
O ELOGIO AO ÓCIO DE BERTRAND RUSSEL
[...] A
moral do trabalho é a moral de escravos, e o mundo moderno não precisa da
escravidão. [...] Porque o trabalho é um dever, e um homem não
deveria receber salários proporcionalmente ao que produz, mas proporcionalmente
à virtude demonstrada em seu esforço. Esta é a moral do Estado escravista,
aplicada em circunstâncias totalmente diferentes daqueles na qual surgiu. Não é
surpresa que o resultado tenha sido desastroso. [...] O uso sábio do lazer, deve-se conceder, é produto
de civilização e educação. Um homem que tenha trabalhado longas horas a vida
inteira fica entendiado se se torna subitamente ocioso. Mas sem considerável
quantidade de lazer um homem é privado de muitas das melhores coisas. Não há
mais nenhuma razão para que a maior parte da população sofra dessa privação;
somente um ascetismo tolo, geralmente paroquiano, nos faz continuar a insistir
em excessivas quantidades de trabalho agora que não há mais necessidade. [...] Em um mundo em que ninguém seja compelido a
trabalhar mais do que quatro horas por dia, todas as pessoas que possuíssem
curiosidade científica seriam capazes de satisfazê-la, e todo pintor seria capaz
de pintar sem passar por privações, qualquer que seja a qualidade de suas
pinturas. Jovens escritores não precisarão procurar a independência econômica
indispensável às grandes obras, para as quais, quando a hora finalmente chega,
terão perdido o gosto e a capacidade. Homens que, em seu trabalho profissional,
tenham se interessado em alguma fase da economia ou governo, serão capazes de desenvolver
suas idéias sem a distância acadêmica que faz o trabalho de economistas
universitários freqüentemente parecer fora da realidade. Médicos terão tempo
para aprender sobre o progresso da medicina, professores não estarão lutando
exasperadamente para ensinar por métodos rotineiros coisas que aprenderam na
juventude, que podem, no intervalo, terem se revelado falsas. Acima de tudo,
haverá felicidade e alegria de viver, ao invés de nervos em frangalhos, fadiga
e má digestão. O trabalho exigido será suficiente para tornar o lazer
agradável, mas não suficiente para causar exaustão. Uma vez que os homens não
ficarão cansados em seu tempo livre, eles não exigirão somente diversões
passivas e monótonas. Ao menos um por cento provavelmente devotará o tempo não gasto
no trabalho profissional para objetivos de alguma impotância pública e, como
não dependerão destes objetivos para viver, sua originalidade não será tolhida,
e não haverá necessidade de adaptar-se aos padrões estabelecidos pelos velhos
mestres. [...].
Trechos
de Elogio ao ócio (1932 – Sextante,
2002), do filósofo, matemático e pensador inglês Bertrand Russel (1872-1970). Veja mais aqui e aqui.
Veja
mais sobre:
Lagoa da
Prata, O folclore no Brasil de Basílio de
Magalhães, Chão de mínimos amantes de Moacir da Costa Lopes, Culturas e
artes do pós-humano de Lucia Santaella,
a música de Belchior, a fotografia de Tatiana Mikhina, a arte de Joseph Mallord
William Turner & Wesley Duke Lee aqui.
E mais:
Folia Caeté, O trabalho
do antropólogo de Roberto
Cardoso de Oliveira, Monções de Sérgio Buarque de Holanda, a poesia de Luis de Góngora y
Argote, O poeta dramático e a história de Karl Georg Büchner, a música de Antônio Carlos Gomes, o cinema de Alfred E. Green
& Carmen Miranda, a arte de William Orpen, a pintura de Ivan
Gregorewitch Olinsky & Charles-Antoine
Coypel aqui.
Raízes do
Brasil de Sérgio Buarque de Holanda,
a música de Antonio Carlos Gomes & Quinteto Violado, Joana
Ramos & Givaldo Kleber aqui.
História
dos hebreus de Flávio Josefo, Vidas paralelas de Plutarco, A civilização
hispano-moura de Philipe Aziz, Cronologia pernambucana de Nelson Barbalho,
Violência: crimes de trãnsito & arma de fogo aqui.
Umas
do Doro & o jabá, Multimidiação
do processo artístico de Augusto de Campos, Vila dos confins de Mário Palmério,
Artêmis, a música de
Rossini & Olga Peretyatko, o cinema de Jacques Rivette, a arte de Mademoiselle
Rachel & Marie McDonald, a fotografia de Greg
Williams & a poesia de Dalinha Catunda aqui.
Paixão
Legendária & Santanna O Cantador, A patente de Luigi
Pirandello, A história do mundo de Mel Brooks, As
ciências e as artes de Jean-Jacques Rousseau, Guilhermina Suggia, a
xilogravura de Nena Borges, Brincarte do Nitolino, a crônica de Aldemar Paiva,
a poesia de Marly de Oliveira,
a música de Felipe Radicetti & pintura de Maria Luisa Persson aqui.
A culpa é
da Dilma, O Projeto Atman de Ken Wilber, a música de Heitor Villa-Lobos, O sermão do
bom ladrão de Padre Antônio Vieira, a pintura
de Peter Paul Rubens, a poesia de Henriqueta Lisboa, Prometeu acorrentado de Ésquilo,
o cinema de Abbas Kiarostami & Juliette Binoche, a arte de Alex Toth &
Ekaterina Mortensen aqui.
Preciso
de um culpado, Platónov de Anton Tchékov, Peri
Physeos de Anaxímenes de Mileto, A arte de furtar
de Padre
Antônio Vieira, As odes píticas de Píndaro, o cinema de Walter Lang & Susan
Hayward, a arte de Dave Saint-Pierre, a música de Stanley
Clarke, a pintura de Horace Vernet & Malcolm Liepke aqui.
Lugome,
sua familia, seu infortúnio, A poesia erótica de José Paulo Paes, a música de
Gina Biver, Fundamentos da História do
Direito, O combate à corrupção nas prefeituras do Brasil, a pintura
de Sofan Chan, a fotografia de Luiza Machado, a
arte de Eiko Ojala & Rudson Costa aqui.
A arte de
Tunga, Estética teatral de Redondo Junior, a poesia de César Vallejo, a música de
Ná Ozzetti, a fotografia de Ruy Carvalho, a
arte de Sônia Braga, Fecamepa & Os sapos na política de Edson Moura aqui.
Semáforos
de sempre, vida adiante, Amor em tempos sombrios de Colm Tóibín, O serviço social de Marilda
Villela Iamamoto, Ética & Marketing Social, a fotografia de Spencer Tunick & Esdras Rebouças Nobre, a arte de Vik Muniz & a música de Claudio Nucci aqui.
A sexta
é dia da deusa, da musa, rainha, poeta, mulher, A história
de Goethe, a literatura de Machado
de Assis, Gozo fabuloso de Paulo
Leminski, a música de Alexandra Stan, a fotografia de Marcos Guerra & a
arte de Luciah Lopez aqui.
Na Volta
da Jurema, Semiologia & comunicação lingüística de Eric
Buyssen, Arrowsmith de Sinclair Lewis, O pensamento de Confúcio, a música de
Guinga, a arte de Ida Zam & Laerte Coutinho aqui.
O amor
dos namorados, A arte de amar de Erich Fromm, Sonetos de amor de Pablo Neruda, Cânticos
dos Cânticos, A música de Edith Piaf, o cinema de Derek Cianfrance & Michelle Williams, a pintura
de Julia Watkin & Cornelis
le Mair, a arte de Henry Asencio & Grupo Femen aqui.
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MAIS DO
QUE NUA DE DORIS UHLICH
Projeto Mais do que nua (2012),
oficina da premiadíssima dançarina e coreógrafa austríaca Doris Uhlich no ImPuls Tanz, Festival Internacional de Dança de
Viena. (Imagem:
fotos de Andrea Salzmann/Theresa Rauter). Veja mais aqui e aqui.
RÁDIO
TATARITARITATÁ:
Hoje é dia de especial com Leila
Pinheiro
do Brasil & Reencontro: cantando Gonzaguinha & Ivan Lins; Luiz
Melodia
ao vivo Convida & Maravilhas Contemporâneas; Marisa
Monte
Diariamente & grandes sucessos; e Jards
Macalé Real
Grandeza. Para conferir é só ligar o som e curtir.
A ARTE DE LAURA KNIGHT
A arte da pintora inglesa Laura Knight (1877-1970).