A arte do pintor francês Henri Gervex
(1852–1929). Veja mais abaixo.
A CACHORRA DA VIZINHA – Robimagaiver estava aboletado num
tamborete, braços cruzados na janela. Tudo olhava, nada via; largadão ali
coçando o saco, enquanto um filme transbordava imagens na cabeça. De lá de
dentro: Tais fazendo o que, traste? Nada, pensando na vida. Pensava mesmo e
como. Algo chamou atenção na outra calçada: Isso é que é cachorra apreciável -
falou para si, mas não era a cachorra que ele via. Que cachorra, broco? Nada,
mulher, pensando alto. Ah, tá; vê se arruma o que fazer, visse? Não enche,
baranga. O quê? Nada. E acompanhava o movimento na calçada oposta, olhos
vidrados, lambendo os beiços, imaginando coisas: Bem que podia ser minha,
passeando pelas calçadas, visitando lugares, essa sim, chega dá gosto de viver.
Na outra calçada, ia e vinha, ele lá, sonhando como se fosse aquela de um conto
do cachorrinho de Tchekhov, atravessando a rua e vindo em sua direção:
Eita, lá vem! Ô de casa! Pois não, senhora! O senhor sabe onde encontro um
veterinário por aqui? Sei não, madame, mas vou ver agora, digo já. Mesmo? Já. E
saltou do tamborete, passou pelo espelho: Num tô tão feio! Abriu a gaveta,
revirou os trapos, nada que lhe agradasse; voltou ao espelho, alisou os tuins,
o queixo pela barba por fazer, alinhou a camisa, conferiu a bermuda, as
sandálias, pegou atrás da porta a calça surrada, puxou embaixo da cama o par de
tênis, organizou-se todo e viu que ainda faltava alguma coisa, ah, o boné
encardido na cabeça, os óculos empenados na cara, o espelho: Ah, seja lá o que
Deus quiser! E zarpou: Vou ali vê um cliente, volto já. Ganhou o mundo com as
ideias tropicando às cambalhotas. Deu umas dez voltas pelos quarteirões, outras
passadas para lá e cá, zombou de um e outro, teve um estalo, retornou e foi até
a senhora com a cadela no braço: Tem um lá na terceira esquina, dobrando a
direita, mas só estará segunda-feira. Ah, que pena! Que é que tem ela? Não sei,
anda estranha. Posso ver? Pode. A cadela rosnou: Calma, Lessie. Fez menção de
mordê-lo: Não estranhe o tio, calma. E era um olho no animal e outro na dona. Fez
umas mandingas para impressionar e a fera ficou imóvel: Agora vou examinar.
Apalpou, alisou, virou, revirou e saiu diagnosticando: carrapato, não tem;
babando, não está; castrada, não é. Enquanto amolegava sua paciente, examinava
de soslaio a vizinha. Depois de muito remexer: Pronto, tudo normal. O senhor
entende mesmo de cachorro, né? Dou minhas tacadas e tratou de reanimar a cadela
com ares de quem sabe mesmo o que está fazendo e nada dela dar sinal de vida. Deu
três estalos nos dedos, nada; futucou com os pés, nada; deu umas rodadas
puxando pelo rabo, nada. Aí bateu pé, deu grito, dançou, pintou e bordou, até
perder a paciência e a jogou contra a parede. Teibei. A cachorra gania agoniada
entre as pernas de sua cuidadora que a colocou nos braços aos mimos. O senhor é
louco? Tinha de acordá-la, estava com um encosto brabo de quase mata-la! Ah,
tá, será que agora ela está boa mesmo? Ora, se; e se ela tiver mais algum
sintoma, me avise que dou um jeito. Obrigada. Não é de nada, sou Robimagaiver,
seu criado ao dispor. Sou Anita, moro aqui ao lado. Ah, a nova vizinha, muito
prazer. E ficou puxando conversa sem contar com o bafejado de um brutamontes na
sua nuca todo interrogativo: Olha, amor, a Dudinha tava toda estranha e o
senhor aqui deu um jeito nela. Ah, o vizinho é seu marido? Sim, senhor,
obrigado por cuidar da cachorra da minha mulher. Riso amarelo, cabeça dando mil
voltas, escapou: A sua esposa é muito boa! Vixe! O tempo fechou, o vizinho fez
uma cara feia e se armou todinho e... Em cima da bucha foi salvo pelo gongo com
uma beliscada bem dada no toitiço: Ah, são os novos vizinhos? Muito prazer, sou
Dauzidália, vizinha de vocês e esposa desse porra, bora véio safado, tu não se
emenda mesmo, né, até mais ver, boa tarde, qualquer coisa, apareçam e é só
pedir, até. © Luiz Alberto Machado. Direitos
reservados. Veja mais aqui e aqui.
DITOS & DESDITOS - Provar que tenho razão significaria
reconhecer que posso estar errado. Só nos interessamos pelos problemas dos
outros quando os nossos não nos preocupam. Pensamento do autor de teatro francês Beaumarchais (1732-1799). Veja mais
aqui e aqui.
ALGUÉM FALOU: Não tenha medo do trabalho duro. Nada que valha a pena
vem facilmente. Não deixe que os outros o desencorajem ou digam que você
não pode fazer isso. Na minha época, disseram-me que as mulheres não faziam
química. Não vi razão para não
podermos. As pessoas sempre me perguntam: o Prêmio Nobel o que você almejou por
toda a sua vida? E eu digo que isso seria loucura. Ninguém almejaria o
Prêmio Nobel porque, se você não conseguisse, toda a sua vida seria perdida. O que pretendíamos era
melhorar as pessoas, e a satisfação disso é muito maior do que qualquer prêmio
que você possa receber. Expressão da bioquímica estadunidense Gertrude Elion (1918-1999). Veja mais
aqui.
EFEITO MATILDA – A escritora e feminista norueguesa Camilla Collet (1813-1895), a primeira crítica literária feminista da Noruega. Sua obra
mais famosa foi seu único romance publicado anonimamente, Amtmandens Døttre (1854/55 - A Filha do Governador), considerado o
primeiro romance político norueguês que trata
das dificuldades de ser mulher em uma sociedade patriarcal e, principalmente,
sobre casamentos forçados. No romance, ela discute como as moças e meninas
são privadas de treinamento e educação que as encorajará a ter mais sucesso na
vida, mas ela não argumenta que as mulheres devem buscar a vida e o sucesso
independentemente de serem casadas. Ela
apoiou mudanças sociais e políticas para promover os papéis das mulheres na
sociedade, e os artigos que publicou eram anônimos, mas acabaram sendo
publicados em um livro compilado de obras. Também escreveu sobre ensaios e
polêmicas, bem como suas memórias, inspirada em George Sand. Nestes ensaios e
artigos de opinião, ele declarou a necessidade de uma nova imagem para a
mulher. Veja mais aqui, aqui e aqui.
MAYOMBE – [...] As pessoas devem estudar, pois é a única
maneira de poderem pensar sobre tudo com a sua cabeça e não com a cabeça dos
outros. O homem tem de saber muito, sempre mais e mais, para poder conquistar a
sua liberdade, para saber julgar. Se não percebes as palavras que eu pronuncio,
como podes saber se estou a falar bem ou não? Terás de perguntar a outro.
Dependes sempre de outro, não és livre. Por isso, toda a gente deve estudar.
Mas aqui o camarada Mundo Novo é um ingénuo, pois que acredita que há quem
estuda só para o bem do povo. É essa cegueira, esse idealismo, que faz cometer
os maiores erros. Nada é desinteressado. [...]. Trecho extraído da
obra Mayombe (1980), do
escritor angolano Pepetela, pseudônimo
de Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, conhecido por sua obra que reflete
sobre a história contemporânea de Angola, e os problemas que a sociedade
angolana enfrenta. A história do livro tem como cenário Angola nos anos 70,
período que marca as lutas pela independência do país. No primeiro capítulo intitulado
A Missão, os guerrilheiros do
Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) chegam à selva de Mayombe, com
o intuito principal de lutar com os exploradores, que estavam retirando madeira
da região, e preparar uma emboscada para atacar o exército colonial. Nesse
momento, raptaram alguns dos trabalhadores. O segundo capítulo, intitulado A Base, faz referência à base de
guerrilheiros do MPLA que fora construída na floresta de Mayombe, na qual
ocorrem algumas divergências entre as ideias do Comissário e do Comandante. O terceiro
capítulo recebe o nome da noiva do Comissário, Ondina, cujo relacionamento era complicado: ela era professora e
lecionava na cidade de Dolisie e ambos fingiam ter atração e prazer sexual pelo
outro. Nesse momento a base dos guerrilheiros sofria com a ausência de
abastecimento de mantimentos e as discussões e desentendimentos entre os chefes
e os guerrilheiros aumentavam cada vez mais. Com isso, a ideia de tirar André
de sua posição era a mais importante e ele foi pego com Ondina, a noiva do
Comissário. Ela deixou uma carta para seu ex-noivo lhe dizendo que deixaria a
cidade de Dolisie. Na maior parte do capítulo, o Comissário revela suas
histórias amorosas e sua relação com Ondina. Curiosamente, quando o Comissário
vai ao encontro de Ondina, eles se sentem atraídos e fazem amor de uma maneira
diferente de todas as outras. Ele diz a ela que não é necessário abandonar a
cidade por conta disso. Pelo ato desonroso e por pertencerem a duas tribos
diferentes (Kikongo e Kimbundo), o Comissário enviou André para Brazaville para
ser julgado. No quarto capítulo, intitulado A
Surucucu, é revelado o suposto ataque dos tugas à base de guerrilheiros e o
planejamento do contra-ataque. Em grande parte do capítulo eles focam na
preparação e estratégias do MPLA. No quinto capítulo, A Amoreira, Mundo Novo foi nomeado chefe em Dolisie. O Comandante
Sem Medo recebeu a notícia de que seria transferido para leste. O Comissário
ficou encarregado de chefiar o ataque aos Tugas no Pau Caído. O grupo de
guerrilheiros seguia em direção ao Pau Caído. O nome A Amoreira faz referência a um dos pensamentos de Sem Medo antes de
morrer, que comparou seu tronco único com os homens. Por fim, o Comissário
ordenou que cavassem um túmulo para os dois mortos ali mesmo. No epílogo da
obra, o Comissário reflete sobre a morte do Comandante Sem Medo. Por fim, ele é
enviado para leste no lugar do Comandante. Com o exposto, observa-se que o romance
se aproxima de um texto documental ou de reportagem, apresentando as lutas
entre os guerrilheiros angolanos e as tropas portuguesas durante a libertação
do país. O autor do livro ressalta a dificuldade dos guerrilheiros, enfatizando
as diferenças e as rivalidades entre as tribos, deixando claro que as
rivalidades devem ser deixadas de lado e que os sentimentos, as angústias, os
medos são de todos. O autor recria de forma inovadora os conflitos e os
momentos de reflexão de todos que lutavam por um país livre.
MOVIMIENTO – Nós mal subimos nos dois pés / Começamos a migrar pela
savana / Seguindo o rebanho de bisões / Além do horizonte / Para novas terras,
longe / As crianças de costas e expectantes / Olhos em alerta, todos ouvidos / Farejando
aquela paisagem nova e desconhecida intrigante / Somos uma espécie viajante / Não
temos pertences, mas bagagem / Vamos com o pólen ao vento / Estamos vivos porque
estamos em movimento / Nunca estamos parados, somos transumantes / Somos pais,
filhos, netos e bisnetos de imigrantes / É mais meu o que sonho do que o que
toco eu não sou daqui / Mas nem você eu não sou daqui / Mas nem você / De lugar
nenhum / De todo lugar um pouco / Atravessamos desertos, geleiras, continentes /
O mundo inteiro de ponta a ponta / Teimosos, sobreviventes / O olho no vento e
nas correntes / Mão firme no remo / Nós carregamos nossas guerras / Nossas
canções de ninar / Nosso curso feito de versos / De migrações, de fomes / E
sempre foi assim, desde o infinito / Éramos a gota d'água viajando no meteorito
/ Atravessamos galáxias, vazio, milênios / Estávamos procurando oxigênio,
encontramos sonhos / Nós mal subimos nos dois pés / E nós nos encontramos na
sombra da fogueira / Nós ouvimos a voz do desafio / Nós sempre olhamos para o
rio / Pensando na outra margem do rio / Somos uma espécie viajante / Não temos
pertences, mas bagagem / Vamos com o pólen ao vento / Estamos vivos porque
estamos em movimento / Nunca estamos parados, somos transumantes / Somos pais,
filhos, netos e bisnetos de imigrantes / É mais meu o que sonho do que o que
toco eu não sou daqui / Mas nem você eu não sou daqui / Mas nem você / Em lugar
nenhum e / De todo lugar um pouco / Mesmo com canções, pássaros, alfabetos / Se
você quer que algo morra, deixe pra lá. do cantor e compositor uruguaio Jorge Drexler. Veja mais aqui e aqui.
A PSICOLOGIA DO
DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL DE ERIK ERIKSON - O
presente trabalho de pesquisa aborda acerca da teoria da personalidade
desenvolvida pelo teórico Erik Erikson, denominada de teoria
psicossocial que reside no amplo quadro das teorias psicodinâmicas da
personalidade. O presente trabalho tem a finalidade de revisar a teoria
contemporânea postulada por esse autor, fazendo uma breve abordagem biográfica,
realizar um estudo sobre os estágios psicossociais do desenvolvimento humano,
que é baseado na premissa de que o desenvolvimento decorre desde o nascimento
até a morte. Procurará tratar sobre o desenvolvimento psicossocial, a
identidade do ego e a formação da personalidade, a adolescência, a avaliação e
a pesquisa, compreendendo, portanto, o panorama que a contribuição eriksoniana
acrescentou para a ciência psicológica e o conhecimento humano. A metodologia aplicada ao presente estudo compreende uma
pesquisa bibliográfica efetuada a partir de uma revisão da literatura, baseada
em Roudinesco e Plon (1998), Schultz e Schultz (2014), Cloninger (2003),
Friedman e Schustak (2004), Hall, Lindzey e Campbell (2002), procurando
alcançar toda dimensão da proposta temática ora estudada.
A VIDA DE ERIK ERIKSON(1902-1994) - Erik Erikson nasceu em
15 de junho de 1902, Frankfurt, Alemanha. Seu pai
biológico era um desconhecido dinamarquês que abandonou sua mãe antes dele
nascer. Sua mãe era uma mulher judia que o criou sozinha até ele completar 3
anos de vida. Ela se casou com um pediatra e todos se mudaram para o sul da
Alemanha. Durante a infância e adolescência, ele se chamava Erik Homberger,
pois seus pais lhe ocultaram os detalhes de seu nascimento. Na escola, era
satirizado pelas crianças por ser um judeu nórdico. Depois de se formar na
escola, se tornou artista. Frequentou escolas de artes e viajou pela Europa,
visitando museus e dormindo embaixo de pontes. Como pintor, seu
talento logo lhe rendeu reputação de artista promissor, especialmente por seus
retratos de crianças.Viveu como rebelde até seus 25
anos, quando começou a dar aulas de artes numa escola experimental para
estudantes americanos. Lá, através de amigos em comum, acabou conhecendo Anna
Freud, que se tornou sua psicanalista e o incentivou a estudar Psicanálise.
Nessa época, também conheceu uma professora canadense de dança, com quem se
casou e teve 3 filhos. Ele graduou-se no Instituto Psicanalítico de Viena, em
1933, se especializando em psicanálise infantil. Iniciou seu trabalho clínico
nos Estados Unidos neste mesmo ano, e foi analista didático nos Institutos da
Associação Americana de Psicanálise, desde 1942. Sua carreira inclui cargos nas
escolas de Medicina de Harvard e Yale, na Universidade da Califórnia e na
Clínica Austin Rigg. Tornou-se um psicanalista de renome que
fez grandes contribuições no campo psicológico e sua
própria história de vida contribuiu para a formulação de seus conceitos e
teorias, entre os quais focalizou o desenvolvimento contínuo da personalidade
através de toda a vida, um conceito que ele estudou numa variedade de situações
socioculturais. Durante sua carreira, Erikson se envolveu em estudos sobre a
influência da cultura e da sociedade no desenvolvimento infantil. Ele estudou
grupos de crianças nativo-americanas para formular suas teorias. Esses estudos
possibilitaram a correlação da formação da personalidade com os valores sociais
e familiares.
A TEORIA DE ERIKSON - A teoria desenvolvida
por Erik Erikson, conforme Cloninger (2003) e Schultz
e Schultz (2014), se inscreve no contexto da abordagem dos estágios contínuos,
concentrando-se no desenvolvimento da personalidade durante toda vida. Denomina-se
Teoria de Desenvolvimento Psicossocial por ter tentar explicar o comportamento
e o crescimento humanos, por meio de etapas ou estágios, que compreendem desde
o nascimento até a morte. Nessa teoria o autor defende que todos os aspectos da
personalidade podem ser explicados em termos de momentos decisivos ou crises
que o ser humano precisa enfrentar e resolver em cada fase de desenvolvimento. As diferenças individuais
detectadas por Erikson, determinam que os indivíduos diferem quanto às forças
do seu ego, apresentando diferenças de personalidade e biológicas. A adaptação
e o ajustamento nessa teoria identifica que um ego forte é a chave para a saúde
mental, derivando de uma boa resolução das fases de desenvolvimento, com
predominância pelas forças positivas sobre as do polo negativo. Os processos
cognitivos nessa teoria, definem que o inconsciente é uma força importante na
personalidade, e a experiência é influenciada por modalidades biológicas que se
expressam por meio de símbolos e jogos. A sociedade é entendida como aquela que
modela a forma com as pessoas se desenvolvem e as instituições culturais dão
suporte às forças do ego. As influências biológicas nesta teoria são
determinantes cruciais da personalidade e as diferenças de sexo são fortemente
influenciadas. O desenvolvimento da criança se dá ao longo de quatro fases
psicossociais, cada uma delas contendo uma crise na qual se desenvolve uma
força específica do ego. Os adolescentes e os adultos desenvolvem-se ao longo
de outras quatro fases psicossociais. Também aí cada fase envolve uma crise e
desenvolve uma força específica do ego.
DESENVOLVIMENTO
PSICOSSOCIAL - O desenvolvimento psicossocial, segundo Cloninger (2003), Friedman e Schustak (2004), Roudinesco
e Plon (1998) e Hall, Lindzey e Campbell (2002), é o desenvolvimento
da personalidade que decorre ao longo de oito estágios – denominados de Oito
Estágios do Homem -, que constituem o ciclo da vida, sendo que cada
estágio corresponde à formação de um aspecto particular da personalidade. Ele esboça o seu método de
desenvolvimento a partir da experiência de confiança e desconfiança da criança
e o começo da esperança, através da procura de identidade do adolescente, da
procura de intimidade do jovem e do adulto e a resolução da crise da velhice. Essa
teoria está sustentada no princípio epigenético que se aplica tanto ao
desenvolvimento físico dos fetos antes do nascimento, quanto ao desenvolvimento
psicológico ao longo da vida, significando, portanto, que cada estágio
contribui para a formação da personalidade total, sendo
por isso todos importantes mesmo depois de se os atravessar. Esse princípio,
conforme Schultz e Schultz (2014), é a teoria de que o desenvolvimento humano é
regido por uma sequencia de etapas que dependem de fatores genéticos ou
hereditários. Por esse princípio epigenético da maturação, ele propõe a
concepção de oito estágios de desenvolvimento psicossociais, compreendendo do
nascimento até o final da vida, sendo que cada uma das fases desse estágio é
atravessa por uma crise psicossocial entre
uma vertente positiva e uma negativa. Os oito estágios do homem compreendem uma
análise do desenvolvimento global do homem - cada estágio tem seu momento -,
relacionando-se com a conquista gradual das virtudes básicas. O primeiro
estágio é a infância ou o estágio oral-sensorial, abrangendo o primeiro ano ou
um ano e meio de vida. É nesse período que a criança desenvolve a confiança e a
desconfiança, e adquire a virtude da esperança, embasada na relação com os
pais, se de confiança ou desconfiança, o que determinará sua vida e suas
relações. Há que se ressaltar que durante o primeiro
ano de vida a criança é substancialmente dependente das pessoas que cuidam
dela, requerendo cuidado quanto à alimentação, higiene, locomoção, aprendizado
de palavras e seus significados, bem como estimulação para perceber que existe
um mundo em movimento ao seu redor. O amadurecimento ocorrerá de forma equilibrada
se a criança sentir que tem segurança e afeto, adquirindo confiança nas pessoas
e no mundo. O segundo estágio é o muscular-anal, que vai dos dezoito meses aos três
ou quatro anos de idade e que possui o objetivo de desenvolver a autonomia,
minimizando a vergonha e a dúvida.A musculatura anal faz parte da musculatura
geral. A criança nessa fase de desenvolvimento, precisa aprender não só a
dominar seu esfíncter, mas os seus músculos e aprender o que ela pode
"querer" com eles. Só quando a criança tiver aprendido a confiar em
sua mãe e a confiar no mundo (primeiro estágio), é que ela pode passar a ter
vontade e precisar arriscar sua confiança, a fim de ver o que ela, como
indivíduo digno de confiança, pode querer. O terceiro estágio é o
locomotor-genital, que vai dos três ou quatro anos até os cinco ou seis anos,
onde a criança aprende a ter a virtude da iniciativa, o que significa responder
positivamente aos desafios do mundo, tendo responsabilidades e aprendendo novas
tarefas. Os pais podem incentivar seus filhos a terem iniciativa,
encorajando-os a seguirem suas ideias, ou seja, suas fantasias, curiosidades e
imaginação. Durante este período a criança
passa a perceber as diferenças sexuais, os papéis desempenhados por mulheres e
homens na sua cultura (conflito edipiano para Freud) entendendo de forma
diferente o mundo que a cerca. Nesta fase se a curiosidade sexual e intelectual
natural for reprimida e castigada poderá se desenvolver um sentimento de culpa
e diminuir a iniciativa de explorar novas situações ou de buscar novos
conhecimentos. O quarto estágio é o de latência ou idade
escolar, que vai aproximadamente dos seis aos doze anos. Essa fase trabalha a
virtude da competência, eliminando os excessos de inferioridade. A melhor
maneira de superar essa fase é balancear a superioridade e a inferioridade,
adquirindo a virtude da competência, necessária para o justo desenvolvimento
das habilidades. O quinto estágio é a adolescência, começando com a puberdade
aos treze anos e terminando aproximadamente entre 18 e 20 anos. É preciso
mencionar que Erikson dedicou especial
importância ao período da adolescência, devido ao fato ser a transição entre a
infância e a idade adulta, em que se verifiquem acontecimentos relevantes para
a personalidade adulta.O objetivo deste estágio é desenvolver a
virtude da fidelidade, ou seja, uma capacidade de perceber e de se manter,
através de valores estabelecidos por meio de um sistema de vida específico.Esta
é a fase da formação da identidade do ego e da crise de identidade, utilizadas
por Erikson como base para a formulação dos estágios seguintes. O sexto estágio
é a fase jovem-adulta, que vai dos dezoito aos trinta anos. O objetivo é
atingir a intimidade, em contraposição ao isolamento. Isso se refere ao
indivíduo que, tendo ultrapassado as questões básicas do seu problema de
identidade, pode mover-se em direção a questões de relacionamento com os
outros, como relacionamentos íntimos, de amizade, amor, intimidade sexual e,
até mesmo intimidade consigo próprio. Intimidade é realmente a habilidade de
fundir a sua identidade com a do outro, sem temor de estar perdendo alguma
coisa de si mesmo. A virtude desenvolvida nessa fase é o amor. Amor, no
contexto teórico, é estar apto a deixar os antagonismos de lado, em nome de uma
boa convivência. Não é só o amor encontrado no casamento, mas também o amor por
amigos, ou pelo vizinho, ou pelo colega de trabalho, entre outros. O sétimo
estágio é o estágio da idade adulta, que lida com a geratividade versus
estagnação e vai aproximadamente dos 25 aos 55 anos. O conceito de geratividade
é uma tendência a que, na maturidade, as pessoas apresentem determinados
comportamentos que aumentam sua competência em papéis de liderança, ensino,
invenções, artes e ciência, atividades sociais, e em deixar uma contribuição
para o bem estar das futuras gerações. Considera-se a geratividade como um
diferencial positivo que a idade trás para as pessoas e que precisa ser
conhecida e valorizada. Tem-se, portanto, que se trata da mais longa das idades psicossociais, compreendendo entre
os 30 aos 60 anos, consistindo no conflito entre produzir, educar, cuidar do
futuro e preocupar-se unicamente com as suas necessidades e interesses. A
vertente positiva é a generatividade que traduz o desejo de criar novas vidas,
obras de arte, ideias, objetos, educar, ensinar, ou seja, o desejo de realizar
algo que nos sobreviva e que contribua para o bem-estar das gerações futuras. O
indivíduo generativo = gerador ou criativo, projeta-se no futuro não se
preocupando somente consigo ou com os seus.A virtude que se desenvolve neste
estágio é o cuidado, que se expressa pela preocupação com os outros, o querer
cuidar das pessoas e compartilhar com elas o seu conhecimento e experiências.O
fracasso neste estágio, conduz à estagnação, à incapacidade de projeção no
futuro, isto acontece porque, o indivíduo se torna egocêntrico, fecha-se nas
suas próprias ambições dando pouco ou nada de si aos outros.A ritualização é
denominada por geracional e consiste na ritualização da
maternidade/paternidade, produção, ensino e papeis em que o adulto age como
transmissor de valores para os mais novos. O ritualismo perverso é o autoritarismo,
a usurpação da autoridade incompatível com o cuidado. O
oitavo é o estágio final, o da velhice e da maturidade, que vai dos 55 a 60
anos em diante, consiste numa retrospectiva da vida ao
aproximar-se do fim, em que rever escolhas, opções, realizações e fracassos. A
vertente positiva é a integridade que advém do sentimento de que a vida teve
sentido, há satisfação por ter vivido e a existência como algo valioso.A sabedoria
é a virtude resultante do encontro da integridade com o desespero, e consiste
na consciencialização das potencialidades dadas as circunstâncias, e a
constatação de que não se viveu em vão. O desespero é a avaliação negativa do
que se fez e a tomada de consciência de que já não se pode recomeçar, que
desperdiçou o tempo e que quase nada de valioso foi criado, instalando-se a
angústia e o medo da morte.A ritualização presente neste último estágio pode
ser chamada de integral, que se reflete na sabedoria das idades. Assinalam
Schultz e Schultz (2014) que cada uma das fases possui a sua crise, sendo esta
o momento decisivo enfrentado em cada fase de desenvolvimento. Essas crises são
os confrontos com o ambiente, envolvendo mudanças de perspectiva e requerendo
que recorra-se à energia instintiva de acordo com as necessidade de cada
estágio do ciclo de vida. Observou-se, conforme Schultz e Schultz (2014) que
cada uma das fases possui uma força básica que é identificada como virtude e
que surgem quando a crise é resolvida satisfatoriamente. Assim, essas forças
básicas são características e crenças motivadoras derivadas da resolução
satisfatória da crise em cada fase de desenvolvimento. Assim como são
identificadas as forças básicas, também ocorrem as fraquezas básicas que são as
características motivadoras derivadas da resolução insatisfatória da crise de
desenvolvimento. Por consequência, dá-se um mau desenvolvimento que é uma
situação que ocorre quando o ego é composto apenas de uma única maneira de
lidar com os conflitos.
IDENTIDADE DO EGO E
FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE - Erikson, conforme Hall, Lindzey e Campbell (2002), vai apresentar um novo
conceito de ego, denominado de ego criativo, uma vez que nessa instância
psíquica pode-se encontrar soluções criativas para os novos problemas que o
assediam em cada estágio da vida. A identidade do ego para Erikson,
conforme Friedman e Schustak (2004), efetuada
a partir dos oito estágios humanos, definia que o indivíduo tem
que superar uma tarefa psicossocial em cada um desses estágios. A confrontação
em cada tarefa produz um conflito com dois resultados possíveis: se o conflito
é resolvido com êxito, constrói-se uma qualidade positiva na personalidade e se
produz o desenvolvimento. Se o conflito persiste ou se resolve de forma
insatisfatória, há um dano para o Ego e uma qualidade negativa se incorpora
dentro dele. Para Schultz e Schultz (2014), a identidade do ego é a autoimagem
formada durante a adolescência que integra as ideias quanto ao que se é e o que
se quer ser. Assim, em conformidade com Erikson, a tarefa global do indivíduo é
adquirir uma identidade positiva à medida que avança de uma etapa para a
seguinte. A formação da identidade é um processo que dura toda a vida,
amplamente inconsciente para o indivíduo, vez que suas raízes remontam à
infância com a experiência de reciprocidade entre pais e filhos. A teoria de
formação da identidade traz a perspectiva de que as pessoas alcançam a
identidade na medida em que são capazes de se envolver em uma série de
compromissos relativamente estáveis.Os tipos de compromissos relativamente
estáveis necessários para alcançar um sentido de identidade incluem a decisão
sobre um conjunto de valores e crenças que possam guiar as ações, uma série de
objetivos educativos e profissionais dirigidos aos esforços para realizá-lose
uma orientação de gênero que influi nas formas de amizade e intimidade do
indivíduo com homens e mulheres, que constituem uma atitude interpessoal. A
formação da identidade recebe a influência conjunta de fatores intrapessoais
que compreendem as capacidades inatas do sujeito e as características adquiridas
da personalidade; de fatores interpessoais que incluem identificadores com
outras pessoas das que se segue o exemplo e o respeito por outras cujos
conselhos são levados em conta; e de fatores culturais, que consistem nos
valores sociais aos quais uma pessoa está exposta enquanto se desenvolve em um
determinado país, comunidade ou grupo cultural concretos. Assim, a
formação da identidade emerge como uma configuração estabelecida por meio de
sucessivas elaborações e reelaborações do ego na infância.
ADOLESCÊNCIA - Influenciado pelas teorias do movimento culturalista
americano, Eikson dedicou-se aos problemas da adolescência. Para ele, a adolescência
é uma crise normativa, fase normal de conflito e flutuação na força do ego. Ela
começa com a instância de identidade difusa, que é um estado de
coisas em que o sujeito não estabelece compromissos firmes com nenhuma atitude
ideológica, ocupacional ou interpessoal, nem está vislumbrando tal
possibilidade. Qualquer compromisso que possa ocorrer tende a ser efêmero e a
ser substituído com rapidez por outros, igualmente provisórios. Sendo a quinta
idade do processo de desenvolvimento e que compreende a adolescência, quando
ocorre a aquisição de uma identidade psicossocial: a compreensão da sua
singularidade e de seu papel no mundo. Esta é fase que devido as influencias
oriundas das fases anteriores, tem-se a partir disso a percepção de uma
constituição de elementos identitários como somatórios das idades anteriormente
vivenciadas. Para Erikson é o ego que vai fazer o papel de agente interno
ativador, em seus aspectos conscientes e inconscientes. Essa aquisição por
parte do adolescente de uma identidade psicossocial possibilita a construção da
identidade, o sentimento da identidade: o sentimento de ser o mesmo ao longo da
vida, atravessando mudanças pessoais e ocorrências diversas. Erikson define que
nessa fase ocorre a moratória psicossocial que é um período de pausa entre os
jovens, sendo um compasso de espera nos compromissos adultos, na procura de
alternativas e de experimentação de papéis que permitem um trabalho de
elaboração internas. Na adolescência é a permissão da sociedade para
experimentação, exploração e ensaio aos vários estatutos e papéis sociais.
Assim, a moratória psicossocial é o período intermediário admitido social para
o adolescente encontrar sua posição na sociedade por meio da livre
experimentação das funções. Ocorre depois de ter chegado ao autoconhecimento
nos aspectos físicos, cognitivo, interpessoal, social e sexual, quando os
adolescentes começam a refletir sobre os tipos de compromissos que gostariam de
assumir, o que seria o estado da identidade em fase de moratória, se convertendo
em um período para analisar e provar vários papéis sem a responsabilidade de
assumir nenhum deles. É durante a adolescência que ocorre uma integração de
todos os elementos de identidade convergentes e uma resolução de conflito, que Erikson
dividiu em sete momentos fundamentais, os quais se forem superados se adquirirá
uma identidade firma e a crise superada. No desenraizamento, Erikson defendia que
a cada estádio de sua evolução, o sujeito podia fazer uma escolha baseada na
confiança ou na desconfiança, adotando o projeto profilático do higienismo e
renunciado a uma concepção psíquica da organização da personalidade. Assim, ligava
a noção de estádio à de evolução biológica social, afirmando que uma pedagogia
da adolescência era necessária para superar os conflitos de gerações. A
preocupação do adolescente em encontrar o seu papel na sociedade provoca uma
confusão de identidade, afinal, a preocupação com a opinião do outro faz com
que o adolescente modifique a sua forma de ser no mundo, remodelando sua
personalidade muitas vezes em um período muito curto, seguindo o mesmo ritmo
das transformações físicas que acontecem com ele. Na adolescência, quando não
se consegue sair da fase com um forte senso de auto-identidade, não estarão
equipadas para enfrentamento da idade adulta, passando por uma crise de
identidade. Essa crise significa o fracasso em adquirir a identidade do ego
durante a adolescência (SCHULTZ, SCHULTZ, 2014). Tal fato se dá por ausência de
uma força básica que deveria ser desenvolvida nessa fase que é a da fidelidade,
que surge de uma identidade do ego coesa e que engloba sinceridade, genuinidade
e senso de dever para com os outros.
AVALIAÇÃO E PESQUISA - Erikson
desenvolveu o seu método de avaliação da personalidade baseado em técnicas de
terapia com brinquedos, estudos antropológicos e analises psicohistóricas. A terapia com brinquedos é denominada de
ludoterapia e era usada para trabalhar com crianças mentalmente perturbadas,
observando-se as formas e a intensidade do brincar que revelavam aspectos da
personalidade. Essa pratica era denominada de Construção de Cenas, uma técnica
de avaliação da personalidade para crianças nas quais se analisam estruturas
montadas a partir de bonecas, bocós e outros brinquedos. Segundo Hall, Lindzey e Campbell (2002), trata-se de uma
psicoterapia para crianças numa situação lúdica de interação entre elas e o
analista. A análise psicohistórica é um estudo biográfico, utilizando-se da
estrutura da teoria dos estágios contínuos para descrever as crises e formas de
lidar com figuras, concentrando-se numa crise significativa. Segundo Hall,
Lindzey e Campbell (2002), trata-se de um estudo da vida individual e coletiva
com os métodos combinados de psicanálise e história. As
contribuições mais significativas de Erikson, conforme Hall,
Lindzey e Campbell (2002), foi o de estabelecer uma teoria psicossocial do
desenvolve, da qual emerge uma concepção ampliada do ego e os estudos
psicohistóricos que exemplificam sua teoria psicossocial nas vidas de
indivíduos famosos. Para Cloninger
(2003), Erikson ajudou a psicohistória a superar o estágio de simples
documentação do impacto de pessoas importantes na história, para reconhecer as
influencias reciprocas entre as forças psicológicas e a história. Cloninger
(2003) destaca os estudos de Erikson voltados para as diferenças étnicas e
interculturais desenvolvidos sobre a cultura dos Sioux e dos Yurok descrevendo
o desenvolvimento individual interligado com fatores culturais, sociais e
econômicos, bem como suas pesquisa de gênero.
CONCLUSÃO - Verificou-se com a realização do
presente estudo a importância do psicólogo Erik Erikson no desenvolvimento do
pensamento psicanalítico e, em especial, seus estudos dedicados às crianças e
aos adolescentes, notadamente com relação à questão da identidade. É de
fundamental importância ter conhecimento acerca dos oito estágios humanos
pensados por Erikson, com suas peculiaridades, consequências e especificações,
entre os quais é possível destacar uma diversidade enorme de enquadramento com
pessoas das relações mais próximas, principalmente no tocante às fases da
adolescência. Esses estágios psicossociais são reveladores e constituem
indispensáveis conteúdos da teoria psicodinâmica da personalidade. A dimensão
dada pelo autor para o ego, ao dimensionar o ego criativo, torna-se de
relevante questão para melhor entendimento do seu pensamento. Mais importante
ainda é sua perspectiva sociocultural adotada e que permeia toda a sua teoria,
dando destaque para a interação entre o sujeito e o seu meio. Pesquisa
reveladora que bastante contribuiu para a formação daquele que deseja ser
profissional da psicologia. Veja mais aqui e aqui.
REFERÊNCIAS
CLOUNINGER,
Susan. Teorias da personalidade. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
FRIEDMAN,
Howard; SCHUSTACK, Miriam. Teorias da personalidade: da teoria clássica à
pesquisa moderna. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
HALL,
Calvin; LINDZEY, Gardner; CAMPBELL, John. Teorias da personalidade. Porto
Alegre: Artes Médicas, 2000.
ROUDINESCO,
Elisabeth; PLON, Michel. Dicionário de psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar,
1998.
SCHULTZ,
Duane; SCHULTZ, Sydney. Teorias da personalidade. Cengage Learning, 2014.
IX EDIÇÃO DO PROJETO JUSTIÇA À POESIA – A IX edição do Projeto Justiça à Poesia aconteceu agora a tarde, na 10ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho, reunindo poetas, cantores, servidores e público em geral.
Nessa edição, além da poeta Simone Moura Mendes, juízes e servidores, marcaram presença o ator Chico de Assis e a cantora Wilma Araújo que foi acompanhada do seu marido, o violonista Marcão, entre poetas e participantes.
Eis mais algumas fotos do evento.
Veja
mais sobre:
Quando
Papai Noel foi preso, Henryk
Górecki, Demócrito de Abdera, Jane Campion, Alfred Eisenstaedt, Frédéric
Bazille, Fernando Fabio Fiorese Furtado, A Comédia, Meg Ryan, A prisão de São
Benedito & Luiz Berto aqui.
E mais:
Oniomania
& Shopaholic, Píndaro, Mestre Eckhart,
Maimônides, Paulo Leminski & Gilton Della Cella aqui.
Ansiedade:
elucubrações das horas corridas aqui.
O sabor
da princesa que se faz serva na manhã aqui.
Orçamento
& Finanças Públicas & os quadrinhos de Sandro Marcelo aqui.
Educação,
Professor, Inclusão, Emir Ribeiro & Velta aqui.
A Lei de
Responsabilidade Fiscal aqui.
Gilbela,
é nela que a beleza se revela aqui.
Todo dia é dia da mulher aqui.
Palestras: Psicologia, Direito & Educação aqui.
Livros Infantis do Nitolino aqui.
&
Leitora Tataritaritatá!
LITERÓTICA: CRÔNICA DE AMOR POR ELA
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra:
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.