CIRANDA FEMININA NA MATA SUL - Um
grande evento aconteceu nesta quinta-feira, 1º de março, na Biblioteca Fenelon
Barreto: o lançamento do livro Cirandas
feministas na Mata Sul: uma luta em movimento, publicação da SOS Corpo, uma
obra coletiva coordenada Analba Brazão e Simone Ferreira, trazendo trabalhos
como Nós fizemos história pra ficar na
memória e nos acompanhar, de Simone Ferreira; Articulando o enfretamento à violência, de Eliane Nascimento e Magal
Silva; Mulheres de garra e coragem,
de Alexasandra Maria Bezerra da Slva, Eliane Nascimento, Flavia Roberta e Zeza
Bezerra; Lutas, desafios e conquistas,
de Edilma Aquino, Edvânia de Paula e Vanessa Silva; Educando para transformar, de Alda Moura, Janeceli Maria da Silva,
Marcela Cristiana Santos da Silva e Tattyanne Elly; Lutando pelo fim da violência, de Graça Queiroz e Wullima
Gonçalves; Pelos direitros das mulheres
no campo e na cidade, de Solange Rego, Cristiane Maciel, Benedita Ferreira
e Edilene Maia (Rosa); Loucuras contra a
violência na Mata Sul, de Janikelle Maria da Silva e Theóphila Lucena; e Tecendo redes pelo fim da violência, de
Analba Brazão Teixeira. Trata-se da reunião de depoimentos e estudos, com o
objetivo de tornar pública a realidade de luta das mulheres na Mata Sul
pernambucana. O evento foi promovido pela Articulação
de Mulheres da Mata Sul, sob a condução de Eliane Nascimento, Alexsandra
Bezerra e Maria Solange do Rego, com apoio da Semed-Palmares e da Biblioteca
Fenelon Barreto. Como aqui eu empunho o mote de que o melhor do Dia do Homem é
saber que Todo Dia é Dia da Mulher, glosando uma campanha iniciada em 2004,
pelas amigas Mirita Nandi, Ana Bia Luz e a saudosa Derinha Rocha, e que nos
últimos tem sido não só bandeira deste espaço, como também manifestação de
apoio às causas femininas, registro em foto tudo que aconteceu durante o
lançamento na fanpage Todo Dia é Dia da Mulher. Tal iniciativa traz o resultado das lutas e conquistas das mulheres
que, inclusive, tenho registrado na minha palestra realizada desde 2008, História da Mulher, em faculdades,
escolas, instituições públicas e organizações em geral, abordando a trajetória
da mulher desde os primórdios da humanidade até o momento atual, resultando de
pesquisa realizada nos últimos trinta anos, culminando com as lições por elas
expressadas na comunhão dos seus propósitos, nas quais, ao defenderem suas
causas, levavam além das suas reivindicações, outras conduções difusas na
defesa dos direitos de todos e todas, ou seja, das crianças, dos idosos, dos
excluídos, dos discriminados, e, inclusive, dos próprios homens. Exemplos esses
que além da delicadeza, da maternidade, da incansável batalha e da comunhão de
interesses, trazem os ensinamentos de que a vida ideal, para quem quer que
seja, todos e todas, é pela via da comunhão, parafraseando Paulo Freire: Ninguém se liberta sozinho; ninguém liberta
ninguém; o ser humano se liberta em comunhão. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja
mais aqui.
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá é dia de especial com a música do compositor, pianista,
musicólogo e pedagogo Amaral Vieira: Recital Piano Tokyo Metropolitan Art Theatre, Songs fromm
my heart & Song fo solidarity; da saudosa violonista, cantora e compositora
Rosinha de Valença (1941-2004): Ipanema Beat, Um violão em primeiro plano
& Ao vivo; & muito mais nos mais de 2 milhões de acessos ao blog &
nos 35 Anos de Arte
Cidadã. Para conferir é só ligar o
som e curtir.
PENSAMENTO DO DIA – [...] Todas
as belezas contêm, assim como todos os fenômenos possíveis, algo de eterno e
algo de transitório, de absoluto e de particular. A beleza absoluta e eterna
inexiste, ou melhor, é apenas uma abstração empobrecida na superfície geral das
diferentes belezas. O elemento particular de cada beleza vem das paixões, e
como temos nossas paixões particulares, temos nossa beleza particular
[...]. Pensamento do escritor, tradutor, crítico
de arte e poeta francês, Charles Baudelaire (1821 - 1867), extraído
da biografia Baudelarie (LP&M,
2010), de Jean-Baptiste Baronian. Veja mais aqui.
A OBRIGAÇÃO DE SUPORTAR – [...] A rapidez da mudança e a velocidade com que
novas situações se criam acompanham o ritmo impetuoso e insensato do Homem, ao
invés de acompanhar o passo deliberado da Natureza. A radiação, agora, não é
mais apenas a radiação, de plano secundário, das rochas; nem é mais o bombardeio
dos raios cósmicos, e menos ainda os raios ultravioletas do Sol, que já
existiam antes que houvesse qualquer forma de vida sobre a Terra. A radiação,
agora, é criação não-natural (sic) dos malfazeres do Homem como o átomo. As
substâncias químicas, em relação às quais a vida é solicitada a efetuar os seus
ajustamentos, já não são mais meramente o cálcio, o silício e o cobre,
juntamente com todo o resto dos minerais lavados pelas chuvas, e por elas
levados para longe das rochas, a caminho dos rios e dos mares; tais substâncias
são as criações sintéticas do espírito inventivo do Homem; são substâncias
compostas nos laboratórios, e que não têm as contrapartes na Natureza. [...] Entre tais
substâncias, figuram muitas que são utilizadas na guerra do Homem contra a
Natureza. [...]. Trechos extrados da obra A primavera silenciosa (Melhoramentos, 1962), da bióloga marinha,
escritora, cientista e ecologista estadunidense Rachel Carson (1907-1964), trazendo entre tantas subjetividades a
reflexão sobre o peso que terá que carregar em torno das ações insustentáveis
na transformação do mundo. Veja mais aqui.
O DESERTO DO AMOR - [...] Aquele
corpo que estava ali, aquela fonte carnal dos seus sonhos, dos seus devaneios
desolados, dos seus deleites, já não suscita nele senão uma curiosidade
intensa, uma atenção decuplicada. A doente falava agora sem delirar, mas com
abundancia: o doutor admirava-se ao ver que Maria, cuja locução era comumemnte
tão sempre as encontrava, se tornasse de súbito quase eloqüente, atingisse sem
esforço a expressão mais adequada, o termo erudito. Que mistério pensava ele,
esse cérebro a que um choque decuplica o poder! [...]. Trecho extraído da
obra O deserto do amor (Delta, 1966),
do escritor francês & Prêmio Nobel de 1952, François Mauriac (1885-1970).
TRÊS POEMAS – O CAMINHANTE – O caminhante, / ao perceber a
estrada da verdade, / foi assaltado de admiração. / Estava coberta de grama
selvagem. / “Ah! Declarou: / “Vejo que por aqui ninguém passou ; há muito
tempo”. / E viu mais tarde que era toda a grama / singular faca. / “Bem”,
murmurou por fim consigo mesmo, / “Sem dívida haverá outras estradas”. UM SÁBIO
– Veio um dia um sábio a mim/ e disse eu sei o rumo, venha! / Fiquei mais que
alegre. / Juntos nos apressamos. / Credo, muito cedo, chegamos / onde os meus
olhos eram inúteis. / Eu não sabia o caminho dos meus pés; / Agarrei-me à mão
do amigo. / Por fim exclamou: / “Estou perdido”. VI UMHOMEM PERSEGUINDO O
HORIZONTE: Vi um homem perseguindo o horizonte. / A toda velocidade rodava e
rodava. / Perturbado com isso / aproximei-me do homem. / “É inútil, disse, /
não conseguirá”. – “Você mente”, gritou, / e partiu novamente. Poemas do
poeta e jornalista estadunidense Stephen Crane (1871-1900).
NAVALHA NA CARNE
(Os dois riem). Zé: Daí, no dia seguinte, fui
trabalhar. Cheguei lá, recebi o bilhete azul. Puta sacanagem. Nina: A gente
nunca podia imaginar. Zé: Claro que eu ouvia falar que ia ter corte. Mas,
pombas! Nunca pensei que ia embarcar nessa canoa furada. Pensei que spo iam
chutar os outros. Eu nunca perdia dia de serviço. Trabalha direito. O mestre
estava contente comigo. E tinha uma porrada de mau elemento lá. Mas não
quiseram nem saber. Mandaram todos pras picas. Nina: Paciência. Zé: O pior é
que michou a televisão. Nina: Não vamos morrer por causa disso. Zé: Mas eu
queria tanto te dar uma. Nina: Quando você puder, você dá. Zé: Amanhã vou me
bater por ai. Tenho que dar uma sorte. Nina: Vai firme que Deus há de ajudar a
gente. Zé: Eu só não me entrego porque você sempre acredita. Isso me joga para
frente paca. Poxa, Nina, como você é positiva. Você bacana pra chuchu. Nina:
Sou tua mulher, Zé. (Zé abraça Nina e luz apaga devagar).
Trecho
extraído da peça teatral Navalha na carne
(Circulo do Livro, 1978), do escritor,
ator, jornalista e dramaturgo Plínio Marcos (1935-1999). Foi
transformada em filme em 1997, num drama escrito e dirigido Neville d’Almeida,
com destaque para atuação de Vera Fischer. Veja mais aqui.
Veja mais:
O sonho de infância &os dissabores da
vida, o teatro de Eurípedes, a música
de Diná de Oliveira, a pintura de Mohammed
Al-Amar, a arte de Ferenc Gaál, Crônica
de Amor por Ela & Todo dia é dia da Mulher aqui.
As mulheres soltam o verbo, o verso &
o sexo porque todo dia é dia delas aqui.
William Shakespeare, Émile Zola, Giovani
Casanova, Federico Fellini, Emmylou Harris, Hans Christian Andersen, Harriet
Hosmer, Max Ernst, Raínha Zenóbia & Os contos de Magreb aqui.
Literatura e História do Teatro aqui.
Pequena história da formação social
brasileira, de Manoel Maurício de Albuquerque aqui.
A linguagem na Filosofia de Marilena
Chauí aqui.
A poesia de Chico Buarque aqui.
Vigiar e punir de Michel Foucault aqui.
Norberto Bobbio e a teoria da norma
jurídica aqui.
Como se faz um processo, de Francesco
Carnelutti aqui.
As misérias do processo penal, de
Francesco Carnelutti aqui.
aqui.
Todo homem que maltrata uma mulher não
merece jamais qualquer perdão aqui.
Teóphile Gautier, Ricardo Machado,
Neurodesenvolvimento & transdisciplinaridade aqui.
James Baldwin, Naná Vasconcelos, Raul
Villalba, Wanderlúcia Welerson Sott Meyer, Ronald Augusto, Monique Barcello
& Lia Rosatto aqui.
A literatura de Antonio Miranda aqui.
Biziga de amor & Programa
Tataritaritatá aqui.
O Teatro da Espontaneidade &
Psicodrama aqui.
Walt Withman, Mariza Sorriso, Holística,
Psicologia Social & Direito Administrativo aqui.
II PRÊMIO LEITOR DESTAQUE
FENELON BARRETO
Entrega da premiação à leitora Cíntia Mendes da Silva, contemplada com
o Prêmio Leitor Destaque, da Biblioteca Fenelon Barreto.
DOAÇÃO DE LIVROS
Doação de livros do escritor e médico
Arlindo Gomes Sá, da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (SOBRAMES),
junto com sua esposa Tânia Griz Gomes de Sá, para a Biblioteca Fenelon Barreto,
na pessoa do seu diretor João Paulo de Araujo.