quinta-feira, julho 27, 2017

OBJETOS DE BAUDRILLARD, INGEBORG BACHMANN, CARL ORFF, CHLOË HANSLIP, NELSON FREIRE, MITSUKO UCHIDA, DOROTHY IANNONE & NITOLINO!

NITOLINO NO REINO ENCANTADO DE TODAS AS COISAS - A ideia de criação do personagem Nitolino surgiu com o convite feito pela professora e coordenadora pedagógica, Ceiça Mota, da Escola Estadual Josefa Conceição da Costa, bairro de Canaã, Maceió, para recreações com contação de história em turmas de educação infantil. O que era para ser um único momento findou em contínuas apresentações tanto para alunos da educação infantil até as quartas séries do Ensino Fundamental, com as histórias dos meus livros para crianças, como também para estudantes das demais series do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA), para os quais desenvolvi atividades com literatura de cordel, tudo enquadrado ao meu projeto Brincarte nas Escolas. Assim foi ao longo de todo mês de julho em 2008, finalizando com o lançamento dos meus livros infantis Turma do Brincarte e Frevo Brincarte, e do cordel Tataritaritatá, com exposição dos meus outros livros publicados, palestras, contação e cantação de histórias. Depois disso, como eu estava recebendo inúmeros convites dos mais diversos educandários, tanto da rede pública como da rede privada de Alagoas e de outros estados, o personagem foi tomando corpo e, já no mês de agosto do mesmo ano, o Nitolino já se apresentava em colégios, associações de moradores, centros recreativos e de saúde, bem como nos mais diversos auditórios das mais variadas instituições sociais, fato que levou a criação do evento Natal do Nitolino, com o objetivo de levar livros, contação de história e promover o hábito da leitura entre crianças das áreas periféricas das cidades, bem como da participação em eventos nas Bienais do Livro, Convenções, Congressos, Palestras e em mesas de debates, fato este que levou durante os anos de 2009, 2010 e 2011, à realização de temporadas do espetáculo Nitolino no Reino Encantado de Todas as Coisas, no Teatro Linda Mascarenhas, em Maceió, concomitante ao lançamento do livro homônimo e da segunda edição do livro infantil O lobisomem zonzo, culminando com a gravação do DVD com o resultado dos espetáculos destinados aos alunos da rede pública de ensino e, posteriormente, abertos para o público em geral. Além do mais, Nitolino nada mais é que a minha eterna maneira de ser menino com a perspectiva de que ser criança é pra brincar e ser feliz; com a esperança de que este possa ser um mundo no qual as pessoas possam construir relações saudáveis respeitando uns aos outros, cuidando do planeta e reconhecendo o outro como extensão afetiva de si e de toda irmandade humana; enfim, a minha crença de que o Brasil possa ser um país melhor, mais justo e solidário, porque todo dia é dia de ser criança. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.

OS OBJETOS DE BAUDRILLARD
[...] hoje os objetos tornaram-se mais complexos que o comportamento do homem a eles relativo [...] Somos continuamente remetidos, por meio do discurso psicológico sobre o objeto, a um nível mais coerente, sem relação com o discurso individual ou coletivo, e que seria aquele de uma língua dos objetos [...] O homem é reduzido à incoerência pela coerência de sua projeção estrutural. Em face do objeto funcional o homem torna-se disfuncional, irracional e subjetivo, uma forma vazia e aberta então aos mitos funcionais, às projeções fantasmagóricas ligadas a esta estupefaciente eficiência do mundo [...] É da frustrada exigência por totalidade residente no fundo do projeto que surge o processo sistemático e indefinido do consumo. Os objetos/signos na sua idealidade equivalem-se e podem se multiplicar ao infinito: devem fazê-lo para preencher a todo instante uma realidade ausente. Finalmente é porque se funda sobre uma ausência que o consumo vem a ser irreprimível.
Trechos extraídos da obra O Sistema dos Objetos (Perspectiva, 2008), do sociólogo e filósofo francês Jean Baudrillard (1929-2007), defendendo que: Sou um dissidente da verdade. Não creio na ideia de discurso de verdade, de uma realidade única e inquestionável. Desenvolvo uma teoria irônica que tem por fim formular hipóteses. Estas podem ajudar a revelar aspectos impensáveis. Procuro refletir por caminhos oblíquos. Lanço mão de fragmentos, não de textos unificados por uma lógica rigorosa. Nesse raciocínio, o paradoxo é mais importante que o discurso linear. Para simplificar, examino a vida que acontece no momento, como um fotógrafo. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.

Veja mais sobre:
O amor de Naipi & Tarobá, Arte e percepção visual de Rudolf Arnheim, Eles eram muitos cavalos de Luiz Ruffato, Improvisação para o teatro de Viola Spolin, a música de Vivaldi & Max Richter, a fotografia de Fernand Fonssagrives, a coreografia de Regina Kotaka, a pintura de Fernand Léger & a arte de Eugénia Silva aqui.

E mais:
Nitolino na Escola Estadual Josefa Conceição da Costa aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.
Duofel, três por um, A sociedade do consumo de Jean Baudrillard, Histórias extraordinárias de Edgar Allan Poe, Tristão & Isolda de Richard Wagner, a coreografia da arte de Pina Bausch, o cinema de Roger Vadim, a pintura de Alice Kaub-Casalonga & Vicente do Rego Monteiro, a arte de Miles Williams Mathis, Amores impossíveis, Poetas de Palmares & Jayme Griz aqui.
Passando a limpo, O mundo líquido de Zygmunt Bauman & muito mais aqui.
A cidade, a urbanização e as enchentes & a arte de Márcia Spézia aqui.
Reino dos sonhos, a literatura de Osman Lins, a poesia de Denise Levertov, A palavra na democracia e na psicanálise de música de Renato Borghetti, a fotografia de Laszlo Moholy-Nagy, a arte de Mike Todd aqui.
Padre Bidião, extraterrestres & novo messias, a pintura de Gino Severini & Liu Yuanshou aqui.
Aquele torneio de chimbra & a pintura de Almada Negreiros aqui.
Uma lembrança perdida no horizonte, a pintura de Inês Dourado & Mary Qian aqui.
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Livros Infantis do Nitolino aqui.
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A PERDA DE INGEBORG BACHMANN
Usámos a dois: estações do ano, livros e uma música.
As chaves, as taças de chá, o cesto do pão, lençóis de linho e uma
cama.
Um enxoval de palavras, de gestos, trazidos, utilizados,
gastos.
Cumprimos o regulamento de um prédio. Dissemos. Fizemos.
E estendemos sempre a mão.
Apaixonei-me por Invernos, por um septeto vienense e por
Verões.
Por mapas, por um ninho de montanha, uma praia e uma
cama.
Ritualizei datas, declarei promessas irrevogáveis,
idolatrei o indefinido e senti devoção perante um nada,
(- o jornal dobrado, a cinza fria, o papel com um aponta-
mento)
sem temores religiosos, pois a igreja era esta cama.
De olhar o mar nasceu a minha pintura inesgotável.
Da varanda podia saudar os povos, meus vizinhos.
Ao fogo da lareira, em segurança, o meu cabelo tinha a sua cor
mais intensa.
A campainha da porta era o alarme da minha alegria.
Não te perdi a ti,
perdi o mundo
.
Poema Uma espécie de perda, extraído da obra O tempo aprazado (Últimos poemas 1957-1967 - Assírio & Alvim, 1992), da poeta e filósofa austríaca Ingeborg Bachmann (1926-1973).

RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje é dia de especiais com o compositor alemão Carl Orff e a sua cantata Carmina Burana & Streetsong; a violinista britânica Chloë Hanslip interpretando Mozart, Cinema Paradiso de Ennio Morricone & Fantasy de Franz Waxman; o pianista Nelson Freire interpretando obras de Villa-Lobos & Debussy In Recital; e da pianista e maestro japonesa Mitsuko Uchida interpretando estudo de Debussy & concerto de Beethoven. Para conferir é só ligar o som e curtir.

A ARTE DOROTHY IANNONE
A arte da artista visual alemã Dorothy Iannone.
 

JUDITH BUTLER, EDA AHI, EVA GARCÍA SÁENZ, DAMA DO TEATRO & EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA

  Imagem: Acervo ArtLAM . A música contemporânea possui uma ligação intrínseca com a música do passado; muitas vezes, um passado muito dis...