A FESTA DOS BEIJOS & MUITOS BEIJOS – Pra quem
espera sozinha na sua escuridão, meu beijo fraterno. Pros desesperados de todas
as causas, meu beijo de esperança. Pros que erraram e se perderam nos caminhos,
meu beijo de abrigo. Pros que não sabem o que fazer depois de tanto pelejar,
meu beijo de Sol. Pros que se arrependeram de tudo, meu beijo imenso. Pros que
se fartaram de sonhar, meu beijo infinito. Pros que esqueceram de tudo, meu
beijo afetuoso Pros que seguem adiante indiferentes na vida, meu beijo de
braços abertos. Pros incansáveis, meu beijo de descanso. Pros que se matam de
ansiedade, o meu beijo tranquilo. Pros que sucumbem na expectativa, o meu beijo
de amanhã. Pros que se aborrecem na fúria de suas frustrações, meu beijo
esquimó. Pros que desejam além da conta, meu beijo de placidez. Pros que
desamam com seu coração duro e seco, meu beijo borboleta. Pros que amam além da
conta, meu beijo de irmão. Pros miseráveis de todas as classes, meu beijo de
comiseração. Pros irredutíveis donos da razão, meu beijo compassivo. Pros que
erraram demais perdendo a esperança, meu beijo amigo. Pros que precisam, meu
beijo afetuoso. Pros que choram, meu beijo solidário. Pros que sucumbiram a
todas as circuntâncias, meu beijo de apoio. Pros que sonham um mundo melhor,
meu beijo de paz. Pra mulher amada, o meu beijo francês molhado de vampiro
apaixonado. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.
PEDRO PÁRAMO DE JUAN RULFO
[...] Eu imaginava ver aquilo através das
recordações da minha mãe; da sua nostalgia, entre fiapos de suspiros. Ela viveu
sempre suspirando por Comala, pelo regresso; mas jamais voltou. Agora, venho eu
em seu lugar. Trago os olhos com que ela viu estas coisas, porque me deu seus olhos
para ver. [...] A centenas de metros,
acima de todas as nuvens, além, muito além de tudo, você está escondida,
Susana. Escondida na imensidão de Deus, atrás de sua Divina Providência, onde
não consigo alcançar você nem ver você e aonde minhas palavras não chegam. [...]
Porque tinha medo das noites que enchiam
a escuridão de fantasmas. De encerrar-se com seus fantasmas. Disso tinha medo.
[...]
Trechos
da novela Pedro Páramo (Record,
2004), do escritor, roteirista e fotografo mexicano Juan Rulfo (1917-1986), contando
a epopéia de um homem que trafega num mundo de descobertas e reminiscências,
entre mortos e vivos, com alternâncias de personagens numa infinidade de
fragmentos e estrutura intrincada e inovadora que não seguem uma sequência
temporal, por meio de discursos múltiplos, desordenados e contraditórios. O retorno
à cidade após a morte da mãe para procurar o pai, quando toma ciência de ele já
havia morrido anos atrás, entrando em contato com diversos moradores, todos, de
alguma forma, ligados ao falecido e muitos filhos naturais dele, condenados a
vagar eternamente pelos pecados cometidos. Veja mais aqui.
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E mais:
Resiliência,
perspectivas & festas: feliz aniversário, A prática libertadora de Paulo Freire, Liberdade da palavra de Octavio Paz, Resiliência em
transtornos mentais de Makilim Nunes Baptista, a pintura de Luis
Crump, a música de Midori Goto, Babi
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Lopez aqui.
Vamos
aprumar a conversa: Primeira reunião, Ética pro novo milênio de Dalai
Lama, Morte ao invasor de Gilvan Lemos, O despertar da primavera de Frank
Wedekind, a pintura de Marc Chagall &
Edgar Degas, a música de Toquinho, o cinema de Jean Cocteau & María Casares,
a coreografia de Alonso Barros & a poesia de
Valéria Tarelho aqui.
A mulher
& as relações de gênero aqui.
Fecamepa aqui.
A arte de Chico Buarque aqui.
Big Shit Bôbras, A miséria humana de Blaise Pascal, Os versos satânicos de Salman Rushdie, a
poesia de Ludwig Uhland, a música de Paul McCartney, o cinema de Ridley Scott & Sean Young, Paulina Bonaparte & a
escultura de Antonio Canova, a pintura de
Andre Derain & Teatro cordel de Cesar Obeid aqui.
Infância, Imagem e Literatura: uma
experiência psicossocial na comunidade do Jacaré – AL, As ilusões da pós-modernidade de Terry Eagleton,
Primeiro caderno de memórias de Osamu Dazai,
Bomba-meu-boi de Hermilo Borba Filho, a música de Jacques Offenbach, o cinema de Jean-Paul
Rappeneau & Isabelle Adjani, a arte
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Se não
vai de um jeito, vai de outro, A marcha da
insensatez de Barbara Tuchman, a música
de Kyung-Wha Chung, a pintura de Joan Miró & Eugène Leroy,
Princípios da educação positiva de Lídia Natália Dobrianskyj Weber, a arte de Anna
Dart & Eugene J. Martin, a fotografia de Faisal
Iskandar & a poesia de Bárbara Lia, Revista Poética
Brasileira & Mhario Lincoln aqui.
Palco da
vida, A vida mística de Jesus
de Harvey Spencer Lewis, A terceira mulher de Gilles Lipovetsky, Toda palavra de Viviane Mosé, a música de Andersen Viana, a pintura de Maria Szantho & Katia Kimieck, Roseli Rodrigues & Balé Teatro Guaíra, a arte de Maxime des Touches
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Do raiar
do dia aos naufrágios crepusculares, História dos hebreus de Flavio Josefo, Sempre poesia de Helena Kolody, Metafísica do virtual real de Michael R. Heim, a música de Milton Nascimento & Fernando
Brant, a fotografia de André Brito, Estilhaços da catarse de Carla Torrini, a pintura de Rollandry Silvério, a arte de George Grosz & Fernando
Rosa aqui.
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PRESENTE
DO MAR DE ANNE MORROW LINDBERGH
[...] De repente, numa manhã qualquer da segunda
semana, a mente desperta, renasce para a vida outra vez. Não no sentido
“urbano”, mas no sentido “marinho”. Ela começa então a flutuar, a se mexer, a
fazer movimentos suaves e negligentes como as ondas preguiçosas que se quebram
na praia. Nunca se sabe que possíveis tesouros essas ondas inconscientes vão
lançar à areia branca e suave do consciente. Talvez uma pedra redonda de
formato perfeito ou uma concha rara do fundo do mar; talvez uma concha-pera, uma
concha-lua ou até mesmo um argonauta. Mas esses tesouros não devem ser
procurados, muito menos desenterrados. Nada de escavar o fundo do mar. Isso
frustraria nosso objetivo. O mar não recompensa os que são por demais ansiosos,
ávidos ou impacientes. Escavar tesouros mostra não só impaciência e avidez, mas
também falta de fé. Paciência, paciência e paciência é o que nos ensina o mar.
Paciência e fé. Precisamos nos deitar vazios, abertos e sem exigências, como a
praia – esperando por um presente do mar. [...].
Trecho
do romance Presente do mar (Sextante,
2009), da escritora e aviadora estadunidense Anne Morrow Lindbergh (1906-2001), refletindo sobre a essência
humana e demonstrando sensibilidade ao tratar de temas profundos, como
envelhecimento, amor, casamento, paz, solidão, despojamento e felicidade. Ao buscar
inspiração nas conchas da praia, que se transformam em metáfora das diversas
etapas da vida e dos relacionamentos, a autora fala sobre a necessidade de às
vezes estar sozinho para se encontrar, de se fortalecer para só depois se doar,
de ser inteiro quando o mundo nos exige multiplicidade.Veja mais aqui.
RÁDIO
TATARITARITATÁ: YES
Hoje é dia de especial com a
banda britânica de rock progressivo Yes, formada por Jon Anderson
(vocal), Chris Squire (baixo), Steve Howe (guitarra), Alan White (bateria),
Rick Wakeman (teclados), Tony Kaye (teclados), Peter Banks (guitarra) e Bill
Bryford (bateria), com apresentações de concertos e shows ao vivo. Para
conferir é só ligar o som e curtir. Veja mais aqui e aqui.
A ARTE CLARENCE HUDSON WHITE
A arte do fotógrafo estadunidense Clarence Hudson White (1971-1925).
DEDICATÓRIA
A edição de hoje é dedicada aos
aniversariantes: a poeta & artista visual Luciah Lopez & executivo & profissional de Marketing Marcos Alexandre Martins Palmeira.