AMIZADE & DOS AMIGOS & AMIGAS - Imagem:
arte do designer, fotógrafo, pintor e professor húngaro László Moholy-Nagy (1895-1946). - Uma mão puxa outra e faz história, muitas
até, indefinidamente imantadas, naturalmente, mesmo pra quem vê-las
antagônicas, são complementares, sejam destros ou canhotos, simpáticos ou
repulsivos, amantes ou desamados. Elas montam, desmontam, inventam e reinventam,
fazem e desfazem, refazem, pegam e soltam, puxam e empurram, acenam, ajeitam,
desajeitam, enfeitam, aprumam e desaprumam, levantam e abaixam, nadam, remam,
cortam, emendam, cavam, tapam, amarram e desamarram, clicam, desenham,
contornam, enfim, tanto abrem como fecham nos braços e abraços de côncavo e
convexo, com força centrífuga ou centrípeta, aconchegantes ou desdenhosos,
cruzados ou inflexíveis, abertos ou filantropos, peito aberto a quem chegar, ou
não. Vão com os pés, um atrás do outro, vão adiante, pra cima ou pra baixo, pra
onde quer que queiram, longe ou perto, prali ou pracolá, vão e voltam, pra onde
der nas ventas, qualquer direção. Assim somos, receptivos de riso aberto, ou
intragáveis caras fechadas com o seu mundinho restrito ao umbigo. Assim somos
entre escolhas, acertos e desacertos. Uma mão amiga é sempre bem-vinda, um
abraço fraterno sempre desejável. Há quem se disponha a doar, como há quem
negue, quem se veja apenas a si, ou com todos na festa do coletivo, na
solidariedade. A forma de ver é o que importa, há muitos modos de olhar, enxergar
é possível até o visinvisível, da semente ao fruto, do nascer à morte que é a
mesma coisa, só renascimentos. Assim somos pra viver e aprender a lição: o
passado é história, pra que a gente aprenda a não repetir os erros; o futuro é
mistério, o delicioso mistério da vida; e o presente é uma dádiva viver. © Luiz
Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.
CANÇÃO AMIGA DE DRUMMOND
Eu preparo uma canção
em que minha mãe se reconheça,
todas as mães se reconheçam,
e que fale como dois olhos.
Caminho por uma rua
que passa em muitos países.
Se não me vêem, eu vejo
e saúdo velhos amigos.
Eu distribuo um segredo
como quem ama ou sorri.
No jeito mais natural
dois carinhos se procuram
Minha vida, nossas vidas
formam um só diamante.
Aprendi novas palavras
e tornei outras mais belas.
Eu preparo uma canção
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças.
todas as mães se reconheçam,
e que fale como dois olhos.
Caminho por uma rua
que passa em muitos países.
Se não me vêem, eu vejo
e saúdo velhos amigos.
Eu distribuo um segredo
como quem ama ou sorri.
No jeito mais natural
dois carinhos se procuram
Minha vida, nossas vidas
formam um só diamante.
Aprendi novas palavras
e tornei outras mais belas.
Eu preparo uma canção
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças.
Canção amiga,
extraído da obra Poesia completa
(Nova Aguilar, 2002), do poeta, contista e cronista Carlos Drummond de Andrade (1902-1987).
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Veja
mais sobre:
Eita!
Vou por ali no que vem e que vai, Viajante numa noite de inverno de Ítalo Calvino, Os tempos da Praieira
de Costa Porto, O efêmero de Louise Glück, Neurofilosofia
& Neurociência Cognitiva, a música de Edson Zampronha, a arte de Laszlo Moholy-Nagy
& Anke Catesby, Mike Edwards & Betina Muller aqui.
E mais:
Dr. Ciuça Gorda & os cavaleiros do
pós-calipso do nó cego, As aporias de Zenão de Eleia,
Sonetos de Francesco Petrarca, Teatro de situação de Jean-Paul Sartre, a música de Carlos Santana, Viridiana de Luis Buñuel & Silvia Pinal, a escultura de Denise Barros, a pintura de Max Liebermann & a arte de Georgy Kurasov aqui.
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O culto da rosa: canção
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Traimond, Artista do corpo de Don DeLillo, a música
de Anton Webern & Leonore Aumaier, a pintura de Joseph Beuys
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E num é
que a Vera toda-tuda virou a bruxa das pancs na boca do povo, Iluminações de Walter Benjamin, Marxismo & literatura de Cliff Slaughter, Os
bruzundangas de Lima Barreto, a música de Guiomar Novaes, a pintura de Pedro Sanz, a arte de Paolo Serpieri & Sara Vieira, LAM na TV Gazeta de Alagoas & muito mais aqui.
Em mim a
vida & o estouro dos confins de tudo, Ísis sem véus de Helena Blavatsky, O jardineiro do amor de Rabindranath
Tagore, Corpus Hermeticum de Hermes Trismegistus, a música de Kitaro, a fotografia de Jovana Rikalo & a pintura de Ewa Kienko
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Os cinco
prêmios do amor, História da
criança e da família de Philippe
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História
Universal da Temerança, Versos em lá
menor de Yde Schloenbach
Blumenschein, A divina increnca de Juó Bananére, Savitu-Vrta
& Savarasti, Ator e estranhamento de Eraldo Pera Rizzo, a música de Mônica Feijó, a arte de Alfred Pellan & Kellie Day aqui.
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AMIGO É
COMIGO, DE ANA MARIA MACHADO
[...] Fiquei feliz. Isso
para mim era o mais importante de tudo. Quanto mais o tempo passa, mais eu
confirmo que amizade é uma das coisas mais importantes na vida da gente. Um
verdadeiro tesouro. Tem toda razão aquela canção que diz: Amigo é coisa pra se guardar Do lado esquerdo do
peito. De minha parte, pretendo guardar mesmo. Como algo muito precioso.
Debaixo de sete chaves. [...]
Trecho de Amigo é coisa pra se
guardar, extraído da obra Amigo é comigo (Moderna, 1999), da
escritora e jornalista Ana Maria Machado.
Veja mais aqui.
RÁDIO
TATARITARITATÁ:
Hoje
na Rádio Tataritaritatá é dia de especiais com o compositor, maestro, pianista,
arranjador e violonista Tom Jobim (1927-1994): Passarim & Live
Concert Festival International Jazz Montreal; da pianista Guiomar
Novaes
(1894-1979): Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro, Les Préludes
Debussy Live & Philharmonic Hall NYC; do violonista e compositor Sebastião Tapajós: Villa=Lobos & El
arte de La guitarra; e da cantora e compositora Teca Calazans em arte solo & em parceria com Heraldo do Monte. Para conferir é só ligar o som e
curtir.
A ARTE
DE MOHOLY-NAGY
A arte do pintor, fotógrafo e escultor húngaro Laszlo
Moholy-Nagy (1895-1946). Veja mais aqui, aqui & aqui.