
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá é dia de especial com a música do compositor Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Suite Popular Brasileira, Bachianinha nº 5
com a Filarmonica de Berlim & Prelúdios, estudos & Modinha; ; da
pianista e compositora polonesa Felicja
Blumental (1908-1991): Piano
Português/Espanhol, Concerto nº 5 de Villa-Lobos & Valsas completas de
Chopin; & muito mais nos mais de 2 milhões de acessos ao blog & nos 35 Anos de Arte Cidadã. Para conferir é só ligar o som e curtir.
PENSAMENTO DO DIA – [...] A
luta espiritual é tão brutal quanto a batalha dos homens; mas a justiça é
prazer só de Deus. [...] eu vi o
inferno das mulheres lá – e me será permitido possuir a verdade numa alma e num
corpo. Trecho extrado da obra Uma
temporada no inferno & iluminações (Francisco Alves, 1982), do poeta Arthur
Rimbaud (1854-1891). Veja mais aqui, aqui e aqui.
COMPLEXIDADE AMBIENTAL - [...] Aprender
a complexidade ambiental é uma pedagogia política de aprendizagens dialógicas,
multiculturais e significativas para a construçãoplural de sujeitos e atores
sociais capazes de abrir as possibilidades para a criação de mundos
alternatitivos, guiados pelos valores da democracia e os princípios da
sustentabilidade. [...]. trecho extraído da obra A complexidade ambiental (Cortez, 2003), coordenado pelo sociólogo ambiental
mexicano Enrique Leff. Veja mais aqui.
COMO SUPORTAR O OLHAR DE QUEM SERÁ MORTO? – [...]
parei de ler o texto e fiquei embargado,
estava dificil. É o momento em que o pelotão de fuzilamento ergue as armas para
matá-la e Hannah Senesh, com apenas vinte e três anos, recusa venda, para olhar
nos olhos daqueles que iam tirar sua vida. Que força a mantinha! A crebça em
seus país, a resistência ao nazismo que estava dizimando seu povo... [...] Alguns deles, por segundos, tornou-se humano
e desviou os olhos, depois levou para a casa e para a vida aquele brilho que
Jannah manteve com coragem e dignidade? Algum sobreviveu e carregou essa
lembrança para sempre ou eram apenas assassinos frios e profissionais, agindo
em nome da ideologia mais perversa que já houve sobre a terra? Algum suportou
aquele olhar ou desmoronou? Algum entendeu que aquela jovem estava dizendo que
os judeus não eram acomodados, nem o elhas, mas dotados de imensa força interior?
[...] Os verdadeiros heróis não possuem
poderes extraordinários, nem são imortais, imbativeis, indestrutíveis.
[...] Há na multidão de rostos comuns
pessoas dispostas a se imolar por nós, sem misticismos fraudulentos, sem vozes
interiores inexplicáveis e sobrenaturais. [...] Posfácio de Ignácio de Loyola Brandão para a obra Hannah Senesh: diários, poesias, cartas
(Tordesilhas, 2011), organizado e traduzido por Frida Milgrom. Veja mais aqui.
NHEENGARÊÇAUA – Homem
do Sul, você conhece a geada e o frio, / você que jpa viu primavera, / inverno,
outono como na Europa, / você não sabe o que é o sol! / Você não imagina / o
que é céu sem nuvens por meses seguidos; / o que é o sol bater de chapa na
terra fulva / trezentos dias encarrilhados!... / Ao meio-dia / nos tempos de fogo
em que o sol é rei, / o ar é tão fino e tão frágil, / que treme.... / o sol
fura-o de luz, igualzinho á rendeira / pinicando de espinhos a trama dos
bilros... / Você nunca veio até cá... / “-Ceará!... / Retirante, sol quente,
miséria...” / O sol do Nordeste foi feito somente / pra os olhos com medo dos
filhos da terra.... / o filho da terra, pequeno e feioso, / que é como o
mandacaru: / quando a tragédia seca escorraça a vida e absorve as seivas, / só
ele, isolado / no meio da caatinga que se apinha / e estende para o céu a
lamúria em cinza dos galhos secos / luta, verdeja, encontra seiva e vive /
macambúzio e eriçado... / E, entanto, essa gente que mora tão longe / é a mesma
que mora nas terras do Norte... / Se o sangue do Sul caldeou-se com o branco imigrante
/ numa fecunda mistura, / ainda existe em suas veias mestiças / esta seiva que
o Norte tem pura... / E, se somos irmãos, / por que um laço mais forte de amor
não nos prende? / Irmão longínquo, senhor das fábricas, / dos cafeeiros, das
minas, do ouro, / eu quero que o meu poema / faça as vezes de um vidro esfumado
/ através do qual seu olhar deslumbrado / possa ver esta terra candente do
Norte... / Irmão longínquo, detentor da riqueza da Pátria, / que uero que as
folhas abertas de meu poema / sejam mãos estendidas / para um abraço de
fraternidade! Poema extraído da obra Mandacaru
(Instituto Moreira Salles, 2010), da escritora, jornalista, dramaturga e
tradutora Rachel de Queiroz (1910-2003). Veja mais aqui.
AS LOUCAS DA MATA SUL
[...] É muito gratificante pra mim, mostrar e ver
no rosto das pessoas, que estávamos passando essas mensagens contra a
violência, o racismo, etc., a elas que temos nossos direitos. Alguns se
identificavam com alguma cena, porque já tinham passado por essa situação. E
agora viu que tem as leis e seus direitos. As pessoas parabenizando todo o
grupo, pelo trabalho feito. Eu me sinto muito feliz em lutar pelo fim da
violência principalmente, de uma forma diferente: teatro! Kelly. [...]
Depoimento
de Loucuras contra a violência na Mata
Sul, de Janikelle Maria da Silva e Theóphila Lucena, extraído da obra Cirandas feministas na Zona da Mata: uma
luta em movimento (SOS Corpo, 2018), tratando sobre o grupo teatral As Loucas da Mata Sul, antes Loucas de
Pedra Lilás, formada pelas mulheres Janikelle, Érica, Ítala e Anarcélia de Joaquim
Nabuco; de Palmares, Mauriceia e Cilene; de Água Preta, Nayara, Nikka, Vanessa,
Theóphila e Alda. Veja mais aqui.
Veja mais:
História
da Mulher, O amor no salto das sete
quedas, a música de Taiguara & a arte
de Luciah Lopez aqui.
O sonho do sequestro malogrado, a música de Juca Chaves, História do Cinema,
História da Mulher, a fotografia de Étienne-Jules Marey & a arte de Leonid Afremov aqui.
História da mulher: da antiguidade ao
século XXI aqui.
A carta do barbeiro & Leda Catunda aqui.
Fandango do vai quase num torna & Cícero Dias aqui.
Piotr Ouspensky, Marcio Souza, Antonio
Vivaldi, Ronald Searle, Adryan Lyne, Ademilde Fonseca & Inezita Barroso,
Kim Basinger, A mulher que reina & O Lobisomem Zonzo aqui.
Patativa do Assaré, Heitor Villa-Lobos,
Pier Paolo Pasolini, Turíbio Santos, Rosa Luxemburg, Cicero Dias, Rubem Braga
& José Geraldo Batista, Bárbara Sukowa & Primeira Reunião aqui.
A cidade das torres & Antônio Cândido
aqui.
Cordel na escola aqui.
Democracia aqui.
A cidade de Deus de Agostinho e a
Psicologia do Turismo e Hotelaria aqui.
Incêndio das paixões & Programa
Tataritaritatá aqui.
Thomas Kuhn, Alagoando, Sistema Nervoso
& Neuroplasticidade aqui.
Jacinta Passos, Poeta Bárbara
Inconfidente, Egornov, Ten & Programa Tataritaritatá aqui.
Quando a gente vai à luta não adianta
trastejar: ou vai ou racha aqui.
Gregory Bateson, Leontiev, Pinel, Doro,
Óleo de peroba & o horário puto eleitoral da silva aqui.
Eros & civilização de Herbet Marcuse
& O condor voa de Cornejo Polar aqui.
Ela desprevenida & Programa
Tataritaritatá aqui.
O lamentável expediente da guerra aqui.
Jorge Amado, Gonçalves Dias, Claudionor
Germano, Al-Chaer, Dany Reis & Nina Kozoriz aqui.
Ismael Nery, Tomás Antônio Gonzaga,
Juliana Impaléa & Keyler Simões aqui.
Miguel Torga, Alfred Gilbert, Pat
Metheny, Luciene Lemos, Antonio Cabral Filho & Programa Tataritaritatá aqui.
Michel Foucault, John Coltrane, T. S.
Eliot, Edina Sikora, Wender Nascimento & Programa Tataritaritatá aqui.
Nelson Rodrigues, Gauvreau, Antonio
Menezes, Luiza Silva Oliveira, Luiz Fernando Prôa & Bárbara Lia aqui.
Jorge Luis Borges, Paulo Leminski,
Jean-Michel Jarre, Jeanne Mas, Donizete Galvão, Fabio Weintraub & Regiane
Litzkow aqui.
A refém do amor & Programa
Tataritaritatá aqui.
Fritjof Capra, Instinto & Ismael
Condição Humana aqui.
Jards Macalé,
Renata Pallottini, Silvia Lane, Hanfstaengl, Louise Von Franz, Miranda Richardson
& Programa Tataritaritatá
aqui.
Marilena Chauí, aqui. Nise da Silveira, Guimar Namo de Mello & Arriete
Vilela
O presente na festa do amor aqui.
Tanatologia aqui.
Ricardo Alfaya,
Direito de Família & Alimentos aqui.
A mulher na
História aqui.
BANDO DE MÔNADAS, DE VITAL CORRÊA DE ARAÚJO
NÓMINA DESSAS NOTAS: Ao conjunto, nomino-as nuamente Inexplicação
ao Leitor, e dedico à Hipócrita Leitora de minha parca ou pobre obra. Porque
são notas inexplícitas de um fazedor de poemas, que visam atordoar, ou melhor,
clarear a treva textual, abrir caminhos sem rumo à selva significante, em que
possíveis (mas improváveis) leitores se arrisquem tentar imiscuir-se ou
inutilmente explorar.
RAZÃO DO POEMA: Escrevi esses poemas extremos porque vi o
extremo numa viagem a bordo do abismo para o confim de mim mesmo. Fui além da
alma, depois do corpo, quando os comecei. Não evitei os tiques estilísticos
próprios de minha lavra poética nem a mania de montar sintagmas oximóricos,
insensatos (para os sentidos comuns), esdrúxulos, não recomendáveis, para quem
escreve em beneficio do leitor, o que não é meu caso, absolutamente. Escrevo
poema para total desconforto do leitor (que se dane se quiser entender). Se o
poeta entrega de mão beijada, numa bandeja dourada, o tal sentido do poema (tão
ou mais procurado do que um malfeitor do velho oeste ianque), tão esperado que
desespera o leitor, quando este não lhe é dado, de imediato, na primeira linha
ou golpe de leitura; caso seja assim, assado não é, e poesia não o é também. O
poema não deve ser uma resposta, uma lição, mas um questionamento, uma
interrogação. Nada de resultados prosaicos, mas investimento literário. Escrevo
poemas, portanto, para o desconforto extremo de quem casualmente me leia. Se
fosse uma reforma de um prédio, a placa séria seria: desculpe o transtorno da
leitura, estamos trabalhando ara desconforto total do seu entendimento.
Poemas extraídos da obra Bando de mônadas (Bagaço,
2011), do escritor, jornalista, advogado, professor, conferencista e tradutor Vital
Corrêa de Araújo. Veja mais aqui.
A ARTE DE CORNÉ AKKERS
A arte do artista plástico e visual holandês Corné Akkers.