A obra do escritor, crítico de arte e
ocultista francês Sar Mérodack Josephin Peladan, pseudônimo de Joseph-Aime
Peladan (1858-1918). Veja mais abaixo.
PSICOLOGIA ESCOLAR - A
escola é um ambiente que envolvem inúmeros pessoas e inúmeros comportamentos. A sua função além do desenvolvimento das questões
pedagógicas, envolvem um processo de interação entre alunos, professores e
profissionais que compõem o ambiente. Nos últimos anos a escola tem passado por
uma série de transformações atinentes ao novo modelo organizacional instaurado
com a emergência tecnológica e a renovação paradigmática que vem se
desenvolvendo em todo planeta. A partir dessas circunstâncias, a escola tem se
tornado um referencial que tem destinado uma série de debates na busca do seu
envolvimento não só interno quanto externo, ou seja, não só horizontalizar o
relacionamento entre alunos, professores e profissionais escolares, como também
inserir a comunidade nas suas discussões. Essa inserção faz parte da tentativa
de inclusão social e plenitude do exercício de cidadania. A revolução ocorrida
no interior da escola recentemente ocorreu a partir da promulgação da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, instituindo uma modernização no
ensino, uma globalização do currículo, ampliação do seu raio de ação agora não
mais interno mas compreendendo a comunidade ao seu redor, transversalização de
temas importantes na discussão da cidadania e o seu exercício, emancipação
participativa do indivíduo interagindo com o seu meio e conciliando seus
anseios individuais com os interesses coletivos, dentre outras generalizações
importantes para o desenvolvimento das atividades pedagógicas. A partir de
discussões ocorridas tomando por base postulados de Emília Ferreiro, Célestin
Freinet, Paulo Freire, Howard Gardner, Jean Piaaget, Lev Vygotsky, dentre
outros, vem ocorrendo transformações no sentido de implementar um ensino de
qualidade, maior eficiência e eficácia quanto ao resultado de aprendizagens,
preparação do aluno para o trabalho, consciência global atinente às questões da
ética, da saúde, da pluralidade cultural, da meio ambiente, da sexualidade,
além de tantos outros importantes conceitos e definições incluídas no contexto
educacional vigente. Com este reposicionamento que vem ocorrendo na escola, o
profissional de psicologia assume papel importante no contexto de orientação
pedagógica no sentido de delinear uma conseqüente política educativa que
envolva a todos, sejam alunos, sejam professores, sejam profissionais da
escola. Veja mais aqui e aqui .
DITOS & DESDITOS - Deve-se abordar todas as
atividades e situações com a mesma sinceridade, a mesma intensidade, e a mesma
consciência que se tem com o arco e flecha na mão. Pensamento do escritor e
produtor cinematográfico estadunidense Kenneth
Kushner.
ALGUÉM FALOU: É o momento em que você
sabe que pode encontrar a resposta e esse é o período em que você fica sem
dormir antes de saber o que é. Quando você o tem e sabe o que é, pode ficar
tranquilo. A tendência de alguém quando jovem é fazer experimentos apenas para
ver o que acontecerá, sem realmente procurar coisas específicas. Primeiro
montei um pequeno laboratório no sótão em casa apenas para cultivar cristais ou
fazer experimentos descritos em livros, como adicionar muito ácido sulfúrico
concentrado ao sangue de uma hemorragia nasal que precipita a hemotina da
hemoglobina no sangue. Essa foi uma experiência bastante agradável. Ainda me
lembro. Expressão da química egípcia Dorothy Crowfoot
Hodgkin (1910-1994). Veja mais aqui, aqui & aqui.
ALGUÉM FALOU II: Depois de vencer a batalha,
aperte seu capacete.
Provérbio japonês.
O HOMEM & O PODER – Os
homens investidos no poder crêem na duração do presente. Os arrogantes são como
os balões: basta uma picadela de sátira ou de dor para dar cabo deles. O
remorso é a única dor da alma que o tempo e a ponderação não conseguem nunca
acalmar. Na vida você tem de escolher entre tédio e sofrimento. A sensibilidade
e a imaginação conservam a mocidade imortal da alma. Os prazeres do pensamento
são remédios contra as feridas do coração. A consciência é uma pequena lanterna
que a solidão acende à noite. A universalidade dos conhecimentos é necessária
para se ser superior em qualquer parte. Goste das pessoas primeiro! Quanto mais
sabemos, melhor perdoamos. Aquele que sente profundamente, sente por todos os
que vivem. Compreender é perdoar. O amor é o símbolo da eternidade; ele nos faz
perder qualquer noção de tempo, apaga toda a memória de um começo, todo o medo
de um fim. Pensamento da escritora francesa Germaine de Staël (1766-1817). Veja mais aqui.
LEDA – Leda passa sorrindo / Por entre as coisas / E
vai para a cama / Com todas elas. / O muro
fez-lhe um filho / Da hera, / O sol fez-lhe nascer / Um girassol. / Ela fez
amor às claras / Com todos os bois, / À cabeça o boi Apis, / Mas, diabos a
levem, / Nem sequer se nota. / Grande puta, / Esta Leda, / Por isso é que o
mundo continua / Tão bonito. Poema do escritor e dramaturgo romeno Marin Sorescu (1936-1996).
TATARITARITATÁ NA DIFUSORA DE ALAGOAS - Gentamiga, A partir do dia 08 de agosto, a partir das 9:30hs, o Tataritaritatá estará na programação da Radio Difusora, de Maceió.O Tataritaritaritatá fará parte do Programa Alagoas Frente & Verso, espaço aberto e comandado pelo jornalista João Marcos de Carvalho.A partir de então, todos os sábados, o programa Tataritaritatá terá 1 hora de duração, sempre a partir de 9:30hs até às 10:30hs da manhã, e apresentará músicas, noticias, informações, humor, causos, poemas, teatro, dicas de trabalhos acadêmicos, eventos & muito bate-papo na emissora.Ouça o programa on line clicando aqui. SERVIÇO: LUIZ ALBERTO MACHADO COM O TATARITARITATÁ NA RÁDIO DIFUSORA Quando: Todos os sábados, a partir de 08 de agosto. Horário: 9:30 às 10:30 Contatos: 82.8845.4611 ou pelo mail lualma@terra.com.br ou HomeLAM.
TÚMULO E CAPELA - A
obra “Túmulo e capela”, do eminente
professor alagoano Enildo Marinho Guedes, aborda de forma clara, objetiva e com
profundidade, a importância e influência religiosa na fé e na morte, como
construção da sociedade nordestina, notadamente pelos laços familiares, que se
estreitaram desde o advento do processo de colonização do Brasil formando os
alicerces da presente realidade brasileira. O livro “Túmulo e capela” é o resultado de um estudo de caso apresentado
pelo professor Ivanildo Marinho Guedes, onde, segundo este, o autor “(...) escolhe uma família, proprietária de uma
sesmaria, recebida no final do séc. XVIII, com o objetivo de acompanhar a vida
do grupo, sua transformação, até os dias de hoje” (Guedes, 2003, p.5), isto
através de uma pesquisa bibliográfica, acrescido de entrevistas com pessoas
permitindo informações na busca de elementos antropológicos, além de
questionários aplicados com objetivo de se buscar dados e efetuar uma amostra. Tal
volume aborda desde o significado de sesmaria, passando pela sesmaria Mumbuca,
o nascimento da família Marinho do Bananal, até chegar aos capítulos
concernentes às abordagens acerca de túmulos, capelas, engenhos, economia,
mestiçagem, migração e educação, onde o autor analisou o movimento da família
Marinho, sua crença, engenho, economia, miscigenação, migração, educação e que,
conforme palavras do apresentador da obra, realizou, assim, “O estudo da família e da sua relação com o
espaço territorial permite a reflexões profundas” (Guedes, 2003, p. 5). No
primeiro capítulo, o autor aborda acerca da “Sesmaria”, efetuando uma abordagem histórica a partir de 1500,
quando da chegada dos portugueses no Brasil, passando pela criação das
capitanias hereditárias e a doação de terras num formato usado por Portugal
desde o século XIV. Com isso, passa-se a entender que o regime jurídico das sesmarias
descendia da distribuição das terras comunais do município medieval, onde
terras lavráveis e não cultivadas podiam ser distribuídas a quem pudesse nelas
plantar, em proveito da produção agrícola. Isto quer dizer que a adaptação da
sesmaria às terras incultas do Brasil não lhe atingiu a integridade jurídica,
mas que, segundo alguns autores, lhe desfigurou, no curso do tempo, a
fisionomia econômica. No Nordeste, portanto, o sistema das sesmarias, apesar
das linhas demarcadas das ondenações, produziu latifúndios, graças às
concessões liberais e desordenadas por haverem ocupado todas as regiões
economicamente importante, à margem das cidades e em pontos próximos aos
escoadouros da produção. No ritmo dessa investigação, o autor passa a abordar
acerca da “Sesmaria mumbuca”, terra
doada ao Sr. João Marinho, através de uma carta de sesmaria na segunda metade
do séc. XVIII. Esta sesmaria teve sua metade vendida após a morte do
proprietário, sendo que a outra metade passou a ser conhecida como Bananal, que
ficou em poder dos filhos da família, passando esta, após negociação entre os
irmãos, à fundação do engenho São João do Bananal que, mais tarde, vocacionada
para a produção da cana-de-açúcar, passou a se chamar de Mumbuca. Depois de uma
série de subdivisões, restaram as terras de Mumbuca no oeste do município de
Matriz de Camaragibe, desmembrada, também, no engenho Bananal, no município de
São Luís do Quitunde. Esta última, conforme registra o autor “Bananal tornou-se um pequeno povoado com
escola, capela e cemitério” (Guedes, 2003, p. 33). A partir das abordagens
acerca do processo de sesmaria e do resultado encontrado até então, o autor
passa ao capítulo destinado à “Família
Marinho do Bananal”, onde o ele justifica o foco da pesquisa ao estudo da
família Marinho, considerando que esta “(...) deixou suas marcas no povoado Bananal, sobretudo ficou na história
quando construiu uma capela e um cemitério e nenhuma marca é mais forte, no
nosso Brasil, que os símbolos: fé e morte” (Guedes, 2003, p.34). Efetuadas
tais abordagens introdutórias, a obra segue com o capítulo destinado ao tema “Túmulo e capela”, onde o autor considera
que: No Brasil, capela e cemitério fundaram a maioria dos povoados, distritos e
cidades. (...) Nosso povo se forma de maneira diferente. Não é a escola nem o
banco, mas o pelourinho, a capela, o agiota, o foro e o dízimo. (...) O Brasil
era tratado como uma riqueza a ser subtraída e os brasileiros como um povo a
ser explorado (Guedes, 2003, p. 48). Tal
consideração reflete de que forma foi se instituindo o povo brasileiro,
notadamente atendendo aos interesses de Portugal. Neste sentido, Guedes (2003,
p. 51) defende que: Os engenhos, no Brasil, ficaram à mercê da fé. Não a fé
consolidada em estudos teológicos, mas a fé do senso comum, católico, passado
de geração a geração (...) Diante do desconhecido, e abandonado à própria
sorte, tendo apenas que pagar o dízimo, o homem do engenho, com sabedoria,
procurou, quase sempre, a proteção do sagrado. Como já possuía uma certa
orientação religiosa católica, aplicou, então, aqui, a forma mais popular que
conhecia: oratório, imagens, procissão e templo. Próximo à capela, estava o
cemitério. Assentada-se, assim, a ´pedra angular` para um futuro povoado. Mediante
tal constatação, mais adiante, Guedes (2003, p. 56) chega a assinalar de que
forma a fé e religiosidade redundou na realidade de então: São João, o
padroeiro do engenho, no entanto, não foi capaz de evitar a sua falência. Após
o aparecimento das usinas, na primeira metade do século XX, os engenhos foram
apagando as suas fornalhas e desativando seus bueiros. Aos poucos, os donos de
engenhos foram se transformando em fornecedores de cana. A realidade de então,
é constatada no quadro que Guedes (2003, p. 62) demonstra através das palavras
seguintes: A distância dos centros urbanos, a falta de transporte coletivo, a
falta de uma escola mais preparada e de uma perspectiva de vida sustentável por
um lado, e o desamparo ontológico do ser humano, por outro, formaram um quadro
propício à fé. A fé daquele povo é inabalável – sem dúvidas, sem retoques, sem
questionamento. E, em seguida, arremata (Guedes, 2003, p.68/69): Quando a
economia não brota, a agregação social perde o sentido de existir. No caso da
Bititinga, não cuidaram da crença, nem construíram um descanso eterno para os
que lá viveram. Essa insensibilidade com a história dos que passaram e com a
cultura popular abre um canal intransponível para o registro histórico. O
povoado Bananal resgata o engenho, a sesmaria Mumbuca, a história daquela família
cercada de túmulos e capela. Neste sentido, o autor faz alusão de que forma se
processava o desenvolvimento das atividades dos engenhos de então, comparando-o
à realidade presente, quando menciona o caso de Bititinga, onde os interesses
econômicos e financeiros, eram superiores aos desejos de identidade de seus
proprietários que se mantinham desligados de uma raiz cultural que os
mantivessem ligados aos seus projetos de prosperar e desenvolver. Em seguida o
autor passa a abordar mais detidamente acerca do “Engenho”, que, segundo Guedes (2003, p.70): Os engenhos eram os
povoados, as comunidades rurais, as fazendas, as indústrias, as unidades
econômicas. Com o surgimento das usinas, no final do século XIX, começaram a
perder força e foram absorvidos aos poucos, até seu desaparecimento no fim da
primeira metade do século XX. (...) Cada
engenho era um ´estado`. A casa-grande, que quase sempre era muito pequena, era
o palácio do governador; as casas mais próximas eram a senzala e as casas das
pessoas livres que prestavam serviços mais qualificados. Senhor, escravo,
feitor, oleiro, técnico do açúcar, enfim, todos com papéis e posições
distintas, mas convivendo na mesma ´vila`. Realidade esta encontrada na revisão
da literatura efetuada durante o desenvolvimento dos estudos, delineando o foco
para a realidade presente. E de forma mais aprofundada, quanto ao senhor de
engenho, Guedes (2003, p. 71) assinala que: O poder do senhor de engenho, no
âmbito de suas terras, era digno de inveja para qualquer profissional
isoladamente, quer juiz, padre, político, líder sindical, representante de
entidades, nos dias de hoje. Isolado, o engenho era um estado em miniatura.
(...) Os demandos dos senhores de engenho não foram maiores e mais qualificados
do que os dos mandatários de hoje, submetidos à moderna estrutura de
fiscalização e controle – corregedorias, justiça, imprensa. Sob esta ótica, o autor faz novamente
comparações da realidade de então com o momento presente, levando então Guedes
(2003, p. 79), a arrematar que: Na realidade, o que no momento chamamos de
globalização trata-se de um fenômeno antigo, maquiado pelos traços da
atualidade. O engenho que agonizava com a influência da utilização do ferro e
do manejo da força a partir de diferentes fontes de energia, também teve como
fomento no seu nascedouro causas internacionais, como o preço do açúcar. O
número de engenhos e a conseqüente produção de açúcar no nosso país dependiam
do preço que oscilava nos mercados. Vê-se, portanto, que a obra é permeada de
uma articulação comparativa com o que se expressava no passado à expressão do
presente. E é nesta linha que passa para o capítulo seguinte, abordando acerca
da “Economia”, assinalando que: O
aspecto econômico foi a principal razão do nosso descobrimento e da nossa
colonização. Não eram a cultura indígena, nem a beleza bucólica das praias,
campos e florestas, nem qualquer outra característica que moviam as incursões
dos portugueses no continente, senão o interesse pelas riquezas (Guedes, 2003,
p. 84). A esta altura, o autor vai dissecando pormenoridades acerca dos
interesses de Portugal, a invasão holandesa, a abolição da escravatura e a
substituição da mão-de-obra no campo, as cidades nascentes, os mocambos e as
favelas de hoje. Há toda uma interligação de fatos históricos procedendo uma
descoberta que desemboca na realidade atual. E é com vigor histórico e
constatações resultantes dos estudos que, no capítulo seguinte, trata o autor
sobre a “Mestiçagem”, que, segundo
ele “No Brasil, esse foi um problema que
resolvemos da forma mais inusitada possível: numa versão moral religiosa
cristã, a promiscuidade entre as raças” (Guedes, 2003, p. 96). Desta forma,
o autor assinala que: “Em Alagoas, a
miscigenação entre portugueses e índios foi mais comum no sertão, onde predominou
a criação de gado. No litoral, mediante a necessidade da mão-de-obra escrava
para o cultivo da cana-de-açúcar, a miscigenação foi maior entre o português e
o negro” (Guedes, 2003: 97). Tais constatações estão na releitura tanto de Casa Grande & Senzala, de Gilberto
Freyre, como nas demais revisões literárias efetuadas a partir de Câmara
Cascudo, Costa Porto, Diegues Júnior, Moacir Medeiros de Santana, dentre
outros. Para estas constatações, o autor efetuou análise acerca da relação
dominador e dominado, onde enfatiza acerca do sistema escravocrata, que: Numa
sociedade onde homens compram homens e os condenam ao trabalho forçado, nem
nenhum direito para si e sua família, todo desvirtuamento das relações humanas
aparece. A sexualidade, nesse caso, é uma vitrine. Se um homem pode escravizar
um outro para usá-lo no trabalho, pode também escravizar a mulher para usá-la
como objeto de sua libertinagem (Guedes, 2003, p. 103). Com isso, vai
delineando o processo de mestiçagem na observância da relação social entre
dominadores e dominados, considerando o tratamento da sexualidade da época. É
neste sentido que Guedes (2003, p. 105), assevera que: Assim, a relação
dominador x dominado, o sistema escravocrata e a sexualidade natural do negro e
do índio foram as três vertentes, que formaram uma moldura perfeita para a
nossa vida lasciva no período colonial. Uma espécie de composição que engendrou
uma marca na formação social brasileira. Deixa, portanto, entender as três
vertentes que vão formar as bases de todo o seu questionamento no decorrer da
obra, colocando as relações sociais flagradas entre dominador e dominado, o que
se expressa do sistema escravocrata e de que forma isso vai se insinuando na
sexualidade. Ou seja, a dominação do forte, rico e poderoso, sobre a grande
maioria esmagadora de fracos, escravos e vulneráveis. E a partir disso, o autor
é levado a considerar acerca da “Migração”,
quando aborda que: O nomadismo não é uma característica de todos os animais.
Alguns vivem migrando naturalmente, outros delimitam um território, vivem nele
por toda a vida e o abandono de seu espaço físico só acontece quando buscam a
sobrevivência da espécie. Não sendo possível manter-se vivo num espaço,
mudam-se para outro (Guedes, 2003, p.112). Com isso, Guedes (2003, p. 113)
chega a considerar que: “(...) Mas as
circunstâncias fazem com que a migração seja um fenômeno presente na vida da
humanidade. Migra-se para viver melhor”. Isso o leva a concluir que: “No Nordeste, a usina foi a principal
responsável pelo desemprego no campo. O seu melhoramento tecnológico em relação
aos engenhos existentes foi provocando o fechamento de um por um e provocando
desemprego, como hoje faz a revolução da informatização no sistema bancário”
(Guedes, 2003, p. 116). Na linha que parte das observações acerca do túmulo, da
capela, do engenho, da mestiçagem e da migração, a família entra com a ótica
seguinte: (...) A família nuclear passou a se unir, ser mais importante e, aos
poucos, a família mais ampla foi naturalmente se dispersando. Hoje os primos
não conhecem mais as primas. As relações sociais se estabelecem a partir do
lugar onde moram, das escolas que freqüentam, das profissões que exercem, como
é comum na sociedade moderna (Guedes, 2003, p. 122). Vai-se, portanto, deixando
claro toda linha de pensamento do autor, quando se chega ao capítulo final,
destinado à “Educação”, e Guedes
(2003, p. 133) se reporta ao fato de que: A sorte dos engenhos que cuidaram da
educação formal dos seus filhos, certamente foi outra. A adversidade do
modernismo chamado usina, abatendo um por um dos engenhos de cana-de-açúcar,
não conseguiu subtrair o saber já adquiridos nas universidades pelos filhos dos
senhores de engenhos. Os que não estudaram, no entanto, foram explorados no
campo e continuam explorados na cidade, ainda sem nada entender. Vê-se,
portanto, que a obra trata desde a instalação da cultura da cana-de-açúcar no
Brasil, seu desenvolvimento no Nordeste brasileiro, enquadrando o cenário
histórico e econômico de Alagoas. Com isso, leva-se a entender que desde os
tempos da colonização, Alagoas depende da atividade canavieira. Primeiro com os
engenhos banguês e depois com as usinas de açúcar e destilarias de álcool. O
desenvolvimento das atividades da cultura da cana-de-açúcar é secular e,
carregando consigo, toda uma série de problemas intrincados que refletem na
realidade do Brasil e, a obra em estudo, mostra como foi e como vem se dando o
processo de centralização de capitais, através do fechamento de engenhos,
usinas, aquisições e instalações de novas unidades produtivas, acompanhado pelo
aumento no volume de produção e de redução de postos de trabalho nos grupos
empresariais, com uma visão que enfoca desde a realidade nordestina, para
apreensão dos resultados da panorâmica local. No Brasil, pode se dizer, que a
cana de açúcar deu sustentação ao seu processo de colonização, tendo sido a
razão de sua prosperidade. Não obstante os esforços dos donatários com relação
ao regime das Capitanias Hereditárias fracassaram em virtude dos constantes
ataques indígenas, do desinteresse de alguns donatários e dos altos custos para
a efetivação da posse da terra em função da estrutura necessária para a
montagem de produção. Deste quadro, excetuaram-se as capitanias de Pernambuco e
São Vicente, cujos donatários respectivamente, Duarte Coelho e Martim Afonso de
Souza, conseguiram montar um esquema produtivo, dispondo da ajuda financeira de
grupos mercantis estrangeiros. Assim, o açúcar revelou o Brasil ao mundo e, por
outro lado, despertou a cobiça holandesa. A invasão holandesa (1624-1654)
primeiramente na Bahia, de onde foram expulsos em 1625 e posteriormente em
Pernambuco, Maranhão e Sergipe, tumultuou o processo produtivo mas não
prejudicou a produção açucareira no Brasil. Enfim, com a leitura da obra
chega-se a entender que a indústria de açúcar no Brasil, durante toda a sua
historia, atravessou várias fases de modernização.Ao longo de sua história esta
atividade tem sido marcada por períodos de prosperidade, entremeados por fases,
freqüentemente longas, de dificuldades. Do mesmo modo, a concentração, o
conservadorismo e a lentidão de transformações tecnológicas e gerenciais têm
também caracterizado a evolução do setor nesta região. E o mais importante de
tudo isso, é que na obra “Túmulo e capela”
está retratado a formação quando se aborda desde o processo de sesmarias,
passando pelas articulações com a fé, a morte, o engenho, a família, a
economia, a mestiçagem e a migração, trazendo um verdadeiro perfil de como se
processou o desenvolvimento da vida social, econômica, cultural e política do
povo nordestino, notadamente de Alagoas. Veja mais aqui.
VALHA-ME
MINHA SANTA INCREDULIDADE NAS AUTORIDADES E POLÍTICOS DO
BRASILSILSILSILSILSILSILSIL!!!!!!
– Gentamiga desta terra de Pindorama depois do apocalipse dos Brasis!!!! Nos
últimos dias, por força de uma decisão do excelentíssimo senhor ministro do
STF, Gilmar Mendes – eita, mais uma!!!!!! – foi determinada a volta dos
deputados estaduais alagoanos enrolados com a Operação Taturana – aquela que
surrupiou somente mais de 300 milhões de reais da Assembléia Legislativa
alagoana. É pouco? Pois foi. O presidente do STF cassou a liminar do juiz
Gustavo Souza Lima que havia afastado os parlamentares no ano passado. Pois foi,
num adianta ficar de queixo caído não, essa é uma noticia velhíssima. Eu que
num acreditei, agora que caiu a ficha. Pois voltaram para a Assembléia
Legislativa alagoana justamente os deputados que estavam afastados, ou seja,
Antonio Albuquerque, Cicero Ferro, Marcos Ferreira, João Beltrão, Nelito Gomes
de Barros, Dudu Albuquerque, Isnaldo Bulhões Junior e Arthur Lira, todos
indiciados na famigerada operação Taturana. Vixe, minha santa agonia de que
tudo só dá errado neste país de meu povinho brasileiro!!!! Arre, égua! Oh,
nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaoooooooooooooooooooooo!!!!!
UM RECADO: olha só, quando você der fé que atearam
fogo no barraco, pode crer que tão fodendo tudo. Se avie, meu!
Veja
mais sobre:
Segunda
feira & as notícias do dia , Carl
Sagan, Diná Silveira de Queirós, Giacomo Carissimi, Domenico
Mazzocchi, Luigi Rossi, Torquato Neto, Martin Esslin, Joseph Newman, Leatrice Joy, Dita
Von Teese & George Spencer Watson aqui.
E mais:
A música
de Drica Novo aqui.
A salada
geral no Big Shit Bôbras aqui.
Desabafos
de um perna-de-pau aqui.
Literatura
de Cordel: O casamento da porca com Zé da lasca, de Manoel Caboclo e Silva aqui.
Zé-corninho
& Oropa, França e Bahia aqui.
A música
de Rogéria Holtz aqui.
O
Direito das Coisas aqui.
Gustave Courbet, Consuelo de Castro, Robert Altman, Marcela Roggeri,
Sérgio Augusto de Andrade, Vieira Vivo, Rose Abdallah, Liv Tyler, Direito Constitucional & efetividade de suas normas aqui.
Literatura
de Cordel: A peleja de Bernardo Nogueira com Preto Limão, de João Martins de Athayde aqui.
&
IMAGEM
DO DIA
Caricatura
do escritor e ocultista francês Joséphin Peladan (Sar Mérodack Joséphin Peladan, 1858-1918).
CRÔNICA
DE AMOR POR ELA
Leitora/ouvinte/fã manifestando os parabéns
pelo programa & blog Tataritaritatá! Um presentaço! Obrigado, leitoramiga!
CANTARAU:
VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital Musical Tataritaritatá