REVOLUÇÃO DAS ORBES CELESTES E A TEORIA HELIOCÊNTRICA – O
astrônomo polonês Nicolau Copérnico
(1473-1543) publicou em 1530 o Pequeno comentário sobre as hipóteses de
constituição do movimento celeste, sob preocupação com a censura eclesiástica
que adiou a divulgação a elaboração do sistema heliocêntrico, apresentando suas
ideias para em 1543 estabelecer o marco definitivo na história da astronomia,
ao publicar Sobre a revolução das orbes celestes, na qual apresenta seu sistema
cosmológico. Essa obra contem a origem do postulado revolucionário de que a
Terra se move em torno do Sol, opondo-se fundamentalmente ao princípio básico
de Ptolomeu. Esse sistema foi consagrado posteriormente pelo trabalho de Kepler
e Galileu, causando uma revolução e, ao mesmo tempo, provocou perplexidade por
parte da Igreja. Sua trajetória inspirou o documentário e curta-metragem De revolutionibus (1975), com argumento,
roteiro e direção de Tassara Marcello G e equipe em produção do MEC/INC/ECA-USP,
bem como o longa-metragem de animação Gwiazda Kopernika (A estrela de Copérnico, 2009), com
roteiro de Andrzej Orzechowsli e, também, direção de Zdiszlaw Kudla. Veja mais aqui.
Imagem: Elsa Asenijeff, do pintor, escultor e artista gráfico alemão Max Klinger (1857-1920).
Curtindo o dvd Concerto de Piano (2007), do pianista brasileiro Rogerio Lourenço dos Santos, ou simplesmente Rogério Tutti.
CANÇÃO
DA MINHA DESCOBERTA – O poeta, médico e compositor José Carlos Capinam é autor dos livros Inquisitorial (1964), Confissões de Narciso (1987), Balança mas Hai Kai (1989) e Canção de amor às árvores desesperadas
(1996), além de Signo de Navegação Bahia e Gente e, posteriormente, Estrela do Norte, Adeus. O seu disco Viramundo (1966) traz sua parceria com
Gilberto Gil e que o faz participante do disco Tropicália (1968), reunindo a
geração formada por Caetano, Gil, Tom Zé, Mutantes, Rogério Duprat e Torquato
Neto. É autor das inesquecíveis Ponteio,
com Edu Lobo, e Papel Marché, com
João Bosco, entre outras tantas que se tornaram sucessos da música brasileira. Em
2000 ele compôs a ópera Rei Brasil 500 anos, em parceria com Fernando Cerqueira
e Paulo Dourado. Dele destacamos o seu belíssimo poema Canção da minha descoberta: Eis-me resignado. / Fugi de tudo que fui / e
pelo caminho de minha renúncia / venho buscar bandeiras novas. / Agora persigo
a palavra nova / por eles que esperam com o coração amargo / e o grito dentro
do coração. / Não poderei aceitar o silêncio / e ficar em paz com a morte dos
desgraçados / caídos sem voz em nossa porta. / As crianças minhas morreram
todas, / Possuo cada vontade, cada medo, cada ternura morta / e vou surgindo
novo entre lenços brancos / agitados de dor pela mão dos homens. Veja mais aqui.
BALADA
DO CAFÉ TRISTE – A paixão pela música que a fez estudar para se tornar uma
pianista clássica na Universidade, levou a escritora estadunidense Carson McCullers (1917-1967) a definir
seu estilo de escrita voltado pelo paradoxo do amor e o isolamento espiritual.
O seu livro A balada do café triste (The Ballad of the sad caf, 1951 –
Círculo de Leitores, 1989), confirmou sua arte juntamente com a publicação de
outros livros, até se afundar no alcoolismo e passar por uma imobilização de
paralisia até a sua morte. Dessa obra destaco esse fragmento: Na estrada de Forks Falls é a cinco
quilómetros de distância da vila, e é aí que trabalham realmente os presos. As
autoridades administrativas resolveram consertar a estrada de macadame e
alargá-la num local onde havia uma curva perigosa. O grupo compõe-se de uma
dúzia de homens, todos com a farda da cadeia e de grilheta nos pés. Há um
guarda, armado, de olhos vigilantes. Os presos trabalham todo o dia; chegam ao
nascer do Sol dentro de um carro celular, e partem ao anoitecer. Continuamente
se ouve o barulho das picaretas e se sente o calor e o cheiro do suor. Mas
também se ouve música. Uma voz soturna entoa baixinho uma nota, como que a dar
o tom; e logo outra se lhe junta; e daí a pouco estão todos a cantar. Vozes
sombrias na intensa luz dourada, música estranhamente misturada de trevas e
clarões. Aquilo avoluma-se, já custa a acreditar que emane de doze homens, pois
dá a impressão de sair da terra inteira ou de descer do vasto céu; faz alargar
o coração do auditor, causa-lhe estremecimentos de frio e de êxtase. Depois, lentamente,
esmorece, e fica apenas uma voz isolada, e por fim um som rouco e, no silêncio,
o rumor das picaretas. E que espécie de condenados a trabalhos forçados são
estes, capazes de emitirem uma música assim? Só doze homens mortais, sete
pretos e cinco brancos, oriundos da região. Só doze homens mortais, ali
reunidos na estrada. Veja mais aqui.
OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA – O escritor e jornalista Alberto Dines é autor de obras como Morte
no paraíso: a tragédia de Stefan Zweig (1981), que foi adaptado para o cinema
com o título de Lost Zweig, por Sylvio Back, em 2002, como também do livro
Vínculos de fogo: Antonio José da Silva, o Judeu e outras histórias da
Inquisição em Portugal e no Brasil (1992). Ele dirigiu e lançou diversas
revistas e jornais no Brasil e em Portugal, tendo sido entre 1963/1974
professor da Universidade de Colúmbia (USA). Por sua trajetória foi contemplado
como Prêmio Cabot de Jornalismo (1970), Prêmio Jabuti (1993) por seus estudos
literários, o Austrian Holocaust Memorial Award (2007), o Austrian Golden
Decoration for Science and Art (2009) e o Grã-Cruz da Ordem do Mérito das
Comunicações (2010). É o criador do Observatório
da Imprensa, um portal que possui versões no rádio e na televisão com
análise crítica à atividade do jornalismo. Aqui a nossa homenagem pela passagem
do seu aniversário. Veja mais aqui.
MEPHISTO – O filme Mephisto (1981), do diretor húngaro István Szabó, ganhador de melhor filme estrangeiro no Oscar (1992)
e no David di Donatello (1982), é uma adaptação do romance homônimo do escritor
alemão Klaus Mann (1906-1949), protagonizado por Klaus Maria Brandauer e
Krystyna Janda, embasado na história de Mefistófeles e Fausto, contando a
história de Hendrik Höfgen ao abandonar os princípios políticos para buscar
benefícios materiais e profissionais com aproximação ao Partido Nazista e, por
consequência, manter o emprego e ter ascensão social. Veja mais aqui.
Veja mais sobre:
João Guimarães Rosa, Maria Helena Kühner,
Affonso Romano de Sant´Anna, Marilda Vilela Yamamoto, Dmitri Dmitriyevich
Shostakovich & Mstislav Rostropovich, Albert Marquet, Pra Frente Brasil
& Gloria Swanson aqui.
E mais:
Nise da Silveira, Marilena Chauí, O
Serviço Social & Marilda Iamamoto, Guimar Namo de Mello & Arriete
Vilela aqui.
Onde não tem mata-burro a gente manda ver
no trupé, Maíra
Dvorek & Pedro Nonato da Cunha aqui.
Rainer Maria Rilke, Gaston Bachelard, Darcy Ribeiro, Raquel de Queiroz, Mozart, Montaigne,
Maria de Medeiros, Kees van Dongen & A Seca do Nordeste aqui.
Poemas de José Marti aqui.
A corrupção no Brasil, Tchekhov, Radamés
Gnatalli, Germaine Greer, Linda Buck, Leo Gandelman, Clóvis Graciano &
Emmanuelle Seigner aqui.
Lacan, Locke, Liebniz, Distanásia,
Coaching & Mentoring, Comportamento do Consumidor, Vendas & Lara
Vichiatto aqui.
Mahatma Gandhi, Educação, Michelangelo
Antonioni & Vanessa Redgrave, Gênesis & Phil Collins, Carlos Zéfiro,
Jennifer R. Hale & Maria Luísa Mendonça aqui.
Hora de Chegada, Zygmunt Bauman, Tunga, Kenzaburo Oe,
Schubert & Maria João Pires, Ken Wilber, Tereza Costa Rego & Kate
Beckinsale aqui.
Todo dia o primeiro passo, Gilberto Mendonça Teles, José Orlando Alves, Lia Rodrigues
Companhia de Danças, Belle Chere, David Ngo & Maria Núbia Vítor de Souza aqui.
Pelos caminhos da vida,
A lenda Tembé do incêndio universal e o dilúvio, Benedicto Lacerda, Alessandro
Biffignandi, Ferdinand Hodler, Clodomiro Amazonas, Diane
Arbus & Ligia Scholze Borges Tomarchio aqui.
O que esperar do amanhã,
José Joaquim da Silva, Montserrat Figueras, Araki Nobuyoshi, Gerda Wegener,
Rajkumar Sthabathy & Angel Popovitz aqui.
Na calçada da tarde, Yara Bernette, António Botto, William-Adolphe
Bouguereau, Maria Lynch, Rosa Bonheu & Patricia
de Cassia Porto aqui.
O mergulho das manhãs e noites nas águas profundas
do amor, Luchino Visconti, Constança Capdeville,
Spencer Tunick, Aubrey Beardsley, Luciah Lopez & Escola Estadual Joaquim
Fernando Paes de Barros Neto aqui.
O amor é lindo, O Circo, Marcos Frota & Leonid Afremov aqui.
As misérias do processo penal de
Francesco Carnelutti aqui.
A cidade das torres & a radiosa
cidade corbusiana, Antônio Cândido: o discurso e a cidade aqui.
Proclamação da República aqui.
A Era Vargas e a República aqui.
A monarquia brasileira aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.