BRINCOTOSENTILÓQUIO – Imagem: Glass
pieces (1975-76), da artista visual e fotógrafa Iole de Freitas. - Sejalaqueforademais, diadia qualequale, ah
cabiolharanatuhumesmo, quetudopossanessaterraviva seminguar nemperecer. Sabiacantoufaztempo,
seieuxexeu, quenasabesabe, sabenão. Ontemesmo, tempatrás, tuderesquisito:
delapralá, decapracá. Tinhadivinhadeser, laouloa, acertapostar, umaoutra,
muitoutras erescondidas. Tomouma, discartoutra. Agoroutra, muitoutroutas. Tantadenesaberaqual:
primeirultima, segundavez, terceiralgo, ah trintês, quarenquatro, tempespaço
queviujamorreu. Mesmassim, assadassim, obrasilabrilandapratrazempre! Remoquemangar,
hahahehe! Coisaquecoisa! Piadadeprimesemgraçabril! Tampabriu, valhamedeus! Esporcorrupada,
tomaladacá, essemeuesseteuessemeu, porsicadaum, maisabidispõe, lesotario
chorerorô, quebrazil! Cabecendoidada tudiviés, orora, quenejeitem, neném. Tronchabu,
verana. Tudofalocentricamente, tempereitoralista, voteu choralguém,
tuditudinho! Vendavoto, assinembaixo, façacordo, livreseuprocto, retroutros
lasquemsejá. Tudeuhem! Justinjustiça festaseja, praquem, pingagatos, privilevianagiameiduzia,
soesó, seimaginodava mafegafinhos fraudestorvo, judicaviloso sobrenevolente povatrasavai,
salvaflogistico compadrinhos carniçurubuquaquá, arrevali! Seutivessabracomperformatividade,
cordiscernimento, dizabotoaja meimundiverdiva, adiantanão, tãotão maso ciclunar
catanabólicas lualada. Gluteandam educultural, denada, postidentes, protesilha,
moletaipa, paliativalvula, placebundante, volvai volteluridente,
quecoisamascoisa, golpeitonatimoraticadas, eoqa, flagrotemidamente governavalha.
Tardagora? Nuncanunquinha! Ah voo nenhumedo, condecisão nenhumais passerela, trevilusão
sentidalgum. Apenasei, solitamanhecente, olhoje bocantos ruabertráfego novisão globamadurecer
vastidabertura divinessência hojamanhã, esoteritmo pulsangue misticonsciência,
sentinaveclodivina. Enquantisso, salvaime, benzodeus, maisestavali, meninamada,
choventos, umpunhadágua cominhoseco, saiatrás closesquiva obscenascida
sexostensivo, pelamordedeus! © Luiz Alberto Machado. Direitos
reservados. Veja mais aqui.
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio
Tataritaritatá especial
com a música da violeira, cantora e compositora Helena
Meirelles
(1924-2005): Raiz pantaneira, Flor da Guavira, Ao vivo & Estreia álbum &
muito mais nos mais de 2 milhões & 600 mil acessos ao blog & nos 35 Anos
de Arte Cidadã. Para conferir é só ligar o som e curtir. Veja
mais aqui.
PENSAMENTO DO DIA – [...] quanto mais os valores tradicionais se corroem, mais ficamos dependentes
e mais nos tranquilizamos consumindo. É o que já se chamava nos anos 1960 de
‘dessublimação repressiva’ [...] Como criar nossos filhos, como
‘equipá-los’ para que vençam na vida do melhor modo possível? O que significa,
aliás, a expressão ‘vencer na vida’, se não a reduzirmos à dimensão puramente
social e material? Que mundo nós queremos lhes deixar, legar às gerações
futuras, não apenas em termos de ecologia, mas também de economia, de política,
de cultura? [...]. Trechos extraídos da obra A revolução do amor: por uma espiritualidade laica (Objetiva, 2012), do
filósofo francês Luc Ferry. Veja mais
aqui.
CARTA A MONDRIAN - [...] a
natureza me alimentou, me equilibrou quase que de uma forma panteística. Mas com
o tempo, numa outra crise, já isto não adiantou e foi o “vazio pleno”, a noite,
o silêncio dela que se tornou a minha moradia. Através deste “vazio-pleno” me
veio a consciência da realidade metafísica, o problema existencial, a forma, o
conteúdo (espaço pleno que só tem realidade em função direta da existência desta
forma...). [...] não sonho porque não
acredito. Não por excesso de realismo mas para mim o coletivo só existe na
razão desta desordem de ordem prática e social. Se o homem não pode sentir como
é importante esse desenvolvimento interior – chamemos de uma forma que nasce
com a pessoa como um punho fechado, talvez se abrindo no primeiro tempo com o
próprio nascimento – então ele jamais poderá atingir sua plenitude como a rosa
que se abre dentro do seu próprio tempo e morre amorosamente realizada,
inteligente e feliz... [...] um
segredo eu vou te contar: às vezes me sinto tão desesperada, porque no momento
em que “checo” este problema a solidão, o frio, “o medo do medo” me envolvem
com todos os seus braços e procuram fechar este novo tempo que desabrocha na
minha forma interior, amassando pétalas frescas e delicadas que levarão novo
tempo para se abrirem como se abre um olho devagar, depois de ter levado um bom
murro. [...] encarar esta realidade
às vezes tão insuportável - "o artista é um solitário". Não importam
filhos, amor, pois dentro dele ele vive só. Ele nasce dentro dele, parto
difícil a cada minuto, só irremediavelmente só. [...] No momento em que o grupo foi formado havia uma identificação profunda,
a meu ver. Era a tomada de consciência de um espaço-tempo, realidade nova,
universal como expressão, pois abrangia poesia, escultura, teatro, gravura e
pintura. Até prosa [...] Hoje a
maioria dos elementos do grupo se esquecem desta afinidade (o mais importante)
e querem imprimir um sentido menor a ele, quando preferem que ele cresça sem
esta identidade para mim imprescindível, numa tentativa de dar continuidade
superficial a este movimento. [...] Só
o tempo a meu ver traria continuidade real a este movimento. [...] meu desejo é deixar o grupo e continuar fiel
a esta minha convicção, respeitando a mim mesma, embora mais só que ontem e
hoje, eu serei amanhã, pois as pessoas que se aproximaram um dia, há bem pouco
tempo, se afastam desorientadas sem enfrentarem a dureza de estar só num só
pensamento, sem resguardar o sentido maior, ético, de morrer amanhã, sozinha
mas fiel a uma ideia. Diga, meu amigo: é duro, é terrível porque é deixar de
ter, mesmo sem me afastar realmente do grupo, pois já se fragmentou a unidade,
a verdade dura e terrível feita a sete para se multiplicar em realidades
pequenas - reconfortantes por certo, às centenas. Hoje eu choro - o choro me
cobre, me segue, me conforta e acalenta, de um certo modo, esta superfície
dura, inflexível e fria da fidelidade a uma ideia. Carta da pintora e
escultora Lygia Clark (1920-1988), extraída da obra Escritos de
artistas: anos 60/70 (Jorge Zahar,
2006), organizada por Glória Ferreira e Cecília Cotrim. Veja mais aqui e aqui.
COMPLEXO DE VIRA-LATAS – [...] Mas
o que nos trava é o seguinte: — o pânico de uma nova e irremediável desilusão.
E guardamos, para nós mesmos, qualquer esperança. [...] E só uma coisa nos atrapalha e, por vezes,
invalida as nossas qualidades. Quero aludir ao que eu poderia chamar de “complexo
de vira-latas”. Estou a imaginar o espanto do leitor: “O que vem a ser isso?”
Eu explico. Por “complexo de vira-latas” entendo eu a inferioridade em que o
brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. Isto em todos
os setores e, sobretudo, no futebol. Dizer que nós nos julgamos “os maiores” é
uma cínica inverdade. [...] Absolutamente.
É um problema de fé em si mesmo. O brasileiro precisa se convencer de que não é
um vira-latas [...] Uma vez que ele
se convença disso, ponham-no para correr em campo e ele precisará de dez para
segurar, como o chinês da anedota. Crônica do escritor, jornalista e
dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980). Veja mais aqui.
CESTA FEIRA - cesta feira / oxalá estejam limpas / as roupas brancas de
sexta / as roupas brancas da cesta / oxalá teu dia de festa / cesta cheia / feito
uma lua / toda feita de lua cheia / no branco / lindo / teu amor / teu ódio / tremeluzindo
/ se manifesta / tua pompa / tanta festa / tanta roupa / na cesta / cheia / de
sexta / oxalá estejam limpas / as roupas brancas de sexta / oxalá teu dia de
festa / mesmo / na idade / de virar / eu mesmo / ainda / confundo / felicidade /
com este / nervosismo / eu / quando olho nos olhos / sei quando uma pessoa / está
por dentro / ou está por fora / quem está por fora / não segura / um olhar que
demora / de dentro do meu centro / este poema me olha. Poema extraído da obra Caprichos & relaxos (Companhia das Letras, 2016), do escritor,
critico literário, tradutor e professor Paulo Leminski (1944-1989). Veja
mais aqui.
A ARTE DE VALLY NOMIDOU
A arte
da artista grega Vally Namidou.
AGENDA
Penélope, videodança - exibição 29/agosto, 18hs, no sarau do
Centro Cultural OAB Barra - Av. das
Américas, 3.959. Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ. Entrada franca & muito mais na Agenda aqui.
&
O Brasil às avessas na hora da crise, a literatura
de Lewis Carroll, a poesia de Cesar Leal, a psicoterapia de Carl Rogers, A loucura do trabalho de Christophe Dejours, A ansiedade de Cecil A. Poole, o
Ginásio Municipal de Brivaldo Leão de
Almeida, Cidade & Mobilidade Urbana aqui.