A arte da cantora pop sul-africana Brenda Fassie (1964-2004),
conhecida como a Rainha do Pop Africano, apelidada pelos fãs de Mabrr e considerada
a voz dos negros marginalizados durante o apartheid.
O QUE ACONTECE ÀS VOLTAS DOS DIAS – UMA:
O QUE PODE SER OU NÃO – Sempre tive para mim que o bem ou o mal está por
trás das intenções ou dentro de quem escolhe por um ou por outro. Aprendi com David Hume: A beleza das coisas existe no espírito de
quem as contempla. As pessoas benfazejas são
aquelas que respeitam todas as divergências e situações, e vivem em
conformidade com a expressão humana de que a vida é para todos. Ao contrário,
os divergentes ou aqueles que defendem sectariamente suas razões de crenças e
condições, professam o que se passa ao seu umbigo em detrimento da diversidade
de opções e escolhas. Sempre tive para mim que a estupidez e a hipocrisia
predominam nas relações humanas, infelizmente. DUAS: VÁ ENTENDER OS SECTÁRIOS - Sob o reino da estupidez e hipocrisia, tenho a certidão
de que humanamente evoluímos muito pouco ou quase nada desde o Homo sapiens. Assim
não fosse, o que justificaria guerras e miséria no planeta, se não o interesse egoístico
de acumulação, poder e riqueza, em detrimento de toda a humanidade. Gauguin me alertou: Existe sempre
uma grande demanda por novas mediocridades. Em todas as gerações, o gosto menos
desenvolvido tem o maior apetite. Foi daí
que aprendi a enxergar direito com outra de suas expressões: Eu fecho meus olhos para ver. Lição inestimável.
TRÊS: QUANTOS CANTAM DE GALO COM A CARA
MAIS LISA – O predominante sempre foi a defesa dos valores morais e éticos,
o politicamente correto e a conduta humana na resolução dos problemas. Contudo,
o que tem de gente com a cara untada de óleo de peroba, não está no gibi. Às
plateias e diante das câmaras, os santos de pau-oco posam de salvadores da
pátria, filantropos humanistas da simpatia; na privacidade de seus negócios, tripudiam
acordos, contratos e arrepiam a lei. Eita! Foi a Helena Blavatsky quem me abriu os olhos: A mais importante de todas as obras é o exemplo da própria vida. Faça
o que fizer, a posteridade fará a biografia exata na foto da sala ou porão. E
vamos aprumar a conversa, gente! © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.
DITOS & DESDITOS - Pessoas sensatas nunca se orgulham dos seus dotes
naturais. Não se sinta ofendida quando alguém lhe disser uma expressão feia.
Isso não deve atingi-la, apenas revela a pobreza de quem falou... Andar armado
é um convite para alguém atirar na gente. Até temer perdê-lo, eu nunca amei
ler. Ninguém ama respirar. Às vezes, a Bíblia na mão de um homem é pior que uma
garrafa de uísque na mão de outro. Deus significa amar aos outros como a gente
ama a gente. Quando crescer, todos os dias você verá brancos ludibriando
negros, mas deixe-me dizer uma coisa, e nunca se esqueça disso: sempre que um
branco trata um negro desta forma, não importa quem seja ele, o seu grau de
riqueza ou a linhagem de sua família, esse homem branco é lixo. Pensamento da premiada escritora
estadunidense Harper Lee (1926-2016).
Veja mais aqui.
NETIE STEVENS
& EFEITO MATILDA: A bióloga e geneticista estadunidense Nettie Stevens (1861-1912),
foi a responsável pela descoberta dos cromossomos sexuais, ao observar que
machos de larvas produziam dois tipos de esperma: os grandes fertilizavam ovos
e produziam uma cria fêmea e os pequenos uma cria macho, passando a ser
conhecidos como X para o feminino e Y para o masculino. O seu trabalho foi
desenvolvido em conjunto com Edmund Wilson, muito embora apenas ele seja citado
nos livros escolares. Ela não foi reconhecida por sua descoberto nem mesmo na
época que publicou o seu trabalho, nem foi jamais convidada para palestrar
sobre suas teorias. Além do mais, ela publicou cerca de 40 artigos científicos
e foi incluída, em 1994, no National Women’s Hall of Fame. Veja mais aqui, aqui
e aqui.
A LINGUAGEM DO
SILÊNCIO – [...] Em cada palavra há algo de
silencioso, em cada silêncio há algo que fala. [...]. Trecho extraído da
obra A linguagem do silêncio (Hucitec, 2003), da professora e pesquisadora Ione Marisa
Menegolla, estudando com profundidade o discurso de
Narciso em sua dimensão contemplativa, pervagando pelos escritos de duas
escritoras exemplares: Clarice Lispector e Maria Velho da Costa, distantes no
tempo e no espaço, unidas no ideal do silêncio.
UM POEMA - Eu sou da montanha / Eu sou da montanha dos vertebrados
/ cheio de pulsos úmidos de orvalho, / de campos sonhadores, / de córregos e
rios cantantes; / de mansões hidalgas / e barulho de albarca nas estradas. / Eu
sou desta terra coberta de grama / onde o sol nos rodeia com carinho, / onde a
névoa beija nossos rostos / e as praias são compostas de pinheiros. / Eu sou
dessas costas, duro e do norte, / onde o mar revolto ondula, / onde há tremor
de algas / sob espumas de arminho. / Eu sou da colina mais bonita / da nossa
costa de Santander. / Aqui a primavera é uma voz molhada / quebrando em flashes
e rajadas. Poema da
poeta espanhola Matilde Camus
(1919-2012). Veja mais aqui.
MÉTODO CIENTÍFICO – O presente
trabalho de pesquisa aborda a questão do “Método
Científico”, tendo em vista a importância da adoção metodológica para a
realização de estudos científicos. Pretende, pois, tratar acerca do método,
seus conceitos e peculiaridades, para evidenciar o aspecto metodológico no
estudo científico. Desta forma, a partir de uma revisão da literatura efetuada
com base nos estudos realizados por Bacon (1979), Descartes (1973), Popper
(1975), Alves Mazzotii e Gewandsnajder (1998), Cervo e Bervian (1983), Caéffé (1996),
Vera (1983), Galliano (1986), Guedes (1997), Lakatos e Marcone (1987), Lucie
(1978), Ruiz (2002) e Severino (1996), dentre outros, procurar-se-á, portanto,
apresentar e analisar os formatos metodológicos desenvolvidos no exercício e
prática científica. Observar-se-á no presente trabalho a tipologia,
implicações, características e modalidades de métodos utilizados no fazer
científico, buscando apresentar de que forma o método conduz o saber e o
conhecimento na ciência, isto porque esta é o resultado de conclusões e estudos
de numerosas gerações de pesquisadores e que, em suas premissas, objetivos e
aplicações, ela reflete as preocupações da civilização de uma época, que impõem
circunstâncias mais ou menos favoráveis ao seu desenvolvimento.
O MÉTODO - A palavra método é
de origem grega e significa o conjunto de etapas realizadas ordenadamente na
investigação de fatos ou na busca da verdade. E buscando a conceituação do
método, Jolivet (1979:71), traz a conceituação de que este: É a ordem que se deve impor aos diferentes
processos necessários para atingir um fim dado. E tem como fim disciplinar o
espírito, excluir de sua investigação o capricho e o acaso, adaptar o esforço a
empregar segundo as exigências do objeto, determinar os meios de investigação e
a ordem da pesquisa. Ele é fator de segurança e economia, exigindo para ser
fecundo, inteligência e talento. Já Guedes (1997), Severino (1996) e
Galliano (1986) entendem ser o método, em sentido amplo, o processo, ou o
conjunto de processos que permite conhecer determinada realidade, produzir
certo objeto ou desempenhar este ou aquele tipo de comportamento. Isto quer
dizer que o método é a ordem que se impõe aos diferentes processos necessários
para atingir um determinado resultado ou finalidade. Guedes (1997:124)
conceitua método como sendo "um
conjunto de regras e procedimentos que orienta o trabalho do pesquisa e confere
aos seus resultados a confiabilidade ou credibilidade científica", e
isso quer dizer que a utilização de um método confere uma veracidade quanto a
apresentação de qualquer trabalho desenvolvido. Na observação de Alves-Mazzotti
e Gewandsznajder (1998), baseada na classificação e terminologia aristotélica,
a noção de método está ligada à noção de trabalho pela implicação e efetiva
manipulação do trabalho de se conhecer e que, para ser produzido, não se pode
fazer de qualquer maneira, mas de um modo determinado e respeitando uma técnica
que desemboca num método. Isto quer dizer, portanto, que inseparável do
trabalho, o método responde a uma exigência de racionalização e de uma
adequação cada vez mais rigorosa entre os meios e os fins. Desta forma, a
verificação pela prática, de sua eficiência, tende a fazer do método objeto de
conhecimento específico que pode ser transmitido, independentemente das formas
de atividade ou de trabalho a que se aplica. Assim, considerado, o método é o
próprio trabalho humano, enquanto procura tornar-se cada vez mais racional, ou
então, a própria racionalidade desse trabalho que, ao manipular a realidade,
natural e humana, com o duplo propósito de conhecê-la e transformá-la, descobre
a racionalidade do mundo natural e a racionalidade do pensamento e da atividade
humana que, pelo trabalho, alcançam esse duplo objetivo. Verifica-se, assim,
que a elaboração do método não pode ser anterior ao descobrimento do objeto. Assim
sendo, o método é apenas um meio consistente de acesso a um dos objetivos do
sistema. E para melhor entendimento acerca do método, é conveniente, antes
abordar as distinções entre as diferentes formas de conhecimento. O
conhecimento, segundo Fourez (1995), Alves (2000), Lucie (1978) e Carvalho
(1997), torna-se elemento indispensável e premissa fundamental para a atividade
prática do homem, por revelar um conjunto de idéias e comportamentos pelos
quais ele assimilou a vivência da atividade e a expressão racional. O
conhecimento pode ser, segundo Aranha e Martins (1994), sensível, empírico e
científico. O conhecimento sensível, segundo Aranha e Martins (1994), é comum
aos homens e aos animais, consiste na apreensão dos objetos particulares pelos
sentidos, visão, audição, olfato, dentre outros. Este se limita ao particular,
não constituindo experiência e sendo apenas uma de suas condições de
possibilidade. Já o conhecimento empírico, para Cervo e Bervian (1983), resulta
de uma experiência que não é capaz de justificar-se ou fundamentar-se, uma vez
que empiria consiste em saber que as coisas se passam de determinada maneira,
sendo incapaz de dizer porque se passam assim. Por fim, o conhecimento
científico, segundo Jolivet (1979), caracteriza-se por ter como objeto não o
particular e o contingente, mas o universal e o necessário por ser sistemático
e, conseqüentemente, metódico. Com isso, o conhecimento só é científico na
medida em que constitui um sistema, uma unidade ou um todo lógico, no qual os
juízos se acham vinculados uns aos outros, pela coerência ou pela racionalidade
do método. Em relação à ciência, para Severino (1996), o método desempenha duas
funções indispensáveis, sendo a primeira que consiste em tornar possível a
obtenção dos conhecimentos que, na ausência de método, seriam obtidos por acaso
ou fortuitamente. Já a segunda, em permitir a articulação ou ordenação desses
conhecimentos em um conjunto lógico ou sistemático que somente por isso merece
o título de ciência. Observa-se, com isso, que o método é um extraordinário
instrumento de trabalho que ajuda, mas não substitui por si só o talento do
pesquisador, ou seja, não basta que o indivíduo confie apenas na sua
inteligência deve utilizar o método para que possa construir algo que seja
sustentável merecedor de atenção do seu publico alvo. Vê-se, com isso, que o
método científico, conforme Bastos (1995:92), significa: Processo sistemático de aquisição de conhecimento que segue uma série
de passos interdependentes que, para efeitos didáticos, podem ser apresentados
na seguinte ordem: definição do problema (obstáculo ou pergunta que necessita
de uma solu';cão); formulação das hipóteses (explicações para o problema);
raciocínio dedutivo (dedução de implicações das hipóteses formuladas); coleta e
análise de dados (observação, teste e experimentação das implicações deduzidas
das hipóteses - teste das hipóteses); rejeição, ou não das hipóteses (análise
dos resultados para determinar se há evidências que rejeitam ou não as
hipóteses). Assim sendo, o método científico é um instrumento formado por
um conjunto de procedimentos, mediante os quais os problemas científicos são
formulados e as hipóteses científicas são examinadas. As técnicas de raciocínio
científico são basicamente duas: indução e deducação. E para entendimento
acerca do método científico, há que se levar em consideração que a metodologia
indutiva-dedutiva de Aristóteles (1979), via a investigação como uma evolução
de observações para princípios gerais e de volta às observações. Ele afirmava
que o cientista deveria induzir princípios explicativos a partir dos fenômenos
a serem implicados, e então deduzir proposições sobre tais fenômenos das
premissas que incluem aqueles princípios. Existem duas formas de indução: a
primeira consiste da simples enumeração e a segunda é uma intuição direta
daqueles princípios gerais que são exemplificados nos fenômenos. Para
Aristóteles (1979), o genuíno conhecimento científico tinha o status de verdade
necessária. Já a proposta de Galileu (1978) distingue entre dois estágios na
avaliação das interpretações em Ciência. O primeiro estágio consiste em
demarcar as interpretações científicas das não-científicas. o segundo estágio é
para determinar a aceitabilidade daquelas interpretações que se qualificam como
científicas. A ênfase dominante nos seus escritos é afirmativa em relação à
necessidade da confirmação experimental. Tais condições são as bases do método
experimental desenvolvido por Galileu (1978), discordando dos seguidores de Aristóteles
(1979), considerando que o conhecimento da essência intima das substancias
individuais deve ser substituído, como objetivo das investigações. Os
principais passos de seu método são: observação; análise; verificação;
generalização; confirmação. E conforme Jolivet (1979:72), “(...) se apóia nos fatos da experiência. É o
método das ciências da natureza, que partes dos fatos e admitem apenas o
critério da verificação dos fatos”. Este se aplica às manifestações
quantitativas e qualitativas pelas quais os objetos materiais e seu
comportamento se revelam. Ele se exerce pela observação dos aspectos e
comportamentos dos objetos em situações predeterminadas e controladas de modo a
exibir favoravelmente aquelas manifestações que a análise prévia indicou como
mais relevantes, pois são as experiências onde as observações se fazem através
dos sentidos ou dos seus desdobramentos e extensões, que constituem
instrumentos. O raciocínio indutivo provém da teoria da indução de Bancon (1979),
contemporâneo de Galileu e também crítico contra Aristóteles, considerava que o
processo da abstração e o silogismo, não propiciavam um conhecimento completo
do universo e se opôs ao emprego da indução completa por simples enumeração e
assinala que é essencial a observação e a experimentação dos fenômenos. Seus
passos são: experimentação; formulação de hipóteses; repetição; testagem das
hipóteses; formulação de generalização e leis. A teoria da indução, tal como
exposta no Novum Organum, distingue
inicialmente experiência vaga e
experiência escriturada. A primeira compreende o conjunto de noções
recolhidas pelo observador quando opera ao acaso. A segunda abrange o conjunto
de noções acumuladas pelo investigador quando, tendo sido posto de sobreaviso
por determinado motivo, esse último tipo constitui o mais importante e o ponto
de partida para a constituição das tábuas
da investigação, núcleo de todo o método baconiano. Assim sendo, a
Indução, que dá-se com a observação e o registro de certos fatos ou fenômenos,
prossegue com sua análise, comparação e classificação, com que descobre uma
relação constante entre os objetos observados. Seu objetivo é chegar a
conclusões muito mais amplas do que premissas. Para Guedes (1997:132), a "indução é a propriedade lógica que
possibilita a generalização de uma proposição a partir de proposições
particulares", ou seja, parte do geral para o particular. Mediante
isso vê-se que o método indutivo é um processo de raciocínio de onde se parte
de fatos particulares para chegar a uma conclusão cujo é muito mais amplo do
que o das premissas nas quais se basearam .Já o raciocínio dedutivo advém do
método dedutivo criado por Descartes (1973), afastando-se dos processos
indutivos. Para ele, chega–se à certeza, por intermédio da razão, princípios
absoluto do conhecimento humano, postulando quatro regras: evidência; análise;
síntese; enumeração. Para Jolivet (1979:75): “As regras cartesianas são a análise deve ser completa e a síntese deve
ser gradual”. Isto quer dizer que a explicação significa a descoberta da
semelhança, naquilo que, à primeira vista parece dessemelhante: é o encontro da
identidade na diferença. Assim, a dedução é necessária à verdade da teoria, mas
não é suficiente. Para que uma teoria explique, é preciso que acrescente algo a
nossas idéias esse algo seja aceitável logicamente. Assim sendo, a dedução
consiste em tirar uma verdade particular de uma verdade geral na qual ela está
implícita, podendo chegar a conclusões falsas. Com isso, a dedução compõe-se
dos seguintes elementos: uma lei premissa geral, o fato que se quer verificar e
um princípio racional que norteia o pensamento e que se pode ser formulado
assim: tudo que se afirma de uma proposição geral, afirma-se igualmente das
proposicões particulares que ela encerra. Para Guedes (1997: 135), a dedução, "é o desdobramento lógico, atribuir ao
particular as mesmas propriedades na premissa", ou seja, do particular
para o geral, através do silogismo, que é o confronto das premissas para se
chegar a uma conclusão. Entende-se, pois, que conforme Descartes (1973), o
papel da observação e do experimento é o de fornecer conhecimento das condições
em que os eventos de um certo tipo ocorrem. Outro papel é o de sugerir
hipóteses que especificam mecanismos consistentes com as leis fundamentais. O
valor de uma hipótese depende de seu poder explicativo junto com as leis
gerais. Elas eram, para Descartes, baseadas em analogias em experiências do
dia-a-dia. O modelo conhecido
como método hipotético-dedutivo foi proposto por Popper (1975), defendendo o valor
do conhecimento racional, devido as teorias corresponder à realidade,
baseanbdo-se no esquema que vai das expectativas ou conhecimento prévio,
problema, conjecturas e falseamento. Para Popper (1975) existem três etapas
para este método: o problema, uma situação que necessita ser resolvida, cuja
resposta não é dada de forma evidente, podendo ser de ordem prática ou teórica;
levantamento de hipóteses; conjeturas a respeito do problema, levantamento dos
vários aspectos do problema e as suas possíveis relações, construção de
inúmeras hipóteses reduzidas a níveis possíveis de testabilidade; tentativa de
falseamento, etapa em que se tenta falsear, por todas as maneiras possíveis, as
respostas apresentadas em formas de hipóteses, tentativa de eliminação de
erros, verificabilidade empírica. É conhecida como pensamento neopositivista. Daí
entender-se que a investigação científica se inicia quando se descobre que os
conhecimentos existentes, oriundo do senso comum ou do corpo de conhecimentos
existentes na ciência, são insuficientes para explicar os problemas surgidos. O
conhecimento prévio que se lança a um problema pode ser tanto do conhecimento
ordinário quanto do científico. Através desses métodos se obtém enunciados,
teorias, leis, que explicam as condições que determinam a ocorrência dos fatos
e dos fenômenos associados a um problema, sendo possível fazer predições sobre
esses fenômenos e construir um corpo de novos enunciados, quiçá novas leis e
teorias, fundamentados na verificação dessas predições, e na correspondência
desses enunciados com a realidade fenomenal. O método científico permite a
construção conceitual de imagens da realidade que sejam verdadeiras e
impessoais, passíveis de serem submetidas a testes de falseabilidade. Já para
Guedes (1997:124), o método hipotético-dedutivo "é uma tentativa da eliminação das dificuldades em produzir
conhecimento verdadeiro através da lógica indutiva (...) os fatos particulares
são previamente escolhidos por uma determinada compreensão do mundo (...) em
conseguir falsear as hipóteses levantadas". Assim sendo, conforme o
autor, é uma tentativa de eliminação das dificuldades em produzir conhecimento
verdadeiro através da lógica indutiva. É uma crítica ao método indutivo, pois
defende que não se pode produzir conhecimento e tê-lo como verdadeiro apenas
catalogando fatos particulares e, por indução, encontrando generalizações. O
método dialético, para Guedes (1997:136), "é a tentativa da explicação do real na sua dinamicidade", ou
seja, apresentando o objeto, contrapondo-se, criticando e observando a sua
dinâmica. Assim sendo, é a tentativa de explicação do real na sua dinamicidade.
É a lógica do real e foi Hegel quem desenvolveu a sua reflexão sob a ótica da
possibilidade da mudança. A idéia passou a ser privilegiada, pois Hegel
acreditava que o verdadeiro conhecimento acontecia na idéia. A dialética
hegeliana é expressa tentando explicar o fenômeno da mudança. A metodologia
dialética possibilitou às ciências sociais um grande desenvolvimento. Se a
dialética é a lógica do real e se o real é multifacetado, mutável, existiriam
tantas dialéticas quantas fossem os fenômenos. Observa-se, pois que o sistema
científico está voltado para a total expressão do conhecimento obtido acerca da
estrutura e do comportamento de objeto, enquanto que o método busca novos
resultados, traçando os modos de movimento nos sentidos destes resultados,
integrando, num todo, o captado do mundo objetivo e a clarividência humana do
ulterior conhecimento e da transformação do objeto. Outros métodos científicos alternativos
são encontrados, a exemplo do método histórico que, segundo Vera (1983), representa
o método científico por excelência, tendo em conta os fatos e as realidades,
desprendendo-se de todo elemento subjetivo, onde através da investigação de fatos,
hábitos e instituições do passado, tenta-se avaliar seu impacto na sociedade
contemporânea. Este método surgiu com o filósofo e folclorista alemão, Jakob
Grimm (1785-01863), que na opinião de Marconi e Lakatos (1987:81) “(...) é importante, na medida em que se faz o
resgate histórico da evolução do trabalho, do emprego e da ocupação, e se
resgata também a história dos bancos no decorrer do tempo”, pois consiste
em investigar acontecimentos, processos e instituições do passado, para
verificar a sua influência na sociedade de hoje, pois as instituições
alcançaram sua forma atual através de alterações de suas partes componentes, ao
longo do tempo, influenciado pelo contexto cultural particular de cada época.
Consiste, pois, este método em investigar acontecimentos, processo se
instituições do passado para verificar sua influencia na sociedade de hoje. Seu
estudo, para uma melhor compreensão do papel que atualmente desempenham na
sociedade, deve remontar aos períodos de sua firmação e de suas modificações. O
método comparativo, segundo Vera (1983), é usado tanto para comparações de
grupos no presente, no passado, ou entre os existentes e os do passado, quanto
entre sociedades de iguais ou de diferentes estágios de desenvolvimentos. O
método monográfico, segundo Kersher e Kersher (1999), Rey (1993), Silva e
Menezes (2000) e Nunes (2000), consiste no estudo de determinados
indivíduos profissões, condições,
instituições, grupos ou comunidades, com a finalidade de obter generalizações.
A investigação deve examinar o tema escolhido observando todos os fatores que o
influenciaram e analisando – o em todos os seus aspectos. O método estatístico,
segundo Vera (1983) e Rey (1993), significa redução de fenômenos sociológicos,
políticos, econômicos, dentre outros. Os termos quantitativos e a manipulação
estatística que permitem comprovar as relações dos fenômenos entre si, e obter
generalizações sobre sua natureza. Por esta razão a estatística pode ser
considerada um método de experimentação e prova, pois é método de analise. Quer
dizer, para Guedes (1997), o método estatístico é o esforço metodológico para
oferecer uma compreensão probabilística dos fenômenos em estudo, expressando os
fenômenos em bases relativas e aplicado a qualquer ciência. O método clínico,
para Guedes (1997), é a tentativa de compreender o fenômeno nos seus aspectos
qualitativo, estudando o desenvolvimento de um doente nos seus mais variados
aspectos e o desenvolvimento de uma performance cognitiva pela qualidade das
respostas e não pela quantidade. O método psicométrico, segundo Guedes (1997),
estuda os fenômenos cognitivos através da medição das respostas dadas pelo
sujeito, é um método quantitativo muito usado em psicologia. Enfim, observa-se
que o método científico é de suma importância para o desenvolvimento de
constatação da verdade, evitando assim a dogmática e o sectarismo da verdade
absoluta, obsoleta e imutável.
CONCLUSÃO - Tendo-se, pois,
realizado presente trabalho de pesquisa onde foi possível adquirir informações
esclarecedoras acerca do método científico, notadamente por que parte do
princípio epistemológico e da forma como todos os conhecimentos são adquiridos
na formação empírica do indivíduo para a formação de um juízo científico,
explicitando a busca pelo questionamento dinâmico na condução de uma visão
idônea e independente, traduzindo a necessidade de se manter métodos na busca
incessante pela verdade. Principalmente nos tempos atuais onde se dão os confrontos
entre os dogmatismos religiosos, ideológicos ou nacionalistas frente a
observância científica que é independente, mesmo que seja sustentada e custeada
pelo poder e disso sempre necessite, mesmo assim, a ciência isenta o indivíduo
dos mitos, tabus e totens que transcorrem no seio da sociedade. Esclareceu-se,
pois, com o presente trabalho que a introdução de um método torna eficiente e
eficaz no desenvolvimento do projeto ou trabalho científico, acarreta uma visão
balizada baseada nos alicerces disponíveis das ciências, da Filosofia, dentre
outras. E isto contribui substancialmente para a formação de trabalhos que
devem conter aspectos metodológicos para que se insira no contexto de uma obra
científica, capaz de traduzir-se numa colaboração efetiva à humanidade. As
técnicas e práticas usuais ao método são substanciais ferramentas na consecução
do trabalho que vise uma formação acadêmica. Isto porque, conhecendo-se o
método empregado na pesquisa, aplicado convenientemente durante as
investigações, fica evidenciada a credibilidade ao resultado apresentado pelo
pesquisador, através de um procedimento epistemológico que significa estudar a
forma como o homem se relaciona com o mundo para construir o conhecimento.
Conhecimento esse que deve ser e estar isento de qualquer que seja a
intervenção de crença ou preconcebidas máximas absolutas, e levada apenas pela
experimentação, pela coleta de dados, pela análise de variáveis, pelo
tratamento de todos os componentes que se insinuam nas considerações, enquanto
se dirimem as hipóteses no levantamento de qualquer problemática dada. Possuir
um conhecimento científico é hoje um paradigma de comportamento nas expressões
e reproduções de idéias que devem ser discutidas, sistematizadas, criticadas,
alijadas, suprimidas, renomeadas, até que se encontre um consenso satisfatório
para a sua aceitação, mesmo sob a desconfiança de que uma nova idéia pode sair
do recôndito para desmoroná-la à menor insinuação de confronto. A
sistematização da pesquisa leva a um conhecimento seguro, real e alicerçado na
conclusão de qualquer planejamento que se queira desenvolver ao longo dos
estudos universitários. E o postulante que se encontrar apto a desenvolver tal
sistematização, explorando os diversos métodos, elaborando os diversificados
esquemas, construindo uma múltipla observação do que já foi apresentado, com
certeza, poderá delinear o seu caminho consoante o estreitamento com a
realidade científica para transformar o mundo em local mais aprazível e mais
conseqüente para a vida.
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Segunda
feira & as notícias do dia , Carl
Sagan, Diná Silveira de Queirós, Giacomo Carissimi, Domenico
Mazzocchi, Luigi Rossi, Torquato Neto, Martin Esslin, Joseph Newman, Leatrice Joy, Dita
Von Teese & George Spencer Watson aqui.
E mais:
A música
de Drica Novo aqui.
A salada
geral no Big Shit Bôbras aqui.
Desabafos
de um perna-de-pau aqui.
Literatura
de Cordel: O casamento da porca com Zé da lasca, de Manoel Caboclo e Silva aqui.
Zé-corninho
& Oropa, França e Bahia aqui.
A música
de Rogéria Holtz aqui.
O
Direito das Coisas aqui.
Gustave Courbet, Consuelo de Castro, Robert Altman, Marcela Roggeri,
Sérgio Augusto de Andrade, Vieira Vivo, Rose Abdallah, Liv Tyler, Direito Constitucional & efetividade de suas normas aqui.
Literatura
de Cordel: A peleja de Bernardo Nogueira com Preto Limão, de João Martins de Athayde aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Leitora Tataritaritatá
CANTARAU:
VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital Musical Tataritaritatá
Veja aqui.