E deixe-o cortar e apunhalar com prazer. / Dance
com o coração apunhalado, cante / E rir: a ferida é dançar e sorrir. / Diga às
vítimas mortas para dormir / E você dança e canta baixinho. Poema da da poeta iraquiana Nazik Al-Malaika (1923-2007). Veja mais aqui e aqui.
GINOFAGIA DA MUSA
MUSA TATARITARITATÁ: MARCELA TEDESCHI TEMER, A MULHER DO VICE.
Gentamiga, o Doro chegou avexado – e bote atarantado nisso! – e deu o pontapé para a primeira Musa Tataritaritatá de 2011.
Era ele: - Minino, quem é aquela lindona que tava alumiando tudo na posse da Dirma presidenta?
Olhei pra cara do sujeito e esclareci: trata-se da advogada, ex-modelo e miss paulista de 43 anos, Marcela Tedeschi Temer.
- Temer, aquele? -, perguntou-me com os olhos quase esbugalhados.
- Sim. -, respondi-lhe.
- Eita, é a mulé do vice?
- Sim.
- Oxente, ela que devia de sajeitá cumigo que fui candidato quage inleito e não cum um vice vampírico e nojento daquele. Qué qui vice faizi? Sou mai eu, ora.
E era. Veja mais dela aqui & aqui & outras Musas Tataritaritatá!!!
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Borba Filho, Rubão, Doro, Dr. Zé Gulu & Humoreco aqui.
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dos antípodas aqui.
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Que língua essa nossa, de Carlos Silva aqui.
Estudante
Estéfane, musa Tataritaritatá aqui.
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da Loucura aqui.
Cordel:
É coisa do meu sertão, de Patativa de Assaré aqui.
Barrigudos
afagando o ego aqui.
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CRÔNICA DE AMOR POR ELA
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra:
Recital
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