CARTA PARA MIM MESMO & MAIS NINGUÉM – Aos
apaixonados, um amor de verdade; aos desapaixonados, não sei fazer de conta:
umas gotas de sangue nas veias bastam; aos que não veem, o aprendizado do
olhar; aos desamparados, a ternura do gesto; aos infelizes, sorrir nunca é
demais; aos que choram, a vida os consolem; aos abandonados, o afago materno; aos
desiludidos, a descoberta da esperança; aos fracassados, sejam agraciados pela
solidariedade; aos que fraquejam, a conduta da Fênix; aos sem saída, o voo
sobre o abismo; aos miseráveis, saciem sua fome; aos covardes, um dia criem
coragem; aos indiferentes, curtam seus vislumbres; aos que desamam, não sofram
tanto; aos que esperneiam, o que é de gosto arregala o peito; aos que se
envenenam, encontrem seus antídotos; aos que matam, aprendam a viver; aos que
vão embora, sigam seus caminhos; aos que perderam, logo achem; aos que
reclamam, encontrem satisfação; aos que enganam, se livrem dos seus tormentos; aos
desencontrados, aprumem seus eixos; aos ingratos, a outra face; aos
desumanizados, a ciência dos direitos humanos; aos egoístas, a coalização de Seattle; aos
fundamentalistas de todos os credos e partidos, o respeito ao direito
individual; aos que sucumbiram, uma mão amiga; aos excluídos, oportunidades no
horizonte; aos inimigos, um peito de braços abertos; aos que me odeiam, o desejo
de paz: ninguém tem culpa de ser menor que o próprio tamanho; e aos que ficam,
até sempre. Para mim mesmo, o conforto do chão e um céu estrelado. © Luiz
Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.
DITOS & DESDITOS:
Falta uma matéria essencial na grade curricular em todos os níveis de
graduação: a nobre e essencial arte de
mentir (inclui distorções e omissões da verdade). Crianças e
adultos precisam aprender a mentir bem e a identificar mentiras e
falsificações. Ainda não sei qual seria o nome adequado para essa nova matéria.
Faço uma sugestão [...] Nossos
filhos precisam aprender a mentir, para assim também identificar mentiras. Voltando
à mencionada falha na grade curricular: sugiro a introdução de matérias
revolucionárias. Por exemplo: Sociologia. Ou Filosofia.
Trechos de texto do consultor alemão Clemens A. F. Schrage. Veja mais
aqui.
O TEATRO DE CIBELE FORJAZ
Faço teatro pela fome e,
não, pela fama. Acho que essa ideia dos grandes encenadores do século XX foi
fundamental para transformar um teatro que era pautado no realismo para algo
com traços mais autorais. Mas, hoje, no teatro do século XXI, o mérito da
criação não pode ficar restrito a uma única pessoa. Cabe aos coletivos esse
papel hoje, eles são o grande celeiro da pesquisa teatral.
A arte da diretora e iluminadora teatral, docente e
pesquisadora em artes cênicas Cibele
Forjaz. Veja mais aqui.
A FOTOGRAFIA
DE erwin blumenfeld
A arte
do fotografo estadunidense Erwin Blumenfeld (1897-
1969) com suas técnicas de distorção, exposição múltipla, fotomontagem e
solarização. Veja mais aqui.
A OBRA DE ÍTALO CALVINO
Quem somos nós, quem é cada um de nós senão
uma combinatória de experiências, de informações, de leituras, de imaginações?
Cada vida é uma enciclopédia, uma biblioteca, um inventário de objetos, uma
amostragem de estilos, onde tudo pode ser completamente remexido e reordenado
de todas as maneiras possíveis.