MEMENTO MORI - Diante de si e de tudo, a hora. Quem se
recusa com o beiço virado e um deus na barriga, dono de si desafiando a vida,
pisando gente com a soberba descarada, autossuficiência de semideus e o domínio
ao umbigo, a mandar e desmandar aos quatro ventos e astros, na avareza e
possessão, acumulando ao mandonismo, agiotagem, ambições, para gozar uma vida
eterna aqui na Terra, agora e sempre, guerras, epidemias, traições, quanta
húbris! Todos sonham em ser auriga no memento
homo, segurando a sua coroa de louros, vitoriosos. Mas quem, diante de si e
de tudo, agora, de que adianta passar os outros para trás, tirar proveito da
ignorância alheia, enganar, enrascar, fazer os demais de tolos, otários, para
vangloriar-se o rei da cocada preta no exagero do exibicionismo. Ah, esquece-se
que se pode sucumbir à doença, indiferente ao fatídico suicídio, à calamidade
do inopinado, o desassossego dos aflitos, as colisões, os destroços dos
míseros, tudo tão conspícuo. Quantos se apegam e se agarram à correnteza da vida.
A gente cada vez menos conhece o que é o ser humano. Quase impossível
lembrar-se que é mortal, isso é líquido e certo. Não há o que temer. É preciso
elaborar, saber-se das cartas de Sêneca, do beijo de Epiteto e do que rondava
os pensamentos de Wittgenstein, o tratado samurai, o respeito ao povo dos
túmulos. Lembrar-se da morte, do quanto tudo é perecível, efêmero, nada além de
saber que tudo morre e não é o fim. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja
mais aqui.
DITOS & DESDITOS:
[...] a cidade como
mídia só se revela como mediação à medida em que contempla as diferenças entre
cidades e as características dos seus lugares. Se a cidade como mídia supõe a
lógica redundante da midialogia, a mediação supõe reação e ação atentas ao
movimento contínuo que organiza e reorganiza a cidade como um sistema. Em
consequência e enquanto mediação, a cidade não é marcada pelas imagens que a
simbolizam, mas é ela própria, enquanto produtora de ações e comportamentos,
que se caracteriza pragmaticamente e se revela como mediação na grande
experiência coletiva que é dada ao homem descobrir e viver. [...] Como grau zero da
mídia, a mediação não é, mas está disponível e inaugura-se como escritura cuja
função não é exprimir ou transmitir valores e ações, mas impor a semiose que
parte da dimensão semiótica das interações, para superá-la e escrever uma
história da cidade feita do modo como nela operamos ou dela fazemos parte. A
mídia sinaliza a cidade através das suas imagens, mas a mediação permanece
cognitivamente na experiência que produz sua metamorfose feita de convergências
e divergências.
Trechos do artigo Cidade: meio, mídia e mediação (Matrizes, abril 2008), da professora e pesquisadora Lucrécia Ferrara, autora da obra Os significados
urbanos (Edusp/Fapesp, 2000).
CANÇÃO DE BAAL
O longa-metragem Canção
de Baal (2008), escrito e dirigido pela cineasta, atriz,
diretora e roteirista Helena Ignez,
é baseado na peça Baal, de Bertolt Brecht, contando a história de um artista
liberal que tem casos com várias mulheres e um homem, de quem morre de ciúmes.
Em um jantar, ele se torna sarcástico com os convidados e atrai a mulher do
amigo. Veja mais aqui, aqui, aqui & aqui.
A ESCULTURA DE BARBARA HEPWORTH
O escultor tem de procurar apaixonadamente o
principio subjacente à organização da massa e da tensão – o significado do
gesto e a estrutura do ritmo.
A arte
da escultora britânica Barbara Hepworth (1913-1975), com suas obras abstratas,
de formas côncavas e convexas e superfícies polidas. Baseado na vida dela, o
drama independente The Sculptress
(2018), dirigido por Alex Bailey e estrelado por Cassie Compton como
protagonista, traçando a trajetória da artista, alimentado por seu caso de amor
com o pintor inglês Ben Nicholson
(1894-1982). Veja mais aqui.
O TERRITÓRIO SAÚDE DE
MÔNICA FALCON
O programa Território Saúde, apresentado pela
jornalista, produtora e diretora Mônica
Falcon, na TV Padre Cícero, traz questões atinentes aos cuidados com a
saúde. Ela edita o blog Atelier Mônica Falcon e atua como palestrante de conteúdo motivacional, além de produzir,
atuar e dirigir conteúdo para tevê, peças publicitárias e varejo televisivo. Veja mais aqui e aqui.
&
A OBRA DE RALF WALDO EMERSON
O que nos outros chamamos de pecado, para nós
é experiência.
A obra do
escritor e filósofo estadunidense Ralf Waldo Emerson (1803-1882) aqui,
aqui, aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.