
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá especial com a música do compositor, cantor, pianista,
cineasta e roteirista argentino Fito
Páez: Euforia, Circo Beat
& El amor despues del amor; e a pianista Ana Azevedo: Tripartido, Noturno com o Grupo Tutti & Waltz for
Debby de Bill Evans; & muito mais nos mais de 2 milhões de acessos ao blog
& nos 35 Anos de Arte
Cidadã. Para conferir é só ligar o
som e curtir.
PENSAMENTO DO DIA – [...] A
autorreflexão do indivíduo não é mais que uma centelha na corrente cerrada da
vida histórica. Por isso os preconceitos de um indivíduo são, muito mais que
seus juízos, a realidade histórica do ser. [...]. Pensamento extraído da
obra Verdade e método: traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica
(Vozes, 1998), do filósofo alemão Hans-Georg Gadamer (1900-2002). Veja
mais aqui e aqui.
DE LEIS & PENAS - [...] O
jurídico tem o estatuto de lei que humaniza e organiza os indivíduos numa vida
de laços sociais na construção da civilização. Ele tem por função introduzir um
ponto de interdito necessário para o curso da humaniodade. O Código Penal é uma
boa metáfora desse intedito, uma vez que ele pode barrar para alguns a
violência presente em todos nós. Há, portanto, um ponto de aproximação do
sujeito do Direito ao sujeito do Inconsciente. Isso só é possível se pensarmos
o jurídico como uma fun~ção que ultrapassa sua ação de normatividade, operando,
de todo modo, num ponto de tensão entre a autoridade do texto jurídico e aquilo
que lhe escapa por meio de brechas da lei. Um ponto de tensão que deve ser
inesgotável, evitando, assim, que o Jurídico se reduza a uma sistematização
cega. [...]. Trecho extraído da obra Introduccion
al derecho (Idea, 1995), do escritor e advogado uruguaio Enrique Véscovi (1919-2003).
A LEI DO CNUTE – [...] Durante
semanas atravessei planícies cobertas de melancolia, onde cada aldeia era, há
anos, uma cidadela indomável, cada casa um posto sempre em estado de alerta,
cada homem um invencível combatente da santa causa. Cada dia ouvia episódios
comoventes do passado, cada dia descobria novas feridas mal cicatrizadas,
lábios sem cor murmuravam a trágica história de um parente. E cada dia, evocados
por aquelas memórias vivas e que ainda sangrava,, passavam-me diante dos olhos
santas fisionomias de mártires, sacrifícios sobre-humanos. Parecia-me ouvir
ressoar em meu coração um eco surdo de gritos de agonia, chicotadas e tiros. A
cada passo, incessantemente, via desfilarem diante de mim as sombras pálidas e
inumeráveis dos sacrificados que, um a um, haviam enchido as fossas, após terem
dado sua vida pela fé e pela nação. Compreendi então por aqueles campos
exalavam como que um hálito de amargur: por que se ouviam soluços, à noite, nas
encruzilhadas dos caminhos; por que o rumor da mata é aí mais lúgubre que em
qualquer lugar, o canto dos pássaros mais triste, o gemenido do vento mais
lancinante; e por que, sob um céu sempre baixo, os indivíduos se encolhem,
silenciosos, recolhidos, escondendo sob as pálpebras furtivas cintilações,
plenos de força heróica e teimosa resstencia. [...]. Extraído da obra A lei do Cnute e contos (Deltya, 1963),
do escritor polaco Wladyslaw Reymont
(1867-1925), Prêmio Nobel de Literatura de 1924.
ANELO - Só aos sábios o
reveles / Pois o vulgo zomba logo: / Quero louvar o vivente / Que aspira à
morte no fogo / Na noite – em que te geraram, / Em que geraste – sentiste, / Se
calma a luz que alumiava, / Um desconforto bem triste. / Não sofres ficar nas
trevas / Onde a sombra se condensa. / E te fascina o desejo / De comunhão mais
intensa. / Não te detêm as distâncias, / Ó mariposa! E nas tardes, / Ávida de
luz e chama, / Voa para a luz em que ardes. / "Morre e transmuta-te":
enquanto / Não cumpres esse destino, / És sobre a terra sombria / Qual sombrio
peregrino. / Como vem da cana o sumo / Que os paladares adoça, / Flua assim da
minha pena, / Flua o amor o quanto possa. Poema do poeta, filósofo e cientista alemão Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832).
Veja mais aqui & aqui.
A ARTE DE RYUIJIE DOUGLAS
A arte do fotógrafo e litógrafo japonês Ryuijie Douglas.
I Congreso Internacional de Literatura
Brasileña: Nélida Piñon em la República de los Sueños
&
Água
morro acima, fogo queda abaixo, isto é Brasil!?!?!, a poesia de Noêmia de Sousa, a pintura de Geraldo de Arruda
Castro, a música de Tetê Espíndola, Giselda
Camilo Pereira, a arte de Glauco Villas Boas & Juarez Machado aqui.