sexta-feira, outubro 27, 2017

NÉLIDA PIÑON, LYA LUFT, FRIDA KAHLO, ZÉ RIPE, KARL BACKMAN, BARTYRA SOARES, BARREIROS & 251 GOLPES

DUZENTOS & CINQUENTA & UM GOLPES– Duzentos e cinquenta e um golpes levam a mim e os meus ao desapontamento acumulado por tantas corrupções: com os bolsos cheios de populdas propinas desviadas do erário público, a capangagem revestida de representação parlamentar faz a festa dos salafrários ocupantes dos gabinetes suntuosos dos palácios azeitando a engrenagem da gestão pública para o atendimento dos intereses corporativos mais escusos que se possa prever nossa vã ignorância dos meandros do poder. E o meu povo assiste a tudo boquiaberto. Duzentos e cinquenta e um pelegos tripudiam sobre a desgraça de todos aqueles que estão fora do jogo, assistindo pela telinha a deslavada cerimônia da maior jogatina pela manutenção do poder em detrimento da população. São esses que mandam e desmandam como querem com o cinismo dos que nem pestanejam em enfrentar quem quer que seja na defesa dos seus privilégios. E o meu povo assiste como se nada fosse aqui. Duzentos e cinquenta e um recursos para deixar a gente à deriva, enquanto os inimigos do povo se locupletam na mais descarada façanha do vitupério, desafiando a nossa inteligência, dignidade e vergonha. São eles que se julgam invencíveis na batalha de seus propósitos, que se julgam invulneráveis por suas fortunas acumuladas criminosamente, incólumes do julgamento histórico, ilesos por suas redes de tráfico e compadrio numa sistêmica desonestidade. E o meu povo assiste o Brasil sucumbir completamente desencantado, enquanto nós seguimos reféns da injustiça. São duzentos e cinquenta e um zilhões de golpes por segundo, aqui, ali, acolá, no Brasil todo, todo dia e o dia todo. São duzentas e cinquenta e uma mil vezes arre! © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.

RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá especiais com a música do guitarrista, cantor, compositor, produtor musical e cinematográfico ingles, George Harrison (1943-2001): Anthology & Living in the alternate world; da cantora, compositora, multi-instrumentista, atriz, escritora e ativista Rita Lee: Acústico MTV ao vivo & Multishow ao vivo; do compositor, professor e regente Camargo Guarnieri (1907-1993): Sinfonia Uirapuru, Seresta para piano e orquestra & Sinfonia n5; da violinista suiça Rachel Dolly d’Alba: Tzigane Ravel, Sonata Passion Ysaye & Summertime Gershwin. Para conferir é só ligar o som e curtir.

PENSAMENTO DO DIA - [...] Se de um lado aceitei Deus como guardião do meu espírito, não quis que fosse ele dono do meu imaginário. Meu imaginário é humano, profano, transgressor, subverte o que precisa. Buscou a independência, as viagens interiores, quantas vezes negadas. [...]. Pensamento da escritora Nélida Piñon. Veja mais aqui e aqui.

POR QUE ESCREVO? - [...] O escritor é um ser particularmente antenado, não apenas para o fundo da chamada alma humana, mas, conscientemente, para as realidades a seu redor. e ainda que eu não faça literatura explicitamente engajada, empenho nela um ardente engajamento na aventura existencial humana, e a na sua qualidade. Essa chama, essa antena sutil se multiplica e tateia o mundo e o próprio interior, do qual emana uma luz que resiste e transborda. Os artistas são recipientes de carvões em brasa e têm visões que tentam esconjurar com traços, gestos, música ou palavras – e nesse trânsito entre realidade e sonho, cujas fronteiras para eles pouco importam, vão e vêm entre territórios que igualmente os convocam. Então para mim escrever é transitar – e tentar, quem sabe, fixar relances disso que, com os olhos e com a sensibilidade, todos nós vislumbramos. [...]. Trecho do artigo Por que escrevo?, da escritora e tradutora gaúcha Lya Luft, extraído da obra A força da letra: estilo, escrita, representação (FALE/UFMG, 2000), organizado por Lucia Castello Branco e Ruth Salviano Brandão. Veja mais aqui.

HISTÓRIA DE BARREIROS - [...] Em princípios do séc. XVIII, existia uma aldeia de índios cujo chefe se dizia descendente do grande Felipe Camarão e que ficava localizada no engenho Benfica, do então Morgado do Cabo, concessionário de uma semaria de cinco léguas de terras. A referida sesmaria começava na Pedra do Conde, em Tamandaré, e tomando para o sul, abrangia grande parte dos terrenos atuais do município, onde foram erguidos os seus primeiros engenhos. Como os índios faziam grandes estragos nas lavouras circunvizinhas, o Morgado conseguiu permuta dos seus terrenos por outros mais próximos ao rio Una. [...] As escavações e depressões feitas pelos porcos do mato, conhecidos por caititus, deram nome à localidade nascendo, pois os índios começaram a denominá-las de barreiros. [...] A antiga aldeia de índios ficou então conhecida pelo nome de Barreiros Velhos, enquanto o local atual ficou sendo chamado de Barreiros. [...] Barreiros foi elavado à categoria de vila, com território desmembrado do município de Rio Formoso e Freguesia de Água Preta, pela Lei provincial 314, de 13 de maio de 1853. [...] A instalação do município, entretanto, somente ocorreu em 19 de julho de 1860. [...] A elevação à categoria de cidade veio em cumprimento à Lei provincial 38, de 3 de julho de 1892. [...] a escola Sagrada Família, fundada pelo Professor Placido Nobre [...] Nas comemorações do Dia da Independencia, lá estava a Escolinha do Professor Plácido [...]. Com o desaparecimento do professor, a escolinha também sumiu no redemoinho do tempo. [...]. Trechos extraídos da obra Memorias barreirenses (Autor, 2007), de Yvon Bezerra de Andrade. Em conformidade com a Enciclopeda dos Municipios do Interior de Pernambuco (FIAM/DI, 1986), administrativamente, o município é formado pelo distrito-sede e pelo distrito de Carimã. Anualmente, no dia 19 de julho, Barreiros comemora a sua emancipação política. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.


O AMOR É LINDO! - [...] Nada se compara às tuas mãos e nada é igual ao ouro-verde dos teus olhos. Meu corpo se enche de ti por dias e dias. És o espelho da noite, a luz violenta do relâmpago. A unidade da terra. O côncavo das tuas axilas é o meu refúgio. As pontas dos meus dedos tocam teu sangue. Toda a minha alegria é sentir a vida brotar de tua fonte – flor que a minha guarda para encher todos os caminhos dos meus nervos que são os teus. Trecho de carta do pintor mexicano Diego Rivera (1886-1957) para a pintora mexicana Frida Kahlo (1907-1954), extraído da obra O diário de Frida Kahlo: um auto-retrato íntimo (José Olympio, 1995). Veja mais aqui, aqui e aqui.

NEGRA ERA PAZMortas estavam aquelas mãos / - aves negras privadas do ritmo / do voo sem bater de asas / na pulsação do tempo eram agora / a noite desprovida de estrelas / laçadas sobre o peito mostravam-se / pungentes na imobilidade do gesto final / enquanto sobre elas resvalada muda / a absurdsa história de um branco / que não exitou em assassinar a paz. Poema extraído da obra Estrela em trânsito (Fundarpe, 1997), da poeta Bartyra Soares. Veja mais aqui.

A RESISTÊNCIA DOS VERSOS DE ZÉ RIPE
Neste sábado, dia 28/10, no anfiteatro da Praça Paulo Paranhos, Palmares – PE, acontecerá o lançamento do livro A resistência dos versos, do cantor, compositor e poeta Zé Ripe, com extensa programação. Veja a entrevista aqui e mais do autor aqui.

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A ARTE KARL BACKMAN
A arte do pintor, guitarrista, cantor e compositor sueco Karl Backman.

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