segunda-feira, fevereiro 18, 2019

MARCIO SOUZA, MARIA CARMEN, CONSUELO DE PAULA, HORTAS DO BEM COMUM & DA FELICIDADE COMUNITÁRIA, EDUCAÇÃO & COPERNICANISMO AO CONTRÁRIO


DA EDUCAÇÃO AO COPERNICANISMO AO CONTRÁRIO – Uma coisa é falar sobre educação para quem acha que isso é só papo de professor ou coisa que valha. Outra é tratar sobre o sistema nervoso quando isso é tratado como papo de gente doida, pinel de jogar pedras e outras zuretadas. Rótulos são o que não faltam ao senso comum. Há quem reduza a educação apenas à escolarização, sem levar em consideração a pesquisa e a extensão, afora outras coisas mais além do ensino. Há quem trate sobre neuroeducação restringindo tudo apenas às funções e potencialidades cerebrais, sem levar em conta que além do sistema nervoso central, há também o autônomo e o periférico, afora a importância das glândulas endócrinas e da homeostase para o equilíbrio do organismo humano. Mesmo assim, vai lá que a metáfora leve a conversa de lá praqui e vai dá cá para ali e acolá, enfim, a coisa dá uma engrenada boa e vai praquela do quer dizer então que... É, que bom, dúvidas e perguntas afloram e isso torna qualquer papo para lá de interessante, relacionando a sinapse neuronal e a articulação sistêmica com reciprocidade de relações entre seres humanos. Ou seja, assim como é o funcionamento do organismo humano, pode – e deve – ser também nas relações entre uns e outros no convívio cotidiano. O que ficou de mais positivo foi saber que não há órgão mais importante que outro no corpo humano, cada qual cumpre sua função e papel no contexto da anatomia e fisiologia corporal. Assim poderia ser com a gente: cada um funcionando conforme o projeto cósmico, interagindo com a natureza, no que se poderia chamar de cooperação colaborativa, sem nada de interesse por trás, assim, apenas por ser. Foi com essa condução que ocorreu o bate-papo no último sábado, com os comparecentes à Associação dos Artesãos Palmarenses, que atenderam o chamado da Escola de Filosofia, Artes e Política de Palmares, sob a coordenação do professor Carlos Calheiros. Uma conversa que começou pelas vinte horas e passou da meia noite, com muitas indagações e esclarecimentos, uma confraternização. Por minha conta, me dei para lá de satisfeito com a presença e participação de todos, tomara que assim também com cada um que lá esteve. O que ficou de evidente para mim, conclusivamente, foi a constatação da necessidade de se construir elos, utilizando a metáfora dos dedos e da mão, para que se possa realizar uma verdadeira revolução copernicana ao contrário: a mudança tem que começar por mim, no meu domicilio e comportamento, numa atitude de sujeito cônscio de suas responsabilidades com o seu tempo e a sua terra, para que, só depois disso, possa interagir e atuar em defesa da minha rua, do meu bairro, da minha cidade, estado e nação. Minha gratidão paratodos. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.

DITOS & DESDITOS
Houve um tempo em que Manaus tinha calçadas, largos passeios em mármore de Liós, aqui e ali os canteiros de fícus-benjamim distribuindo sombra aos transeuntes. Não há mais calçadas. Caminha-se quase sempre numa terra de ninguém, entre o esgoto a céu aberto e a posta de trânsito. Uma cidade onde o tecido urbano foi destruído e não há uma rua, uma artéria intata. Atravessa-se a cidade e tem-se a impressão de que quase todas as edificações estão inacabadas. [...] O caldo dos trópicos. A alegria da agonia. Manaus é a cidade mais odiada do mundo. Não fosse assim, não a teriam enfeiado tanto [...] Manaus é odiada talvez por não cumprir com o que promete. Engana as gentes das barrancas, os inocentes dos rios. Engana os que chegam de muito longe, carregados de misérias e pesadelos. Essa gente enganada não perdoa a cidade, e castiga Manaus, cada uma delas como células fazendo crescer o tumor canceroso em que foi transformada a velha e orgulhosa capital dos barés. Cidade degenerada, de alegria favelada acostumada a se contentar com pouco. Talvez por isso odiada também pelos que juram amá-la, amor da boca para fora dos que deveriam amá-la ao menos por dever de ofício. Manaus dos últimos acenos de gentileza em meio ao alarido arrivista. Cidade mal-amada. Cidade acostumada a apanhar na cara, a ser violentada, a ser roubada vergonhosamente pelos seus amantes. [...]. Trechos extraídos da obra A caligrafia de Deus (Marco Zero, 1994), do escritor amazonense Marcio Souza. Veja mais aquiaqui.

AGROECOLOGIA: HORTAS DO BEM COMUM E DA FELICIDADE COMUNITÁRIA
A Economia do Bem Comum é um arranjo econômico alternativo e completo, atualmente em discussão e aprimoramento em vários países ao redor do mundo, motivada pela percepção dos múltiplos fracassos ambientais, sociais e econômicos do modelo econômico neoliberal vigente. Enquanto não temos condições diretas de mudar o atual arranjo econômico no Brasil, focado na acumulação de riquezas financeiras de investidores com atuação global, cada vez mais acelerada e concentrada na mão de poucos, podemos nos inspirar começando com uma economia de bem comum ao nível local. Com base comunitária, entre vizinhos, partindo dos nossos terrenos e quintais, para as “Hortas do Bem Comum e da Felicidade Comunitária em Aldeia”. O sistema das hortas do bem comum se fundamenta em oito elementos básicos e uma rede composta por cinco grupos de colaboradores. O sistema das hortas do bem comum é composto por cinco grupos de colaboradores, ou parceiros, formando uma rede. Nesta arranjo, colaboradores específicos podem se enquadrar em vários grupos. Os hortelãos, por exemplo, podem ao mesmo tempo ser beneficiadores, produzindo conservas da colheita, os consumidores podem ao mesmo tempo fazer parte dos apoiadores, entre outros.
Texto introdutório sobre o projeto agroambiental desenvolvido pelo engenheiro ambientalista alemão que atua na área de gestão de recursos naturais e resíduos sólidos, Thilo Smith & da agrônoma especialista em agroecologia, Simone Miranda, por meio de cursos de Cultivo Ecológico e práticas de agricultura urbana como forma de dialogar com as pessoas sobre novas formas de produzir, consumir e se relacionarem entre si e com o meio ambiente. Ambos prestam consultoria e ministram cursos voltados ao cultivo de hortas orgânicas em um projeto de economia solidária, na Rua Limeira – Km 12, da Estrada de Aldeia, Camaragibe – PE. Veja detalhes aqui.

A ARTE DE MARIA CARMEN
A arte da saudosa pintora, escultora e desenhista Maria Carmen (Maria Carmen de Queirós Bastos – 1935-2014), que realizou exposições em Recife, Salvador, Brasília, Aracaju, Vitória, São Paulo, Lisboa, Bélgica, França, Peru, República Tcheca, entre outras. Veja mais aqui.

A MÚSICA DE CONSUELO DE PAULA
Tenho acompanhado há tempos o talento desta competente e belíssima cantora, compositora, poeta e produtora, Consuelo de Paula. Por conta disso, degusto quase que cotidianamente a encantadora voz e verve desta que, para mim, é uma das maiores e mais expressivas artistas da música brasileira contemporânea: uma voz de ontens e amanhãs que se fazem presentes em tons e versos que fascinam o coração e a alma de quem contempla o prêmio instantâneo de tamanha maravilha. No próximo dia 16 de março, a partis das 20:30hs, no Espaço 91, próximo ao Sesc Pompeia, São Paulo, ela anuncia Ventoyá, a próxima obra dela: Maryakoré. Ventoyá é movimento de amor e de luta, um mergulho no dentro do tronco da árvore, vôo rasante sobre as folhas das árvores resistentes. Veja mais dela aqui, aqui, aqui & aqui.
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HIRONDINA JOSHUA, NNEDI OKORAFOR, ELLIOT ARONSON & MARACATU

  Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som dos álbuns Refúgio (2000), Duas Madrugadas (2005), Eyin Okan (2011), Andata e Ritorno (2014), Retalho...