QUINTA-FEIRA - A lua voltou-se para o leste e capturo a
noite na constelação do ermo. Já é quarto-minguante, sou pedaço de indelével
prodígio, entre o gozo preciso do ilimitado e o isolamento carregado nunca e
sempre. De certa forma me angustia o ponto perfeito do desvalido: um morrer
queimando vísceras e sem ter nada para dizer. É o pânico da solidão para me
reinventar, aprender do silêncio e o não dito, a expressão do visivisível.
Nenhum fascínio pelo perigo, muito menos temores ou hesitar de hostilidades. A
culpa se confessa e o coração neste instante esquece o que é homicida, só solto
na noite abissal, vivo que sabe da morte, porque não sabe de nada, nem de mim. ©
Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.
DITOS & DESDITOS: [...] O nascimento
e a morte representam o aparecimento e o desaparecimento da alma, no reino do
espaço e tempo. São o cumprimento da lei e do plano divino. A alma é imortal e
eterna. Deus criou a alma humana, colocando em cada uma a vida imortal tirada
da sua eterna existência. A alma deve obedecer à lei de Deus. A obediência à
lei de Deus é a virtude suprema. O ego é a causa de todas as imperfeições do
homem. Todas as qualidades negativas têm origem quando se esquece a própria
identidade de alma, de filho de Deus. Como a natureza que revela a sua glória,
a alma de um iluminado manifesta a beleza celeste das suas inatas qualidades. O
caráter de um homem é determinado pela qualidade de suas ações. O fruto de suas
ações está contido no Ser interior do homem. O homem é uma alma evoluída.
Durante o caminho da alma em direção à realização da perfeição de Deus, o homem
tornou – se um habitante desta terra. Quando for tomado pela raiva, acalme–se,
convencendo sozinho a sua mente. Alimente na alma o forte desejo de abolir a
luxúria, a raiva, a sofreguidão, a enfatuação, o orgulho, a inveja do teu
coração e esforce - se para se liberar deles. O abandono do egoísmo é um imperativo. Com o cessar dos pensamentos, todos os
sentidos são abandonados, quando os sentidos são abandonados, a potência deles
desaparece; quando os sentidos são privados de potência, a energia aumenta. O
aumento da energia aumenta a duração da vida. Devem ter compaixão nos seus
corações. [...]. Trecho extraídos da obra Gita bodh (Vidyananda, 1984), do yogue
indiano Lahiri Mahasava (1828-1895).
ALGUÉM FALOU: [...] Eu creio que precisamos elevar o nível da
nossa consciência moral, voltar
a ter uma perspectiva ética em
relação aos recursos naturais e às outras criaturas.
O problema é que ainda achamos que os nossos recursos durarão para sempre. Sem elevar o nosso nível de
consciência ética, não poderemos entender que
esse nível de vida tão elevado
para poucos em detrimento de muitos não pode
seguir adiante. [...] as pessoas vivem desperdiçando
recursos porque querem imitar o nível de vida do mundo rico. Os recursos não são suficientes. Os países
ricos exploram os recursos
naturais dos pobres, e os
poucos ricos dos países pobres fazem o mesmo. A nossa forma de lutar contra a pobreza é lutar contra esta
forma de hiperconsumo não apenas no mundo
industrializado, mas também nos países em desenvolvimento onde lamentavelmente
estamos copiando o mundo rico em detrimento do nosso povo. Se seguirmos por este caminho, corremos um
risco enorme [...]. Trecho da entrevista concedida pela
ambientalista e bióloga queniana Wangari
Maathai (1940-2011), Prêmio Nobel da Paz de 2004, recolhido do Jornal Extra
Classe (Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul, 2005), sob o título A
professora que ensina o caminho ecológico da paz, de Roberto Villar Belmonte. Veja mais aqui.
UM MINUTO PARA
DIZER QUE TE AMO
Trouxemos para o palco não somente a
abordagem sobre a doença, mas uma discussão conceitual em relação à memória e à
narração, em seus vários aspectos, o que foi essencial para a formação desse
espetáculo.
UM MINUTO PARA DIZER QUE TE AMO – A peça teatral Um minuto para dizer que te amo, produzida
por Matraca Grupo de Teatro, do Sesc Piedade – Jaboatão – PE, sob a direção de Rudimar
Constâncio, aborda de forma poética e contemporânea o Mal de Alzheimer, com
um enredo que coloca em cena um homem velho com o seu filho e uma mulher e sua
cuidadora, separados pela doença. Trata de amor, amizade, dedicação e
companheirismo, alguns dos sentimentos que permeiam o universo de duas
mulheres: a mãe de Lúcio e Amélia, uma cuidadora contratada, que, por meio da
música, criou pontes capazes de trazer de volta as lembranças da mãe de Lúcio.
Ao mesmo tempo, acontece o encontro de pai e filho, no mesmo espírito de amor e
respeito. As cenas se consolidam em uma trajetória de vida, memória, narrativa
e morte. A montagem foi produzida em um processo colaborativo com o método Viewpoints, envolvendo seis pessoas
com diferentes pontos de vista sobre a peça. O trabalho resultou na escolha de
12 cenas. São elas: “O silêncio de Deus ou fim que vira começo”, “À espera da
barca…”, “Maria Guida, hoje e amanhã”, “O menino”, “A elevação do Alzheimer”,
“Reminiscência”, “Morrendo a cada segundo, ou o voo dos vaga-lumes”, “Delírio e
morte”, “A barca da vida”, “Delírio e mentira”, “Das estrelas ou preciso de um
céu” e “O fim”. Veja mais aqui.
A ARTE DE LEWIS HINE
A arte
do fotógrafo, sociólogo e ativista estadunidense Lewis Hine (1874-1940), pioneiro da fotografia documental e
importante figura da mudança na legislação do trabalho infantil nos Estados
Unidos. Veja mais aqui.
A OBRA DE LYA LUFT
Pois viver deveria ser - até o último pensamento e derradeiro olhar -
transformar-se.
A obra
da escritora e tradutora gaúcha Lya Luft aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.