sexta-feira, março 02, 2018

BAUDELAIRE, CARSON, MAURIAC, STEPHEN CRANE, AMARAL VIEIRA, PLÍNIO MARCOS, ROSINHA DE VALENÇA,CIRANDA FEMININA NA MATA SUL & BIBLIOTECA FENELON BARRETO

CIRANDA FEMININA NA MATA SUL - Um grande evento aconteceu nesta quinta-feira, 1º de março, na Biblioteca Fenelon Barreto: o lançamento do livro Cirandas feministas na Mata Sul: uma luta em movimento, publicação da SOS Corpo, uma obra coletiva coordenada Analba Brazão e Simone Ferreira, trazendo trabalhos como Nós fizemos história pra ficar na memória e nos acompanhar, de Simone Ferreira; Articulando o enfretamento à violência, de Eliane Nascimento e Magal Silva; Mulheres de garra e coragem, de Alexasandra Maria Bezerra da Slva, Eliane Nascimento, Flavia Roberta e Zeza Bezerra; Lutas, desafios e conquistas, de Edilma Aquino, Edvânia de Paula e Vanessa Silva; Educando para transformar, de Alda Moura, Janeceli Maria da Silva, Marcela Cristiana Santos da Silva e Tattyanne Elly; Lutando pelo fim da violência, de Graça Queiroz e Wullima Gonçalves; Pelos direitros das mulheres no campo e na cidade, de Solange Rego, Cristiane Maciel, Benedita Ferreira e Edilene Maia (Rosa); Loucuras contra a violência na Mata Sul, de Janikelle Maria da Silva e Theóphila Lucena; e Tecendo redes pelo fim da violência, de Analba Brazão Teixeira. Trata-se da reunião de depoimentos e estudos, com o objetivo de tornar pública a realidade de luta das mulheres na Mata Sul pernambucana. O evento foi promovido pela Articulação de Mulheres da Mata Sul, sob a condução de Eliane Nascimento, Alexsandra Bezerra e Maria Solange do Rego, com apoio da Semed-Palmares e da Biblioteca Fenelon Barreto. Como aqui eu empunho o mote de que o melhor do Dia do Homem é saber que Todo Dia é Dia da Mulher, glosando uma campanha iniciada em 2004, pelas amigas Mirita Nandi, Ana Bia Luz e a saudosa Derinha Rocha, e que nos últimos tem sido não só bandeira deste espaço, como também manifestação de apoio às causas femininas, registro em foto tudo que aconteceu durante o lançamento na fanpage Todo Dia é Dia da Mulher. Tal iniciativa traz o resultado das lutas e conquistas das mulheres que, inclusive, tenho registrado na minha palestra realizada desde 2008, História da Mulher, em faculdades, escolas, instituições públicas e organizações em geral, abordando a trajetória da mulher desde os primórdios da humanidade até o momento atual, resultando de pesquisa realizada nos últimos trinta anos, culminando com as lições por elas expressadas na comunhão dos seus propósitos, nas quais, ao defenderem suas causas, levavam além das suas reivindicações, outras conduções difusas na defesa dos direitos de todos e todas, ou seja, das crianças, dos idosos, dos excluídos, dos discriminados, e, inclusive, dos próprios homens. Exemplos esses que além da delicadeza, da maternidade, da incansável batalha e da comunhão de interesses, trazem os ensinamentos de que a vida ideal, para quem quer que seja, todos e todas, é pela via da comunhão, parafraseando Paulo Freire: Ninguém se liberta sozinho; ninguém liberta ninguém; o ser humano se liberta em comunhão. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.

RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá é dia de especial com a música do compositor, pianista, musicólogo e pedagogo Amaral Vieira: Recital Piano Tokyo Metropolitan Art Theatre, Songs fromm my heart & Song fo solidarity; da saudosa violonista, cantora e compositora Rosinha de Valença (1941-2004): Ipanema Beat, Um violão em primeiro plano & Ao vivo; & muito mais nos mais de 2 milhões de acessos ao blog & nos 35 Anos de Arte Cidadã. Para conferir é só ligar o som e curtir.

PENSAMENTO DO DIA – [...] Todas as belezas contêm, assim como todos os fenômenos possíveis, algo de eterno e algo de transitório, de absoluto e de particular. A beleza absoluta e eterna inexiste, ou melhor, é apenas uma abstração empobrecida na superfície geral das diferentes belezas. O elemento particular de cada beleza vem das paixões, e como temos nossas paixões particulares, temos nossa beleza particular [...]. Pensamento do escritor, tradutor, crítico de arte e poeta francês, Charles Baudelaire (1821 - 1867), extraído da biografia Baudelarie (LP&M, 2010), de Jean-Baptiste Baronian. Veja mais aqui.

A OBRIGAÇÃO DE SUPORTAR – [...] A rapidez da mudança e a velocidade com que novas situações se criam acompanham o ritmo impetuoso e insensato do Homem, ao invés de acompanhar o passo deliberado da Natureza. A radiação, agora, não é mais apenas a radiação, de plano secundário, das rochas; nem é mais o bombardeio dos raios cósmicos, e menos ainda os raios ultravioletas do Sol, que já existiam antes que houvesse qualquer forma de vida sobre a Terra. A radiação, agora, é criação não-natural (sic) dos malfazeres do Homem como o átomo. As substâncias químicas, em relação às quais a vida é solicitada a efetuar os seus ajustamentos, já não são mais meramente o cálcio, o silício e o cobre, juntamente com todo o resto dos minerais lavados pelas chuvas, e por elas levados para longe das rochas, a caminho dos rios e dos mares; tais substâncias são as criações sintéticas do espírito inventivo do Homem; são substâncias compostas nos laboratórios, e que não têm as contrapartes na Natureza. [...] Entre tais substâncias, figuram muitas que são utilizadas na guerra do Homem contra a Natureza. [...]. Trechos extrados da obra A primavera silenciosa (Melhoramentos, 1962), da bióloga marinha, escritora, cientista e ecologista estadunidense Rachel Carson (1907-1964), trazendo entre tantas subjetividades a reflexão sobre o peso que terá que carregar em torno das ações insustentáveis na transformação do mundo. Veja mais aqui.

O DESERTO DO AMOR - [...] Aquele corpo que estava ali, aquela fonte carnal dos seus sonhos, dos seus devaneios desolados, dos seus deleites, já não suscita nele senão uma curiosidade intensa, uma atenção decuplicada. A doente falava agora sem delirar, mas com abundancia: o doutor admirava-se ao ver que Maria, cuja locução era comumemnte tão sempre as encontrava, se tornasse de súbito quase eloqüente, atingisse sem esforço a expressão mais adequada, o termo erudito. Que mistério pensava ele, esse cérebro a que um choque decuplica o poder! [...]. Trecho extraído da obra O deserto do amor (Delta, 1966), do escritor francês & Prêmio Nobel de 1952, François Mauriac (1885-1970).

TRÊS POEMASO CAMINHANTE – O caminhante, / ao perceber a estrada da verdade, / foi assaltado de admiração. / Estava coberta de grama selvagem. / “Ah! Declarou: / “Vejo que por aqui ninguém passou ; há muito tempo”. / E viu mais tarde que era toda a grama / singular faca. / “Bem”, murmurou por fim consigo mesmo, / “Sem dívida haverá outras estradas”. UM SÁBIO – Veio um dia um sábio a mim/ e disse eu sei o rumo, venha! / Fiquei mais que alegre. / Juntos nos apressamos. / Credo, muito cedo, chegamos / onde os meus olhos eram inúteis. / Eu não sabia o caminho dos meus pés; / Agarrei-me à mão do amigo. / Por fim exclamou: / “Estou perdido”. VI UMHOMEM PERSEGUINDO O HORIZONTE: Vi um homem perseguindo o horizonte. / A toda velocidade rodava e rodava. / Perturbado com isso / aproximei-me do homem. / “É inútil, disse, / não conseguirá”. – “Você mente”, gritou, / e partiu novamente. Poemas do poeta e jornalista estadunidense Stephen Crane (1871-1900).

NAVALHA NA CARNE
(Os dois riem). Zé: Daí, no dia seguinte, fui trabalhar. Cheguei lá, recebi o bilhete azul. Puta sacanagem. Nina: A gente nunca podia imaginar. Zé: Claro que eu ouvia falar que ia ter corte. Mas, pombas! Nunca pensei que ia embarcar nessa canoa furada. Pensei que spo iam chutar os outros. Eu nunca perdia dia de serviço. Trabalha direito. O mestre estava contente comigo. E tinha uma porrada de mau elemento lá. Mas não quiseram nem saber. Mandaram todos pras picas. Nina: Paciência. Zé: O pior é que michou a televisão. Nina: Não vamos morrer por causa disso. Zé: Mas eu queria tanto te dar uma. Nina: Quando você puder, você dá. Zé: Amanhã vou me bater por ai. Tenho que dar uma sorte. Nina: Vai firme que Deus há de ajudar a gente. Zé: Eu só não me entrego porque você sempre acredita. Isso me joga para frente paca. Poxa, Nina, como você é positiva. Você bacana pra chuchu. Nina: Sou tua mulher, Zé. (Zé abraça Nina e luz apaga devagar).
Trecho extraído da peça teatral Navalha na carne (Circulo do Livro, 1978), do escritor, ator, jornalista e dramaturgo Plínio Marcos (1935-1999). Foi transformada em filme em 1997, num drama escrito e dirigido Neville d’Almeida, com destaque para atuação de Vera Fischer. Veja mais aqui.

Veja mais:
O sonho de infância &os dissabores da vida, o teatro de Eurípedes, a música de Diná de Oliveira, a pintura de Mohammed Al-Amar, a arte de Ferenc Gaál, Crônica de Amor por Ela & Todo dia é dia da Mulher aqui.
As mulheres soltam o verbo, o verso & o sexo porque todo dia é dia delas aqui.
William Shakespeare, Émile Zola, Giovani Casanova, Federico Fellini, Emmylou Harris, Hans Christian Andersen, Harriet Hosmer, Max Ernst, Raínha Zenóbia & Os contos de Magreb aqui.
Literatura e História do Teatro aqui.
Pequena história da formação social brasileira, de Manoel Maurício de Albuquerque aqui.
A linguagem na Filosofia de Marilena Chauí aqui.
A poesia de Chico Buarque aqui.
Vigiar e punir de Michel Foucault aqui.
Norberto Bobbio e a teoria da norma jurídica aqui.
Como se faz um processo, de Francesco Carnelutti aqui.
As misérias do processo penal, de Francesco Carnelutti aqui.
Boca no trombone aqui.
Todo homem que maltrata uma mulher não merece jamais qualquer perdão aqui.
Teóphile Gautier, Ricardo Machado, Neurodesenvolvimento & transdisciplinaridade aqui.
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A literatura de Antonio Miranda aqui.
Biziga de amor & Programa Tataritaritatá aqui.
O Teatro da Espontaneidade & Psicodrama aqui.
Walt Withman, Mariza Sorriso, Holística, Psicologia Social & Direito Administrativo aqui.
Todo dia é dia da mulher aqui.
O Trabalho da Mulher aqui.
Saúde da Mulher aqui.

II PRÊMIO LEITOR DESTAQUE FENELON BARRETO
Entrega da premiação à leitora Cíntia Mendes da Silva, contemplada com o Prêmio Leitor Destaque, da Biblioteca Fenelon Barreto.

DOAÇÃO DE LIVROS
Doação de livros do escritor e médico Arlindo Gomes Sá, da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (SOBRAMES), junto com sua esposa Tânia Griz Gomes de Sá, para a Biblioteca Fenelon Barreto, na pessoa do seu diretor João Paulo de Araujo.