quinta-feira, julho 20, 2017

CANÇÃO AMIGA DE DRUMMOND, TOM JOBIM, ANA MARIA MACHADO, GUIOMAR NOVAES, SEBASTIÃO TAPAJÓS, MOHOLY-NAGY, TECA CALAZANS & TEXTO AMIGO

AMIZADE & DOS AMIGOS & AMIGAS - Imagem: arte do designer, fotógrafo, pintor e professor húngaro László Moholy-Nagy (1895-1946). -  Uma mão puxa outra e faz história, muitas até, indefinidamente imantadas, naturalmente, mesmo pra quem vê-las antagônicas, são complementares, sejam destros ou canhotos, simpáticos ou repulsivos, amantes ou desamados. Elas montam, desmontam, inventam e reinventam, fazem e desfazem, refazem, pegam e soltam, puxam e empurram, acenam, ajeitam, desajeitam, enfeitam, aprumam e desaprumam, levantam e abaixam, nadam, remam, cortam, emendam, cavam, tapam, amarram e desamarram, clicam, desenham, contornam, enfim, tanto abrem como fecham nos braços e abraços de côncavo e convexo, com força centrífuga ou centrípeta, aconchegantes ou desdenhosos, cruzados ou inflexíveis, abertos ou filantropos, peito aberto a quem chegar, ou não. Vão com os pés, um atrás do outro, vão adiante, pra cima ou pra baixo, pra onde quer que queiram, longe ou perto, prali ou pracolá, vão e voltam, pra onde der nas ventas, qualquer direção. Assim somos, receptivos de riso aberto, ou intragáveis caras fechadas com o seu mundinho restrito ao umbigo. Assim somos entre escolhas, acertos e desacertos. Uma mão amiga é sempre bem-vinda, um abraço fraterno sempre desejável. Há quem se disponha a doar, como há quem negue, quem se veja apenas a si, ou com todos na festa do coletivo, na solidariedade. A forma de ver é o que importa, há muitos modos de olhar, enxergar é possível até o visinvisível, da semente ao fruto, do nascer à morte que é a mesma coisa, só renascimentos. Assim somos pra viver e aprender a lição: o passado é história, pra que a gente aprenda a não repetir os erros; o futuro é mistério, o delicioso mistério da vida; e o presente é uma dádiva viver. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.

CANÇÃO AMIGA DE DRUMMOND
Eu preparo uma canção
em que minha mãe se reconheça,
todas as mães se reconheçam,
e que fale como dois olhos.
Caminho por uma rua
que passa em muitos países.
Se não me vêem, eu vejo
e saúdo velhos amigos.
Eu distribuo um segredo
como quem ama ou sorri.
No jeito mais natural
dois carinhos se procuram
Minha vida, nossas vidas
formam um só diamante.
Aprendi novas palavras
e tornei outras mais belas.
Eu preparo uma canção
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças
.
Canção amiga, extraído da obra Poesia completa (Nova Aguilar, 2002), do poeta, contista e cronista Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.

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Eita! Vou por ali no que vem e que vai, Viajante numa noite de inverno de Ítalo Calvino, Os tempos da Praieira de Costa Porto, O efêmero de Louise Glück, Neurofilosofia & Neurociência Cognitiva, a música de Edson Zampronha, a arte de Laszlo Moholy-Nagy & Anke Catesby, Mike Edwards & Betina Muller aqui.

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AMIGO É COMIGO, DE ANA MARIA MACHADO
[...] Fiquei feliz. Isso para mim era o mais importante de tudo. Quanto mais o tempo passa, mais eu confirmo que amizade é uma das coisas mais importantes na vida da gente. Um verdadeiro tesouro. Tem toda razão aquela canção que diz: Amigo é coisa pra se guardar Do lado esquerdo do peito. De minha parte, pretendo guardar mesmo. Como algo muito precioso. Debaixo de sete chaves. [...]
Trecho de Amigo é coisa pra se guardar, extraído da obra Amigo é comigo (Moderna, 1999), da escritora e jornalista Ana Maria Machado. Veja mais aqui.

RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá é dia de especiais com o compositor, maestro, pianista, arranjador e violonista Tom Jobim (1927-1994): Passarim & Live Concert Festival International Jazz Montreal; da pianista Guiomar Novaes (1894-1979): Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro, Les Préludes Debussy Live & Philharmonic Hall NYC; do violonista e compositor Sebastião Tapajós: Villa=Lobos & El arte de La guitarra; e da cantora e compositora Teca Calazans em arte solo & em parceria com Heraldo do Monte. Para conferir é só ligar o som e curtir.

A ARTE DE MOHOLY-NAGY
A arte do pintor, fotógrafo e escultor húngaro Laszlo Moholy-Nagy (1895-1946). Veja mais aqui, aqui & aqui.

PATRICIA CHURCHLAND, VÉRONIQUE OVALDÉ, WIDAD BENMOUSSA & PERIFERIAS INDÍGENAS DE GIVA SILVA

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