O QUE É SER
BRASILEIRO? - Não é decorar a História do
Brasil da sala de aula, quando a tragicômica evolução dos séculos esconde uma
inglória, nefasta e horrorosa coleção de fatos que mais envergonham até quem
nem nasceu aqui. Não é cantar o Hino Nacional vestindo a amarelinha em dia de
jogo de uma seleção organizada por uma entidade privada como a CBF, igualzinha
a qualquer outra corporação voltada pros lucros, jogatinas e com escândalos até
o pescoço, muito menos quando políticos golpistas encenam na defesa de suas
aprovações, quando estão simplesmente fazendo valer o interesse da mão
invisível em detrimento da população brasileira, nem nas inaugurações públicas
realizadas com licitações duvidosas que mais encheram os bolsos dos
interessados em nome da utilidade pública. Não é soltar uma ôia pro patrulheiro
prele liberar sua viagem numa rodovia, ou pro fiscal de renda esconder sua
sonegação, sequer quando azeita a engrenagem de qualquer servidor para agilizar
seu processo em órgãos públicos. Não é se valer da carteirada para furar fila,
avançar o sinal ou se achar o maior dos privilegiados em prejuízo dos demais.
Não é ficar ancho por ser duma religião em que só os seus membros são irmãos e
os demais de outras são os pecadores sem solução. Não é se aproveitar da
promoção dos produtos da merenda escolar ou dos medicamentos dos postos de
saúde, nem achar que pedestre devia ficar em casa, nem PNE ser um condenado
divino, nem idoso um atrapalho de vida e criança uma dor de cabeça. Não é ser
dendroclasta para arrancar qualquer pé de planta das calçadas e sair desmatando
tudo em nome do progresso que só serve ao seu bolso. Não é achar que pobre não
é gente, nem que toda biba é um desvio dos céus. Não é se informar apenas com
as notícias da ideologia dos mandonistas e se achar que só sua TV a cabo
informa tudo pra deixá-lo talqualmente qualquer bom de bolso em qualquer parte
do planeta. Não é gritar que o Brasil é uma droga que não tem mais jeito e se
balançar cantando uma felicidade de mentira ou uma dor de corno de amor ao
país. Pra falar a verdade, nada disso acontece mesmo aqui, não é? Pode ser que
isso seja lá do outro lado do mundo ou noutro país que ninguém vê, menos aqui.
Isso porque, na verdade, falta é brasileiro no Brasil. © Luiz Alberto Machado..
Veja mais aqui.
Curtindo o álbum Belezas (AAM Music, 2012),
da cantora Carol Saboya.
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A
poética aristotélica, Erich Fromm, Georges Bataille, Eliete Negreiros, Rufino, Walter Hugo
Khouri, Arthur Braginsky, Helena Ramos, El Tomi
Müller, Fernando Fiorese & A primeira estética da arte dramática aqui.
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encontro: o vôo da língua no universo do gozo aqui.
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&
DESTAQUE: A VIOLÊNCIA
[...] A
forma extrema de poder é o de todos contra um, a forma extrema da violência e
um contra todos [...] Ao que parece, a resposta
dependerá do que compreendemos como poder. E o poder, ao que tudo indica, é um
instrumento de dominação, enquanto a dominação, assim nos é dito, deve a
existência a um ‘instinto de dominação’. Lembramo-nos imediatamente do que
Sartre disse a respeito da violência quando em Jouvenel que ‘um homem sente-se
mais homem quando se impõe e faz dos outros um instrumento de sua vontade, o
que
lhe dá um ‘prazer incomparável’ [...] o poder é de
fato a essência de todo governo, mais não a violência. A violência é por
natureza instrumental; como todos os meios ela sempre depende da orientação e
da justificação pelo fim que almeja. [...].
Trechos extraídos da obra Sobre a violência (Relume Dumará, 1994), da filósofa política alemã de origem judaica
Hannah Arendt (1906-1975). Veja mais
aqui, aqui, aqui e aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Imagens: a arte do artista estadunidense Alex Grey.
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
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Musical Tataritaritatá - Fanpage.