O
PÓS-MODERNO – A obra O pós-moderno (José Olympio, 1998), do
filósofo francês Jean-François
Lyotard (1924-1998), reflete sobre a pós-modernidade, abordando o campo e o saber
nas sociedades informatizadas, o problema da legitimação, o método dos jogos de
linguagem, a natureza do vínculo social: a alternativa moderna e a perspectiva
pós-moderna, a pragmática do saber narrativo, a pragmática do saber científico,
a função narrativa e a legitimação do saber, os relatos da legitimação do saber,
a deslegitimação, a pesquisa e sua legitimação pelo desempenho, o ensino e sua
legitimação pelo desempenho, a ciência pós-moderna como pesquisa de
instabilidade, a legitimação pela paralogia, entre outros assuntos. Do livro
destaco o trecho: [...] Originalmente, a
ciência entra em conflito com os relatos. Do ponto de vista de seus próprios
critérios, a maior parte destes últimos revelam-se como fábulas. Mas, na medida
em que não se limite a enunciar regularidades úteis e que busque o verdadeiro,
deve legitimar suas regras de jogo. Assim, exerce sobre seu próprio estatuto um
discurso de legitimação, chamado filosofia. Quando este metadiscurso recorre
explicitamente a algum grande relato, como a dialética do espírito, a
hermenêutica do sentido, a emancipação do sujeito racional ou trabalhador, o
desenvolvimento da riqueza, decide-se chamar "moderna" a ciência que
a isto se refere para se legitimar. E assim, por exemplo, que a regra do
consenso entre o remetente e destinatário de um enunciado com valor de verdade
será tida como aceitável, se ela se inscreve na perspectiva de uma unanimidade
possível de mentalidades racionais: foi este o relato das Luzes, onde o herói
do saber. trabalha por um bom fim ético-político, a paz universal.Vê-se neste caso
que, legitimando o saber por um correlato, que implica uma filosofia da
história, somos conduzidos a questionar a validade das instituições que regem o
vínculo social: elas também devem ser legitimadas. A justiça relaciona-se assim
com o grande relato, no mesmo grau que a verdade. Simplificando ao extremo,
considera-se "pós-moderna," a incredulidade em relação aos
metarrelatos. E, sem duvida um
efeito do progresso das ciências; mas este progresso, por sua vez, a supõe. Ao
desuso do dispositivo metanarrativo de legitimação corresponde sobretudo a crise
da filosofia metafísica e a da instituição universitária que dela dependia. A
função narrativa perde seus atores (functeurs),
os grandes heróis, os grandes pengos, os grandes périplos e o grande
objetivo. Ela se dispersa em nuvens de elementos de linguagem narrativos, mas também
denotativos, prescritivos, descritivos etc., cada um veiculando consigo
validades pragmáticas sui generis. Cada
um de nós vive em muitas destas encruzilhadas. Não formamos combinações de
linguagem necessariamente estáveis, e as propriedades destas por nós formadas
não são necessariamente comunicáveis. Assim, nasce uma sociedade que se baseia
menos numa antropologia newtoniana (como o estruturalismo ou a teoria dos
sistemas) e mais numa pragmática das partículas de linguagem. Existem muitos
jogos de linguagem diferentes trata-se da heterogeneidade dos elementos.
Somente darão origem à instituição através de placas; é o determinismo local. [...]. Veja
mais aqui.
Imagem: Halbakt eines jungen Mädchen mit Hund, do pintor alemão Julius Schrader (1915-1900)
Curtindo Cantando histórias – ao vivo (EMI-2004), do músico e compositor Ivan Lins.




IMAGEM DO DIA
A bailarina Erica Beatriz no espetáculo
O+, da Quasar Cia de Dança.
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Manchetes do dia: ataca o noticiário
matinal, Folclore
pernambucano de Francisco Augusto Pereira da Costa, a música de Fabian Almazan, Filosofia da Linguagem, Vinte vezes Cassiano
Nunes, a coreografia de Doris Uhlich, a pintura de Nicolai Fechin & a arte de Roberto Prusso aqui.
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Preciso de um culpado, Peri Physeos de Anaxímenes de Mileto, A arte de furtar de Padre
Antônio Vieira, As odes pítacas Píndaro, Platónov de Anton Tchékov, o cinema de Walter Lang & Susan Hayward, a
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Horace Vernet & Malcolm Liepke aqui.
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ventos uivantes de Emily Brontë, A ópera dos mendigos de
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beleza se revela aqui.
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Gilberto, a pintura de Gustave
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& Isabelle Adjani aqui.
Vamos aprumar a conversa, O mundo como vontade de representação de Arthur Schopenhauer, A casa das belas
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Novak, a música de Maucha Adnet, a pintura de Alyssa Monks
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a arte de Luciah Lopez aqui.
Resiliência, perspectivas & festas:
Feliz aniversário, A
pedagogia de Paulo Freire, Resiliência em transtornos mentais de Makilim Nunes Baptista, Liberdade para palavra de Octavio Paz,
a música de Midori Goto, a pintura de Luis Crump, Babi Xavier, a arte de Fabrice Du Welz &
Luciah Lopez aqui.
Ah, se estou vivo, tenho mais o que fazer, a literatura de Liev Tolstói, A cena
dividida de Gerd Bornheim, a poesia de Nauro Machado, a pintura de Lasar
Segall, a música de Joyce & Maurício Maestro, a
arte de Patrick Conklin & Luciah Lopez aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Foto: Rebecca Miller lendo, do fotógrafo
Michael Helms.