quarta-feira, junho 17, 2015

DAMATTA, STRAVINSKI, BONADEI, ESCHER, ESTÉTICA TEATRAL & ENTRE MUROS.

Imagem: Casario, do pintor brasileiro Aldo Bonadei (1906-1974)

Curtindo Pulcinella Suite, Dumbarton Oaks, 8 Instrumental Miniatures (FLAC - Deutsche Grammophon, 1990), do compositor russo Igor Stravinski (1882-1971), com Orpheus Chamber Orchestra. Veja mais aqui.

VAMOS APRUMAR A CONVERSA – REPRISE DO PROGRAMA BRINCARTE DO NITOLINO – Hoje é dia de reprise do programa Brincarte do Nitolino pras ciranças de todas as idades, com apresentação da simpaticíssima Isis Corrêa Naves, nos horários das 10hs e das 15hs, no blog do Projeto MCLAM. O programa traz poesias, músicas, histórias, brincadeiras, as atividades do Nitolino no Reino Encantado de Todas as Coisas, relatos de Meimei Corrêa, entre outras atrações. No blog você também poderá ficar por dentro de assuntos como Educação Infantil, Psicologia Infantil, Literatura Infantil, Teatro Infantil, Direito, palestras, oficinas, cursos, artes visuais, agenda, dicas e informações a respeito do universo infanto-juvenil e todas as atividades desenvolvidas pelo Nitolino nas áreas de literatura, música e teatro infantis. Para conferir online é só clicar aqui e aqui.

A LÓGICA DO TOTEMISMO E DA HISTÓRIA – O livro Relativizando: uma introdução à antropologia social (Rocco, 2010), do antropólogo Roberto DaMatta, aborda temas como a antropologia no quadro das ciências, história, trabalho de campo, história de pesquisas, ciências naturais e sociais, os planos da consciência antropológica, o biológico e o social, o social e o cultural, a fábula das três raças e o problema do racismo à brasileira, entre outros assuntos. No parte A lógica do totemismo e lógica da história, destaco o trecho: [...] A metáfora que é, realmente, um dos ingredientes básicos do totemismo, é uma forma fundamental da continuidade lógica (e social) obtida pelo que foi chamnado muitas vezes de mentalidade pré-logica, um tipo de inteligência que segundo muitos estudiosos do passado, mas sobretudo Levy-Bruhl, se caracterizava pela confusão mental que sistematicamente misturava as classes que deveriam segregar às coisas do universo. Como estamos vendo, o totemismo não confunde nada, pois seu modo de operar é feito de continuidades e descontinuidades, daí advindo, como em todo sistema lógico que se preza, o significado dos objetos postos em relação. Quase do mesmo modo, mas inversamente, a historicidade cristã ocidental que permite, como já vimos, liquidar com a descontinuidade no espaço, inventa uma outra, no tempo. Se na logica das sociedades tribais já uma tendência a buscar a continuidade social por meio de uma aliança com o natural, utilizando a lógica sincrônica, com a preocupação de relacionar tudo com tudo, na lógica do historicismo, o principal é saber que uma coisa como que sai da outra. Assim, uma certa forma histórica, pressionada por um agente interno ou externo, faz nascer uma outra forma que, num dado momento, pode transcende-la e dela se diferenciar. Esta é uma lógica fundada na descendência e não numa aliança. E, como tal, ela se baseia em nascimentos sucessivos e em mortes progressivas: seu idioma é o da sucessão [...]. Veja mais aqui, aqui e aqui.

UM SONETO DE FICHTE – O filosófo e poeta alemão Johann Gottlieb Fichte (1762-1814), um dos criadores do movimento filosófico conhecido como idealismo alemão, desenvolveu a partir dos escritos teóricos e éticos de Immanuel Kant a sua filosofia. Dele merece destaque um belíssimo soneto traduzido por Paulo Cezar Souza: O que empresta ao meu olhar esse vigor, / Que todos os senões lhe parecem pequenos / E as noites se transformam em sóis serenos, / Em vida a negação, em solidez o tremor? / O que a confusa teia do tempo a transpor, / Conduz-me certeiro às fontes perenes / Do belo, do vero, de bondades e acenos, / E lá afunda, e aniquila, do meu empenho a dor? / Já sei. Desde que, no olho de Urânia, acesa / Em quietude, pude eu mesmo interiormente / A clara, fina, pura flama observar; / Desde então, tal visão me habita em profundeza / E é no meu ser - eterna, unicamente; / Vive no meu viver, olhar no meu olhar. Veja mais aqui e aqui.

O TEATRO E A SUA ESTÉTICA – O livro O teatro e a sua estética (Arcádia, 1964), organizado por Redondo Junior, com prefácio de Arnold Gehlen, reúne uma serie de autores e estudiosos da arte teatral, a exemplo de Louis Jouwet, Etienne Souriau, René Allio, Pierre Sonrel, Igor Ilinski, Sylvain Dhomme, Guilio Pacuvio, Militza Pojarskala, Léon Moussinac, Yves-Bonnat, Kpsef Svoboda, Georges Lerminier, Joachiom Tenschert, Denis Bablet, Edmond Jones, entre outros, que abordam temas como o edifício dramático, o cubo e a esfera, a construção de teatros, as festas medievais, o problema dos estilos na coreografia do século XX, o construtivismo espacial da sena, a biomecânica, da cena isabelina à biomecânica, os símbolos e sínteses do teatro alemão, a cenografia italiana a partir de 1945, a decoração teatral na URSS no sec. XX, a escolha dos colaboradores, técnicas e novos materiais na decoração teatral, uma experiência Checoslovaca, da cenografia teatral à organização do espaço cênico, Brecht e a máscara, processos de fabricação de máscaras, a luz no teatro, luz e sombra no teatro, entre outros assuntos. Veja mais aqui.

ENTRE LES MURS – O premiado filme Entre les Murs (Entre os Muros da Escola, 2008 – Palma de Ouro no Festival de Cannes), do diretor, produtor e roteirista francês Laurent Cantet e baseado no livro homônimo do escritor, jornalista, professor, artista plástico e ator francês François Bégadeau, contando a história de alunos e professores que se preparam para um novo ano letivo numa difícil escola da periferia parisiense, transformando a sala de aula num microcosmo da realidade contemporânea, testemunhando choques entre as diferentes culturas e os difíceis comportamentos dos adolescentes diante do marasmo de professores mal remunerados. O filme é encantador e muito importante para debates, reflexões, bem como para se tomar pé do papel da educação na contemporaneidade e avaliação da educação que é feita e a que desejamos no Brasil. Indubitavelmente inspirador essa película merece ser vista por educadores, pais e estudantes, recomendo. Veja mais aqui.

IMAGEM DO DIA
Desenho do artista visual neerlandês Maurits Escher (1909-1972)



Imagem: Os Violeiros, xilogravura do pernambucano MS (Marcelo Alves Soares)


Veja mais sobre:
Educação, professor-aluno, gestão escolar & neuroeducação, Livro dos sonhos de Jorge Luis Borges, a música de Ayako Yonetani, Ciência Psicológica, a fotografia de Anton Giulio Bragaglia, a pintura de Jean Metzinger & Anthony Gadd aqui.

E mais:
Paixão Legendária & Santanna O Cantador, As ciências & as artes de Jean-Jacques Rousseau, A patente de Luigi Pirandello, A história do mundo de Mel Brooks, a pintura de Maria Luisa Persson, Brincarte do Nitolino, a literatura de Aldemar Paiva, a antologia poética de Marly de Oliveira, a xilogravura de Nena Borges, a música de Guilhermina Suggia & Felipe Radicetti aqui.
O falecido Mattia Pascal de Luigi Pirandello, O contrato social de Jean-Jacques Rousseau, a música de Pat Metheny, a pintura de Peter Paul Rubens & o cinema de Mel Brooks aqui.
A hipermodenidade de Gilles Lipovetsky & a trajetória Tataritaritatá aqui.
Bom dia, Velho Chico, Sonetos de , Cláudio Manuel da Costa, Lampião & Isabel Lustosa, Música & saúde de Even Ruud & a música de Turíbio Santos, a pintura de Natalia Goncharova, a arte de Ítala Nandi & Paulette Goddard, o cinema de Hugo Carvana & Neila Tavares aqui.
Vamos aprumar a conversa: a questão ambiental, O retorno da deusa de Edward C. Whitmont, Baú de ossos de Pedro Nava, Poema Infinito de Federico García Lorca, a música de Kenny G & Martha Argerich., a pintura de Tereza Costa Rego & Zuzu Angel aqui.
Poucas palavras & uma dor, A dominação masculina de Pierre Bourdieu, Tônio Krogger de Thomas Mann, Le Cid de Pierre Corneille, a música de Eugénia Melo e Castro & Maysa, a pintura de Diego Velázquez, Sagarana de Paulo Tiago & Ítala Nandi aqui.
Papo de Fabos, O castelo de Franz Kafka, a literatura de Machado de Assis, Escarafunchando de Friederich Perls, a música do Discantus, a pintura de Renato Guttuso & Luba Lukova, a arte de Carmela Gross & Paulo Ito aqui.
Barulho da miséria, Significação & verdade de Peter Strawson, Frankestein de Mary Shelley, A liberdade de Baronne de Staal, a escultura de Ben Weily, a música de Shania Twain, a arte de Anna Miarczynska & Fabio de Brito, o grafite de Magrão Bz, & a poesia de Lívia De La Rosa aqui.
Repente qualquer jeito para ver como é que fica, A tecnologia na arte de Edmond Couchot, A vida antes do homem de Margaret Atwood, A servidão humana de Baruch de Espinoza, a música de Jackson do Pandeiro, a escultura de Antonio Corradini, a fotografia de Nikolai Endegor, a arte de Victoria Selbach & Leonel Mattos aqui.
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PATRICIA CHURCHLAND, VÉRONIQUE OVALDÉ, WIDAD BENMOUSSA & PERIFERIAS INDÍGENAS DE GIVA SILVA

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