IMPERATRIZ DE VENUSBERG - Era de tardezinha quando atravessei o lago cercado por plantas
adormecidas e que mudavam suas formas a todo instante. Fui deixado no local que
me disseram ser o alto da montanha de Horselberg. A entrada era por um pórtico
de pedra pálida ornado por belíssimas esculturas eróticas e desci por um túnel
escuro repleto de ervas tristes, enquanto era conduzido por mariposas de asas
magníficas. Ao atravessar o átrio ouvi sons misteriosos e assustadores, o palácio
era cercado de amplos jardins, avenidas de árvores altas, arcos, pavilhões
cascatas, grutas e estátuas fálicas. Fui levado ao boudoir da rainha, do qual
exalava o perfume de rosas vermelhas e eau lavante. Havia pinturas
galantes de Dorat e vistas para um jardim com uma fonte de bronze com três
bacias e de uma delas um dragão de muitos seios. Quem seria? Na minha cabeça desejava
fosse uma lúbrica Valéria Messalina, ou a atriz amante Katharina Schratt,
quem sabe Cleópatra, ou a Teodora
de Bizâncio, tomara fosse uma Madona gentil, como uma Peggy Guggenheim suprema como se fosse a imperatriz de Adolphe Braun ou a condessa Castiglione. Não, nenhuma delas. À primeira
vista imaginei ser ela a deusa
Sopdet, a rainha de Sabá
Sótis, porque previa a orientação do espaço para a estrela Sirius e, por certo,
por ter ali do lado o Arco da Aliança - um cofre de madeira de acácia
recoberto de ouro. Não, não era. Mas
poderia ser tudo isso, conforme me esclareceu Aubrey Beardsley lendo meus
pensamentos a me mostrar aquela que se parecia Ceres entre a vegetação. E
não era também. Sabia tratar-se de uma rainha
imperial no trono das asas de ouro, uma Vierge Ouvrante a revelar-me o segredo herético, sua coroa de
estrelas, um orbe e uma cruz invertida, a pala ligniforme,
uma túnica sobre uma camisa com graciosos bordados e faixas, uma coroa de ouro aberta, um halo cor de sangue, era tudo que se fosse envolvido pelas folias da deusa alada às
alturas, ao som da música
de Venusberg: “um homem mortal seduzido pela rainha das fadas visita
o outro mundo”. Ela emergiu como se fosse uma dançarina da Primavera de Botticelli
agarrada ao Livro da caverna dos tesouros. Seus cabelos soltos, seu vestido florido, seu jardim luxuriante a me
falar como se fosse a Maria
Prophetissa: Um se transforma em dois, dois se transforma em três, e do
terceiro vem o um como o quarto. E ficou de quatro quase desnudada, omni-abrangente, omni-inclusiva e a reinar sobre
as quatro direções da bússola, os quatro elementos, os ventos do céu, as
estações, os cantos da terra, os rios do éden, as fases da lua, os humores, as qualidades,
as bestas do apocalipse, os ingredientes alquímicos, as figuras geométricas, as
letras hebraicas sagradas, as virtudes cardeais, como se dela jorrasse a seiva
das plantas, as sementes da terra, o tesouro indispensável. Estava então
completamente envolvido com a magia daquele instante, a cena íntima dela a
dissipar todas as rígidas dicotomias ao
se mover para um divã de veludo vermelho e lá revelou seus quatro mistérios e
todas as cosmocopias, como se me ensinasse o número real pitagórico e toda
mundividência. Dali desceu os degraus, aproximou-se a me envolver completamente
hipnotizado por sua radiância absoluta e tomou do meu sexo para fazê-lo seu
cetro de ouro na mão esquerda e era como se apropriasse da águia dourada no
desvelo de todos os mistérios entre a vida e a morte. Senti suas pernas como se
um compasso definisse o que deveria fazer diante do entusiasmo das introvisões
celestes pelas doze noites, encerrando meus suores e ejaculações às águas de um
vaso, dando-me a entender que tudo isso para ela era o espírito renascido que
ela recriou no meu corpo. E me fez Tannhäuser para adorá-la e propôs que
eu pudesse a partir de então obrar milagres ao compor madrigais, era enfim seu trovador, para que ela deusa se realizasse
em mim. Veja mais aqui e aqui.
DITOS & DESDITOS
- A arte não salva o mundo, mas salva o minuto. Então acho que o amor
é o contrário do fim. Quando não pude mais com o silêncio, escutei as canções.
Pensamento da escritora portuguesa Matilde
Campilho. Veja mais aqui e aqui.
ALGUÉM FALOU: Tenho
um objetivo, o grotesco. Se não sou grotesco não sou nada. As coisas se moldam
diante dos meus olhos assim como eu as desenho. Toda a humanidade me inspira.
Cada transeunte é minha babá inconsciente; e por mais estranho que possa
parecer, eu realmente desenho as pessoas tal como as vejo. Certamente não é
minha culpa que eles caiam em certas linhas e ângulos. Sempre fiz meus esboços,
como diriam, por diversão... Trabalhei para me divertir, e se isso também
divertiu o público, tanto melhor para mim. Pensamento do escritor e
ilustrador inglês Aubrey Beardsley (1872-1898), que na sua obra The Story of Venus and
Tannhäuser (Kessinger, 2004) menciona que: […]
Então a
cortina caiu com uma rapidez pudica [...], esclarecendo que: As pessoas
odeiam ver seus vícios retratados, mas o vício é terrível e deveria ser
retratado. Já no livro Salome, Under the Hill (Creation, 1996), em parceria com Oscar Wilde, ele expressa que: […] De ásperas, estridentes e clamorosas, as vozes
ficaram turvas e inarticuladas. Frases ruins eram ajudadas por gestos
piores e, em uma mesa, Scabius só conseguia se expressar com o guardanapo, à
maneira de Sir Jolly Jumble na primeira parte de The Soldier’s Fortune of
Otway. Basalissa e Lisístrata tentaram pronunciar o nome uma da outra e
tornaram-se muito afetuosas na tentativa; e Tala, o trágico, vestido de roxo
espaçoso e usando pluma e coturno, levantou-se e com gestos oscilantes começou
a recitar uma de suas partes favoritas. Ele não foi além do primeiro verso, mas
repetiu-o repetidas vezes, com novos sotaques e entonações a cada vez, e só foi
silenciado pela aproximação dos aspargos servidos por sátiros vestidos de
musselina branca. Clitor e Sodon tiveram uma luta violeta pela bela Pella e
quase derrubaram um lustre. Sophie tornou-se muito íntima de uma
garrafa de champanhe vazia, jurou que ela a havia feito feliz e acabou
colocando uma criança falsa em cima da mesa; e Belamour fingia
ser um cachorro e saltitava de sofá em sofá de quatro, mordendo, latindo e
lambendo. Mellefont começou a colocar filtros de amor em copos. Juventus e Ruella se
despiram e vestiram as coisas um do outro, Spelto ofereceu um prêmio para quem
chegasse primeiro e Spelto ganhou! Tannhäuser, um pouco grisé, deitou-se nas
almofadas e deixou Julia fazer o que quisesse. [...].
MATE-SE, AMOR - [...]
Eu o trouxe ao mundo, isso é o suficiente. Sou uma mãe no piloto
automático. [...] Ele é meu homem, aquele que sabe olhar minha tristeza
infinita [...] Poderia ser um sonho branco, um delirium tremens, mas era
a porra da realidade. [...] Há uma falha. Não fomos feitos para ser um.
[...] Quando
os pais sofrem, eles são filhos. [...]. Trechos extraídos da obra Matate, amor (Lengua de
Trapo, 2012), da escritora,
roteirista, dramaturga e documentarista argentina Ariana Harwicz. Veja
mais aqui e aqui.
EPIGRAMAS DE JOHANN WOLFGANG VON GOETHE (1749-1832)
Não te queres deitar nua ao meu lado, bem-amada;
Por vergonha te escondes de mim em tuas vestes.
Diz-me, o que cobiço? A tua roupa ou o teu corpo?
vergonha: uma roupa que os amantes jogam fora,
Quanto tempo procurei uma mulher; só achava putas.
Finalmente te apanhei, putinha: aí tive uma mulher.
Dá-me, em vez de Schwanz, uma outra palavra, Priapo,
Pois que, poeta, estou mal servido em alemão.
Chamam-me phallos em grego, o que soa bem ao ouvido
E a mentula latina é palavra tolerável.
Mentula vem de mens, Schwanz tem a ver com traseirom
Onde nunca senti alegria nem prazer.
Não vos irrite, mulheres, admiramos as moças:
Gozais de noite o que elas de dia excitam.
Gosto de rapazes, mas muito mais de moças:
Satisfaço a moça, e ela me serve de rapaz.
Meu maior cuidado: Betina se faz cada dia mais destra,
Mais e mais ágeis se tornam seus braços, suas pernas,
Consegue até levar a linguinha à sua graciosa greta
E com ela brincar: já não lhe importam muito os homens.
A FELICIDADE DA AUSÊNCIA
Suga, ó jovem,
o sagrado néctar da flor ao longo do dia,
nos olhos da amada.
Mas, sempre esta dita é melhor que nada,
estando afastado do objeto do amor.
Em parte alguma esquecê-la posso,
mas se à mesa sentar-me tranqüilo
com espírito alegre e em toda liberdade
e o impereptível engano que faz venerar o amor
e converte em ilusão o desejo.
JOHANN WOLFGANG VON GOETHE – O
poeta, dramaturgo, romancista e ensaísta alemão Johann Wolfgang Von Goethe
(1749-1832), desenvolveu vasta obra literária, autobiográfica, de estudos de
ciências naturais e conversações, sendo considerado com unanimidade como a
maior personalidade da literatura alemã e o maior poeta alemão. Ele envolveu-se
em aventuras amorosas e escreveu poesias anacreônticas, à moda da época,
chegando a proclamar sua divina mãe Devi Kundalini, a Serpente Ígnea de nossos
mágicos poderes, como autêntica libertadora. Incontestavelmente, nas relações
amorosas mais conhecidas de Goethe, excluindo-se, naturalmente, a sustentada
com Cristina Vulpius - foram, sem exceção alguma, de natureza mais erótica que
sexual, como as de Carlota Buff, Lili ou Frederica Brion e a senhora Von Stein,
chegando a escrever a sua mais forte a paixão não esquecida por Charlotte, tema
do romance Die Leiden des jungen Werther (1774; Os sofrimentos do jovem
Werther). Já com Charlotte von Stein, uma mulher altamente sofisticada,
inspiraram-lhe nova série de poesias líricas. ”Erotica Romana” é o título da
primeira versão manuscrita das consagradas “Elegias Romanas” de Johann Wolfgang
von Goethe, resultante da sua estadia em Itália (1786-1788), embora maioritariamente
composto após o seu retorno, este ciclo de poemas eróticos sofreu numerosas
alterações, atendendo à tolerância de um público que apenas admitia a expressão
literária do prazer sensual através da máscara da mitologia ou da imitação dos
poetas clássicos da antiguidade. Com isso, observa-se que Goethe arrastava
consigo rumores de inúmeras aventuras amorosas com várias mulheres e, mais
concretamente, trazia consigo Catherine Vulpius com quem passou a viver, sem
com ela se casar. Foi imbuído do espírito libertino e liberal que escrever
poemas eróticos. Veja mais aqui, aqui e aqui.
REFERÊNCIAS
BARRENTO, João (Org.). Literatura e sociedade burguesa na
Alemanha (séculos XVIII e XIX). Lisboa: Apáginastantas, 1983.
BROCA, Brito. A viagem maravilhosa de Goethe. In: ___.
Ensaios da mão canhestra. São Paulo: Polis / Brasília: INL, 1981.
___. Sobre os amores de Goethe. In: ___. Escrita e
vivência. Campinas: Edunicamp, 1993.
CAMPOS, Haroldo de. Deus e o diabo no Fausto de Goethe.
São Paulo: Perspectiva, 1981.
CARPEAUX, Otto Maria. Presença de Goethe. In: ___. A
cinza do purgatório; Ensaios. Casa do estudante Brasileiro, 1942.
GOETHE, Wolfgang. Os sofrimentos do jovem Werther. São
Paulo: Nova Alexandria, 1999.
_____. Epigramas. Revista Versoados. Disponivel em Acesso
em 08.03.2009.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. O Fausto. In: ___. O espírito
e a letra. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
MAAS, Wilma Patrícia Dinardo. Poesia e verdade, de Goethe
- a estetização da existência. Cerrados. Brasília (UnB), v. 9, p. 165-177.
MONTEZ, Luiz Barros. A obra autobiográfica de Goethe como
relato historiográfico. Itinerários (UNESP), v. 23, p. 39-48, 2005.
___. Literatura e vida: relembrando um Goethe um tanto
esquecido. Terceira Margem, Rio de Janeiro, v. 10, p. 170-185, 2004.
___. Sobre o mito do Goethe. Forum Deutsch - Revista
Brasileira de Estudos Germânicos, Faculdade de Letras da UFRJ, v. 6, p. 88-102,
2002.
___. Conhecimento e alienação no Fausto de Goethe.
Terceira Margem. Rio de Janeiro (Revista da Pós-Graduação da Faculdade de
Letras da UFRJ), n. 4, p. 34-41, 1996.
___. O século XVIII e o Pré-Romantismo. Tempo Brasileiro.
Rio de Janeiro, n. 127, p. 99-110, 1996.
ORLANDI, Enzo. Goethe. Lisboa: Editorial Verbo, 1972.
PAES, José Paulo. Poesia erótica. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
O SEMINÁRIO – OS
ESCRITOS TÉCNICOS DE FREUD, DE JACQUES LACAN - O livro O Seminário: os escritos técnicos de Freud, de Jacques Lacan, trata
acerca do momento da resistência com a introdução aos comentários sobre os
escritos técnicos de Freud, a confusão na análise, a história não é o passado e
teorias do ego. Em seguinda, aborda as primeiras intervenções sobre a questão
da resistência, a análise pela primeira, materialidade do discurso, análise da
análise e megalomania de Freud, bem como da verdade do sujeito, a análise como
experiência particular, a resistência, a constratransferencia e o ego do
analista, o sistema ideacional, a resistência e as defesas, realidade e
fantasia, história do vivido e revivido, o eu e o outro, o sentimento da
presença, mediação e revelação, inflexões da palavra, o entrecruzamento
linguístico, as disciplinas filosóficas, a estrutura da alucinação, análise do
discurso e do eu, Anna Freud, Melanie Klein, formação do símbolo e o discurso
do eu, material e análise das resistências. Logo após passa a tratar sobre a
tópica do imaginário, meditação sobre a óptica, realidade e o caos original,
imaginário e o nascimento do eu, o simbólico e as posições do sujeito, o
estádio do espelho, narcisismo, a noção de pulsão, os comportamentos sexuais, o
ideal do eu e eu-ideal, a margem da morte, a pessoa própria, o nome a lei, e do
futuro ao passado. Na parte seguinte, trata sobre para além da psicologia,
abordando a báscula do desejo, a confusão das línguas em análise, nascimento do
eu, desconhecimento e ignorância, as flutuações da libido, a mística da
introspecção, o masoquismo primordial, agressividade e agressão, o núcleo do
recalque, nomear o desejo, a pragung do trauma, o esquecimento, o supereu. Na
quarta parte do livro, trata sobre os impasses de Michael Balint, a teoria do
amor, a definição do caráter, a objetivação, a relação de objeto e relação
intersubjetiva, a análise sartriana, a ordem simbólica, o desejo perverso, o
senhor e o escravo, a estrutura numérica do campo intersubjetivo, a holofrase,
contingência e essência. Na quinta e última parte do seminário, trata da
palavra na transferência, a função criativa da palavra, hieróglifos, falhado e
bem sucedido, a palavra além do discurso, a palavra na fala, o sonho da
monografia botânica, o desejo, o conceito da analise, o intelectual e o
afetivo, o amor e o ódio no imaginário e no simbólico, ignorantia docta, a
investidura simbólica, o discurso como trabalho, o obsedado e o seu mestre,
entre outros temas. Veja mais aqui.
REFERÊNCIA
LACAN, Jacques. O seminário:
os escritos técnicos de Freud. Rio de Janeiro: Zahar, 1986.
ALÉM DO PRINCÍPIO
DO PRAZER, DE SIGMUND FREUD - [...] Os fatos que nos fizeram acreditar na dominância do
princípio de prazer na vida mental encontram também expressão na hipótese de
que o aparelho mental se esforça por manter a quantidade de excitação nele
presente tão baixa quanto possível, ou, pelo menos, por mantê-la constante.
Essa última hipótese constitui apenas outra maneira de enunciar o princípio de
prazer, porque, se o trabalho do aparelho mental se dirige no sentido de manter
baixa a quantidade de excitação, então qualquer coisa que seja calculada para
aumentar essa quantidade está destinada a ser sentida como adversa ao
funcionamento do aparelho, ou seja, como desagradável. O princípio de prazer
decorre do princípio de constância; na realidade, esse último princípio foi
inferido dos fatos que nos forçaram a adotar o princípio de prazer. [...] Nossa
consciência nos comunica sentimentos provindos de dentro que não são apenas de
prazer e desprazer, mas também de uma tensão peculiar que, por sua vez, tanto
pode ser agradável quanto desagradável. Permitir-nos-á a diferença entre esses
sentimentos distinguir entre processos de energia vinculados e livres? Ou deve
o sentimento de tensão ser relacionado à magnitude absoluta, ou talvez ao nível
da catexia, ao passo que a série prazer e desprazer indica uma mudança na
magnitude da catexia dentro de determinada unidade de tempo? Outro fato notável
é que os instintos de vida têm muito mais contato com nossa percepção interna,
surgindo como rompedores da paz e constantemente produzindo tensões cujo alívio
é sentido como prazer, ao passo que os instintos de morte parecem efetuar seu
trabalho discretamente. O princípio de prazer parece, na realidade, servir aos
instintos de morte. É verdade que mantém guarda sobre os estímulos provindos de
fora, que são encarados como perigos por ambos os tipos de instintos, mas se
acha mais especialmente em guarda contra os aumentos de estimulação provindos
de dentro, que tornariam mais difícil a tarefa de viver. Isso, por sua vez,
levanta uma infinidade de outras questões, para as quais, no presente, não
podemos encontrar resposta. Temos de ser pacientes e aguardar novos métodos e
ocasiões de pesquisa. Devemos estar prontos, também, para abandonar um caminho
que estivemos seguindo por certo tempo, se parecer que ele não leva a qualquer
bom fim. Somente os crentes, que exigem que a ciência seja um substituto para o
catecismo que abandonaram, culparão um investigador por desenvolver ou mesmo
transformar suas concepções. Podemos confortar-nos também, pelos lentos avanços
de nosso conhecimento científico, com as palavras do poeta:Was man nicht erfliegen kann, muss man
erhinken. Die Schrift sagt, es
ist keine Sünde zu hinken. ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER – A obra Além do princípio do prazer, de Sigmund Freud, compreende além desse
estudo outros trabalhos do autor. No trabalho propriamente dito são abordadas
questões como o princípio do prazer, o princípio da realidade, Fechner,
inibições e a família, o estudo dos sonhos, as diferentes teorias sobre a
brincadeira das crianças, a interpretação do jogo, a resistência do ego
consciente e inconsciente, a vida sexual infantil, transferência dos
neuróticos, a consciência, o desprazer, a neurose traumática, os sonhos são
realizações do desejo, as neuroses da guerra, instintos, instinto do ego e
instintos sexuais, a teoria da libido, entre outros assuntos. Na parte que
compreende a Psicologia de Grupo e Análise do ego, aborda temas como a
descrição de Len Bom da mente grupal, outras descrições da vida mental
coletiva, sugestão e libido, dois grupos artificiais: a igreja e o exército,
outros problemas e linha de trabalho, identificação, estar amando e hipnose, o
instinto gregário, o grupo e a honra primeva, uma gradação diferenciadora do
ego e pós-escrito. Em seguida trata de temas como a psicogênese de um caso de
homossexualismo numa mulher, psicanálise e telepatia, sonhos e telepatia,
alguns mecanismos neuróticos no ciúme, na paranoia e no homossexualismo, a
psicanálise e a teoria da libido, breves escritos, uma nota sobre a
pré-história da técnica da análise, associações de uma criança de quatro anos
de idade, a cabeça de Medusa, entre outros temas. Veja mais aqui.
REFERÊNCIA
FREUD, Sigmund. Além do
princípio do prazer. Rio de Janeiro: Imago, 1976.
QUAL
A FAMA DOS PRODUTOS CCE?
– Desde mil novecentos e antigamente dos tempos mais remotos de antanho, que a
gente está careca de saber que os produtos da marca CCE não valem um tostão
furado. Se comparados com produtos de quinta categoria ou da pior espécie,
ainda perdem: conseguem ser os piores dos piores. A gente está cansado de saber
disso. Mas... pois, é, mas eis que um dia, você se encontra com a necessidade
de adquirir algum utensílio para seu uso pessoal, entra numa loja, vasculha,
ver a tuia de marcas com as melhores ofertas e você vê um produto CCE como
sendo o único produto disponível. Já com a ciência de gato escaldado, você se
recusa, sai procurando de loja em loja, até que um dia quando todo zen e em paz
com a vida, aparece um vendedor que deita uma lábia daquelas de derrubar até
avião e você não resiste: cai de novo no conto do vigário. Claro, a conversa é
bonita, argumentos de que a empresa mudou, está noutra realidade e coisa e tal,
você, enfim, cai na esparrela e adquire depois de muita conversa no pé do
ouvido, um produto CCE. Desconfiadíssimo você logo faz uma garantia estendida
de dois anos. Pronto, agora vamos ver.
Com aquele troço comprado para usá-lo, chega
em casa, liga o aparelho, tudo funciona as mil maravilhas. Contudo... nem dois
meses depois o aparelho pifa. O desgraçado se arreta e não funciona nem com
reza forte, despacho ou ritual extraterrestre que seja. Qual providência? Ir na
loja onde adquiriu e receber na lata a informação de que a mesma não vende mais
produtos dessa marca. Pronto, será o beleléu? Roda atrás de autorizada, todas
foram descredenciadas. Entra no site, vai no autoatendimento, preenche tudo e
no final pede número chamado (!?!). Que número? Aí você coloca número da nota
fiscal, do telefone, de tudo e nada. Até o palpite da milhar do primeiro ao
quinto você tasca lá e nada. Aí liga pro 0800 883 7023 e recebe a informação de
que não é possível completar a ligação. Insiste e disca pro 011 3304 6654
chama, chama e ninguém atende. Não perde a paciência e futuca mais no site que
promete suporte online e tudo, mas na verdade, só se tem a constatação de que
está num mata-burro que não é operacional, mera propaganda enganosa. E sai
digitando de tudo, explora todas as possibilidades no sítio online e nada. Ih,
babau! Resolve, então, encher a rua de perna e sai procurando autorizadas nas
proximidades. Constatação: todas informam que foram descredenciadas e que você
tem que ligar pros números que você já sabe de cor e não funcionam. Aí resolve
ir pro Procon: a fila dos insatisfeitos com a marca chega a quilômetros, não
sabendo ao certo se é maior que a de telefonia, de planos de saúde ou de
bancos. Persevera: fica coarando na fila secando os cambitos. Senão, deixa pra
vir outro dia que possa estar melhor pra ser atendido. Pior: você verá que a
fila será sempre feito rabicho da pipoca no frevo: infindável. E isso quer
chova ou faça sol. Se vira! Vai pra Justiça Especial – aquela das pequenas
causas e feita pra esses atendimentos, recendo a informação de que tem tanta
gente na pendência que a sua reivindicação só poderá ser processada daqui uns três
meses! Esperança é a última que morre. Hum! Bem. E agora, José? Pra não perder
a graça, saiba duma coisa: CCE significa um aviso: CUIDADO COM ENGODO. Se não
sabia disso, fique mais por dentro dos direitos do consumidor.
E veja mais Direito do Consumidor aqui.
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