quarta-feira, novembro 02, 2016

ESTHER HAMBURGER, NIURA BELLAVINHA, NINA KOZORIZ, DIGNIDADE HUMANA, EDUCAÇÃO & MEIO AMBIENTE


DIGNIDADE HUMANA, EDUCAÇÃO & MEIO AMBIENTE (Imagem: Ipanema, arte da performática artista multimídia Niura Bellavinha) - Dignidade humana e a vida com prazo de validade: a felicidade aos ventos no varal, o sonho na posse da nota fiscal, a valia na prestação da casa própria e na fatura do cartão crédito, a amizade entre muros altos e portas fechadas, a cabeça no prêmio da loteria, o compromisso só pra depois de amanhã, o lazer no final de semana, a solidariedade com o pé na goela – do pescoço pra baixo tudo é perna! - a segurança na cerca elétrica, a prisão domiciliar no meio do lixo, muito lixo, lixo demais. E pra tudo tem jeito, tudo nas coxas, no jeitinho e todo mundo se mata, uns aos outros, pra catar ganha-pão que se esvai no supermercado, no plano de saúde, no combustível do carro zero, na roupa de grife, baladas, arrependimentos, luxo e lixo, muito lixo, lixo demais. O meio ambiente e o monturo do descaso: o meio fio de esgoto a céu aberto, a moradia e o labor insalubres, poluição, alagamentos, tudo é só periferia e a cidade é um lixão, muito lixo, lixo demais pra festa de ratos e insetos. A educação e a leseira da desinformação: colocação pro mercado de mão de obra substituível pelos batalhões de reserva, Maria vai com as outras, João intrigado de José, qualificação pro consumo, retórica da persuasão, o glamour da novela e a miséria do lado, o conhecimento no canal da televisão e compra o luxo que é lixo, o lixo e mais lixo, muito lixo, lixo demais. A dignidade humana é ilusão e muito lixo, lixo demais. A educação é deseducação e muito lixo, lixo demais. A vida, a Terra, tudo é outro senão com muito lixo, lixo demais. © Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui.

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Dignidade humana aqui, aqui e aqui.
Educação aqui, aqui e aqui.
Meio Ambiente aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

E mais:
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Literatura de Cordel: História da princesa da Pedra Fina, de João Martins de Athayde aqui.
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DESTAQUE: A VIDA NA NOVELA
[...] A partir de conflitos de gênero, geração, classe e região, a novela fez crônicas do cotidiano que a levaram a se transformar em palco privilegiado para a problematização de  interpretações do Brasil. O país, que se modernizava de acordo com uma noção de modernização centrada no consumo e não na afirmação da cidadania, se reconheceu na tela da TV em um universo branco e glamouroso. Posteriormente, as consequências não antecipadas da modernização apareceram de forma inédita na TV. As primeiras denúncias de corrupção ocuparam a então novela das oito já a partir de Roque Santeiro. O reconhecimento maior do caráter privilegiado da novela se dá quando emissoras concorrentes disputam a atenção do público com narrativas que procuram interpretações alternativas do país. No início do século XXI a diversificação de meios e canais disponíveis enfraquece  a novela como arena de problematização da nação. Resta saber quais serão, se é que haverá alguma, as arenas nacionais no futuro.
Trecho extraído do artigo Telenovelas e interpretações do Brasil (Lua Nova, 2011), da professora do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da USP, Esther Hamburger.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Imagens: arte da performática artista multimídia Niura Bellavinha.
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CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na Terra: arte da pintora russa Nina Kozoriz.
Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.
Veja  aqui e aqui.


PATRICIA CHURCHLAND, VÉRONIQUE OVALDÉ, WIDAD BENMOUSSA & PERIFERIAS INDÍGENAS DE GIVA SILVA

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