
A ARTE DE JUAREZ
MACHADO
A arte do escultor, desenhista, caricaturista,
mímico, designer, cenógrafo, escritor, fotógrafo, ator e artista plástico Juarez Machado. Veja mais aqui.
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá especial com a música do violonista e guitarrista de jazz Hélio Delmiro: Emotiva, Compassos & Repertório Popular; a
compositora, pianista e percussionista portuguesa Constança Capdeville (1937-1992): Libera-me, Momento & Renaissance
Portuguese; & muito mais nos mais de 2 milhões de acessos ao blog & nos
35 Anos de Arte Cidadã. Para conferir é só ligar o som e curtir.
PENSAMENTO DO DIA – [...] O
papel do artista é justamente embaralhar as categorias habituais, deslocá-las,
e, desse modo,. Restituir à visão e ao espírito sua ingenuidade, seu frescor.
[...]. Pensamento do pintor e escultor francês Jean Dubuffet (1901-1985). Veja mais aqui e aqui.
ALGUÉM FALOU: [...] um
mundo não é a simples reunião das coisas existentes, contáveis ou incontáveis,
conhecidas ou desconhecidas [...] Mundo nunca é um objeto, que está ante nós e
que pode ser intuído. O mundo é o sempre inobjectal a que estamos submetidos
enquanto os caminhos do nascimento e da morte, da benção e da maldição nos
mantiverem lançados no Ser. [...]. Trecho extraído da obra Ser e tempo (Vozes, 1998), do filósofo
alemão Martin Heidegger (1889-1976).
Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.
O TRABALHO & OS TEMPOS ATUAIS - [...] A humanidade espera com volúpia novas
descobertas: substâncias para debelar definitivamente a dor, sistemas para
acabar com o lixo radioativo transformado em matéiras inócias, para eliminar o
barulho e a fome e reabsorver a população. Paralelamente, nunca tivemos tantas
ferramentas para eliminar as quatro escravidões da escassez, da tradição, do
autoritarismo e do cansaço físico. [...] Para nós, homens pós-industriais, há uma terceira alternativa. Sísifo
vai construir um mecanismo eletrônico ao qual delegará a canseira do transporte
inútil e banal e se sentará no alto do morro para contemplar o seu robô em
função, saboreando enfim a felicidade do ócio prazeroso. [...]. Trecho extraído
de Em busca do ócio, do sociólogo italiano
Domenico de Masi, autor da obra O
Ócio Criativo (Sexante, 2000), na qual defende o conceito de viver
do ócio através da interseção entre três elementos, vendas, faculdade e
raciocínio lógico: Aquele que é mestre na
arte de viver faz pouca distinção entre o seu trabalho e o tempo livre […] Distingue uma coisa da outra com
dificuldade. Almeja, simplesmente, a excelência em qualquer coisa que faça,
deixando aos demais a tarefa de decidir se está trabalhando ou se divertindo.
[...]. Veja mais aqui.
OS CAROLINOS – [...] Longe,
nunca casa que fica à esquina da rua do Padre, em Estocolmo, uma velha senhora
solitária segurava o seu livro de sermões; ela esperava e escutava,
aguardando que lhe enfiassem uma carta
por baixo da porta, ou se um invalido não subia a escada, trazendo-lhe alguma
mensagem dos desertos; perguntava a si mesma se eu não retornaria mais, se eu
não estaria morto, meu cadáver entregue à corrupção. Todas as noites eu rezava
por ela. Pensara nela no meio do tumulto da guerra, entre as padiolas e os
gemidos. Mas, naquele instante, dela não me lembrei. Só via e escutava
Feodosova. E contudo torcia-me e lutava contra algo pesado, que me esmagava o
coração e que a princípio não pude afastar; mas, pouco a pouco, tive forças
para compreender. Inclinei-me para Feodosova, a fim de lhe beijar a mão; ela,
porém, murmurou: - S mão do czar; a mão do czar! – Não quero trair minha fé,
nem o meu real senhor – disse0lhe com brandura. A face do czar novamente se
enrugou e os anões, aterrorizados, puxaram a zaporoga do canto onde ele estava,
para que o seu aspecto ridículo fizesse rir o czar. [...] Todos, inclusive os bêbedos, começaram a
tremer e a escapulir para as portas. Assustadíssimo, um dos boiardos gritou: -
Tragam a mulher! Tragam-na perto! Logo que ele vê a cara bonita e o corpo de
uma mulher, acalma-se. Agarraram Feodosova, rasgaram-lhe o corpete desbrindo o
seio e, gemendo baixinho, ela foi empurrado passo a passo até o czar. Tudo se
escureceu ante mim e, recuando, saí da sala. Parei na rua, sob as estrelas;
ouvi que o barulho cessava e que os anões recomeçavam a cantar. Apertei as mãos
e lembrei-me da promessa que fizera no campo de batalha [...]. Trechos
extraídos da obra Os carolinos: crônica
de Carlos XII (Delta, 1963), do escritor sueco Verner von Heidenstam (1859-1940), Prêmio Nobel de Literatura de
1916.
POEMA XXII – Vaidade
das vaidades (Sísifo / escuta o pregador) tudo é vaidade / que proveito de todo
o seu trabalho / tem o homem debaixo deste sol? / (a eterna mesmice) a geração
/ vai e vem mas a terra permanece / levanta-se o sol e põe-se o sol / e volta ao
seu lugar de onde nasceu / o vento vai ao sul e faz seuy giro / para o norte e
retorna aos seus circuitos / todos os rios correm para o mar / e o mar nunca se
enche com os rios / todas as coisas são canseiras tais / que o homem não as
explica com palavras. Poema extraído da obra Sísifo (Quíron/MEC, 1876), do poeta Marcus Accioly
(1943-2017). Veja mais aqui e aqui.
AUGUSTO BOAL
[...] Sonhar
é humano e não realizar o sonho não é um problema em si. Sonhar é humano.
Árvores não sonham. Pedras também não sonham. E mortos já sonharam [...].Que
cada um diga o que fez, a que veio e por que ficou. E que cada um tenha a
coragem de, não sabendo por que permanece, retirar-se [...].
Homenagem ao dramaturgo, ensaísta e escritor brasileiro Augusto
Boal (1931-2009). Veja mais aqui, aqui e aqui.
&
O que esperar do amanhã,
a literatura de José
Joaquim da Silva, a música de Montserrat
Figueras, a fotografia de Araki Nobuyoshi, a poesia de Angel Popovitz, a
arte de Rajkumar Sthabathy & Gerda
Wegener aqui.
&
Na calçada da tarde,
a poesia de Antonio Botto, a escultura de Rosa Bonheu, a música de Yara Bernette, As narrativas memorialísticas de
Patricia de Cassia Porto, a arte de Maria
Lynch & William-Adolphe Bouguereau aqui.
&
O mergulho das manhãs e noites nas águas
profundas do amor,
a música de Constança
Capdeville, o cinema de Luchino Visconti, a Escola Estadual Joaquim Fernando
Paes de Barros Neto, a arte de Aubrey Beardsley & Luciah Lopez aqui.