QUEM DE TUDO SABE NADA – Imagem
da artista visual Maria do Carmo Nino
- Não tivesse o dia feito manhã ensolarada tarde
inteira e noite adentro tinha de ser para ficar vigente, não saberia eu que a
trapaça servisse à discórdia da injustiça com os dentes cravados na garganta
tornada lei sobre tudo e todos. Tudo foi feito para que a mentira soasse por
verdadeira entre sofismas e casuísmos à vida assaltada, e não me dizem nada além
de urros e onomatopeias aos que nada entendem dessas algaravias com suas
ambiguidades de escárnio, porque saltam aos olhos pra quem se faz de surdo e melhor
seria se eu não antevisse mesmo nada. É como se a língua secasse o verbo à boca
muda diante do túmulo com meu próprio nome e epitáfio inscrito no que podia ser
um beijo e passou a ser mordidas na jugular, eu a me debater e ninguém visse porque
o inseto faminto picou minha carne e eu cambaleante adoecido me encolhi no
primeiro canto para agonizar insepulto até que a carne se esgarçasse ao pó nos
ventos. Como negar ao faminto um prato de comida, se uma fera esfomeada tem a
mim a sua refeição, ou um quaquilionário glutão conta moeda a cada gota do meu
sangue, de quem diferente quando, ao mesmo tempo, o que é de gosto regala o
peito e tudo se dana em nome do umbigo. Quem não geme ao primeiro açoite e os olhos
doídos nada enxergam da febre que passou como avalanche carregada de presságios
e parecia festa antecipando alaridos das dores que explodiam do tutano ao
estupor, quando ninguém é de ninguém e salve-se quem puder. Não me sinto como
quem não tem nada a ver com isso. Desde sempre fui como uns e outros pela
humanidade e uma só vida em comum pelas cavernas e galhos a fugir de predadores
e caçando pra sobreviver e matando a sede às águas e se escondendo sob o fogo
na escuridão, prontos pro ataque e a defender-se das garras ao bote, carregados
de coragem e temores por dias, séculos e milênios, entre trovões e relâmpagos,
saques e estampidos, tropeços e quedas. O tempo passou desde remotas eras e ainda
mantemos a vigília agora nas portas e janelas fechadas, muros altos, cães de
guarda, cercas eletrificadas e rondas policiais: que ninguém leve o que o suor premiou
e o que foi conquistado a duras penas, ou do privilégio de acumular o que outros
não puderam ou foi tomado pela vantagem de quem descuidou. Ainda bem que não
tenho nada, nem olvidei o que seria para todos, enquanto tantos tripudiam sobre
a desgraça alheia. A isso meu coração resiste solitário enlouquecido falando
pras paredes e sou despedaçado por meus próprios limites inatingíveis e por
indeléveis lembranças que atormentam até os ossos, a me deparar com a morte um
tanto de vezes de perder a conta. Dela não temo, sei a vida e o que dela sou na
minguante travessia. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja
mais aqui.
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio
Tataritaritatá especial
com a música da cantora e compositora Marina
Lima:
MTV Acústico ao vivo, O chamado, Novas Famílias & Acontecimentos &
muito mais nos mais de 2 milhões & 600 mil acessos ao blog & nos 35 Anos
de Arte Cidadã. Para conferir é só ligar o som e curtir. Veja
mais aqui, aqui e aqui.
DITOS & DESDITOS – [...] a
esterilidade de suas cabeças lhes aconselha o caminho da negação, e então
verdades reconhecidas há muito tempo são negadas, como por exemplo, a força
vital, o sistema nervoso simpático, a generatio aequivoca, a distinção de
Bichat entre o efeito das paixões e os da inteligência. Propõe-se a volta a um
crasso atomismo e coisas do gênero. Assim, o curso da ciência muitas vezes é um
retrocesso [...]. Trecho extraído da obra A arte de escrever (L&PM, 2017), do filósofo alemão
Arthur Schopenhauer (1788-1860). Veja mais aqui, aqui e aqui.
O SENTIDO DA OBRA DE ARTE - [...] Da multidão dos humanos ainda rudimentares,
anteriores aos tempos em que esta ronda animal se formou, encontrámos os
vestígios. Mas são principalmente corpos pertencentes como matéria aos seres
que foram nossos vizinhos: se as suas ossadas até nós chegaram, comunicam-nos
as suas formas endurecidas. Muitos milénios antes de Lascaux (cerca de
quinhentos mil anos, sem dúvida) estes bípedes industriosos começaram a povoar
a terra. Para além destes ossos fósseis só temos deles os utensílios que nos
deixaram. Estes utensílios provam a inteligência destes homens antigos, mas
esta inteligência ainda grosseira só estava ligada a objetos como “pedras para
atacar”, os estilhaços ou as pontas de sílex que eles utilizavam; a estes
objetos ou à atividade objetiva que eles desta forma cumpriam... Antes de
Lascaux nunca alcançámos o reflexo desta vida interior que tem na arte — e só
na arte — a sua via de comunicação, e da qual ela é no seu calor, senão mesmo
na imperecível expressão (estas pinturas e as reproduções que delas fazemos não
terão uma vida infinita) a sua perdurável sobrevivência. Parecerá leviano, sem
dúvida, conferir à arte este valor decisivo, incomensurável. Mas este longo
alcance da arte não será mais sensível na altura em que ela nasceu? Não existe
diferença mais acentuada: ela contrapõe à atividade utilitária a figuração inútil
destes sinais que seduzem, que nascem da emoção e a ela se dirigem. [...]. Trecho extraído da obra O nascimento da arte (Sistema Solar, 2015), do escritor francês Georges
Bataille (1897-1962). Veja mais aqui e aqui.
A MÁQUINA DO TEMPO - [...] Júlia: (Aflita) Meu Deus
do céu, Oxalá, energia cósmica controladora do universo... não acredito que
estou dizendo isso! Por favor, me ajude a fazer essa máquina funcionar! Eu
prometo voltar, eu prometo que vou voltar! Você… vocês sabem, devem ou deveriam
saber como vai ser difícil pra mim chegar tão longe, encontrar a solução,
encontrar a evolução, o avanço, finalmente um lugar que mereça toda a minha
dedicação e ter que voltar! Mas eu prometo, eu prometo voltar se a máquina
funcionar! [...] Aqui você tem tudo o que é necessário pra entender
como comecei a construir essa máquina. Todos os relatórios das 137 vezes que a
máquina explodiu, todas as suas peças que já derreteram e os principais
registros dos vazamentos de óleo! Nessa outra pasta, você encontra todas as
empresas e instituições que, de algum modo, me ajudaram ao longo desses anos, e
nessa vermelha, todas que tentaram atrapalhar o meu projeto. [...] Nossa, que lugar enorme! Parece
desproporcional a essas... (hesitante)
criaturas. (Pausa) Eu estou
aqui pasma com a aparência deles, enquanto eles nem se importam com a minha
aparência. Pequenos e frágeis. Talvez ainda existam outros humanos por aqui...
Ou será que essas criaturas são a evolução da humanidade? Esse salão parece
feito por mãos humanas... Mas veja só essa mesa de mármore, toda rachada! E os
vitrais da janela também estão quebrados... Olha só, parece que só comem
frutas! Todas as mesas estão cheias de frutas, eles comem com tanta vontade.
Será que essas criaturas passam fome? (Pausa) Acho que não, não com esse
tanto de frutas… Frutas tão grandes. Isso aqui parece um mamão que cresceu
demais! (Risada) Acho que
as sementes transgênicas dominaram o mundo e tudo o que plantamos ficou
gigante! (Em outro tom) Parece saboroso… [...] Espere aí, Rudá! Não se afaste, preciso te fazer mais perguntas... Que
droga... (Pausa) (Consciência) As
criaturas já não se interessam mais por mim, nem me olham com surpresa! Já
estão todos caindo de sono. Devem ter comido demais. (Bocejo) E eu
também estou cansada... A viagem me deixou tão enjoada. Nunca pensei que
pudesse sentir uma pressão tão grande contra as minhas orelhas. Comprimia minha
cabeça com tanta força que eu achei que fosse espremer meu cérebro! Acho que
não aguento outra dessas por enquanto… Preciso descansar. Acho que posso me
sentar um pouco aqui... Não vai fazer nenhum mal, eles não estão nem ligando mais
pra mim. [...] (Enquanto está andando) Nossa,
como a lua está bonita vista daqui desse lugar! Muito cheia, ilumina todo esse
gramado como se fosse um monte de refletores! Só não gosto de ver o rosto desta
Esfinge horrorosa! Não, ela nem é tão horrível assim, mas o tamanho gigantesco
é assustador. Não importa pra que lado eu vá, parece que ela está sempre me olhando;
preferia a Alice gritando e derrubando as coisas! (Voz mais alta e
meio assustada) Será que estou enlouquecendo
aqui nesse lugar? Falando sozinha, brigando comigo mesma... Parece que eu tinha
esquecido porque eu vim parar aqui, de onde eu vim, e quem eu sou. E quem eu
sou? Passei toda a minha vida com medo de morrer, construindo uma máquina,
alimentando a falta da minha mãe, ao invés de tentar superar isso. Quando
finalmente consigo viajar na máquina, venho parar num lugar onde as pessoas não
sofrem pela morte. Eles pegaram aquele corpo morto sem nenhuma dor, começaram a
cantar e dançar, fizeram um corte na barriga daquele pequeno ser e lhe enfiaram
sementes de suas frutas. Esse é o futuro. Isso é chocante, nada do que construí
e estudei fará sentido para o futuro da humanidade. [...] Trechos da peça
teatral A máquina do tempo (Edufba, 2017), do escritor
britânico Herbert George Wells (H. G.Wells – 1866-1946). Veja mais aqui.
UM DIA DE VERÃO - As nuvens azuis
escuras da noite em linhas escuras, / Atraídos e arranhados no céu mais puro, /
Use o roxo da manhã em suas saias. / As estrelas que encheram e brilharam no
oeste, / Mas fracamente piscando para o olho firme; / E visto, e desaparecendo,
e visto de novo, / Como bandagens mortas, / Eles finalmente aparecem fechados
da face do céu; / Enquanto cada chama menor brilhava à noite, / O meteoro
impressionante da opção de nuvem, / Que muitas vezes dispara através do céu
escuro; / Ou varinha de fogo olhando pelo pântano, / Sorrindo como uma vela em
uma cama solitária / Para alegrar as esperanças da safada, / Até mais rápido
que a mesma mudança de pensamento, / Ele se move de um lugar para outro, escapa
de seu olhar, / E faz com que ele deseje esfregar seus olhos duvidosos; / Ou
humilde brilho, ou a mariposa prateada, / Isso enviou um leve tremular no
verde, / Todo mundo morre / Por enquanto o sol, lento em sua grandeza, / Acima
das montanhas do leste ele levanta a cabeça. / O pano de orvalho se estendia
pelo gramado, / O peito liso e claro da piscina estabelecida, / O arado polido
no campo distante, / Tome fogo dele, e jogue suas novas vigas / Sobre o olho
ofuscado. / Os novos pássaros nos galhos saltam, / suas asas para baixo e
eriçar suas penas; / Então estique suas gargantas e afine sua música matinal; /
Enquanto majestosos corvos, altos oscilando em suas cabeças. / Nos ramos mais
altos, com soberbo orgulho, / Misture seu rouco ronco com a nota de linhagem; /
Até se encontrar mais perto em uma banda de sabre, / Eles pegam o vôo para
pescar a comida diária. / O trabalhador da aldeia, com mente cuidadosa, / Assim
que a luz da manhã aparecer, / Abra seus olhos com o primeiro raio / Isso
atravessa a janela do seu berço, / E deixe sua cama fácil; Então no campo, / Com
os longos e longos passos, ele os dirige à sua maneira, / Levando sua espada e
enxada através de sua máquina, / Visto de longe, claro, olhando para o sol, / E
com boa vontade ele começa seu trabalho diário. / O rapaz robusto queimado pelo
sol expulsa o gado, / E vaidoso de poder, grite para o atraso, / Quem ficaria
para plantar os brotos tenros? / Das verdes sebes tentadoras à medida que
passam; / Ou supere os arbustos brilhantes com o seu bastão, / Para agradar sua
imaginação com uma chuva de orvalho, / E assustar os pobres pássaros que se
escondem lá dentro. / Ao longo da porta aberta, toda a aldeia, / Eles vêem
crianças seminuas, meio acordadas /Coçando a cabeça e piscando na luz; / Até
que ele acorda gradualmente, eles correm, / Ou rolar ao sol, na areia / Construa
uma pequena casa, cuidadosamente / A dona de casa cuida de dentro, de seu
cuidado matinal; / E agachando-se entre suas tinas de leite coalhado, / Com
muita paciência, desenhe o soro verde claro / Dos lados pressionados pelo puro
requeijão nevado; / Enquanto sua empregada morena com covinhas, com uma bainha
dobrada, / E o braço inchado, ajuda no seu trabalho. / Os piquetes fumam, os
baldes chocalham e a confusão morna / Ainda engrossa neles, até dentro de seu
molde / Com as mãos cuidadosas, pressione a coalhada bem forjada / Então vai a
manhã, até o sol do poderoso / No topo dos céus ele envia suas vigas
fortificadas, / E toda a frescura da manhã fugiu. / O viajante suado joga sua
carga, / E ele apoia seu ombro cansado contra uma árvore. / O cavalo ocioso no
campo de grama / Rola de costas, nem escuta o trevo tentador. / O pretendente
pára seu trabalho e retorna / Lentamente para a casa dele com passos pesados e
sóbrios, / Onde no tabuleiro está seu
café da manhã pronto, / Convide o olho, e sua esposa alegre direita / Por
favor, sirva-o com indiferença boa vontade. / Não há gotas de orvalho que caiam
na grama; / Após os passos do cortador com sua foice brilhando, / Na camisa de
neve, e o gibão tudo sem abraçar, / O branco move-o sobre a crista, com a curva
da lateral, / E coloca a grama ondulada em muitos montes. / Em todo o campo, em
todo o pântano pantanoso, / Você ouve a voz alegre da indústria; / A galinha de
feno sobe e o ancinho freqüente / Varre o feno amarelo, em coroas grossas, / Deixando
o prado verde liso nu para trás. / Os velhos e os jovens, os fracos e fortes
estão lá, / E, como você pode, ajude no trabalho feliz. / O pai tira sarro de
seu desajeitado garoto meio adulto, / Quem arrasta seu braço astuto no campo, /
Ele também não tem medo de pagar. / O oráculo do povo e simples servo / Brinque
em seu colo e levante a risada pronta; / Porque lá a autoridade, o favor duro,
não franze a testa; / Todos são parceiros na alegria geral, / E feliz
complacência mesmo com sua aspereza, / Com olhar calmo ilumina o rosto de cada
um. / Alguns mais avançados levantam o trailer de Rick, / Enquanto no topo
estão as torradas da paróquia / Com roupas soltas e bochechas coradas; / Com
provocação e zombaria inofensiva recebe / As pilhas de jovens marrons abalados
e de boca aberta, / Quem acena para ela, pega o alvo errado, / Enquanto metade
da carga vem caindo em si. / Sua risada é forte, sua voz é ouvida à distância;
/ Cada cortador, ocupado no campo distante, / O carter, andando com dificuldade
a caminho, / O estridente encontrado sabe, caga seus chapéus no ar, / E rugir
pelos campos para pegar seu aviso: / Ela agita o braço e balança a cabeça na
direção deles. / E então ele renova seu trabalho com um duplo espírito. / Então
eles provocam e riem do seu trabalho, / Até o sol brilhante, cheio em seu curso
médio, / Ele atira seus mais ferozes raios, que nenhum pode enfrentar. / O
braço mais resistente está pendurado apaticamente ao seu lado, / E os jovens de
ombros largos começam a falhar. / Mas para o cansado, eh! O alívio está
chegando! / Uma tropa de crianças bem-vinda, no gramado, / Com passos lentos e
cautelosos, seus fardos trazem. / Alguns carregam grandes cestos na cabeça,
empilhados / Com pilhas de pão de cevada e queijo gorduroso, / E alguns potes
cheios de leite e soro refrescante. / Sob os galhos de uma árvore que se
estende, / Ou para o lado sombrio do alto / Eles estenderam sua comida caseira
e sentaram / Experimente todo o prazer que uma festa pode dar. / Uma indolência
dormente agora depende de todos, / E toda criatura procura algum lugar de
descanso, / projetando-se da violência do calor opressivo. / Você não vê bandos
espalhados no gramado, / Nem os pássaros cantando nos arbustos ouviam. / Dentro
da estreita sombra do berço / O cão sonolento está deitado de lado, / Ele nem
presta atenção ao passageiro com pés pesados; / Com o barulho dos pés, mas metade
das pálpebras, / Então ele dá um grunhido fraco e dorme novamente: / Enquanto
pussycat, menos agradável, e na janela escaldante, / Por outro lado, ele
fica piscando para o sol. / Não há som além do zumbido da abelha, / Porque ela
sozinha não se retira do emprego, / Nem ele deixa uma flor da pradaria sem a
necessidade de lucro. / Pesado e lento, então passe as horas do meio dia, / Até
que se dobre suavemente em cima do cume / A grama pesada começou a se mexer / E
os galhos altos do álamo fino / Suas folhas crocantes tremem no ar. / E respira
a brisa que sobe e, com ela, acorda / O espírito desgastado de seu estado de
estupor. / A criança preguiçosa brota da sua cama coberta de musgo / Para a borboleta tentadora e marcante, / Quem espalhando suas asas de covarde na
grama, / Muitas vezes, luzes na ponta dos dedos, e'en seu vidente, / No
entanto, ele ainda escapa de seu aperto, e sobre sua cabeça / Rodadas de luz
redondas ou montadas no alto / Tempo seu olho jovem e fadiga seus membros. / O
cão druzy, que sente a brisa suave / Ao ouvi-lo, levanta o ouvido peludo, / Comece
alongando, com as pernas meio levantadas, / Até totalmente com a cauda
vertical arrojada, / Faz a cidade ecoar seu latido. / Mas não vamos esquecer a
empregada ocupada / Quem, ao lado do fluxo claro / Estenda seus lençóis
cobertos de neve para o sol, / E joga com a mão livre o show / Sobre muitas
peças favoritas de trajes justos, / Agitando sua aparência em sua mente / Em
todo esse vestido, em alguma feira que está se aproximando. / O sorriso de meio
buraco e o lábio mutante / Trair a operação secreta da sua fantasia / E
pensamentos lisonjeiros da mente complacente. / Existem gangues perdidas de
caras / Entre os arbustos eles tentam seus truques inofensivos; / Enquanto um
esportista no riacho raso / Jogue a água chicoteando em torno de suas cabeças,
/ Ou se esforce com a arte inteligente para pegar a truta, / Ou entre dois
dedos, pegue a enguia escorregadia. / O pastor fica cantando na praia / Para
passar as horas solitárias e solitárias / Tecer com arte sua pequena coroa de
juncos, / Uma coroa simples sem culpa que não fornece nenhum cuidado, / Que
tê-lo colocado em sua cabeça, / E pula e pula ao redor, e chora alto / Para
algum companheiro, solitário como ele mesmo, / Longe no campo distante; Ou
feliz / Ouça o eco da sua própria voz / Resposta de retorno da rocha vizinha, /
Ele não tem nenhuma conversa desagradável consigo mesmo. / Agora os
trabalhadores cansados percebem bem, / As sombras se alongam e o dia opressivo
/ Com todo o seu trabalho rápido levando ao fim. / O sol, muito no oeste, com o
feixe lateral / Jogue na cabeça amarela da rodada de galo de feno, / E os
campos são cheios de formas fantásticas / Ou árvore, ou arbusto, ou portão, ou
pedra íngreme, / Tudo o que dura, em antic desproporção, / Na grama escura. / Eles
terminam sua longa e dolorosa conversa. / Então, reunindo seus ancinhos e seus
casacos espalhados, / Com os pedaços menos volumosos de seu banquete, / Volte
com prazer para suas casas pacíficas. / As pessoas solitárias e silenciosas
durante o dia, / Recebendo suas bandas alegres dos campos, / Envie seu som,
confuso mas alegre; / Enquanto cachorros e crianças, as línguas das donas de
casa ansiosas, / E verdadeiras canções de amor, sem qualquer tensão infeliz, / Por
dama de voz aguda, na janela aberta cantada; / O rugido das vacas voltando para
casa, / O truncamento da fera cai e o sino tilintar / Amarrado ao pescoço de
suas ovelhas favoritas, / Não faça qualquer variedade desprezível / Para os
ouvidos não muito bem. / Com negligência negligenciando a marcha, a juventude /
Sobre a janela aberta de seus amados laços, / E enquanto gira em torno de sua
roda zumbindo / Ele desvia com suas inofensivas piadas e insultos. / Perto da
porta da cabana, com uma expressão plácida, / O velho senta em seu assento de
gramado, / Sua equipe com a cabeça torta colocada ao seu lado, / Que a raça
mais jovem em esporte desenfreado, / Jogando ao redor dele, maliciosamente
roubando, / E montado, mostre sua equitação / Ao subir ao redor do verão nuvens
de areia, / Enquanto ele ainda sorri, no entanto, ele zomba deles para o
truque. / Seus fios de prata em seus ombros se espalharam / E não é lamentável
a inclinação da sua idade. / Nenhum estrangeiro passa sem consideração; / E
todo vizinho pára para desejar-lhe bem, / E pergunte a sua opinião sobre o
clima. / Eles não se importam com o comprimento do discurso, / Mas ouça com
respeito aos comentários deles / Nas várias estações lembre-se; / Para o bem
você sabe os muitos sinais de mergulho / Que fortes ventos fortes, chuva ou
seca, / Ou isso deve afetar o cultivo crescente. / Os vestidos de seda, que
ostentam cortesmente, / Sua própria fala ainda mais doce para seus ouvidos, / Você
pode reclamar da longa história do velho, / Mas aqui não é assim. / Da chaminé,
todos os montes de fumaça ondulante / Enlameado e cinzento, do novo fogo; / Na
janela fuma todo o jantar da familia / Definido para esfriar a dona de casa
atenciosa, / Enquanto os grupos felizes em cada porta se reuniam / Atravessar a
estreita faixa de notícias da paróquia, / E muitas vezes o riso explodia no ar.
/ Mas veja quem vem para colocar todos eles! / O vendedor ambulante com pernas
cansadas com sua mochila. / Quão duro ele se inclina sob seu volumoso fardo! / Coberto
de poeira, escorregadio e até os cotovelos; / Seu chapéu gorduroso recostou-se
em sua cabeça; / Seus cabelos lisos finos divididos em sua testa / Suas
bochechas brilhantes pendem de cada lado, / E ay-begone, no entanto vago é o
seu rosto. / Sua caixa abre e mostra sua mercadoria. / Cheio de uma fileira
variada de pedras preciosas / Ele lança seu brilho deslumbrante para a luz. / Para
o olho que deseja a donzela desejando / O colar de rubi mostra seu brilho
tentador: / Os botões da China, estampido com dispositivo de amor, / Atrair o
anúncio da juventude escancarada; / Enquanto as ligas fluindo, fixadas em um
poste, / No ar sua exibição de listras marcantes, / E de longe os distantes se
atraem. / As crianças abandonam seu jogo e cercam seu rebanho; / E a avó sóbria
e envelhecida deixa seu assento, / Onde a porta enfia seus longos fios, / Seu
fuso para, e coloca sua roda de fiar, / Então a multidão curiosa se junta ao
passo sedado. / Ele elogia as modas de sua juventude, / E despreza todos os
absurdos berrantes do dia; / No entanto, não foi mau o ponto de vista da banda
brilhante, / E a mudança de tons com todos os tempos, / Nova medida para cobrir
a cabeça de sua filha. / Agora vermelho, mas lânguido, o último fracamente / Do
sol que sai, pelo gramado / Profundamente marrom o topo do cume varrido longo,
/ E jogue um brilho espalhado, brilhante mas triste / Entre as oportunidades
das colinas rasgadas; / Que como os olhares de despedida de algum amigo
querido, / Que fala gentilmente, mas triste ao sorrir / Mas eles servem apenas
para aprofundar o vale baixo, / E faça as sombras da noite mais sombrias. / Os
ruídos variados da aldeia alegre / Em graus lentos agora eles simplesmente
morrem, / E mais diferente você ouve cada som fraco / Isso gentilmente rouba o
anúncio do leito do rio, / Ou a madeira vem com a brisa cintilante. / A névoa
branca nasce dos vales pantanosos, / E a mancha achatada do céu / Procure a
estrela. / O amante escondido no bosque vizinho, / (Cuja forma semipreparada
refletia o ar espesso, / Grande e majestoso, faz o tabuleiro de bordo começar,
/ E a história do bosque assombrado se estende,) / Maldita seja a coruja, cujo
alto clamor de mau presságio / Com despeito incessante, roupas de seu ouvido
atento / Os passos conhecidos do teu amado servo; / E inquieto, chaces de seu
rosto a noite voam, / Quem zumbindo em torno de sua cabeça, muitas vezes
desnatado, / Com a asa flutuante, através da bochecha brilhante: / Para todos,
exceto ele em sono profundo e balsâmico / Esqueça as fadigas do dia opressivo;
/ O fechamento é a porta de todo o berço disperso, / E o silêncio habita no
interior. Poema da poeta e
dramaturga britânica Joanna Baillie
(1762-1851).
A ARTE DE MARIA DO CARMO NINO
A arte
da artista visual Maria do Carmo Nino.
DESTAQUE:
ANELISE LORENA
DIANTE DA VERGONHA POLÍTICA, OS FOGOS DE
ARTIFÍCIO, DEVERIAM SER SILENCIOSOS - O desrespeito dos políticos para com seus
eleitores e com tudo, que vai além do seu 'próprio umbigo', começa no comício
com uma enxurrada de fogos, disparados de forma exagerada. Esquecem eles, que
nos arredores, existem idosos, crianças, animais, que se assustam com os fogos,
que perdem seu habitual sono, que passam, até mal, diante de tal alvoroço. O
que vocês querem anunciar com essa barulheira??..A cara lisa de vocês, já
conhecida, por todos nós ou querem, encobrir com a zuada, a mesmice e falsidade
de seus ultrapassados, discursos? Não tem ninguém, mais besta não! O papel de
besta, agora é de vocês! Mas, se eu fosse uma política, (Que DEUS, me defenda),
eu faria benfeitorias diárias, semanais, anuais.. Essa seria, minha propaganda!
E, se porventura eu tivesse que subir em um palanque, seria como diz a canção..
"De faróis baixos", sem muito alarme, porque, quem faz bem feito, não
precisa de 'farol de milha' pra ter sua cara lembrada ou seus feitos
reconhecidos Nem precisa prometer nada, pois suas boas ações, já falariam, por
si, só e por consequência, seriam aplaudidas em forma de voto no dia da
eleição!. Mas, como tudo, nessa vida, tem os dois lados.. O lado bom, disso
tudo é que os vendedores dos tais fogos de artifício foram beneficiados e
garantiram, por um tempo, seu 'pão de cada dia'. Pena que, diante dos fatos, o
futuro 'pão coletivo' dos Brasileiros, talvez não tenha a mesma sorte. E
poderemos ser condenados a uma mesa de constante escassez!
Texto da
escritora & empresária Anelise Lorena.
AGENDA
Impermanências: apenas recomeços contam,
exposição da artista visual Maria do Carmo Nino & muito mais na Agenda
aqui.
&
Alto do Inglês, Oscar Wilde, Claude
Lévi-Strauss, William Carlos Williams, Helen Keller, Victor
Hugo, Vilmar Carvalho, Luiz Barreto, Lucia Gaspar, Microfisioterapia, Taiguara,
Janine Jansen, Chico Mello & Consuelo de Paula aqui.
&
Um dia & nunca mais, Carlos Heitor Cony, Oliver Sacks, Georges Braque, Michel
Melamed, Fome & desnutrição de Bertoldo Kruse Grande de Arruda, Marcus
Accioly & Admmauro Gommes, Heitor Pereira, Vânia Bastos,
Flávio Guimarães & Jozi Lucka aqui.
&
Mas o que é que é isso, minha gente?, Osman Lins, Joham Hölderlin, Proezas do Biritoaldo, Adelbert Von
Chamisso, Edward Said, Jean-Michel Basquiat & Raymond Elstad, Elisa Fukuda, Duo Fênix, Leo Brouwer & Jane Monheit aqui.
&
O espadachim do canavial, Julio Verne, João Gonçalves, Educação Inclusiva
& Biblioteca Fenelon Barreto, Yo Yo Ma, Khatia
Buniatishvili, Hélio Delmiro, Tatiana Cobbett & Marcoliva aqui.