
TEATRO NA ESTÉTICA DE SOURIAU
[...] descobrir sob que ângulo de visão o mundo a
ser apresentado é o mais interessante, o mais pitoresco, o mais estranho, o
mais vibrante, ou o mais significativo. É exatamente - a analogia é esclarecedora - fazer no moral o que o
cineasta faz no físico com sua câmara, procurando o melhor ângulo de tomada. [...] Uma situação dramática é a figura estrutural
esboçada, num momento dado da ação, por um sistema de forças - pelo sistema das
forças presentes no microcosmo, centro estelar do universo teatral; e
encarnadas, experimentadas ou animadas pelos principais personagens daquele momento
da ação. [...] Aliás, alguma vez um
artista perdeu um mínimo de gênio por formular com clareza os dados positivos
de sua técnica? Creio, porém, que, entre todas as artes, a do teatro é a que
mais recorre a este gênero de conhecimentos, de cálculos, de formulações. Quem
protestasse contra a idéia de qualquer cálculo nesses domínios, sisplemente
estaria provando que nada entende da arte teatral, na qual sempre existiu
muitos cálculos ou, se esta palavra ofende alguns sentimentais, muitos
artifícios engenhosos e longamente meditados. Aliás, em que arte não há? [...].
Trechos
extraídos da obra As duzentas situações
dramáticas (Ática, 1993), do filósofo francês Etienne Souriau (1982-1979), autor da obra Chaves da Estética (Cultura Atual, 1973). Veja mais aqui.
Veja
mais sobre:
O aperto
que virou vexame trágico, As estratégias sensíveis de Muniz Sodré, O
soldado morto de Sophia de Mello
Breyner Andresen, Tecnologias & esquecimento de Maria Cristina
Franco Ferraz, a fotografia de Alexander Yakovlev, a pintura de William Mulready
& Ângelo Hasse, a arte de Doris Savard, a música de Asaph
Eleutério – Ninguém, Ricardo Loureiro & Radio Estrada 55 aqui.
E mais:
Cadê o padre Bidião?, História da criança e da família de Philippe Ariès, O sol também se levanta de Ernest Hemingway, Espelho
convexo de Celina Ferreira, O
teatro e seu duplo de Antonin Artaud, o
cinema de Lizzie Borden & Sean Young, a música de Catherine Malfitano & Mawaca, a pintura de Emil Orlik & Miles
Mathis, Programa Tataritaritatá & muito mais aqui.
A obra de arte e a reprodução de Walter
Benjamin, Philippe Ariès, Neuropsicologia,
Educação Sexual, a música de Charlotte Gainsbourg, a pintura de Emil Orlik, o teatro de Ruy Jobim Neto & a arte de Marco Leal aqui.
Literatura
de cordel: È coisa do meu sertão, de Patativa de Assaré aqui.
Liberdade para aprender de Carl Rogers, A
mistificação pedagógica de Bernard Charlot, a arte de Bernard Charlot, Voyeurismo,
Curriculum podre& ficha suja, Zé Bilola toma na tarraqueta & muito mais
aqui.
Quase meio dia, As revoluções científicas de Thomas Kuhn, Não
morra antes de morrer de Yevgeny Yevtushenko, Os amores
amarelos de Tristan Corbière, A consciência
da mulher de Leilah Assumpção, a música de Debussy & Sandrine Piau, o cinema de Eric Rohmer & Françoise Fabian & Marie-Christine Barrault, a arte
de Dian Hanson & Eric Kroll, a pintura de Hyacinthe Rigaud &
Vittorio Polidori aqui.
Big Shit
Bôbras - a profissão golpista do marido da Marcela, História Universal da Infâmia de Jorge Luis Borges, O mundo
das imagens eletrônicas, a música de Fredrika
Brillembourg, a pintura de Siron
Franco & a arte de Miguelanxo Prado
aqui.
Rua do Sol, Anatomia da destrutividade humana de Erich Fromm, Museu de tudo de João
Cabral de Melo Neto, Confissões de Narciso de Autran
Dourado, a arte de Ivan Serpa, a música de Dawn Upshaw & a fotografia de Larry Clark aqui.
As
flores maio, Os cantos de
Ezra Pound, O poço dos milagres de Carlos
Nejar, Neurociências, a pintura de Fernand
Léger, a música de Marku Ribas, a fotografia de Waclaw
Wantuch & a arte de Luciah Lopez aqui.
Quando
renasci pra vida depois de morrer pela primeira vez, Presenças de Otto Maria Carpeaux, Moll Flandres de Daniel Defoe, o teatro de Hugo
von Hofmannsthal, a música de El Hadj
N'Diaye & Érica
García, a arte de Antonio
Dias & Xul Solar aqui.
O pavor
dos acrófobos à beira do abismo, o pensamento
de Comenius, Jornada de um poema de Margaret
Edson, Toponimia pernambucana de José de
Almeida Maciel, a poesia alemã de Olívio
Caeiro, a música de Leoš
Janáček & Kamila Stösslová, a arte de Pierre Alechinsky & Philip Hallawel aqui.
Forte e
sadio que nem o povo do tempo do ronca, Seis propostas para o próximo milênio de Ítalo Calvino, A geografia da fome
de Josué de Castro, Poesia
Moderna da Grécia, a música de Angela Gheorghiu, a fotografia de Evelyn Bencicova, a pintura de René Mels & Paul-Émile Bécat aqui.
Renascido
da segunda morte, João Ternura
de Aníbal Machado, Modernidade
líquida de Zygmunt Bauman, a música de Jacob de Haan,
Comunicação em prosa moderna de Othon
Moacir Garcia, a ilustração de Andy Singer, a arte de Chris Cozen & Niki de Saint Phalle
aqui.
&
TODAS AS
MULHERES DO MUNDO
A premiada comédia Todas as Mulheres do Mundo (1966),
do ator, dramaturgo e cineasta Domingos
de Oliveira, com roteiro baseado nos contos A falseta e Memórias de Don
Juan, de Eduardo Prado, conta a história de uma festa de Natal, quando um
jornalista conta ao amigo sobre uma falseta acontecida entre ele e uma moça que
é noiva de um outro e ele se apaixona, investindo numa conquista até ela ceder
no envolvimento, mantendo-se amiga do ex-noivo, enquanto ele descarta
relacionamento com inúmeras mulheres. O destaque do filme fica por conta da
eternamente bela atriz Leila Diniz
(1945-1972). Veja mais aqui, aqui e aqui.
RÁDIO
TATARITARITATÁ:
Hoje
é dia de especiais com o cantor, compositor, arranjador e instrumentista Edu Lobo: Camaleão & Limite das
águas; da compositora, pianista e maestrina Chiquinha
Gonzaga
(1847-1935), interpretada pelos pianistas Leandro Braga & Clara Sverner; do
músico instrumentista e acordeonista Renato
Borghetti;
e da cantora e compositora Zélia Duncan: Pelo sabor do gesto em cena
& Tudo esclarecido. Para conferir é só ligar o som e curtir.
LIBAÇÃO
& ENTRE VERSOS DE LUCIAH LOPEZ
no teu colo___________me esparramo!
Sou feito enchente, enxame, exangue pele sob as tuas
mãos
Ah, as tuas mãos
sempre tão sedutoras e indecentes me percorrendo
em busca do céu e um cantinho do inferno
essa mistura nada piedosa
nada piegas
mas sabedora das delicias da carne
dos encaixes perfeitos e afoitos
quando te percebo a enxergar
meu corpo desnudo, bêbado e extasiado
pronto a receber a tua nudez de homem.
Ah, as tuas mãos
sempre tão sedutoras e indecentes me percorrendo
em busca do céu e um cantinho do inferno
essa mistura nada piedosa
nada piegas
mas sabedora das delicias da carne
dos encaixes perfeitos e afoitos
quando te percebo a enxergar
meu corpo desnudo, bêbado e extasiado
pronto a receber a tua nudez de homem.
Libação, poema/imagens da
poeta, artista visual & blogueira Luciah Lopez. PS: Neste domingo, 23/07,
das 9:30 às 13:30hs, na Feira do Poeta – Largo da Ordem (ao lado da Casa
Romário Martins), lançamento do livro Entre
Versos: a palavra branca é nua, da autora. Confira mais aqui.
LA
PORNAGRAPHIE DES AMES DE DAVE ST-PIERRE
O espetáculo La Pornografia des Âmes (2004), ensaio coreográfico do bailarino, coreógrafo e
diretor canadense Dave St-Pierre, envolvendo pessoas comuns e seus
dramas com a constatação de que as pessoas estão se tornando solitárias na
multidão e que só se comunicam com atendentes de respostas, utilizando-se de
dançarinas nuas, provocativas e perturbadoras, como frágeis e em movimento numa
fantasia.