BRINCAR PARA APRENDER –
Palestra proferida para professores, estudantes e profissionais das áreas de
Psicologia, Educação e Letras, voltada para o destaque da atividade do brincar
com arte, Brincarte, contribuindo para o desenvolvimento social da criança. EMENTA
– A criança e o brincar, o brinquedo e o lúdico, os direitos da criança, a
brincadeira na educação, bases legais da brincadeira na educação, Brincarte,
Lev Vygotsky, Paulo Freire, Jean Piaget, contribuição da arte, o faz de conta,
o reino da imaginação, a brincadeira com literatura, a brincadeira com música,
a brincadeira com teatro, o brincarte na Educação Infantil e no Ensino
Fundamental, a LDB e os PCN, o desenvolvimento da criança. PALESTRA – Esta
palestra foi realizada a convite da Universidade Federal de Alagoas/EdUfal,
durante a V Bienal Internacional do Livro de Alagoas, em Maceió, 2011, para
professores e estudantes de Letras, Pedagogia e Psicologia.Veja mais aqui, aqui
e aqui.
REFERÊNCIAS
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WINNICOTT, D. W. O
brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
DITOS & DESDITOS
- Dois corações apaixonados não precisam de palavras. O dinheiro
desmoraliza até mesmo quem dá. Por que nossas alegrias são lembradas com mais
amargura do que nossas tristezas? Um ataque de esperança é para nós o mesmo que
um ataque de febre. Pensamento da poeta francesa Marceline
Desbordes-Valmore (1786-1859). Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.
ALGUÉM FALOU: Minha casa
foi construída na praia. Eu moro na beira da lua e das estrelas à beira do
amanhecer e do pôr do sol. Pensamento da poeta israelense Zelda Schneurson Mishkovsky
(1914-1984), autora do poema Pássaro
Encantado: Quando o corpo débil \ está prestes a cair \ e revela \ à alma o
medo da morte, \ a humilde árvore da rotina, \ devorada pela poeira, \ de
repente brota folhas verdes. \ Pois fora do cheiro do Nada – \ a árvore
floresce – \ gloriosa, linda \ e em sua coroa – \ um pássaro encantado.
Veja mais aqui.
MULHERES CANTORAS [...]
passámos pela Terra e vivemos mergulhados no fluxo do mesmo tempo.
Talvez essa coincidência seja a maior intimidade que se possa ter neste mundo.
E essa tivemo-la nós [...]. Trecho extraído da obra A Noite das Mulheres Cantoras (2011), da escritora portuguesa Lídia
Jorge, que no seu livro Os Memoráveis (2014), expressa que: [...]
A análise não nos salva da mediocridade, mas salva-nos do embaraço. [...].
Já na obra A Costa dos Murmúrios (1988), ela expressa que: [...] A
verdade deve estar unida e ser infragmentada, enquanto o real pode ser - tem de
ser porque senão explodiria - disperso e irrelevante, escorregando, como sabe,
literalmente para local nenhum. [...] É impossível suster uma ruína só
com a vontade [...]. Ela também é autora de obras como O dia dos
prodígios (1980), O Cais das Merendas (1982), Notícia da Cidade
Silvestre (1984), A Última Dona (1992), O Jardim Sem Limites (1994),
O Vale da Paixão (1998), O Vento Assobiando nas Gruas (2002) e Combateremos
a sombra (2007). Veja mais aqui e aqui.
BARCOS - Nas
praias \ Da minha infância\ Morrem barcos\ Desmantelados.\ Fantasmas\ De
pescadores\ Contrabandistas\ Desaparecidos\ Em qualquer vaga\ Nem eu sei onde.\
E eu sou a mesma\ Tenho dez anos\ Brinco na areia\ Empunho os remos...\ Canto e
sorrio...\ A embarcação:\ Para o mar!\ É para o mar!...\ E o pobre barco\ O
barco triste\ Cansado e frio\ Não se moveu... Poema da escritora
caboverdiana Yolanda Morazzo (1927-2009).
SISTEMA
ENDÓCRINO – Sua denominação é
derivada do grego hormaein, que
significa para excitar. É composto por um grupo diverso de tecidos cuja função
é produzir e liberar na corrente sanguínea substâncias conhecidas como
hormônios. Esses hormônios geralmente são liberados em concentrações muito
baixas e transportados aos seus locais de ação, em outras partes o corpo, onde
exercem efeitos reguladores sobre os processos celulares. As funções desses
hormônios estão: coordenam as atividades corporais; controlam o crescimento e o
desenvolvimento; mantêm a homeostasia e, além de interar-se com o sistema
nervoso, levando a várias respostas para alterações nos meios internos e
externos. As principais glândulas do sistema endócrino são a hipófise, a
pineal, tireoide, paratireoides, timo, suprarenais, pâncreas, gônadas e
glândulas do tracto gastrointestinal. HIPÓFISE
–Também chamada de pituitária. Sua denominação de origem grega, Hipophysis, que significa coisa pequena que cresce entre coisas grandes. De origem
latina, Pituytos, que significa lodo, fleuma, pois acreditava-se que ela
absorvia excretava fluido cerebral pela nasofaringe. Possui as características
de ser uma glândula pequena, situada na face inferior do Diencéfalo, fixa ao Hipotálamo pelo infundíbulo da
hipófise ou pedúnculo hipotalâmico e apoiada na Sela Túrcica ou Sela Turca do
Osso Esfenóide. Ela é bastante vascularizada. É dividida em 3 Lobos: Anterior
(Adeno-hipófise),Intermediário e Posterior (Neuro-hipófise). A Neuro-hipófise,
também chamada de Hipófise Posterior, é totalmente ligada ao hipotálamo e é
constituída pelo lobo posterior, infundíbulo e eminência mediana, origina-se do
próprio sistema nervoso embrionário, provindo de uma invaginação do assoalho do
Diencéfalo. Os seus hormônios são a Ocitocina ou Oxitocina, e o Hormônio
Antidiurético Ou Vasopressina A Ocitocina, ou Oxitocina, participa da função de
aleitamento nas fêmeas, sendo responsável pela contração das glândulas
mamárias, provocando o fluxo de leite através da sucção mamilar durante a
amamentação. Participa também nas contrações uterinas de expulsão do feto,
durante e depois do parto, pois é importante para a recuperação do volume
normal do útero. É capaz de promover contrações genitais (masculina e
feminina), auxiliando na fecundação do óvulo. Essas sensações potencializam a
sensação do orgasmo. No macho influencia o transporte do esperma, facilitando a
contração dos ductos deferentes. Na fêmea: as contrações genitais facilitam a
movimentação dos espermatozóides através da vagina e do útero. A Vasopressina é
um hormônio antidiurese,ou seja, diminui a formação da urina, regulando-a e
aumentando a permeabilidade dos túbulos renais à água e, consequentemente, sua
reabsorção. É chamado de Vasopressina porque aumenta a pressão arterial,
pressão osmótica do sangue. A retenção
líquida que se dá em nível renal leva a
um aumento de volume dentro dos vasos e, consequentemente, a um aumento da
pressão sobre as paredes dos mesmos. Além disso, é um hormônio que participa do
controle hídrico do organismo. A Adeno-hipófise, também chamada de Hipófise
Anterior, localizada anteriormente à neuro-hipófise e é constituída pelo túber
cinério e pelo lobo anterior da glândula, tem origem na bolsa de Rathke, numa
invaginação do ectoderma do teto da cavidade oral primitiva do embrião, que
cresce em direção cranial e posteriormente, separa-se da cavidade oral, indo
anexar à neuro-hipófise. Os hormônios da adeno-hipófise são: hormônio do
crescimento (Gh) Ou Hormônio Somatrotófico (Sth); prolactina (Prl); hormônio
melanotrófico (Msh); hormônio lipotrófico (Lh); hormônio tireoestimulante
(Tsh); hormônio adrenocorticotrópico (Acth); e hormônios gonadotróficos. O
hormônio do crescimento (Gh) possui secreção que se estende por toda a vida,
embora o crescimento cesse com a maturidade física. Em 1985 o GH Humano foi
sintetizado com o objetivo de servir para reposição terapêutica do hormônio
natural. Em condições normais ocorrem picos plasmáticos de HC a cada 2 horas,
sua taxa plasmática varia de 5 a 30ng/ml. Possui um papel crucial no crescimento
somático após o nascimento, aumentando a síntese de proteínas nos músculos, o
número das dimensões e o número de células, promovendo o aumento dos tecidos e
órgãos. Os ossos ficam mais grossos, a pele mais espessada e os tecidos moles
(incluindo coração, fígado, língua e todos os demais órgãos internos aumentam
de tamanho). Os fatores estimulantes desses hormônios são sono, exercícios,
hipogricemia, dieta rica em proteínas e estraditol (hormônio sexual feminino),
inibidores de secreção do hormônio (dieta rica em carboidratos e altas taxas de
glicocorticóides (hormônio da supra-renal). O nível circulante de GH na criança
é alto, aumentando na puberdade, declinando durante a idade adulta e
decrescendo muito com o envelhecimento. A prolactina é o hormônio da lactação,
possui efeito direto sobre as mamas, promovendo a produção de leite,
imediatamente após o parto e. juntamente com o Estrógeno e a Progesterona
(hormônios ovarianos), está relacionada com a modulação das respostas imunes e
inflamatória. O hormônio melanotrófico possui a função principal da ativação
dos melanócitos, que são células produtoras de pigmento cutâneo – melanina-,
prevenindo as células da pele contra o estresse exógeno resultantes das
exposições ao sol. O hormônio lipotrópico está envolvido com o metabolismo das
gorduras e participando do controle do peso corporal. O hormônio
tireoestimulante estimula a glândula tireóide a secretar hormônios que regulam
o metabolismo basal, na tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3). Os hormônios
gonadotróficos agem sobre as gônadas de ambos os sexos. São dois os
hormônios gonadotróficos: FSH (hormônio folículo estimulante) e o LH (hormônio
luteinizante). Há que se levar em
consideração que a Adeno-hipófise das meninas não secreta hormônios até os 10 a
15 anos. A partir dessa idade começa a secretar o hormônio foliculo-estimulante
(FSH), inicia a vida sexual da menina em crescimento e, mais tarde, secreta o
hormônio luteinizante (LH), que auxilia no controle do ciclo menstrual. No sexo
masculino os testículos permanecem praticamente inativos durante a infância.
Porém, na puberdade sob a ação dos hormônios gonadotróficos (FSH e LH), eles
entram em atividade. O FSH atua sobre o epitélio dos túbulos seminíferos(dentro
dos testículos), dando origem a espermatogênese e o LH ativa as células de
Leydig, nos túbulos seminíferos, secretando a testosterona. Essas duas partes
da hipófise funcionam como órgãos endócrinos separados, com populações
celulares distintas, hormônios e mecanismos de secreção distintos entre si. PINEAL – Também chamada de Epífise, foi
denominada pelo médico e filósofo romano Galeno de Konarium, do latim pineal que significa “que cresce para cima”,
devido a sua localização no diencéfalo. É uma formação ímpar, localizada
especificamente no Epitálamo, sendo uma pequena glândula endócrina situada
entre os dois hemisférios cerebrais, ocupando o centro do cérebro, recebendo
inervação simpática e central. Nela são encontradas dois tipos de células: os
Pinealócitos e as Células Gliais. Nos antigos livros sagrados hindus, os Vedas,
a pineal é considerada como o mais importante dos chacras. Esses chacras são
centros receptores e transmissores de energia vital, situados ao longo do eixo
do corpo. Na visão hindu, a pineal é um órgão possuidor de dois chacras: o
chacra do terceiro olho (no centro da testa, acima da linha dos olhos) e o
chacra coronário considerado “a sede da suprema força espiritual” (no centro
superior do crânio). O filósofo francês René Descartes fez menção a pineal como
sendo a sede da alma, uma vez que, para ele, nela era formado o spiritus animalis, que circularia pelos
ventrículos encefálicos, fluindo por todos os poros e nervos (que eram
considerados ocos, na época), alcançando assim todas as estruturas fora do
Sistema Nervoso Central (SNC). A Neurociência não descarta a possibilidade da
existência de alguma região no cérebro que possa funcionar como ligação entre o
espírito, a mente e o corpo. O psiquiatra brasileiro Sergio Felipe de Oliveira
defende em pesquisas que a glândula pineal seria o órgão sensor que capta as
informações por ondas eletromagnéticas devido as propriedades dos cristais de
apatita, que as converteriam em estímulos neuroquímicos de forma análoga à
antena do aparelho celular para sinais eletrônicos. Hoje a pineal é reconhecida
como sendo um transdutor de informação luminosa, com importante ação sobre o
eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, funcionando como um centro modulador dos
ritmos circadianos e sazonais de muitos processos químicos, metabólicos e
comportamentais. Nos mamíferos, a pineal é considerada uma estrutura endócrina
capaz de influenciar as funções sexuais, podendo também influenciar outras
glândulas endócrinas como: a adrenal, a tireoide e as paratireoides. Contudo,
há dúvidas de qual é a principal via em que esses hormônios são liberados – o
sangue ou o líquor. Nos seres humanos, uma das funções da pineal está
relacionada com o disparo puberal. A maturidade precoce central (CPP) resulta
da ativação prematura do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal e secreção antecipada
de gonadotrofinas, decorrentes de cistos na pineal, tumores intracranial,
infecções, trauma craniano, hidrocefalia entre outros. É também um complexo
sistema neuroendócrino responsável não só pelo controle da função gonadal, mas
também pela interação entre a luz e o disparo de diversos sinais de controle
fisiológicos, que envolve a produção de um número de substâncias das quais a
melatonina que é a mais investigada. A melatonina é um hormônio com importante
função cronobiológica, pois influencia o ritmo sazonal e circadiano, além de
intervir no ciclo vigília-sono e na função reprodutiva, pois tem efeito
supressor sobre a descarga pulsátil do fator hipotalâmico liberador de gonadotrofinas.
Além disso, segue um ritmo circadiano, sendo liberada exclusivamente durante a
noite e seu nível cai progressivamente durante o dia e tem ação neuroprotetora
contra ação oxidante de radicais livres, por ativação de enzimas oxidantes. A TIREÓIDE - É uma glândula presente em
todos os vertebrados. Apresenta dois lobos laterais, unidos por uma estrutura
denominada de istmo (estrutura de espessura variável). Localizada anteriormente ao pescoço, no nível da vértebras
C5 e T1, anterior a traqueia e inferior a laringe e é recoberta pelos músculos
do pescoço. É um órgão muito vascularizado, rico em capilares sanguíneos e
linfáticos. Seu suprimento de sangue é feito pelas artérias: tireóideas
superiores (carótidas externas) e inferiores (artérias subclávias).A unidade
funcional da tireóide é o ácino ou folículo tireoidiano. Os seus hormônios são:
Tiroxina (T4) e Triiodotiroxina (T3). A tireóide sintetiza, armazena e secreta
os hormônios T4 e T3. O T4 denominado de pró-hormônio circula no plasma em uma concentração
muito maior do que o T3 que é o hormônio ativo, representa uma pequena fração.
Porém há existência de receptores
membranares específicos em ambos os hormônios, logo ambos são fisiologicamente
ativos. A produção desses hormônios inicia-se com a estimulação das células
folículares dos hormônios hipofisários (TSH). Os distúrbios das funções
tireoidianas provocam Hipotireoidismo, Hipertireoidismo e Loucura Mixedematosa
(Psiquismo). O hipotireoidismo médio induz sintomas típicos de um quadro depressivo,
encontra-se: lentidão na fala, diminuição do rendimento intelectual, fadiga e
diminuição do apetite e apatia. Já no caso do hipotireoidismo grave pode ser
observado: estado de melancolia intensa e estupor que em idosos podem sugerir
demência senil. Em uma forma mais grave é encontrado um quadro que é chamado de
loucura mixedematosa- que
inclui sintomas psicóticos, tais como: delírios, alucinações e confusão mental.
No hipertireoidismo moderado observa-se aumento das funções psíquicas com
sintomas típicos de ansiedade e queixas de insônia e fadiga. Já no
hipertireoidismo grave podem ocorrer quadros de sintomas psicóticos. Em pessoas
idosas, além da ansiedade, o quadro inclui instabilidade do humor e apatia. Como
a glândula tireóide tem uma importante ação sobre as funções nervosas ela
também tem uma estreita influência no comportamento humano. Algumas patologias
primárias da tireóide como, por exemplo, as tireoidites produzem uma rica
sintomatologia afetiva. Alterações na tireóide junto com alterações comportamentais
e surgimento de transtorno psiquiátrico são muito comuns. PARATIRÓIDES –São em
condições normais quatro massas distintas e diminutas, situadas atrás dos lobos
tireoidianos. A disposição das glândulas varia de pessoa para pessoa, podendo
ocorrer localizações ectópicas: dentro do no tórax, no mediastino, junto ao
timo. O PTH é o hormônio produzido pelas paratireoides e tem por função regular
a concentração do cálcio iônico nos líquidos extracelulares. Isto é o PTH
influencia a concentração sanguínea de fosfato, aumentando a excreção renal
deste íon pela diminuição da sua absorção nos túbulos renais. O
hiperparatireoidismo é a hipersecreção de PTH, resultando em um desenvolvimento
exagerado dos osteoclastos, causando uma reabsorção óssea exagerada, que torna
os ossos enfraquecidos, sujeitos a fraturas e pode ser causada por formação
tumoral das glândulas paratireoides. Outra causa da hipersecreção de PTH é o
aumento da concentração do íon cálcio nos líquidos corporais. Porém efeitos
maléficos de íon cálcio são raros, caso ocorra pode haver a precipitação do
fosfato de cálcio em tecidos corporais que não o ósseo, como: pulmões, músculos
e coração, podendo causar a morte em poucos dias. Hipoparatireoidismo é a
diminuição do nível de cálcio no sangue, em função da insuficiência de PTH. A
diminuição da concentração do íon cálcio pode chegar a valores muito baixos,
causando a tetania severa que pode ser fatal. É mais comum em crianças abaixo
dos 16 anos e adultos acima de 40 anos. Sintomas: fraquezas, câimbras
musculares, sensações anormais como: formigamento e dormência nas mãos,
ansiedade e nervosismo excessivo, perda de memória, dores de cabeça e
incontrolável movimento muscular do
pulso e pés, espasmos dos músculos faciais e malformação dos dentes e unhas. TIMO
– O timo é uma glândula situada no tórax, atrás
do osso esterno e faz parte do sistema imunológico. É onde a maturação de um
tipo de célula de defesa, o linfócito T, essencial para a resposta imunológica
do organismo. Situado na porção superior do mediastino anterior, limita-se,
superiormente com a traqueia, a veia jugular interna e a artéria carótida
comum; lateralmente com os pulmões e inferior e posteriormente com o coração. O
timo, plenamente desenvolvido, é de formato piramidal, encapsulado e formado
por dois lobos fundidos. Deriva embriologicamente do terceiro e,
inconstantemente, do quarto pares de bolsas faríngeas, juntamente com o par
inferior de glândulas paratireóides. Não é de se surpreender que ocasionalmente
uma ou duas paratireóides estejam incluídas dentro da cápsula tímica, aberração
essa que pode importunar o cirurgião que opera as paratireóides. Externamente,
o timo é revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo, de onde partem septos
que dividem o órgão em numerosos lóbulos. Cada lóbulo apresenta uma capa, o
córtex, que é mais escura e uma polpa interior, a medula, que é mais clara.
Tanto a zona cortical quanto a medular apresentam células de estrutura
epitelial misturadas com um grande número de linfócitos T, possuidores dos
marcadores OKT-6 de timócitos e, ocasionalmente, células B e macrófagos. Já na
medula, a densidade é menor, fato explicado que células produtoras de
anticorpos nascem na porção medular, migrando depois para a região cortical,
onde podem evoluir para macrófagos. Em locais dispersos no interior da medula,
as células epiteliais estão agregadas em camadas concêntricas de células
ceratinizadas, criando o corpúsculo de Hassal. Dois aspectos histológicos
especiais devem ser enfatizados. Folículos linfóides bem desenvolvidos de
células B com centros germinativos são extremamente raros no timo normal.
Quando numerosos e proeminentes, devem ser interpretados como patológicos,
associados a muitos distúrbios extratímicos. As lesões morfológicas do timo
estão associadas com inúmeras afecções que podem ser imunológicas,
hematológicas ou neoplásicas. Felizmente, as lesões tímicas são de tipo
limitado. Em termos fisiológicos, o timo elabora uma substância, a timosina,
que mantém e promove a maturação de linfócitos e órgãos linfóides com o baço e
linfonodos. Reconhece-se ainda, a existência de uma ou outra substância, a
timina, que exerce função na placa mioneural (junção de nervos com músculos) e,
portanto, nos estímulos neurais e periféricos, sendo responsáveis por doenças musculares.
SUPRARENAIS – São também chamadas de ad-renais ou adrenais. Sua
remoção completa do córtex da supra-renal é fatal. As duas supra-renais estão
situadas no retroperitônio, sobre os pólos superiores dos rins e são muito
irrigadas, o sangue chega pelo córtex, penetra em uma rede de sinusóides e é
drenado para as veias medulares. Suas células principais são chamadas de células cromafínicas, devido a estas terem
afinidade com corantes de cromo e secretarem as catecolaminas: epinefrina (ou
adrenalina) e norapinefrina (ou
noradrenalina). Em resposta aos estímulos simpáticos, além de
desempenharem papel importante nas funções do sistema simpático. É composta de
duas partes distintas: o córtex e a medula. O córtex forma o centro da
glândula, representa 10 a 20% desta e se origina do ectoderma, das células
neuroectodérmicas da crista neural que migram e invadem o córtex da glândula
por volta da sétima semana gestacional e se deslocam para o centro da glândula
em formação, durante o período da gestação mediatamente após o nascimento. Os hormônios do córtex são o cortisol e aldosterona. O
cortisol é um hormônio indispensável a vida, sua produção é
aumentada significativamente em situações de estresse e tem a capacidade de
aumentar a taxa de glicose sanguínea, além de ter importante ação sobre o
sistema cardiovascular, nervoso, glândulas endócrinas e sobre as respostas
inflamatória e imunológica. É o principal
hormônio glicocorticóidiano (GC), tornando-se um hormônio de extrema
importância durante o jejum prolongado, sem ele, nessa situação, não seria
mobilizada a reserva lipídica e proteica necessária. Também tem papel
fundamental no processo da vigília. Nos indivíduos que dormem pouco ou sofrem
de insônia, os níveis se mantêm elevados durante o dia. O mesmo ocorre com
aqueles que têm o sono leve. As diversas fases que compõem o sono de uma noite
estão relacionadas com variações na secreção de cortisol. O aldosterona é o mais importante
hormônio da classe dos mineralocorticóides (MC) e age em nível renal, promove o
aumento da concentração de Na+(sódio) plasmático e a perda de K+(potássio) na
urina. Quando secretados em níveis elevados produzem hipertensão arterial,
podendo causar aumento da pressão arterial por vasoconstricção. As anormalidades do córtex são a hipossecreção. A
hipossecreção pode também ser chamada de insuficiência supra-renal e
é de dois tipos: primária e secundária. A primária: resultante de anomalia no córtex da supra-renal;-
síndrome de Addison (DA) que é uma doença caracterizada pela falência completa
do córtex da glândula. A secundária:
envolve anormalidades na secreção ou na ação do ACTH. A hipersecreção pode ser
primária (hiperadrenalismo primário) e secundária (hiperadrenalismo secundário)
e seus sintomas dependerão de quais hormônios estão sendo produzidos em
excesso. A hipercorticoideronismo gera um conjunto de sinais e sintomas
denominados de síndrome de Cushing, decorrente e da hipertrofia generalizada do
córtex da suprarenal, com aumento da secreção do cortisol. Os sintomas envolvem
anomalias no metabolismo glicídico e proteico, atrofia muscular; atraso no
desenvolvimento infantil, predisposição a infecções; dificuldade de
cicatrização; distúrbios psiquiátricos, entre outros. A Síndrome de Cushing é
comumente acompanhada por perturbações psiquiátricas e psicológicas, sendo a
depressão o distúrbio mais comum. A mania, a ansiedade generalizada e a
deficiência orgânica cognitiva. As influências positivas e negativas dos
Glicocorticóides (CG) sobre o SNC podem evoluir para complicações, com manifestações
de distúrbios mentais. A Insuficiência dos
Corticosteróides pode acarretar: hiponatremia (perturbação dos sais de sangue),
hipercalemia (grande quantidade de potássio no sangue), poliúria (aumento do
volume urinário), desidratação, hipoglecemia (baixo nível de açúcar no sangue),
acidose metabólica (excesso de acidez no sangue), hipersecreção de ACTH e MSH
(melanotrófico) com estimulação dos melanocitos e escurecimento da pele. Vários
estudos apontam que a disfunção do Eixo HipotálamoHipófise-Adrenal (HHA) e da
resposta neural do cortisol como fontes precipitantes ou complicadores de diversas doenças como: Transtorno Bipolar,
Transtorno Depressivo Maior, Depressão, Psicose Pós-parto, Perda de Memória
(senilidade, mal Alzheimer), Síndrome do Pânico. Os
hormônios da medula são adrenalina e noradrenalina. A adrenalina, também
chamada de epinefrina, é um hormônio que prepara o organismo para grandes
esforços físicos, estimula o coração, eleva a pressão arterial, relaxa certos
músculos e contrai outros. É lançada na corrente sanguínea em condições do meio
ambiente que ameacem a integridade física ou psicológica da pessoa. Também
constitui um elemento termogênico que atua na regulação da temperatura corporal
em ambientes frios e influencia a secreção e a ação de muitos hormônios. A noradrenalina também é chamada de
norepinefrina e circula no sangue como um hormônio. Tem ação menos acentuada
sobre a atividade cardíaca do que a adrenalina, inibe a síntese de insulina e
glucagon (são dois hormônios pancreáticos) e aumentam a secreção de aldosterona
e a retenção de Na+(sódio). PÂNCREAS - O
pâncreas é uma glândula localizada no abdômen, atrás do estômago e entre o
duodeno e o baço, que integra os sistemas digestivo e endócrino.
Anatomicamente, é dividido em três regiões: cabeça, corpo e cauda. Possui duas
funções distintas: a função endócrina, responsável pela produção de insulina
(hormônio que controla o nível de glicemia no sangue) e a função exócrina,
responsável pela produção de enzimas envolvidas na digestão e absorção dos
alimentos. O pâncreas é dividido em três regiões: cabeça, corpo e cauda. A
cabeça se encaixa no quadro duodenal e sua cauda é afilada. A porção endócrina
possui hormônios que participam na regulação de atividades metabólicas e a
porção externa secreta enzimas digestivas. Produz enzimas e hormônios. De acordo com suas funções é dividido em porção
endócrina e porção exócrina e sua porção endócrina é composta por grupos de
células chamadas ilhotas pancreáticas, que possuem
três grupos de células, α, que produzem glucagon, β que produzem insulina e as
Δ, que produzem somatostatina. Os hormônios produzidos pelas ilhotas pancreáticas são lançados diretamente na corrente sanguínea. A sua porção exócrina
participa na digestão secretando enzimas digestivas, através de estruturas
chamas ácinos. As enzimas são secretadas para o duodeno. Quando o pâncreas
apresenta algum problema e há deficiência na produção de insulina, por exemplo,
a glicose que deveria ser aproveitada pelo organismo é eliminada pelos rins,
ocasionando diabetes. Alguns tipos de problemas no pâncreas incluem: diabetes em que as células do pâncreas
não produzem insulina no caso da diabetes tipo 1 ou produzem insulina em
quantidade insuficiente ou normal mas o organismo não a consegue utilizar no
caso da diabetes tipo 2; câncer no
pâncreas em que ocorre o crescimento de células pancreáticas malignas; pâncreas anular que é uma malformação
congênita em que uma fina banda de tecido pancreático cobre uma porção do
duodeno causando obstrução que pode ser resolvida com cirurgia; pâncreas divisum que é uma anomalia
congênita em que os ductos pancreáticos não são formados durante a gestação e
que pode ser resolvida com cirurgia; pâncreas
ectópico que é caracterizado pela presença de tecido pancreático em
outros órgãos que pode ser tratado com remédios ou cirurgia; pancreatite que é uma inflamação do
pâncreas que geralmente é causada por cálculos da vesícula que se movem para
junto do ducto pancreático provocando uma obstrução; e cistos no pâncreas que são uma espécie de bolsa com líquido ou ar
que são removidos através de cirurgia. As pessoas que consomem álcool em
excesso e possuem cálculos na via biliar tem maior predisposição para
desenvolver uma doença do pâncreas. Os sintomas
de problemas no pâncreas são: dor abdominal que é um dos sintomas mais
comuns, podendo iniciar de forma súbita e tornar-se progressivamente mais forte
e contínua. Normalmente acontece no centro do abdômen, onde o pâncreas está
localizado espalhando-se para a parte superior e inferior; aumento da dor
quando o indivíduo se deita de costas; diarreia com eliminação de gordura nas
fezes; náuseas e vômitos após alimentação, geralmente associados à dor. Estes
sintomas ajudam o endocrinologista a identificar e diagnosticar algum problema
no pâncreas. GÔNADAS – As gônadas são glândulas do sistema endócrino, responsáveis
pela produção de hormônios sexuais: testículos(masculino) e ovários(feminino). Os
órgãos genitais masculinos têm a missão de produzir as células reprodutoras
masculinas, os espermatozóides, assim como o líquido seminal que lhes serve
como veículo e lhes proporciona os nutrientes que necessitarão durante o seu
percurso pelo aparelho genital feminino. Os testículos geram os
espermatozóides, enquanto que as vesículas seminais e a próstata elaboram o
líquido seminal. Outros componentes de extrema importância são os epidídimos,
os canais deferentes e os canais ejaculadores, que constituem as vias que
transportam os espermatozóides e o líquido seminal em direção ao exterior para
finalmente lançar o esperma na uretra no momento da ejaculação. O testículo é
composto por até 900 túbulos seminíferos enovelados, cada um tendo em média
mais de 0,5m de comprimento, nos quais são formados os espermatozóides. O
espermatozoide maduro é formado por uma cabeça, um corpo intermédio e uma
cauda. Os espermatozóides podem chegar a viver três dias no interior do
aparelho genital feminino. Os testículos começam a fabricar os espermatozóides
e este processo continua ao longo da vida. Os espermatozóides são lançados no
epidídimo, outro tubo enovelado de cerca de 6 m de comprimento. A hipófíse é a
glândula que controla e regula o funcionamento dos testículos. Os testículos
secretam vários hormônios sexuais masculinos que são coletivamente chamados de
androgênios, compreendendo a testosterona, diidrotestosterona e
androstenodiona. Todavia, a testosterona é muito mais abundante que os demais
hormônios, a ponto de poder ser considerada o hormônio testicular fundamental. A
testosterona faz com que os testículos cresçam. Ela deve estar presente,
também, junto com o folículo estimulante, antes que a espermatogênese se
complete. Após poucas semanas de vida do feto no útero materno, inicia-se a
secreção de testosterona. Essa testosterona auxilia o feto a desenvolver órgãos
sexuais masculinos e características secundárias masculinas. Isto é, acelera a
formação do pênis, da bolsa escrotal, da próstata, das vesículas seminais, dos
ductos deferentes e dos outros órgãos sexuais masculinos. Além disso, a
testosterona faz com que os testículos desçam da cavidade abdominal para a
bolsa escrotal. Se a produção de testosterona pelo feto é insuficiente, os
testículos não conseguem descer e permanecem na cavidade abdominal. A secreção
da testosterona pelos testículos fetais é estimulada por um hormônio chamado
gonadotrofina coriônica, formado na placenta durante a gravidez. Imediatamente
após o nascimento da criança, a perda de conexão com a placenta remove esse
feito estimulador, de modo que os testículos deixam de secretar testosterona.
Em consequência, as características sexuais interrompem seu desenvolvimento
desde o nascimento até à puberdade. Na puberdade, o reaparecimento da secreção
de testosterona induz os órgãos sexuais masculinos a retomar o crescimento. Os
testículos, a bolsa escrotal e o pênis crescem, então, aproximadamente 10
vezes. Além dos efeitos sobre os órgãos genitais, a testosterona exerce outros
efeitos gerais por todo o organismo para dar ao homem adulto suas
características distintivas. Faz com que os pelos cresçam na face, ao longo da
linha média do abdome, no púbis e no tórax. Origina, porém, a calvície nos
homens que tenham predisposição hereditária para ela. Estimula o crescimento da
laringe, de maneira que o homem, após a puberdade, fica com a voz mais grave.
Estimula, ainda, um aumento na deposição de proteínas nos músculos, pele, ossos
e em outras partes do corpo, de maneira que o adolescente do sexo masculino se
torna geralmente maior e mais musculoso do que a mulher. Algumas vezes, a
testosterona também promove uma secreção anormal das glândulas sebáceas da
pele, fazendo com que se desenvolva a acne pós-puberdade na face. Na ausência
de testosterona, as características sexuais secundárias não se desenvolvem e o
indivíduo mantém um aspecto sexualmente infantil. Os hormônios sexuais
masculinos: Hipófise FSH e LH testículos estimulam a produção de testosterona
pelas células de Leydig (intersticiais) e controlam a produção de
espermatozóides. Testículos Testosterona diversos estimula o aparecimento dos
caracteres sexuais secundários. Sistema Reprodutor induz o amadurecimento dos órgãos
genitais, promove o impulso sexual e controla a produção de espermatozoides. Após
a puberdade, os hormônios gonadotrópicos são produzidos pela glândula hipófise
masculina pelo resto da vida. A maioria dos homens, entretanto, começa a exibir
um declínio lento das funções sexuais ao final da década dos 40 ou dos 50 anos.
Um estudo mostrou que a média da idade para o término das relações intersexuais
era aos 68 anos, apesar da grande variação. Este declínio da função sexual está
relacionado com o declínio da secreção de testosterona. A diminuição da função
sexual masculina é chamada de climatério masculino. A próstata permanece
relativamente pequena durante a infância e começa a crescer na puberdade, sob o
estímulo da testosterona. A glândula atinge tamanho quase estacionário por
volta dos 20 anos, e não se altera até a idade aproximada dos 50 anos. Nesta
época, em alguns homens, começa a involuir, justamente com a produção diminuída
de testosterona pelos testículos. Um fibroadenoma benigno prostático freqüentemente
se desenvolve na próstata de muitos homens mais velhos, podendo causar
obstrução urinária. Esta hipertrofia não é causada pela testosterona. O câncer
da glândula prostática é uma causa comum de morte, resultando em cerca de 2 a
3% de todas as mortes masculinas. A orquite granulomatosa não tuberculosa é uma
causa rara de aumento unilateral do testículo entre os homens de meia idade.
Com freqüência, este aumento de tamanho do testículo desenvolve-se alguns meses
após traumatismo. Histologicamente, esta orquite é caracterizada por
granulomas, que são encontrados tanto nos túbulos seminíferos como no tecido
conjuntivo intertubular. O testículo e o epidídimo são lesados tanto na sífilis
congênita como na adquirida, mas, quase invariavelmente, o testículo é o
primeiro a ser lesado. Às vezes pode haver orquite sem epididimite
concomitante. Microscopicamente, há dois tipos de reação: a produção de gomas
ou uma inflamação intersticial difusa, esta caracterizada por edema,
infiltração de linfócitos e plasmócitos. Nos casos incipientes, as gomas podem
produzir um aumento nodular e os focos de necrose branco-amarelados
característicos. A reação difusa causa edema e endurecimento. Na evolução, seja
a reação inicial gomosa ou difusa, segue-se uma cicatrização fibrótica
progressiva, a qual, por sua vez, conduz a uma atrofia tubular considerável e,
em alguns casos, à esterilidade. Geralmente o testículo diminui de tamanho,
torna-se pálido e fibrótico. As células intersticiais de Leydig são poupadas e
a potência não está alterada. Entretanto, quando o processo é muito extenso, as
células de Leydig podem ser destruídas, produzindo-se perda de libido. A
esterilidade ocorre menos freqüentemente quando a lesão é gomosa e não difusa. O
câncer de próstata (câncer prostático) é o segundo tipo de câncer mais comum
entre os homens, depois do câncer de pele, e a segunda causa principal de morte
por câncer nos homens, depois do câncer de pulmão. A próstata é uma das
glândulas sexuais masculinas. É uma glândula pequena (do tamanho de uma noz) e
produz uma substância que, juntamente com a secreção da vesícula seminal e os
espermatozóides produzidos pelos testículos, formam o esperma (sêmen). Está
localizada em cima do reto e embaixo da bexiga. A próstata rodeia a uretra (tubo
que leva a urina desde a bexiga até o pênis). Com o crescimento da próstata
aparecem dificuldades em urinar e em manter relações sexuais. Só os homens
possuem próstata e seu desenvolvimento é estimulado pela testosterona, o
hormônio masculino. O câncer de próstata se dá com maior freqüência em homens
adultos. A próstata segue crescendo durante toda vida de um homem, e muitos
deles, com idades próximas a 60 anos, apresentam uma condição chamada
hipertrofia prostática benigna (HPB), muito mais comum que o câncer de
próstata. Muitos dos sintomas do HPB são os mesmos do câncer de próstata. Como
ocorre em muitos tipos de câncer, a detecção e o tratamento antecipados
aumentam a perspectiva de cura. Além do mais, o câncer de próstata é um tipo de
câncer que cresce lentamente. No seu estágio mais inicial, o câncer de próstata
pode não produzir sintomas. Com o crescimento do tumor, nota-se certos sintomas
como: dificuldades em começar e terminar de urinar, reduzido jato da urina,
gotejo no final da urinação, micção dolorosa, urinar pouca quantidade de cada
vez e freqüentemente, especialmente à noite, ejaculação dolorosa, sangue na
urina, incapacidade de urinar e dores contínuas. Os órgãos genitais internos da
mulher são os ovários, as trompas de Falópio e o útero. Cada um com a sua
função específica, e são essenciais no processo de reprodução: os ovários
encarregam-se de produzir as células reprodutoras femininas; as trompas, que
ligam os ovários ao útero, constituem o ponto de encontro das células
reprodutoras femininas com as masculinas e, portanto, o ponto de uma eventual
fecundação; e o útero encarrega-se de “alojar” e proteger o produto da gestação
até ao momento do parto. As glândulas sexuais produzem os seguintes hormônios:
estrogênio(ovário), com a função de promover desenvolvimento das
características sexuais secundárias femininas e regulagem do ciclo menstrual;
progesterona(ovário), com a função de promover o desenvolvimento do endométrio
(fase proliferativa lútea do ciclo menstrual), preparação do útero para
gravidez e das mamas para lactação. Testosterona (testículo) com a função de
promover o desenvolvimento das características sexuais secundárias e promove a
espermatogênse (produção de espermatozóides). Os ovários são os centros
endócrinos e germinativos da mulher, e a caracterizam como tal. O caráter
cíclico da natureza e da fisiologia feminina é típico. Todas as ações cíclicas
estrogênicas e/ou estrogênico-progesterônicas geram inúmeras transformações
também cíclicas nos órgãos sexuais da mulher [genitália e mamas), em sua
fisiologia e em outros setores do seu corpo. O funcionamento das gônadas
femininas está sob o controle do sistema hipotálamohipofisário (com o qual elas
interagem em regime de “feedback”) e também de fatores intraovarianos específicos.
Estes últimos, entre outras ações, modulam a capacidade de resposta dos ovários
às gonadotrofinas hipofisárias, que são o FSH [hormônio folículo estimulante) e
o LH [ hormônio luteinizante). Resumidamente, podemos dizer que a fisiologia
das gônadas femininas depende das ações das gonadotrofinas hipofisárias, dos
próprios hormônios sexuais por elas produzidos e de fatores reguladores
intra-ovarianos ainda mal conhecidos. A trajetória biológica de tudo o que no
corpo da mulher é caracteristicamente feminino é determinada pela trajetória
biológica dos ovários ao longo da vida, uma vez que eles são a fonte básica dos
estrogênios - os principais hormônios da feminilidade ao nível somático. Assim,
é inegável que, durante a maior parte da vida da mulher, as suas gônadas são
muito mais importantes como produtoras de estrogênios (e também de
progesterona) do que de óvulos. A maior parte do volume dos ovários se deve à
camada cortical, que é a camada funcional propriamente dita. É nela que, em
meio a um estroma conjuntivo também dotado de certa capacidade endócrina, se
encontram os folículos ovarianos, que são as unidades funcionais básicas das
gônadas femininas. Após a ovulação, também em decorrência do pico ovulatório de
LH, as células granulosas e tecais passam por acentuadas modificações
morfológicas e funcionais, dando origem ao corpo lúteo. Pouquíssimos são os
folículos que atingem o pleno desenvolvimento, conseguindo produzir altos
níveis de estrogênios, ovular e luteinizar-se. A imensa maioria deles está
condenada à regressão e ao desaparecimento através do processo da atresia* ou
morte folicular antes mesmo de completarem os primeiros estágios do seu
crescimento. Como a formação de novos folículos é impossível ao longo da vida
da mulher, o fenômeno da atresia folicular vai gradualmente levando ao
esgotamento das gônadas femininas - esgotamento este que se completa em torno
dos 50 anos, culminando com a menopausa. Assim, os órgãos que são os centros
endócrinos e germinativos da mulher estão paradoxalmente condenados ao
esgotamento e envelhecimento precoce. Em decorrência da privação estrogênica
pós-menopáusica, todos os órgãos e tecidos estrogênio-dependentes do corpo da
mulher entram em atrofia. Os estrogênios podem ser vistos como a principal
manifestação endócrina do lado afrodisíaco da mulher, uma vez que são eles os
responsáveis pela maturação sexual da mesma e pelo trofismo e boa forma de tudo
o que no seu corpo é tipicamente feminino. A progesterona, à parte a sua
fundamental importância na fisiologia ginecológica e no equilíbrio endócrino
feminino, de certa forma pode ser vista como mais relacionada ao lado maternal
da mulher. Já os androgênios, precursores bioquímicos dos estrogênios, podem
ser relacionados ao obscuro componente masculino da mulher. A aresia folicular,
processo fisiológico através do qual a maioria dos folículos ovarianos entram
em regressão, morrem e desaparecem ao longo dos vários estágios do seu
crescimento. Os dois hormônios ovarianos, o estrogênio e a progesterona, são
responsáveis pelo desenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo menstrual.
Esses hormônios, como os hormônios adrenocorticais e o hormônio masculino
testosterona, são ambos compostos esteróides, formados, principalmente, de um
lipídio, o colesterol. Os estrogênios são, realmente, vários hormônios
diferentes chamados estradiol, estriol e estrona, mas que têm funções idênticas
e estruturas químicas muito semelhantes. Por esse motivo, são considerados
juntos, como um único hormônio. O estrogênio induz as células de muitos locais
do organismo a proliferar, isto é, a aumentar em número. Por exemplo, a
musculatura lisa do útero aumenta tanto que o órgão, após a puberdade, chega a
duplicar ou mesmo a triplicar de tamanho. O estrogênio também provoca o aumento
da vagina e o desenvolvimento dos lábios que a circundam, faz o púbis se cobrir
de pêlos, os quadris se alargarem e o estreito pélvico assumir a forma ovóide,
em vez de afunilada como no homem. Provoca também o desenvolvimento das mamas e
a proliferação dos seus elementos glandulares, e, finalmente, leva o tecido
adiposo a concentrar-se, na mulher, em áreas como os quadris e coxas,
dando-lhes o arredondamento típico do sexo. Em resumo, todas as características
que distinguem a mulher do homem ocorrem em função do estrogênio e a razão
básica para o desenvolvimento dessas características é o estímulo à
proliferação dos elementos celulares em certas regiões do corpo. O estrogênio
também estimula o crescimento de todos os ossos logo após a puberdade, mas
promove rápida calcificação óssea, fazendo com que as partes dos ossos que
crescem se “extingam” dentro de poucos anos, de forma que o crescimento, então,
pára. A mulher, nessa fase, cresce mais rapidamente que o homem, mas pára após
os primeiros anos da puberdade. Já o homem tem 32 um crescimento menos rápido,
porém mais prolongado, de modo que ele assume uma estatura maior que a da
mulher, e, nesse ponto, também se diferenciam os dois sexos. O estrogênio tem
efeitos muito importantes no revestimento interno do útero, o endométrio, e no
ciclo menstrual. A progesterona tem pouco a ver com o desenvolvimento dos
caracteres sexuais femininos. Está principalmente relacionada com a preparação
do útero para a aceitação do embrião e à preparação das mamas para a secreção
láctea. Em geral, a progesterona aumenta o grau da atividade secretória das
glândulas mamárias e, também, das células que revestem a parede uterina,
acentuando o espessamento do endométrio e fazendo com que ele seja intensamente
invadido por vasos sanguíneos. Determina, ainda, o surgimento de numerosas
glândulas produtoras de glicogênio. Finalmente, a progesterona inibe as
contrações do útero e impede a expulsão do embrião implantado ou do feto em
desenvolvimento. A hipófise anterior das meninas, como a dos meninos, não
secreta praticamente nenhum hormônio gonadotrópico até à idade de 10 a 14 anos.
Entretanto, por essa época, começa a secretar dois hormônios gonadotrópicos. No
inicio, secreta principalmente o hormônio folículo-estimulante (FSH), que
inicia a vida sexual na menina em crescimento. Mais tarde, secreta o hormônio
luteinizante (LH), que auxilia no controle do ciclo menstrual. O hormônio
folículo-estimulante causa a proliferação das células foliculares ovarianas e
estimula a secreção de estrógeno, levando as cavidades foliculares a
desenvolverem-se e a crescer. O hormônio luteinizante aumenta ainda mais a
secreção das células foliculares, estimulando a ovulação. O ciclo menstrual na
mulher é causado pela secreção alternada dos hormônios folículoestimulante e
luteinizante pela hipófise anterior (adenohipófise), e a secreção dos
estrogênios e progesterona pelos ovários. O ciclo de fenômenos que induzem essa
alternância tem a seguinte explicação: no começo do ciclo menstrual, isto é,
quando a menstruação se inicia, a hipófise anterior secreta maiores quantidades
de hormônio folículo-estimulante juntamente com pequenas quantidades de
hormônio luteinizante. Juntos, esses hormônios promovem o crescimento de
diversos folículos nos ovários e acarretam uma secreção considerável de estrogênio
(estrógeno). Acredita-se que o estrogênio tenha, então, dois efeitos
seqüenciais sobre a secreção da hipófise anterior. Primeiro, inibiria a
secreção dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante, fazendo com que
suas taxas declinassem a um mínimo por volta do décimo dia do ciclo. Depois,
subitamente, a hipófise anterior começaria a secretar quantidades muito
elevadas de ambos os hormônios, mas principalmente do hormônio luteinizante. É
essa fase de aumento súbito da secreção que provoca o rápido desenvolvimento
final de um dos folículos ovarianos e a sua ruptura dentro de cerca de dois
dias. O processo de ovulação, que ocorre por volta do décimo quarto dia de um
ciclo normal de 28 dias, conduz ao desenvolvimento do corpo lúteo ou corpo
amarelo, que secreta quantidades elevadas de progesterona e quantidades
consideráveis de estrogênio. O estrogênio e a progesterona secretados pelo
corpo lúteo inibem novamente a hipófise anterior, diminuindo a taxa de secreção
dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante. Sem esses hormônios para
estimulá-lo, o corpo lúteo involui, de modo que a secreção de estrogênio e
progesterona cai para níveis muito baixos. É nesse momento que a menstruação se
inicia, provocada por esse súbito declínio na secreção de ambos os hormônios.
Nessa ocasião, a hipófise anterior, que estava inibida pelo estrogênio e pela
progesterona, começa a secretar outra vez grandes quantidades de hormônio
folículo-estimulante, iniciando um novo ciclo. Esse processo continua durante
toda a vida reprodutiva da mulher. Na maioria das mulheres, o período de
declínio estrogênico é acompanhado por reações vaso-motoras, alterações de
temperamento e mudanças na composição da pele e do corpo. 0corre também aumento
da gordura corporal e diminuição da massa muscular. A queda nos níveis de
estrogênio é seguida por uma alta incidência de doenças cardiovasculares, perda
de massa óssea e falhas no sistema cognitivo. A Terapia de Reposição Hormonal
(TRP) mostrou-se dúbia. Foram registrados riscos com reposição efetuada com
estrógenos sintéticos e progestinas. No entanto, há grande aceitação médica com
a progesterona natural em forma de creme transdérmico para tratar dos males
decorrentes do desequilíbrio hormonal. A progesterona natural via transdérmica
não apresenta efeitos colaterais quando usada em doses fisiológicas. GLÂNDULAS
DO TRACTO GASTROINTESTINAL - O Sistema Gastrintestinal
(SGI) é formado por órgãos ocos em série que se comunicam das extremidades com
o meio ambiente, constituindo o denominado Trato Gastrintestinal (TGI), e pelos
órgãos anexos , que lançam suas secreções na luz do TGI. Os órgãos do TGI são:
cavidade oral, faringe, esôfago, intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo),
intestino grosso ou cólon e ânus. Esses órgãos são delimitados entre si por
esfíncteres. O esfíncter esofágico superior, ou cricofaríngeo, delimita a
faringe do corpo do esôfago, o qual é delimitado do estômago pelo esfíncter
esofágico superior. O estômago é
delimitado do intestino delgado pelo piloro, e o intestino delgado, do cólon
pelo esfíncter ileocecal. A porção distal do cólon diferencia-se no reto e no
ânus com seus dois esfíncteres: o interno e o externo. No sentido cefalocaudal
(ou aboral), os órgãos anexos ao TGI são: glândulas salivares, pâncreas, fígado
e vesícula Biliar (armazena e concentra a bile secretada pelo fígado). A
secreção das glândulas salivares é lançada na cavidade oral e as secreções
pancreáticas e biliares no intestino delgado. O TGI possui um sistema nervoso
próprio, denominado Sistema Nervoso Entérico. Localiza-se inteiramente na
parede intestinal, começando do esôfago até o ânus. É composto por dois plexos:
Plexo Mioentérico ou Plexo de Auerbach (um plexo externo, disposto entre as
camadas musculares longitudinais e circular), que controla os movimentos
gastrointestinais; e o Plexo Submucoso ou de Meissner (um plexo interno,
localizado na submucosa), que controla a secreção gastrointestinal e o fluxo
sanguíneo local. HIPOTÁLAMO – O hipotálamo está situado abaixo do Tálamo e é a
única que é recoberta pelo Telencéfalo. É separado do Tálamo pelo Sulco
Hipotalâmico, atua como Centro Nervoso Autônomo acelerando ou refreando certas
funções do corpo e secreta vários hormônios. Funciona como um centro regulador
e integrador de diversas respostas orgânicas e comportamentais, tendo como
objetivo a manutenção do equilíbrio orgânico ou a homeostasia. Suas principais
estruturas são os corpos mamilares (sentido do olfato), quiasma óptico
(decussação dos nervos ópticos), túber cinéreo (conecta a glândula hipófise ao
hipotálamo) e o infundíbulo (prende a hipófise ao infundíbulo, tem forma de
funil). O hipotálamo se relaciona com
todas as atividades viscerais, sendo o
principal centro subcortical de regulação de atividades simpática e
parassimpática, influenciando na regulação do sono, do metabolismo. Além disso,
o hipotálamo influencia na regulação do sono, na regulação do metabolismo de
açúcares e gorduras, controla a temperatura corporal e o balanço hídrico e
possui implicações nas reações afetivas graças a sua estreita relação com o
sistema límbico. Suas principais funções são a regulação da temperatura, a
ingestão de alimentos, a manutenção do equilíbrio hídrico, a expressão
emocional, a influencia sobre o sono, controle do sistema nervoso autônomo,
controle endócrino e controle da neuro e adeno-hipófise. Veja mais aqui e aqui.
REFERÊNCIAS
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abordagem integrada. São Paulo: Manole, 2003.
TREPEL, Martin. Neuroanatomia:
estrutura e função. Rio de Janeiro: Revinter,2005.
TROVA DE ARGEMIRO CORREA
Nos quatro versos da trova
Eu ponho a minha paixão,
Velha história - sempre nova,
E fonte de inspiração.
Com alguém que recebeu
Seu título de doutor,
Recebi também o meu
Diploma de trovador.
O sorriso de Maria
Tem um mistério estupendo,
Lembra o sol de um belo dia,
E a paz da tarde morrendo.
Tanto o bem como a maldade,
Tem linha satisfatória,
E a plantação é à vontade,
Só a colheita é obrigatória.
ARGEMIRO CORREA: DIA DO TROVADOR – Argemiro Corrêa, pai da poeta Meimei Corrêa,
era poeta, trovador, contista, cronista. Fez muito pela cultura ao longo da
vida. Um poeta apaixonado pelas rosas, se intitulava "O feliz cantor das
rosas". Veja mais aqui, aqui e aqui.