sexta-feira, julho 28, 2017

COLHENDO SONHOS NOS GALHOS DA VIDA


Ainda ontem semeava futuro tropeçando no presente.
Distâncias sem fim e o triz nas perdas do tempo que sangram escombros de agora.
Sou rios das terras que deixei e deságuam na minha solidão.
Mais que nunca a voz ao muro, como um pé na porta e a fuga do frio.
Há muito mais que olhar pros lados e ver apenas o que está visível.
Intenções ignoradas, afetos roubados, emoções escondidas, eu sinto mesmo pelas costas o abraço: da janela insone sou a chuva na madrugada.
É tudo o que tenho e me valho não ter outra opção.
Aponto adiante, passos de esperança como o dia que teima amanhecer.
Se não tem jeito, está feito, sou o que ficou de quem partiu entre estrelas, olhares, errâncias, entre lapsos e lembranças, coisas que esqueci e não,
Voo colhendo sonhos nos galhos da vida.

VOLTANDO ÀS RAÍZES PRA RECOMEÇAR DO ZERO DE NOVO! – Lá vou eu fazendo o caminho de volta, como se fosse raiz que a semente gorou no meio do dia feito de escuro no inverno. Sigo em frente, mesmo que não saiba se chego ou parto, sei que ardo como quem sucumbe à febre eterna de amar. Lá vou eu beira de rio, vida de mato, a reaprender do amargo no canavial, lições pra quem tanto fez e não deu nada: murros n’água, subindo ladeira pra lugar algum, a seguir o dedo sem direção na itinerância de quem perdeu o chão e vai ao vento ao sabor da correnteza, como a aprender com as estrelas de céu algum, a renascer nas esquinas exorcizando sonhos de olhos abertos e a inventar a vida às mãos vazias. Sigo rédeas soltas, tez afoita rente à vida, moita adentro lida louca, alma outra, só relento. Sigo no peito e na raça, no meio da sorte ou de outra desgraça que vem sem aviso e a remoer, como se isso valesse entender. Lá vou eu topando breu enquanto o dia é outra agonia que à noite imensa é só revelia. Lá vou eu com o que é meu pelas mesquinharias que sacodem pra fora do lance, pelas patifarias que golpeiam destinos pra aumentar no peito a rebeldia. Lá vou eu noutras voltas, cheio de nó pelas costas, pro que der ou vier, por bem ou por malmequer, pelas raias dos ventos e haja o que houver até que a vida se esvaia na navalha do tempo. Vou ali volto já. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.

 Imagem: Between War and Dream, do pintor, artista gráfico, ilustrador e escultor eslovaco Vincent Hložník (1919-1997).

Veja mais sobre:
Maceió – Alagoas aqui & aqui.

E mais:
Ana Lins, a Revolução de 1817 & Todo dia é dia da mulher aqui.
Penedo, às margens do São Francisco, Pequena história da formação social brasileira de Manoel Maurício de Albuquerque, As velhas de Adonias Filho, A arte maldita de Georges Bataille, a fotografia de Karin van der Broocke, a pintura de Jaroslav Zamazal, a arte de Marcel Duchamp, a música de Bach & Rachel Podge, Kéfera Buchmann & Vanguard aqui.
Ela, marés de sizígia, Mulher de Yone Giannetti Fonseca, Pensamento crítico & poder da lógica, Tratado da argumentação, a coreografia de Derek Van Barham, a música de Guilherme Arantes, a pintura de Tom Pks Malucelli & Motehr Earth, a arte de James Halperin & Luciah Lopez aqui.
As olimpíadas do Big Shit Bôbras, Os dragões do éden de Carl Sagan, Discurso da difamação de Affonso Ávila, a música de Peter Machajdik, Microbiologia dos alimentos, a pintura de Brian Keeler, a arte de Gray Artus & a Casa do Contador de Histórias aqui.
Só a poesia torna a vida suportável, Vanguarda nordestina de Anchieta Fernandes, Estado de choque de Walmir Ayala, Vanguarda e subdesenvolvimento de Ferreira Gullar, a música de Ira Losco, o cinema de Anna Muylaert, a pintura de Károly Lotz, a arte de Jean Dubuffet & Michael Mapes aqui.
Zine Nascente, A estrutura da consciência de John R. Searle, Não verás país nenhum de Ignácio de Loyola Brandão, a poesia de Antonio Machado, A bicicleta do condenado de Fernando Arrabal, a música de Bob Dylan & Paula Marelembaum, o cinema de Emir Kusturica & Nataša Tapušković, a arte de Lil Dagover & muito mais aqui.
Linguagem & discriminação de Maurizio Gnerre, a música de John Cage & Joshua Pierce, A morte da porta estandarte de Aníbal Machado, a poesia de Mário Quintana, Chaves da estética de Étienne Souriau, o cinema de Bernardo Bertolucci & Eva Green, a pintura de Eliseu Visconti & a Tríplice Deusa Inca aqui.
Zine Nascente, O que faz o Brasil de Roberto DaMatta, A democracia na América de Alexis de Tocqueville, A ilha dos gatos pingados de José J. Veiga, a música de Moacir Santos, a poesia de Joaquim Cardozo, O comediante desencarnado de Louis Jouvet, o cinema de Bahman Ghobadi, a pintura de Vilma Caccuri & Brincarte do Nitolino aqui.
Retorno da deusa de Edward Christopher Whitmont, Uma teofania moderna & muito mais aqui.
Zine Nascente, A filosofia do futuro de Ludwig Feuerbach, Freud & a mulher de Mario Jorge Pereira Reis, a música de Chausson & Sandrine Piau, Dicionário da cachaça de Mário Souto Maior, Paradoxo sobre o comediante de Denis Diderot, Erotique & Claudia Ohana, a pintura de Marcel Duchamp & a arte de Luis Fernando Veríssimo aqui.
Carl Gustav Jung, Ariano Suassuna & muito mais aqui.
Psicopatologia & semiologia: sensação, percepção & consciência, Música no fim de tarde aqui.
Padre Bidião & o Papa Chico aqui.
Desprevenida do golpe do amor aqui.
Sarah Menezes, Efetividade da norma jurídica, As tecnologias na educação, Psicologia e fenomenologia, Direito ambiental e sustentabilidade aqui.
Poemas de Enheduana, A metafísica trilógica de Norberto R. Keppe, Meio Ambiente na Escola, Direito Empresarial & Psicólogo Brasileiro aqui.
A mulher, o movimento sufragista & o feminismo, Gal Monteiro & Vida de Artista aqui.
A mulher da renascença ao marxismo & a pintura de Sandro Botticelli aqui.
Psicologia escolar, Túmulo & capela de Enildo Marinho Guedes, a escultura de Joséphin Peladan, Fecamepa & Tataritaritatá na Rádio Difusora aqui.
Literatura de cordel: Brasí caboco de Zé da Luz & O harém de Eugene Reunier aqui.
A arte musical de Syla Syeg aqui.
O romance e o romantismo, a pintura de José Maria de Medeiros & a arte de Vladimir Kirov aqui.
Processo civilizador de Norbert Elias, O caminho dos sonhos de Marie-Louise von Franz, a música de Saint-Saens & Denise Duval, Simon Bolívar, Soneto de Lope de Vega, Salomé de Oscar Wilde, o cinema de Carlos Saura & Sarah Bernhardt, a pintura de Ernst Hochschartner & Janet Agnes Cumbrae Stewart aqui.
Com quantos desaforos se faz uma eleição, a pintura de Howard Chandler & a arte de Luciah Lopez aqui.
Faça seu TCC sem Traumas: livro, curso & consultas aqui.
Livros Infantis do Nitolino aqui.
&
Agenda de Eventos aqui.

RÁDIO TATARITARITATÁ: 24 HORAS NO AR!!!
Para conferir é só ligar o som e curtir.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
PRINCÍPIO DO PRAZER DE LUCIAH LOPEZ
Quando eu fui poesia
naveguei no jardim de anêmonas
cavalguei cavalos marinhos
me vesti de rendas de espuma
enfeitei os cabelos com conchas e corais
Quando eu fui poesia
vi o sol e a lua sobre o mar
contei estrelas no céu___colhi estrelas no mar
Quando eu fui poesia
corri léguas marinhas, profundezas abissais
tormentas, vastidões de silêncio e luz
(me fiz grande e me descobri pequena)
Quando eu fui poesia
entendi o segredo da concha vazia
o poderio e a glória de navegar
o mundo submerso.
Princípio do prazer, poema/arte da poeta, artista visual e blogueira Luciah Lopez.
Veja mais aqui.
 

CONCEIÇÃO EVARISTO, PIEDAD BONNETT, ANITA PRESTES & ARTE AFRO NA ESCOLA

    Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som de J. Brahms: Symphony n.4 in E minor Op. 98 (Teatro B32 -SP, 2025) & Mozart: Piano Concerto n.23,...