A arte do trombonista, professor e compositor francês Vinko Globokar, um
dos fundadores do grupo de livre improvisação New Phonic Art e integrou o departamento
de pesquisa em música vocal e instrumental na IRCAM, em Paris. Veja mais aqui e
aqui.
DITOS & DESDITOS - A paixão torna-se uma força quando encontra saída no
trabalho dos nossos braços, na perícia da nossa mão ou na atividade criadora do
nosso espírito. Pensamento da escritora
britânica George Eliot (pseudônimo
de Mary Ann Evans – 1819-1880), que também assim se expressa: Nunca é tarde demais para ser o que você poderia ter sido. Veja mais aqui.
ALGUÉM FALOU: Entendi que a morte também
pode ser uma longa conversa silenciosa consigo mesmo, um som aquático múltiplo,
uma profusão de monólogos pessoais e outros, eternos, repetidos, mas sempre
originais. Como arte. E me senti muito bem. Pensamento do escritor argentino Mempo Giardinelli.
DEIXE-ME SER FRANCO – [...] Porque não existe uma maneira
certa de planejar a vida ou de vivê-la: apenas um monte de maneiras erradas. [...]. Trecho extraído da
obra Let Me Be Frank With You (HarperCollins, 2011), do escritor
estadunidense Richard Ford, também autor da frase: De todas as coisas que vi acontecer em meus anos de vida,
o amor é a única coisa que dura.
DOIS POEMAS – CARVALHO: Esta
imensa árvore / não servirá jamais / para madeira. / A serra se quebrará / os
dentes / na armadura deste carvalho / que há guardado sem sangrar / dentro do
peito / os restos da metralha. ACABEI
DE NASCER DE MIM MESMO: 1 - era como um falcão encapuzado. / Hoje
carrego um coração para o futuro, / E as asas que coloco para voar / Elas estão
deixando seu rastro, / E na brisa aberta/ No caminho do sol /Mascarado entre
emplastros / Avanços com um sinal a seu favor / O futuro. / O passado, naquele
instante, avança, / Tocando sem pressa no ombro do amanhã. /
"Amanhã", disse ele. / E isso o surpreende, isso o perturba. 2 - Não
estou impaciente que amanhã / traga as cicatrizes da descoberta. / Acabei de
nascer, sou o caçador. / E na minha primeira tarde / O sol é um centavo colocando
seu olhar / Cobre / Entre a grama. / O sol relincha seu cavalo de maravilhas, /
Desce ao inferno de helicóptero, / Penetra no limbo, / Espalhando sua matéria
sobre os homens. Poema do escritor e ensaísta salvadroreño Miguel Huezo
Mixco.
OUTRAS DICAS
O CORPO NA ARTE AFRICANA – Os
povos africanos têm uma concepção sobre arte muito distinta daquela a que
estamos acostumados a ver [...] A
função essencial do artista consiste então em aprender o invisível, graças ao
visível. A arte negro-africana é, por consequência, funcional, conceitual e simbólica.
[...]. Extraído do livro O corpo na alma africana (Museu da Vida/Casa Oswaldo
Cruz/Fiocruz, 2012), organizado por Gisele Rocha Silva Catel e Wilson Savino,
trata do corpo individual e múltiplos, sexualidade e maternidade, a modificação
e a decoração do corpo, o corpo na decoração dos objetos, máscaras como
manifestação cultural. Veja mais aqui e aqui.
COISAS DO RECIFE – Uma cidade tem a
cara e tem seu jeito de ser. Mas nada é para sempre: nem a cara das cidades,
nem o seu jeito de ser. Extraído do livro Coisas do Recife (Bagaço, 1990),
de Fernando Menezes, tratando sobre
as artes plásticas: a intensa luz do Recife, usos e costumes: carnaval e banho
de mar, a música da cidade: do frevo ao mangue beat, vozes e tipos da cidade: o
ambulante do desaforo, brinquedos populares estão próximos da extinção, nossa
cozinha: a supremacia do doce, entre outras. Veja mais aqui e aqui.
RAÇA & JUSTIÇA – [...] Quando o
sentido racial da discriminação não é tido como uma “intenção”, “motivo
interior” ou “emoção”, acaba sendo tomado como o significado “interior” a uma
expressão verbal daquela “emoção”, ou puro significado linguístico, às vezes
oculto. O sentido “racista” de um ato de discriminação passa então a ser
procurado em uma “interioridade” mental ou linguística que se reconstitui como
uma interiorização do lado de fora, uma (re)duplicação do outro [...]. Trecho
extraído de Raça e Justiça: o mito da
democracia racial e o racismo institucional no fluxo de justiça (Fundaj/Massangana,
2009), de Ronaldo Laurentino de Sales
Júnior, tratando sobre o direito e relação raciais, a democracia racial,
contribuições a uma teoria racial crítica, a República Velha, a Revolta da Chibata,
a Imprensa Negra, Revolução de 1930 e Estado Novo, cultura e hegemonia,
cordialidade e estigmatização, cultura e classe, o Teatro Experimental Negro, o
Projeto Unesco, desenvolvimento e autoritarismo, anti-racismo e judicialização
das relação raciais, desconhecimento ideológico e relações raciais, insulto
racial, psicopatologias das relações raciais, o discurso espirituoso, figuras
de linguagem e denegações, silêncio e fetichismo linguístico, tipologias da
discriminação racial, consciência negra, discurso social e movimentos sociais,
do interdito ao não-dito, racionalização, gênese estática do direito, entre
outros assuntos. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.