DUZENTOS &
CINQUENTA & UM GOLPES– Duzentos e
cinquenta e um golpes levam a mim e os meus ao desapontamento acumulado por
tantas corrupções: com os bolsos cheios de populdas propinas desviadas do
erário público, a capangagem revestida de representação parlamentar faz a festa
dos salafrários ocupantes dos gabinetes suntuosos dos palácios azeitando a
engrenagem da gestão pública para o atendimento dos intereses corporativos mais
escusos que se possa prever nossa vã ignorância dos meandros do poder. E o meu
povo assiste a tudo boquiaberto. Duzentos e cinquenta e um pelegos tripudiam
sobre a desgraça de todos aqueles que estão fora do jogo, assistindo pela
telinha a deslavada cerimônia da maior jogatina pela manutenção do poder em
detrimento da população. São esses que mandam e desmandam como querem com o
cinismo dos que nem pestanejam em enfrentar quem quer que seja na defesa dos
seus privilégios. E o meu povo assiste como se nada fosse aqui. Duzentos e
cinquenta e um recursos para deixar a gente à deriva, enquanto os inimigos do
povo se locupletam na mais descarada façanha do vitupério, desafiando a nossa
inteligência, dignidade e vergonha. São eles que se julgam invencíveis na
batalha de seus propósitos, que se julgam invulneráveis por suas fortunas
acumuladas criminosamente, incólumes do julgamento histórico, ilesos por suas
redes de tráfico e compadrio numa sistêmica desonestidade. E o meu povo assiste
o Brasil sucumbir completamente desencantado, enquanto nós seguimos reféns da
injustiça. São duzentos e cinquenta e um zilhões de golpes por segundo, aqui,
ali, acolá, no Brasil todo, todo dia e o dia todo. São duzentas e cinquenta e
uma mil vezes arre! © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja
mais aqui.
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá especiais com a música do
guitarrista, cantor, compositor, produtor musical e cinematográfico ingles, George
Harrison (1943-2001): Anthology & Living in the alternate world; da
cantora, compositora, multi-instrumentista, atriz, escritora e ativista Rita
Lee: Acústico MTV ao vivo & Multishow ao vivo; do compositor, professor e
regente Camargo Guarnieri (1907-1993): Sinfonia Uirapuru, Seresta para piano e
orquestra & Sinfonia n5; da violinista suiça Rachel Dolly d’Alba: Tzigane
Ravel, Sonata Passion Ysaye & Summertime Gershwin. Para conferir é só ligar
o som e curtir.
PENSAMENTO DO DIA - [...] Se de um
lado aceitei Deus como guardião do meu espírito, não quis que fosse ele dono do
meu imaginário. Meu imaginário é humano, profano, transgressor, subverte o que
precisa. Buscou a independência, as viagens interiores, quantas vezes negadas.
[...]. Pensamento da escritora Nélida Piñon. Veja mais aqui e
aqui.
POR QUE ESCREVO? - [...] O escritor
é um ser particularmente antenado, não apenas para o fundo da chamada alma
humana, mas, conscientemente, para as realidades a seu redor. e ainda que eu
não faça literatura explicitamente engajada, empenho nela um ardente
engajamento na aventura existencial humana, e a na sua qualidade. Essa chama,
essa antena sutil se multiplica e tateia o mundo e o próprio interior, do qual
emana uma luz que resiste e transborda. Os artistas são recipientes de carvões
em brasa e têm visões que tentam esconjurar com traços, gestos, música ou
palavras – e nesse trânsito entre realidade e sonho, cujas fronteiras para eles
pouco importam, vão e vêm entre territórios que igualmente os convocam. Então
para mim escrever é transitar – e tentar, quem sabe, fixar relances disso que,
com os olhos e com a sensibilidade, todos nós vislumbramos. [...]. Trecho
do artigo Por que escrevo?, da escritora
e tradutora gaúcha Lya Luft, extraído da obra
A força da letra: estilo, escrita,
representação (FALE/UFMG, 2000), organizado por Lucia Castello Branco e
Ruth Salviano Brandão. Veja mais aqui.
HISTÓRIA DE BARREIROS - [...] Em princípios
do séc. XVIII, existia uma aldeia de índios cujo chefe se dizia descendente do
grande Felipe Camarão e que ficava localizada no engenho Benfica, do então
Morgado do Cabo, concessionário de uma semaria de cinco léguas de terras. A
referida sesmaria começava na Pedra do Conde, em Tamandaré, e tomando para o
sul, abrangia grande parte dos terrenos atuais do município, onde foram
erguidos os seus primeiros engenhos. Como os índios faziam grandes estragos nas
lavouras circunvizinhas, o Morgado conseguiu permuta dos seus terrenos por
outros mais próximos ao rio Una. [...]
As escavações e depressões feitas pelos porcos do mato, conhecidos por
caititus, deram nome à localidade nascendo, pois os índios começaram a
denominá-las de barreiros. [...] A
antiga aldeia de índios ficou então conhecida pelo nome de Barreiros Velhos,
enquanto o local atual ficou sendo chamado de Barreiros. [...] Barreiros foi elavado à categoria de vila,
com território desmembrado do município de Rio Formoso e Freguesia de Água
Preta, pela Lei provincial 314, de 13 de maio de 1853. [...] A instalação do município, entretanto,
somente ocorreu em 19 de julho de 1860. [...] A elevação à categoria de cidade veio em cumprimento à Lei provincial
38, de 3 de julho de 1892. [...] a
escola Sagrada Família, fundada pelo Professor Placido Nobre [...] Nas comemorações do Dia da Independencia, lá
estava a Escolinha do Professor Plácido [...]. Com o desaparecimento do professor, a escolinha também sumiu no
redemoinho do tempo. [...]. Trechos extraídos da obra Memorias barreirenses
(Autor, 2007), de Yvon Bezerra de Andrade. Em conformidade com a Enciclopeda
dos Municipios do Interior de Pernambuco (FIAM/DI, 1986), administrativamente,
o município é formado pelo distrito-sede e pelo distrito de Carimã. Anualmente,
no dia 19 de julho, Barreiros comemora a sua emancipação política. Veja mais
aqui, aqui, aqui e aqui.
O AMOR É LINDO! - [...] Nada se compara às tuas
mãos e nada é igual ao ouro-verde dos teus olhos. Meu corpo se enche de ti por
dias e dias. És o espelho da noite, a luz violenta do relâmpago. A unidade da
terra. O côncavo das tuas axilas é o meu refúgio. As pontas dos meus dedos
tocam teu sangue. Toda a minha alegria é sentir a vida brotar de tua fonte –
flor que a minha guarda para encher todos os caminhos dos meus nervos que são
os teus. Trecho de carta do pintor mexicano Diego Rivera (1886-1957) para a pintora mexicana Frida Kahlo (1907-1954), extraído da
obra O diário de Frida Kahlo: um
auto-retrato íntimo (José Olympio, 1995). Veja mais aqui, aqui e aqui.
NEGRA ERA PAZ – Mortas estavam aquelas mãos / -
aves negras privadas do ritmo / do voo sem bater de asas / na pulsação do tempo
eram agora / a noite desprovida de estrelas / laçadas sobre o peito
mostravam-se / pungentes na imobilidade do gesto final / enquanto sobre elas
resvalada muda / a absurdsa história de um branco / que não exitou em
assassinar a paz. Poema extraído da obra Estrela em trânsito (Fundarpe,
1997), da poeta Bartyra Soares. Veja
mais aqui.
A RESISTÊNCIA DOS VERSOS DE ZÉ RIPE
Neste sábado, dia 28/10, no anfiteatro da Praça Paulo
Paranhos, Palmares – PE, acontecerá o lançamento do livro A resistência dos versos, do cantor, compositor e poeta Zé Ripe, com extensa programação. Veja
a entrevista aqui e mais do autor aqui.
Veja mais:
A arte de Roy Lichtenstein aqui.
&
A ARTE KARL
BACKMAN
A arte do
pintor, guitarrista, cantor e compositor sueco Karl Backman.
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