
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio
Tataritaritatá especial
com a música da cantora e compositora estadunidense de origem cubana, Camilla
Cabello:
Live Isle of Wight Festival, Live from Lollapalooza Argentina, Camila &
Greatest Hits & muito mais nos mais de 2
milhões & 600
mil acessos ao
blog & nos 35 Anos de Arte Cidadã. Para conferir
é só ligar o som e curtir. Veja mais aqui.
DITOS & DESDITOS – [...] As
variações da ciência dependem das variações das necessidades humanas, e os
homens de ciência costumam trabalhar, quer queiram, quer não, consciente ou
inconscientemente, a serviço dos poderosos ou do povo, que lhes pedem
confirmação de suas aspirações. [...] O
conhecimento está a serviço da necessidade de viver... E essa necessidade criou
no homem os órgãos do conhecimento... O homem vê, ouve, apalpa, saboreia e
cheira aquilo que precisa ver, ouvir, apalpar, saborear ou cheirar ... Os
parasitas que, nas entranhas dos outros animais, vivem dos sucos nutritivos por
estes preparados, como não precisam de ouvir ou ver, não ouvem nem vêem ... Para
estes parasitas não deve existir nem o mundo visual nem o mundo sonoro.
[...]. Extraído da obra O sentimento trágico da vida (Educação Nacional,
1953), do filósofo, escritor e dramaturgo espanhol Miguel de Unamuno
(1864-1936). Veja mais aqui.
A SOCIEDADE TRANSBORDANTE – [...] A ética, o direito, a história são coordenadores e
depositários de sentido que sustentam modelos de representação do mundo e de
interpretação dos acontecimentos. Todavia, as relações com o mundo, com os
outros, os modos de apreensão do espaço e dos objetos não parecem concordar com
tal enquadramento simbólico. O desvio entre os discursos que dão sentido ao
mundo ou à existência e a materialidade das coisas não cessa de crescer. [...] No processo generalizado de consumo, deixa
de haver alma, sombra, duplo e imagem, no sentido especular. Já não existe
contradição do ser, nem problemática do ser e da aparência. Dá-se apenas a
emissão e a recepção de signos, abolindo-se o ser individual no interior desta
combinatória e deste cálculo de signos [...] a atual sociedade não é, por conseguinte, transbordante de sentido
porque dá em espectáculo a realidade, mas porque se situa além da
espectacularização, porque neutraliza a oposição entre a realidade e os seus
simulacros mediáticos. É por isso que a crítica da sociedade do espectáculo, a
partir do desfasamento em relação a uma suposta realidade exterior que lhe
servisse de referente, se tornou obsoleta e ingênua, visto ter passado a estar integrada
no próprio sistema mediático e a servir de alimento ao próprio funcionamento
das redes da informação. Os discursos sobre o “vazio”, sobre o “efémero”, sobre
a “desrealização do mundo”, acabam por produzir uma negação estereotipada das
angústias, das cóleras, das emoções, das tentativas de violência crítica…- como
se o indivíduo não tivesse senão que assistir à sua própria desrealização.
Pouco importa se é mera ilusão ou ficção. Cada um sabe que a ilusão permanece fundamental,
existencial e que, neste sentido, perde praticamente o seu estatuto de ilusão
tornando a emoção sempre possível [...]. Trechos extraídos da obra A sociedade transbordante
(Século XXI, 1995), do filósofo, sociólogo e escritor francês Henri-Pierre
Jeudy.
GUERRA SEM TESTEMUNHAS – [...] Hoje,
porém, se ainda estou incerto quanto ao processo a seguir em minha exposição –
ou em minha procura? – ocorre-me de súbito o ardil de confessar esta
inatividade e referir ao mesmo tempo os fins da obra projetada. O que era
obstáculo transforma-se em pretexto para agir; converte-se em literatura o que
me impedia de escrever. Dêste modo, sem o fazer deliberadamente, ilustro o
postulado gideano segundo o qual o escritor, longe de evitar ou ignorar suas
dificuldades, nelas deve se apoiar. [...]. Trecho extraído da obra Guerra sem testemunhas (Ática, 1974), do
escritor e dramaturgo Osman Lins (1924-1978). Veja mais aqui.
EQUIVOCOU-SE A POMBA – Equivocou-se
a pomba. / Equivocava-se. / Por ir ao norte, foi ao sul. / Acreditou que o
trigo era água. / Equivocava-se. / Acreditou que o mar era o céu; / que a noite
a manhã. / Equivocava-se. / Que as estrelas orvalho; / que o calor, a nevasca.
/ Equivocava-se. / Que tua saia era tua blusa; / que teu coração, sua casa. / Equivocava-se.
/ (Ela dormiu na beira / tu, no topo de um ramo). Poema do poeta espanhol Rafael Alberti (1902-1999).
A ARTE DE ANNIE LEIBOVITZ
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Maracatu Real da Várzea – 21 anos,
15/dez, 14hs, Praça Pinto Dâmaso – Av. Afonso Olindense, Recife – PE & muito
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De repente a crise, Carlos Eduardo Novaes, Nicandro Nunes da Costa, David
Harvey, David Salle, O Trabalho & Ricardo Antunes, Desigualdade &
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