DORO REAPARECE COM LOROTA PRONTA - Doro andava sumido mesmo. Hoje foi que vim tomar pé da quizília que o cara estava metido. Vocês não imaginam: ele estava trancafiado na mais infecta cela duma cadeia dessas por ai. Verdade, o sujeito estava jogado no meio duns brucutus malencarados. Começou me contando que a fedentina reinava a ponto dele sentir o cúmulo da miséria bem de pertinho, dizendo: - nunca qui senti arripunação daquela! De uma hora para outra, mudou de panorama. Pois eis que, dois dias depois de se misturar com o lixo humano, ele, de repente, foi transferido para um local limpinho, com direito a atendimento 5 estrelas e, até, acompanhamento médico. Ele desconfiou, mas achou muito salutar estar no bem-bom arrodeado de polícia, médico, enfermeira e atendimento vip. Na hora agá, qual não fora a sua surpresa: - Rapaize, inscapei fedendo. Tava eu na maior bagacêra quano mi mudaru pru céu e num era nada disso. Era o Doro lívido, ainda nervosíssimo e sem conseguir parar quieto num canto. - Foi pru pôco, mermo. Eu quagi qui mi-lasquei-mi todo, inscapuli num sei cuma. - O que houve, Doro? -, indaguei desconfiado. - Minino, negóço dos brabo mermo. Pinotei da morti num sei cuma. Quagi que vô pro beleléu ralo abaixo. - Conta logo, homi! -, disse-lhe já agoniado com os volteios da conversa dele. - A salvação foi qui o tá do teco-teco qui trazia o homi pro transprante, deu grogueira e a otoridade bateu as botas na hora, sinão quem tinha iscafedido era euzinho aqui. - Como é, Doro? - Isso mermo, eu tava sendo cevado para doá meus pertencis prum casacudo aí. Pode?
- Nossa! - E apois, rapaizi, inscapei dessa. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais Trelas do Doro.
Curtindo
o álbum da banda Projeto Coisa Fina
(Independente) homenagem ao saudoso arranjador, maestro, compositor e
multi-instrumentista Moacir
Santos (1926-2006). Veja mais aqui e aqui.
PENSAMENTO
DO DIA – O tempo da reflexão conflita com
a urgência do agir. Mas nem sempre todo agir é assim urgente e, na maioria das
vezes, parar para pensar nos salva de decisões equivocadas e prejudiciais.
Pensamento da filósofa Dulce Critelli.
LÓGICA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS - [...]
A
infraestrutura linguística da sociedade é um momento de um contexto que, sempre
mediado pelos símbolos, constitui-se igualmente por meio dos constrangimentos
reais: o de natureza externa, que repercute nos procedimentos do domínio
técnico, e o de natureza interna, que se reflete nas repressões que exercem as relações
de força social. Estas duas categorias de constrangimentos não são somente
objeto de interpretação; à revelia da linguagem, elas agem sobre as regras
próprias da gramática em função das quais nos interpretamos. [...]. Trecho extraído da obra La logique des sciences sociales (PUF,
1987), do filósofo e sociólogo alemão Jürgen Habermas. Veja mais aqui.
A POBREZA - A
pobreza material é temível porque priva a pessoa não aprenas dos bens de
consumo que tornam a vida menos dura, mais fácil, mais agradável. Não apenas
dos meios de proteger a própria intimidade; mas também dos bens culturais que
conferem dignidade, compreensão de si mesmo e do mundo, poesia; e priva ainda
das trocas que são realizadas em torno desses bens. A pobreza impede de
participar de uma sociedade, de estar ligado ao mundo através do que produziram
aqueles que o integra,: esses objetos culturais que circulam e desembocam em
outros círculos diferentes do parentesco ou do bairro, que são o espaço do
intimo e do que se compartilha para além das fronteiras do espaço fdamiliar. E
para se pensar, se definir, muitas vezes, só resta aos pobres se ligar a uma
comunidade mítica ou a um território, mesmo que seja um pedaço da calçada.
[...]. Trecho da obra Os jovens e a
leitura (34, 2008), da antropóloga, professora e pesquisadora francesa Michèle
Petit. Veja mais aqui.
ADAGIÁRIO BRASILEIRO - O
mundo está de tal forma / que ninguém pode entender: / uns devem, porém não
pagam, / outros pagam sem dever. Extraído de Adagiario brasileiro
(Itatiaia/Edusp, 1997), do
escritor, professor, advogado, jornalista e historiador Leonardo Mota (1891-1948). Veja mais aqui.
BIBLIOTECA - [...] Precisava
descobrir algo por mim mesmo, desviar-me do caminho traçado, realizar minhas
próprias descobertas, encontrar minhas próprias inspirações, fora daquilo que os
professores propunham e muito além do que diziam a maior parte de meus colegas.
Esse caminho passava pela biblioteca municipal. Trecho de Autobiografia de um intelectual das classes
populares inglesas (Gallimard/Seuil. 1991), do sociólogo, escritor e
culturatista britânico Richard Hoggart (1918 - 2014).
Veja mais aqui.
MELPOMENE – Do verbo grego cantar, a Musa da
Tragédia é Melpómene, com seu
aspecto grave e sério, ricamente vestida e calçada com coturnos, segura com uma
das mãos um certo e coroas, com outra um punhal ensanguentado. Às vezes dão-lhe
como séquito o Terror e a Piedade. Veja mais aqui.
MARXISMO, IDEOLOGIA E LITERATURA – O
livro Marxismo, Ideologia e Literatura,
de Cliff Slaughther, trata de temas como o legado de Marx, Trotski e a
literatura e revolução, Luckács como um homem para todas as circunstâncias, a
estrutura oculta em Lucien Goldmann, contra a corrente de Walter Benjamim e a
literatura e o materialismo dialético. REFERÊNCIAS: SLAUGHTER, Cliff. Marxismo,
ideologia e literatura. Rio de Janeiro: Zahar, 1983. Veja mais aqui.
DESENVOLVIMENTO HUMANO – A obra Desenvolvimento Humano, de Diane
Papalia, Sally Olds e Ruth Feldman, aborda questões como o estudo do
desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial da criança, do adolescente, do
adulto e da terceira idade, o fim da vida, os métodos de pesquisa, as
perspectivas psicanalítica, humanista, cognitiva, etológica, contextual, da
aprendizagem, amostragem, hereditariedade, maturação, ética na pesquisa, entre
outros importantes assuntos. REFERÊNCIAS: PAPALIA, Diane; OLDS, Sally; FELDMAN,
Ruth. Desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artmed, 2006.
MOTIVAÇÃO - No inicio do sec. XX, conforme Morris e
Maisto (2004), os psicólogos atribuíam o comportamento aos instintos. Foi
William James que, em 1890, compilou uma lista de instintos humanos que incluía
a caça, a competição, o medo, a curiosidade, a timidez, amor, vergonha,
ressentimento. Essa teoria deixou de ser usada quando, conforme Schultz e
Schultz (2012), o cientista britânico William McDougal inseriu enfaticamente a
motivação na psicologia, no início do séc. XX, considerando os motivos como
instintos com o entendimento de que se tratava de um processo biológico inato.
Esses instintos ganharam uma lista do autor, envolvendo desde a reprodução,
sociabilidade, agressão, curiosidade, fuga, fome, repulsa, autoafirmação, entre
outros, citando vários instintos literalmente. As razões, segundo Morris e
Maisto (2004), dos instintos deixarem de explicar o comportamento humano se
devem ao fato de que os comportamentos humanos mais importantes são aprendidos,
esse comportamento é flexível, mutável, encontrado em toda a espécie e
atribuído a todo comportamento humano. Contudo, foi como termo da linguagem da
psicologia, que a palavra motivação ganhou curso a partir dos anos de 1940-1950
com o conceito dado pela abordagem operacional de Edward J. Murray, como sendo
uma modificação na força das respostas, atribuível a alguma operação executada
natural ou experimentalmente, expressa em termos de privação do estímulo ou de
exposição prolongada do organismo a estimulo aversivo. Esse conceito adotou em
termos de especificações tanto das condições em que se pode afirmar que o
impulso funciona, como dos meios, para proceder a sua medição. CONCEITO DE
MOTIVAÇÃO – Encontrou-se na literatura baseada em Myers (2006), Goodwin (2005),
Davidoff (2001), Atkinson et al (2011), Morris e Maisto (2004) e Gazzaniga e
Heatherton (2005), uma variedade enorme de conceito para a motivação. Paul
Thomas Young, segundo Goodwin (2005). por meio da perspectiva mediacional,
adotou o conceito de motivação como sendo o fator que desperta, mantém e dirige
o comportamento, não exprimindo realidade observável, mas compondo uma
construção lógica. É, portanto, postulada como condição explicativa das
variações observadas nos processos de resposta, sempre que o organismo é
atingido pelo mesmo estímulo. Nesse contexto, a motivação possui três
propriedades básicas classicamente consideradas como decorrentes dela:
deflagração, manutenção e direção da conduta. O conceito adotado por Donald
Olding Hebb entende que se trata da tendência do organismo a se ativar, de modo
seletivo e organizado, sendo, pois, uma tendência inerente ao organismo como um
todo, para produzir atividade organizada, oscilando entre o nível mais baixo do
sono profundo e o nível mais alto da vigília e dos estados de excitação e
alerta, variando, também, quanto ao tipo de comportamento resultante ou ao tipo
de estimulação a que o organismo responde. Já o conceito adotado por H. W.
Nisse apresenta a motivação como um fator de ativação ou de sensibilização do
organismo relativamente a certo excitante. Nesse caso, seria um estado
responsável pela função de abaixamento dos limiares de resposta diante de
certos estímulos, ou seja, um fator de sensibilização e dinamismo. Foi,
conforme Goodwin (2005), Roberto S. Woodworth quem distinguiu entre os
mecanismos de comportamento e os fatores que comandam a sua deflagração. Os
primeiros referem-se ao problema do como; os últimos ao problema do porquê. É
precisamente este problema que se cobre com o estudo da motivação, e quem pela
primeira vez o focalizou foi Sigmund Freud na sua teria da pulsão instintiva.
Basicamente Freud busca inspiração nas concepções físicas de seu tempo e, mais
intimamente, nas concepções de Hermann Von Helmholtz, apoiando-se clinicamente
em procedimentos clínicos. Em nível experimental, é Woodworth e E. C. Tolman
através da ideia de constructo que surgiu como recurso para cobrir o fato de
que nem sempre o mesmo estímulo produz a mesma resposta. Os experimentos,
então, se multiplicam, explorando-se, de preferência, os chamados motivos
biológicos básicos, tais como a fome, o sexo, a sede, entre outros. logo se
constrói a clássica teoria do impulso, em substituição ao conceito de instinto,
levado a esvaziamento na década de 1910 a 1920 e, posteriormente, abandonado
pelo movimento behaviorista. A explosão dos motivos superiores começa por volta
do final da década de 1920 e como de 1930. A contribuição pertence a Kurt
Lewin, com seus estudos pioneiros sobre solução de problemas. A proposição dos
impasses seria responsável pela instalação do estado de quase-necessidade, com
implantação de tensões a serem reduzidas ou escoadas através da ação adequada
ou de atividades substitutivas. Os estudos sobre os efeitos da interrupção de
tarefas, devidos a Bluma Zeigarnik, as pesquisas sobre níveis de aspiração
conduzidas pelo próprio Lewin e por Tamara Dembo e, ainda, as investigações
sobre formação de perspectivas de tempo e seus efeitos tonificadores na ação
atual, representam desenvolvimentos realizado em função da perspectiva
introduzida por Lewin na área da motivação superior. Tem-se o entendimento de
que a motivação é o processo responsável peça direção, intensidade e
persistência dos esforços de um indivíduo que busca alcançar uma determinada
meta. Também é vista como o conjunto de fatores psicológicos conscientes e
inconscientes da ordem intelectual, fisiológica ou afetiva, que agem pela
determinação da conduta do individuo. Por isso é tratada como uma energia ou
uma força que impulsiona o individuo para alguma coisa, tornando-se resultado
da interação entre esse individuo com a situação. Em vista do exposto,
encontrou-se que para Davidoff (2001) os motivos, necessidades, impulsos e
instintos são constructos, ou seja, ideias concebidas para explicar
comportamentos. No dizer de Gazzaniga e Heatherton (2005), a motivação é a área
da ciência psicologia que estuda os fatores que energizam ou estimulam o
comportamento. Especificamente, diz respeito como o comportamento é iniciado,
dirigido e sustentado. É a capacidade que inicia, dirige e sustenta
comportamentos que promovem sobrevivência e reprodução. Para Atkinson et al
(2011), é uma condição que guia e incentiva um comportamento, experimentada
subjetivamente como um desejo consciente. Por fim, para Myers (2006), é uma necessidade ou desejo que energiza o
comportamento e direciona para um objetivo. As causas da motivação,
segundo Atkinson et al (2011)m variam desde eventos psicológicos dentro do
cérebro e do corpo até a cultura e interações sociais com outros indivíduos. Verificou-se
que o tema da motivação envolve outras tantas conduções com a questão das
necessidades e carências humanas, motivos, impulsos e instintos. As
necessidades, segundo Davidoff (2001), são deficiências. Para Gazzaniga e
Heatherton (2005) são estados de carência. Tem-se, pois, que motivo ou
motivação, conforme Davidoff (2001), faz referência a um estado interno
resultante de uma necessidade, descrito como ativador ou despertador de
comportamento geralmente dirigido para satisfação da necessidade instigadora. Já
para Morris e Maisto (2004), a motivação e a emoção estão intimamente
entrelaçadas. A emoção se refere à vivência de sentimentos como medo, alegria,
surpresa e raiva. Assim como os motivos, as emoções ativam e afetam o
comportamento. Um motivo é uma necessidade e um desejo especifico que estimula
o organismo e direciona seu comportamento para um objetivo. Os impulsos, para
Davidoff (2001), são modelados pela experiência e sua origem biológica. Já para
Gazzaniga e Heatherton (2005) são estados psicológicos que motivam o organismo
a satisfazer suas necessudades. Os instintos, segundo Davidoff (2001),
referem-se a padrões complexos de comportamento que se pensa serem derivados da
hereditariedade. Foi McDougall quem classificou os instintos como curiosidade,
repulsa, agressividade, autoafirmação, fuga, criação de filhos, reprodução,
fome, entre outros. outrossim, prefere-se hoje tratar os instintos como padrão
de ação fixa, compreendendo movimentos únicos ou de padrões de movimento,
caracterizados por serem específicos da espécie, altamente estereotipados,
completados quando iniciados, não aprendidos, resistem a mudança e acionados
por estímulo específico (DAVIDOFF, 2001). A respeito, Morris e Maisto (2004)
consideram os instintos são padrões de comportamento específicos e inatos,
característicos de toda uma espécie. Para Gazzaniga e Heatherton (2005)
são ações aprendidas, automáticas,
desencadeadas por deixas externas. São semelhantes aos reflexos no sentido de
que produzem um impulso imediato de agir. Entretanto, para compreender a
motivação humana, para Gazzaniga e Heatherton (2005), é preciso atravessar os
níveis de analise para examinar tanto as bases intencionais ou cognitivas, como
as reguladoras ou fisiológicas, do comportamento humano. OS MODELOS DE
MOTIVAÇÃO – Davidoff (2001) identifica dois modelos de motivação: o
homeostático e o de incentivo. A homeostase, conforme Gazzaniga e Heatherton
(2005), descreve a tendência das funções corporais de manter equilíbrio. O
modelo homeostático, segundo Davidoff (2001), pressupõe que o corpo tem padrões
de referencia, ou pontos estabelecidos para cada uma de suas necessidades. O
padrão de referencia aponta o estado ótimo, ideal ou equilibrado. Assim, a
necessidade ativa o motivo. O motivo aciona o comportamento e serve ao esquema
maior do corpo voltado à autorregulação ou homeostase. Assim, esse modelo,
conforme Morris e Maisto (2004), surgiu com a teoria da redução de impulsos ,
entendendo que o comportamento motivado é uma tentativa de reduzir o
desagradável estado de tensão do corpo e fazer com que retorne ao estado de
homeostase ou equilíbrio. Ainda sobre esse
modelo, conforme Atkinson et al (2011), compreende as motivações básicas,
como a fome, a sede e o sexo, ou seja envolve fatores internos. Dessa forma um
estado interno constante de controle mantenha o equilíbrio, por meio de
processos psicológicos, fisiológicos ou mecânicos. O modelo de incentivo, no
dizer de Davidoff (2001), são definidos como eventos, objetos ou condições que
incitam a ação. Esse modelo diz que experiências e incentivos frequentemente
alteram cognições e emoções, levando à motivação. Além disso, incentivos,
emoções e cognições frequentemente se combinam com mecanismos homeostáticos
para moldar os impulsos básicos. As recompensas podem tambem ter um aspecto de
feedback, por traduzirem o merecimento. Esse modelo, para Atkinson et al
(2011), destacam o papel o papel motivacional de eventos externos ou objetos de
desejo. Esses incentivos são os objetos da motivação e podem ser instrumentos
de reforços primários como recompensas. A motivação inconsciente, segundo
Davidoff (2001), estão relacionadas ao pensamento de Freud de os seres humanos
não possuem consciência das forças que os motivam, não estando cientes daquilo
que percebem e pensam, comportando-se automaticamente. A TEORIA DA HIERARQUIA
DE MASLOW – A teoria do psicólogo humanista Abraham Maslow defende que o ser
humano nasce com cinco sistemas de necessidades. A classificação, segundo
Gazzaniga e Heatherton (2005), envolve a necessidade fisiológica, como
alimento, água, oxigênio, sono, sexo, proteção contra temperaturas extremas,
estimulação sensorial e atividade. Também as necessidades de segurança. As
necessidades de amor compreendem os sentimentos de afiliação, aceitação e de
pertencer. O motivo de afiliação, segundo Morris e Maisto (2004), é ativado
quando as pessoas se sentem ameaçadas. As necessidades de estima compreendem a
realização, aprovação, competência e reconhecimento. As necessidades de
autorrealização compreendem a possibilidade de uso das potencialidades
individuais. A autorrealização, segundo Gazzaniga e Heatherton (2005), é um
estado atingido quando os sonhos e aspirações da pessoa são realizados. BASES
FISIOLÓGICAS DA FOME - As bases fisiológicas da fome, conforme Davidoff (2001)
estão relacionadas com a boca, garganta, o sangue e o cérebro. A fome humana é
frequentemente controlada por sinais externos ligados à comida. Esses sinais
estão na aparência do alimento, na visão de outros comendo, o gosto ou aroma
dos pratos, lugares, momentos ou emoções específicas. Já os sinais internos são
devido a dor de cabeça, fadiga, sensação de tontura e garganta seca. Segundo
Davidoff (2001), algumas influências sobre a fome são biológicas, criando fomes
específicas que seguem o modelo homeostático de motivação. As culturas e as
experiências individuais modelam as preferências gerais por alimentos,
considerando-se, ainda, o envolvimento dos genes nas preferências parentais e
exposição seletiva de alimentos. Morris e Maisto (2004) a sensação de fome está
relacionada às emoções de maneira complexa. Myers
(2006) enfatiza o papel dos hormônios insulina, leptina, orexina, grelina e PYY
como responsáveis pelo apetite, observando que a ânsia de comer é de fato
desencadeada pelo estado fisiológico. O sabor, segundo Atkinson et al (2011), é o
fator mais importante nas preferências alimentares, porque contem gosto e odor,
sendo o ser humano programado para gostar e não gostar de determinados sabores
e odores. Para Myers (2006), a cultura afeta o sabor. Os
fatores culturais e sociais, segundo Morris e Maisto (2004), são determinados
pela aprendizagem e pelo condicionamento social. Embora a forme seja
basicamente um impulso biológico, não é simplesmente um estado interno ao qual
sacia-se quando o corpo incita a fazê-lo, uma vez que é resultado de uma
complexa interação de forças tanto do ambiente quanto biológica. Os distúrbios
ou transtornos alimentares, segundo Myers (2006) e Gazzaniga
e Heatherton (2005), mais conhecidos são a anorexia e a bulimia nervosas. Para
Atkinson et al (2011) a anorexia nervosa é um transtorno alimentar
caracterizado pela extrema e autoimposta perda de peso. No dizer de Myers (2006), é um transtorno no qual o peso da pessoa cai
muito abaixo do normal e, mesmo assim, a pessoa se sente gorda e torna-se
obcecada por perder peso. A anorexia nervosa, segundo Morris e Maisto
(2004), possui sintomas como medo de engordar, sentir incomodado com a imagem
física, recusa em manter um peso corporal igual ou acima do mínimo considerado
normal e ausência de pelo menos tres ciclos menstruais consecutivos. Segundo
Atkinson et al (2011), a bulimia é um transtorno caracterizado por episódios
recorrentes de exagero na ingestão de alimentos, seguidos por tentativas de
expelir o excesso por meio da estimulação do vômito e ingestão de laxantes. Já
para Myers (2006), a bulimia nervosa é um
transtorno marcado por episódios repetidos de superalimentação seguidos de
vômitos compensatórios, uso de laxantes, jejum ou exercício excessivo. A
bulimia, segundo Morris e Maisto (2004), envolve episódios recorrentes de
ingestão compulsiva de comida, comportamento de vômito autoinduzido, ingestão
compulsiva de comida, influencia da forma e peso do corpo na autoimagem da
pessoa, entre outros. A obesidade, segundo Gazzaniga e Heatherton (2005), está
associada a um número significativo de complicações médicas, incluindo
problemas cardíacos, hipertensão e problemas gástricos. Já conforme Davidoff
(2001), a obesidade tem influencia da hereditariedade, tendo em vista que os
genes predispõem as pessoas a essa condição por meio de mecanismos que afetam o
apetite, as preferências alimentares, a saciedade, a atividade e o metabolismo.
Na infância, os hábitos alimentares e as células de gordura são fatores
diferentes para a obesidade. As pessoas aumentam seu tecido adiposo por meio de
duas maneiras: o aumento do número de células de gordura, ou as células
existentes ficam maiores. Por isso, a obesidade, segundo Atkinson et al (2011),
é de família e possui base genética. MOTIVAÇÃO POR ESTIMULAÇÃO SENSORIAL -
Davidoff (2001) assinala que as pessoas são expostas constantemente à
estimulação.As preferências sensoriais estão relacionadas com o grau da
resposta ao meio e a outras pessoas, ou seja, reatividade. A busca pela
estimulação possui base genética e ambiental. Assim, a estimulação sensorial é
denominada como sendo o resultado dos estímulos internos ou externos dentro de
um sistema excitável que provoca respostas. Ela faz parte das necessidades
motivacionais dos seres humanos e de outros animais. Esse tipo de motivação
pode ser oriunda do meio, ou externa, ou da autoestimulação, ou interna. Esses
estímulos são oriundos das percepções visuais, auditivas ou táteis, utilizados cada
um de cada vez ou reunidos em combinações de forma confortável ou relaxada, ou,
ainda são considerados como experiências sensoriais que geram a autoestimulação
e levam os indivíduos à alucinação. Entre as necessidades de estimulação
sensorial estão a curiosidade que leva o individuo a explorar o manipular o
ambiente, atraídas pelo que é desconhecido e de novas experiências. Tais
estimulações desenvolvem a sensibilidade perceptiva proporcionando aumento da
competência de habilidades que permitem adaptação diante de novas situações. Há
também aquelas necessidades de procura da excitação com a realização de
atividades arriscadas, ou de ter ou realizar experiências interditas, fora do
comum, saindo da rotina monótona, repetitiva e constante. Os motivos para explorar
e manipular, segundo Davidoff (2001), possui base na curiosidade que está
relacionada com a necessidade de estimulação sensorial. A curiosidade é
evidente nas pessoas durante todo o ciclo de vida. Os motivos que utilizam as
atividades autoestimulantes que compreendem as necessidades individuais de
estimulação. A MOTIVAÇÃO SEXUAL - O sexo, segundo Morris e Maisto (2004) , é um
impulso primário que motiva o comportamento reprodutivo. Para Atkinson et al
(2011), o desejo sexual é uma motivação poderosa por ser o sexo um motivo
social por envolver outra pessoa, enquanto os motivos de sobrevivência
preocupam apenas ao indivíduo. A motivação sexual, segundo Myers (2006), pode ser influencia por fatores
fisiológicos, por estímulos externos, ou seja, o que
ver, ler ou ouvir, como também, pela imaginação devido a origem na ação
recíproca entre a fisiologia e o meio ambiente. A resposta sexual humana,
Morris e Maisto (2004), é influenciada pela vivencia social e sexual, pela
alimentação, pelas emoções e pela idade. Assim sendo, a psicologia da motivação
sexual, segundo Myers (2006), busca descrever e
explicar os comportamentos sexualmente motivados e a tratar dos transtornos
sexuais. Em vista disso, entende-se que a excitação sexual depende da
influência recíproca de estímulos internos e externos. Os
fatores biológicos que influenciam a motivação sexual envolvem desde aspectos
orgânicos e anatômicos que perpassam as gônadas, o sistema reprodutor, o
cérebro, até às necessidades físicas, psíquicas e comportamentais. Daí
entender-se que os motivos e os centros
de prazer, conforme Davidoff (2001), estão relacionadas com o sistema límbico. Os
hormônios sexuais, segundo Myers (2006),
possuem dois efeitos: controlam o desenvolvimento das características sexuais
masculinas e femininas, e sobretido ativam o comportamento sexual. Esses
hormônios influenciam a excitação sexual por meio do hipotálamo, que monitora
as variações nos níveis de hormônios no sangue e ativa os circuitos neurais
apropriados. Os níveis de hormônios sexuais influenciam o impulso
sexual de muitos animais. Níveis altos e baixos de estrógenos e andrógenos são
relacionados com níveis altos e baixos de estimulação sexual (DAVIDOFF, 2001). O
cérebro do homem e da mulher, conforme Davidoff (2001) são diferentes em termos
funcionais e estruturais, considerando, porem, que em ambos os sexos é
organizado de forma permanente pela presença ou ausência inicial de andrógenos.
Para Atkinson et al (2011), o principal órgão sexual é o cérebro, pois é nele
que o desejo sexual se origina e onde o comportamento sexual é controlado. O
impulso sexual, conforme Davidoff (2001), é definido em termos da frequência
com que os organismos praticam o ato sexual ou outros comportamentos sexuais.
Trata-se de um impulso bastante complexo. A necessidade de contato, segundo
Morris e Maisto (2004), é mais universal que a de manipulação, não se limitando
aos dedos, mas envolvendo o corpo todo. Dessa forma entendem que a manipulação
é um processo ativo. Muitos incentivos sexuais sejam aprendidos por meio de
condicionamento respondendo, ou por meio de associação, evidenciam que muitos
objetos sexuais comecem inicialmente como estímulos neutros que não despertam a
excitação sexual. A imaginação, segundo Davidoff (2001) é outro tipo de incentivo
sexual. A fantasia sexual, conforme Davidoff (2001), em qualquer intensidade,
não está relacionada com desajuste social. Os comportamentos sexuais, como
masturbação, ato sexual e conversas sobre sexo, são influenciados por
consequências de gratificação e punição ou condicionamento operante (DAVIDOFF,
2001). O ciclo de resposta sexual, segundo Davidoff (2001), Myers (2006) e Morris e Maisto (2004), possui as
seguintes fases: excitação, platô, orgasmo e resolução. Após a estimulação
sexual instala-se a excitação e é nessa fase que as pessoas respiram
rapidamente. Na fase platô os músculos continuam a se retesar e o sangue acorre
para superfície do corpo. O orgasmo, ou clímax, dura vários segundos e inclui
intensa euforia, perda momentânea de contato com o eu e o meio circundante, e
frequentemente uma sensação de saciedade além de contrações genitais. Em ambos
os sexos o clímax serve à mesma função física: aliviar os tecidos entumecidos e
os músculos retesados. O orgasmo masculino possui duas fases: a primeira quando
o sêmen é emitido pelas glândulas sexuais, ligada à perda temporária do desejo
sexual; na segunda, os músculos pélvicos incluindo aqueles do pênis, que
ejaculam o sêmen, contraem-se. As contrações estão associadas com a experiência
de euforia. O orgasmo das mulheres, segundo Davidoff (2001) não é entendido tão
bem, muito embora esteja centrado no clitóris, variando em duração e
intensidade, experienciando contrações. A última fase do ciclo de resposta
sexual é a resolição. Neste momento o corpo volta a seu estado normal quando a
congestão sanguínea é aliviada e os músculos retesados relaxam. As pessoas
demonstram impulso sexual desde o nascimento. Na puberdade, há um surto de
interesse sexual. Entre os idosos o comportamento sexual depende da experiência
e da satisfação passadas. Os fatores culturais e ambientais, Morris e Maisto
(2004), influencia o comportamento sexual por estar relacionado com a
aprendizagem e a experiência. A cultura dita padrões de conduta sexual,
orie4nta a visão de atratividade, sendo assim, a cultura e a vivência
influenciam os estimulantes, orientados por fatores do ambiente. Para Davidoff
(2001), o casamento é importante indicador de atividade sexual para as
mulheres, enquanto que a percepção de saúde é uma determinante fundamental da
atividade sexual dos homens. Em geral, as mulheres tendem a ser mais
responsáveis, convencionais e idealistas, e os homens tendem a ser mais
permissivos e mais orientados para o prazer e o poder. Um padrão duplo ocorre
na maioria das sociedades definindo que as percepções sexuais de homens e
mulheres são divergentes. Tais divergências podem ter base na perspectiva
darwiniana de herança evolutiva: na evolução, o objetivo maior é reproduzir a
maior prole possível. Além disso, a diferença entre esperma e óvulo: existem
muitos espermas diante do pequeno suprimento de óvulos. Como as mulheres
geralmente possuem responsabilidade pela criação, requerem um relacionamento
permanente. A orientação sexual, Morris e Maisto (2004) e Atkinson et al (2011),
se refere à direção do interesse sexual de um individuo. MOTIVAÇÃO SOCIAL - A
motivação social, para Davidoff (2001), reserva-se àqueles motivos cuja
satisfação depende do contato com outros seres humanos, na satisfação das
necessidades de afiliação e de realização. Assim, conforme Myers (2006), na condição de criaturas sociais, os seres
humanos são profundamente motvados para criar vinculo com aqueles que lhes são
importantes, tendo em vista que os laços sociais elevaram a taxa de
sobrevivência dos ancestrais e que a cooperação em grupo melhora a
sobrevivência. A necessidade de pertencimento, segundo Myers (2006), dá
colorido aos pensamentos e emoções porque ao se sentir incluído, aceito e amado
o ser humano fica com autoestima elevada. A linguagem e o pensamento dependem de
estimulação social. Adultos e crianças que contam com apoio social lidam mais
adequadamente com crises. Os motivos sociais estão relacionados com a
dependência de que cada individuo possui com relação às outras pessoas buscando
a satisfação das necessidades oriundas dos sentimentos. Aqueles que possuem
apoio social são vistos como aqueles que demonstram maiores capacidades de
superação em momentos de crises. Esses motivos sociais surgem para a satisfação
das necessidades de amor, ligado intimamente ao contato entre os seres humanos,
tornando-se decisivas para o processo de adaptação ou ajustamento. São motivos
que se explicam na compreensão do homem viver em sociedade, possuindo o
objetivo que cada individuo tem de se sentir respeitado, amado, aprovado,
superando as situações de crise ou críticas com maior facilidade. Aquelas
pessoas que se sentem isoladas ou rejeitadas pela sociedade possuem a tendência
de sentimentos profundamente perturbadores, como tornarem-se apáticas, negligenciam
o asseio pessoal, choram com frequência. As necessidades sociais são
denominadas de necessidades secundárias e são expressas por meio da publicidade
para criação de determinado tipo de necessidade. MOTIVAÇÃO DE REALIZAÇÃO - A
motivação de realização, segundo Davidoff (2001) e Gazzaniga e Heatherton
(2005), provém das necessidades de buscar excelência, atingir objetivos
grandiosos ou ser bem-sucedido em tarefas difíceis. Ela envolve competir com os
outros ou contra algum padrão interno ou externo. Há que se considerar que foi
a partir de 1953, que surgem as grandes contribuições devidas a David
McClelland. Centralizam-se na pesquisa dos motivos de realização e afiliação,
consolidando a aplicação de recursos de medida e quantificação ao nível da motivação
superior. Durante os últimos anos McClelland e seus colaboradores procuram
desenvolver medidas dos motivos de realização e investigam correlatos dessas
medidas, não apenas no comportamento individual, mas também nos sistemas
sociais. A técnica de medida fundamenta-se na análise do conteúdo das produções
temáticas da imaginação humana: envolvem histórias, relatos, sonhos, visando a
comparação com um padrão de excelência. As pessoas que se sentem motivadas para
a realização julgam-se empreendedoras por possuírem esse indicador relevante e
central de motivação, sendo aquela que se determina o tempo inteiro sobre os
caminhos, meios ou maneira de realizar atividade difíceis e importantes. Essas
pessoas tendem a seguir estratégias individuais e peculiares de comportamentos,
fixando seus próprios caminhos e metas para alcance de seus objetivos,
tornam-se protagonistas e inquietas realizando sempre algo, não se deixando
arrastar pelas circunstâncias da rotina. Esse tipo de pessoa costuma ser
bastante seletiva na escolha de seus objetivos e metas, rejeitando a submissão
automática, nem auxílios ou conselhos, acreditando nas suas intuições,
assumindo inteiramente a responsabilidade pela concepção e execução de suas
realizações. Esse tipo de pessoa assumem todos os méritos que alcançam sucesso,
ou assumem suas responsabilidades e culpas quando fracassam. Possuem, portanto,
satisfação no próprio trabalho para o reconhecimento e autorrealização. O
trabalho é identificado como a origem e fonte da motivação para realização. A
motivação de realização enquadra-se relativamente bem no modelo de incentivos,
tendo em vista que eles desempenham um papel crucial para despertá-la. As
cognições e emoções evocam a motivação, podendo despertar ansiedades associadas
a fracasso ou sucesso. A motivação e a ansiedade despertam comportamentos de
realização tais como estabelecimento de objetivos, diligência e persistência. A
autoavaliação é importante porque as pessoas que se sentem bem em relação a si
mesmas tendem a se esforçar ao máximo (DAVIDOFF, 2001). A perspectiva
respondente atribui as propriedades instintivas de motivação de realizações à
associação entre realizações e aprovação (DAVIDOFF, 2001). MOTIVAÇÃO COGNITIVA
- A motivação cognitiva possui sua base na experiência passada e na informação
disponível. A teoria social cognitiva defende que o comportamento é
influenciado pela observação dos outros, quando as pessoas aprendem com a
recompensa ou punição da ação de outras pessoas. Segundo essa teoria, para que
haja a influencia de outras pessoas não há necessidade de interagir com elas,
bastando a observação e conclusões tiradas a respeito. São atribuídas às
cognições pessoais que são incoerentes com os padrões sociais; à espera de um
determinado evento quando ocorre outro; a contradição entre o comportamento e
as atitudes. Tem-se, por todo exposto que a motivação é o estado que leva o ser
humano a se comportar em conformidade com as suas necessidades cognitivas ou
fisiológicas, tornando o motivo um significado complexo e subjetivo, ligado à
personalidade de cada individuo e às experiências vividas anteriormente. A
aplicabilidade da motivação do comportamento humano está ligada à capacidade
que cada individuo em agir na busca da satisfação de suas necessidades. Veja
mais aqui.
REFERÊNCIAS
ATKINSON, Richard; HILGARD, Ernest; ATKINSON,
Rita; BEM, Daryl; HOEKSENA, Susan. Introdução à Psicologia. São Paulo: Cengage,
2011.
DAVIDOFF, Linda. Introdução à Psicologia. São
Paulo: Pearson Makron Books, 2001.
GAZZANIGA,
Michael; HEATHERTON, Todd. Ciência psicológica: mente, cérebro e comportamento.
Porto Alegre: Artmed, 2005.
GOODWIN, James. História da psicologia
moderna. São Paulo: Cultrix, 2005.
MORRIS, Charles; MAISTO, Alberto. Introdução
à Psicologia. São Paulo: Prentice Hall,
2004.
MYERS, Savid. Psicologia. Rio de Janeiro:
LTC, 2006.
SCHULTZ, Duane;
SCHULTZ, Sydney. História da psicologia moderna. São Paulo: Cengage Learning,
2012.
MEMÓRIAS DE ADRIANO – [...] Como toda
gente, não disponho senão de três meios para avaliar a existência humana: o
estudo de si mesmo, o mais dificil e o mais perigoso, mas também o mais fecundo
dos métodos; a observação dos homens, que se arranjam frequentemente para
ocultar-nos seus segredos ou por nos fazer crer que os têm; os livros, com os
erros peculiares de perpectiva que surgem entre suas linhas [...]. Extraído
do romance Memórias de
Adriano (Mémoires d'Hadrien - Círculo do Libro, 1974), da escritora
belga de língua francesa Marguerite de Yourcenar (1903-1987). Veja mais
aqui.
POEMA - Nem
mesmo tente / Nem mesmo tente voltar seu olhar/ Nesta noite melancólica, neste
gelo melancólico; / Há alguém esperando em suas pegadas,/ Você não pode parar
de responder seus olhos. / Hoje eu olho para trás e… de uma vez / Eu vejo: ele
olha para mim, meu amigo / Com aqueles olhos vivos de gelo – / Meu único alguém
até o fim / E eu não saberia disso, portanto / Eu pensaria que alguma outra
seria minha luz/ Mas, oh, meu sacrifício, sonho, paraíso,/ Eu vivo apenas
quando você está em minha visão! / Só o seu olhar faz a minha vida certa, / Eu
tenho fé somente em seu reflexo; / Para quem vive – eu sou a sua esposa, / Sou
a janela – para nós dois. Poema da poeta russa Olga Bergholz (1910-1975).
A ARTE DE KEES VAN DONGEN
A arte do pintor neerlandês Kees van Dongen (1877-1968). Veja mais
aqui.
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TATARITARITATÁ
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Musical Tataritaritatá - Fanpage.