Ao som dos álbuns Labyrinth
(2023), Solo (2022), Henry III (2021), Henry II (2018), Henry
(2016) & Moncaup (2015), da premiada saxofonista & compositora
alemã Nicole Johänntgen.
Viver de tudo qualquer
punhado bom que seja... - Por via de dúvidas: a vida não
disfarça – depende só tamanho de compreensão. Doidices digo a esmo: careço de
saber das coisas que não tem nome apenas – e aprendi de ás, bês, mais cês, atés
zês. E nunca quis medir perdas e colheitas: tudo era mais hoje, muito mais amanhãs.
Já vim de lá, volto mais não. A vida dá voltas, quem duvida. O que escrevo tem
o sangue dos meus nascidos e mortos: sei porque culpado me cobram no tanto da
extorsão; e se me devem reduzem a nada de impune, foi pra conta do Criador. E
sentia com o que se podia ter feito no voejo das cinzas pernoitando a solidão,
de prontidão pras surpresas no pontual dos instantes e esbarrando no festival
de desatinos e desesperos. E era mais do que se evitava e convivia, não disputava
hora vã. Havia quem tolerasse e muitos em olvidar, mesmo assim não esmoreci
diante dos que destilavam peçonhas, nem dos que se afiavam ou se raspavam quem quisesse
de si apenas faca, com os lambuzados de gosto, praxe de misérias, de teres e
usares regurgitando delírios, sufocando desdéns - a cada um seu tento e
primazia, cada qual sua paga e prêmio. Apenas seguia. A morte está em toda
parte. O silêncio fala dos mortos: só quem deu baixa escapou. Não estivesse o
mundo tão estragado de coisas afins e assins, pela avareza de fomes e sedes, até
o tanto da comoção de quantos vazios, noves e nadas, poderia ser outro. E tudo
se resolveria não se sabe como, varando de após em depois no maior enganchado,
quisera fosse um jogo de soma não zero. Tomara e sou grato pela fineza da atenção,
porque vou torando tantas léguas por prazos e avessos, carregando os pesos da
vida e o que não durou pelos nãos, senões e talvezes, a cismar pelos meus quês
e teréns espalhados e trazidos de nascença: a vida sopra e vai levando a gente.
Até mais ver.
Edna O'Brien: O amor... é como a natureza, mas ao contrário; primeiro ele frutifica, depois floresce, depois parece murchar, depois vai fundo, bem fundo em sua toca, onde ninguém o vê, onde se perde de vista e, por fim, as pessoas morrem com esse segredo enterrado em suas almas... Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.
Marina Tsvetaeva: Asas são liberdade
somente quando estão bem abertas em voo. Nas costas de alguém, elas são um peso
pesado... Veja mais aqui.
Sophie Kinsella:
Olhe para o seu coração e vá atrás do que você realmente quer... Veja
mais aqui.
DOIS POEMAS
Imagem: Poemagens
- Acervo ArtLAM. Veja mais aqui.
PARA O QUE NOS UNE - Há
nomes para o que nos une: \ forças fortes, forças fracas. \ Olhe ao redor, você
pode vê-los: \ a pele que se forma em um copo meio vazio, \ pregos enferrujando
os lugares que se juntam, \ As articulações se encaixavam em seu próprio peso.
\ A maneira como as coisas permanecem tão solidamente \ Onde quer que tenham
sido estabelecidos – \ E a gravidade, dizem os cientistas, é fraca. \ E veja
como a carne cresce de volta \ através de uma ferida, com uma grande veemência,
\ Mais forte \ do que a superfície simples e não testada antes. \ Há um nome
para ele em cavalos, \ quando ele voltar mais escuro e levantado: carne
orgulhosa, \ como toda a carne, \ Orgulha-se de suas feridas, as usa \ como
honras dadas após a batalha, \ Pequenos triunfos presos ao peito - \ E quando
duas pessoas se amaram \ Veja como é como um \ cicatriz entre seus corpos, \ mais
forte, mais escuro e orgulhoso; \ Como o cordão preto faz deles um único tecido
\ que nada pode rasgar ou consertar.
TODAS AS HORAS E
MINUTOS DIFÍCEIS - Todas as horas e minutos difíceis \ são como ameixas
salgadas em um pote. \ Enrugado, transforma-se abruptamente em si mesmos, \ eles
murmuram algo da cor de tubarão para o copo. \ Assim, a calamidade se volta
para a calma. \ Primeiro o frasco segura o umeboshi, então o arroz faz.
Poemas da poeta,
ensaísta e tradutora estadunidense Jane Hirshfield. Veja mais aqui.
VOZES DA GUERRA
– […] O medo é mais humano do que a
coragem, você está com medo e sente muito, pelo menos por si mesmo, mas força o
medo de volta ao seu subconsciente. [...] A vida era cheia de aventuras: aprendi o cheiro do perigo –
agora tenho um sexto sentido para isso. Estamos com saudades disso, alguns de
nós; é chamada de ‘síndrome afegã’[...]. Trechos extraídos da obra Zinky
Boys: Soviet Voices from the Afghanistan War
(Unabridged. 2016),
da escritora e jornalista bielorrussa Svetlana Alexijevich (Svetlana
Aleksandrovna Aleksiévitch), prêmio Nobel de Literatura de 2015, também autora
do livro Voices from Chernobyl: The Oral History of a Nuclear Disaster (Picador, 2006), no qual
expressa: […] A morte é a coisa mais justa do mundo. Ninguém nunca saiu
dessa. A terra leva a todos - os gentis, os cruéis, os pecadores. Fora isso, não há justiça
na terra.
[...]. No seu livro Secondhand Time: The Last of the Soviets (Random
House, 2017), ela expressa que: […] Ninguém nos ensinou
como ser livres. Só nos ensinaram como morrer pela liberdade. [...]. E no seu livro The Unwomanly Face of War: An Oral History of
Women in World War (Random House, 2017), ela expressa que : […] A guerra
das mulheres tem as suas próprias cores, os seus próprios cheiros, a sua
própria iluminação e a sua própria gama de sentimentos. Suas próprias palavras.
Não existem heróis e feitos incríveis, existem simplesmente pessoas ocupadas
fazendo coisas desumanamente humanas [...].
SABEDORIA & SENSO
COMUM - Quando você está acostumado a rejeitar a
sabedoria convencional, isso o deixa aberto para aprender mais… Vamos reservar
o julgamento para as pessoas que batem em seus filhos, vendem suas filhas para
a prostituição ou negam às mulheres o direito de tomar decisões sobre seus
corpos e suas vidas... Pensamento
da atriz, escritora e neurocientista estadunidense Mayim Bialik, autora
de obras tais como: Mayim's Vegan Table: More
than 100 Great-Tasting and Healthy Recipes from My Family to Yours (Da Capo Lifelong, 2014) e Beyond the Sling: A Real-Life Guide to
Raising Confident, Loving Children the Attachment Parenting Way (2012).
Veja mais aqui & aqui.
ASCENSO
FERREIRA
[...] Um livro para professores
da educação básica, porém, feito sob medida para todos os leitores interessados
na vida e obra do poeta e folclorista Ascenso Ferreira [...] São orientações
didáticas e metodológicas que visam a realização de projetos escolares sobre a
vida e a obra de Ascenso Ferreira, organizadas conforme as habilidades do
currículo e a necessidade de se vivenciar as memórias e histórias da cultura
local de maneira efetiva e significativa. [...]
Trechos extraídos da obra Ascenso Ferreira para
professores: história, literatura e pesquisa escolar (CriaArt, 2024), do
poeta e professor Vilmar Carvalho. Veja mais aqui, aqui & aqui.
OFERECIMENTO: MJ
PRODUÇÕES ARTÍSTICAS & AMIGOS DA BIBLIOTECA
Apresentam:
&
Dareladas – Centenário de Darel Valença Lins aqui.
Tem mais:
Livros Infantis Brincarte
do Nitolino aqui.
Diário TTTTT aqui.
Cantarau
Tataritaritatá aqui.
Teatro Infantil: O
lobisomem Zonzo aqui.
Faça seu TCC sem
traumas – consultas e curso aqui.
VALUNA – Vale
do Rio Una aqui.
&
Crônica de
amor por ela aqui.