sábado, fevereiro 02, 2013

CHARLAINE HARRIS, MIHÁLY BABITS, SEBASTIAN SEUNG, ADA LOVELACE, FANNY KEMBLE & LITERÓTICA

 

A arte da pintora art déco polaca Tamara de Lempicka (1898-1980). Veja mais aqui e aqui.

 


O QUE SOU NO SORRISO DELA - O que sou no sorriso daquela que mais se parece uma obra de arte da Tamara de Lempicka e que me fiz inteiro navegante incauto no que é da criação do homem e da mulher, porque ela me sorri estampada com as vestes de festa, como quem se rende de véspera ansiosa que seja nela o que de mim já não sou. Dela os olhos sedosos & a língua sedenta aveludada lambendo os lábios fisgados no meu sexo inchado e teso para mitigar a sua esfomeada paixão na enseada do que se diz de amor e se faz no escuro do quarto. O que sou na sua boca voluptuosa & as pernas robustas entreabertas: Vem! Não se intimida e se aproxima tingindo meus músculos com a saliva de sua língua devotada no contorno da glande saboreando o meu lingan e mais lambe e geme e chupa o sorvete rijo e abocanha engolindo fundo e mais se delicia esfregando o yone cheio fuviante na minha perna. O que sou entre seus seios fartos na doçura acre de sua carne eriçada e tépida a implorar oferecida e tentadora com todas as confissões de amor. O que sou nos seus quadris e mais me agiganto atrabiliário mordendo a sua carne, o seu perfumado corpo e desmascarando todos os seus disfarces de favorita aos meus galanteios, como se fosse elevada para semear em mim todos os seus dotes e eu possa alcançar a fonte dos seus desejos salutares a ferver feitiços e a ronronar com a pele arrepiada pelas deleitosas convulsões latejantes dos seus toques. É tudo que sou e se vira de costas com todos os prazeres da fortuna e me dá de presente o que rebola como se rogada a me alojar inclemente no que deveras cobiço e recorro por vontade própria a sua pose de corça desembaraçada e arregaço jaez na alada garupa de égua esmerada pro meu galope na sua suavidade e sem se contrapor para que eu desfrute independente do seu consentimento auspicioso toda adornada de dengo, cativante e represada pela minha posse de sua nudez enluarada manhosa enlaçada para me fazer escorregar firme no que sou nas suas pernas majestosas pela fartura do seu prazer e a me fazer maior deslizando entre suas coxas roliças e eu me perca na convulsão de sua alma afogueada e nos estertores de sua carne robusta dos milagres mais voluptuosos para que eu voe com lambidas na seiva do seu ventre escancarado e a revolvê-la como se eu folheasse atento os seus cem mil capítulos e nela recolhesse os aforismos mais apaixonados e ela chove em mim torrenciais orgasmos para me apropriar de seus aquedutos insulares e me apropriar de sua carne untada por meu sêmen e de comum acordo com seus gemidos com a minha fúria penetrante no ápice de sua trêmula descarga impressionante de prazer. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais  aqui e aqui.

 


DITOS & DESDITOS – Deus não nos deu (neste estado de existência) mais do que poderes muito limitados de expressão de nossas idéias e sentimentos. Religião para mim é ciência, e ciência é religião. Nessa verdade profundamente sentida está o segredo de minha intensa devoção à leitura das obras naturais de Deus. É lê-lo. Sua vontade – Sua inteligência; e isso novamente é aprender a obedecer e seguir (com o melhor de nosso poder) essa vontade! Pois aquele que lê, que interpreta a Divindade com um coração verdadeiro e simples, então obedece e se submete em atos e sentimentos como por impulso e instinto. Ele não pode deixar de fazê-lo. Pelo menos é o que me parece. Pensamento da escritoria e matemática britânica Ada Lovelace (1815-1859). Veja mais aqui.

 

ALGUÉM FALOU: Certamente tenho preconceito contra a escravidão, pois sou uma inglesa, para quem a ausência de tal preconceito seria vergonhosa.... Pensamento da escritora e atriz britânica Fanny Kemble (1809-1893). Veja mais aqui.

 

CONNECTOME & QUEM SOMOS - [...] Nenhuma estrada, nenhuma trilha pode penetrar nesta floresta. Os longos e delicados galhos de suas árvores estão espalhados por toda parte, sufocando o espaço com seu crescimento exuberante. [...] Estudar um objeto tão complexo quanto o cérebro pode parecer quase inútil. Os bilhões de neurônios do cérebro se assemelham a árvores de muitas espécies e têm muitas formas fantásticas. Apenas os exploradores mais determinados [...] Os elos individuais da cadeia são pequenas moléculas chamadas nucleotídeos, que vêm em quatro tipos indicados pelas letras A, C, G e T. Seu genoma é a sequência inteira de nucleotídeos em seu DNA, ou equivalentemente uma longa sequência de letras desenhadas desta quatro letras [...] A razão é simples: os genes sozinhos não podem explicar como seu cérebro se tornou do jeito que é. [...]. Trechos extraídos da obra Connectome: How the Brain's Wiring Makes Us Who We Are (Mariner Books, 2012), do neurocientista Sebastian Seung.

 

DO MORTO AO PIOR - [...] Deitei-me diante da tua lareira e falei contigo sobre a tua vida. - disse. Não tinha nada a ver com o assunto. -Humm… Sim. Fizemos isso. - Recordo o nosso duche juntos. - Também fizemos isso. - Fizemos tanta coisa. - Ah… pois. Está bem. - Se não tivesse tanta coisa para fazer aqui em Shreveport, sentir-me-ia tentado a visitar-te para te recordar como gostaste de cada uma dessas coisas. - Se bem me lembro - afirmei -, também gostaste. - Ó, sim. - Eric, preciso de desligar. Tenho de ir trabalhar. - Ou de entrar em combustão espontânea. O que acontecesse primeiro. [...]. Trecho extraído da obra From Dead to Worse (Recorded Books, 2008), da escritora estadunidense Charlaine Harris. Veja mais aqui.

 

CANÇÃO CIGANA - Se o vento soprar vagueia o cigano. / lenço vermelho, camisa colorida, cabelo penteado liso com pomada, / empacota seus pertences, deve fazer uma cama para a criança: / pano enrolado na cintura e no pescoço, amarrado acima, abaixo. / Dormir bem nas minhas costas, pequena cigana! / vagamos por florestas escuras, campos ruins, campos bons, belo país, país verde, o vento está sempre zumbindo. / A árvore fica à sombra do caminho, e meu amor chora em meus sonhos. / Bagas derrubam os galhos. Seus membros doem de caminhadas, embrulhe na árvore, balança a criança cigana. / Mulberry pode nos ensinar algo: carrega o berço, carrega as bagas, também há mato seco / - Eu sei fazer fogo. a chama arde brilhantemente, um pote se encontra em algum lugar da panela para a colheita céu azul acima. / Empacote no galho rapidamente, só balança, criança cigana! / Amor de amora, adormeça, pequena cigana! Você vai vagar por florestas escuras campos ruins, campos bons, você não se importa com nenhum país / O azul celeste está em toda parte. / Você nasceu no mato e no mato, quase te perdi no musgo. / Como as sementes que voam você vai sair da sua mãe? / órfão de pai, órfão de mãe, wandre mas o mundo é grande! / Contos de fadas assustadores, canções engraçadas / Eu canto para você de novo e de novo. / Minúscula alma, amora querida, há bons biscoitos em todos os lugares. / Às vezes vem um vento ruim não tema, criança cigana. / O galho seco dá fogo, quase te aquece até a primavera. / A má colheita geme o agricultor, / A seca torna sua vida amarga. / Você se importa? Sem chance. / Há sombras em todos os lugares. / vagando por florestas escuras, campos ruins, campos bons, você não se importa com nenhum país / O azul celeste está em toda parte. / O judeu vem pela floresta olhe em volta e grite: pare! / Você encontra uma beleza aqui não pergunte muito, pegue. / Você nasceu no mato e no mato, quase te perdi no musgo. / Como as sementes que voam você vai sair da sua mãe? / órfão de pai, órfão de mãe, apenas vagueia, o mundo é grande! Poema do poeta húngaro Mihály Babits (1882-1941). Veja mais aqui.

 

EDUCAÇÃO – “Quando os pais se habituam a deixar os filhos de lado, quando os filhos não consideram mais suas palavras, quando os professores temem diante de seus alunos e preferem adulá-los, quando por fim os jovens desprezam as leis, porque não mais reconhecem acima de si a autoridade de nada nem de ninguém, aí está, em todo seu esplendor e vigor, o começo da tirania” do filósofo grego Platão (427-347 a.C). Ou seja: educação descuidada, declínio da civilização. Veja mais aqui e aqui.



PSICOLOGIA E SOCIOLOGIA – O livro Psicologia e Sociologia: curso introdutório (Paulus, 2004), de Micele De Beni, Riberta Bommassar e Luigi Grossele, aborda temas como a descoberta da realidade do homem, a psicologia como ciência, escolas e teorias psicológicas, a pesquisa nas ciências humanas e sociais, a perspectiva evolutiva, etapas principais do desenvolvimento psicofísico, a construção da identidade, a linguagem, os processos cognitivos de base, a organização perceptiva, o processo de aprendizagem como construção do conhecimento, a memória como processo ativo, pensamento e inteligência, bases etológicas e gênese da cultura, organização social no reino animal, necessidades e motivações no homem, interação individuo-grupo-sociedade, os processos sociais, a formação das atitudes e das opiniões, os fenômenos do conformismo e do preconceito, campos de aplicação da psicologia, entre outros assuntos. Veja mais aqui e aqui.

AS VÁRIAS VIDAS DA ALMA – O livro As várias vidas da alma: um psicoterapeuta junguiano descobre as vidas passadas (Cultrix, 1987), de Roger J. Woolger, trata sobre como funciona a terapia das vidas passadas, terra incógnita, explorando reinos desconhecidos da psique, a síntese emergente, as múltiplas dimensões da psique, questões inacabadas da alma e a psicologia do karma, aspectos fundamentais da terapia de vidas passadas, corpo sutil e mente densa, os problemas físicos, Eros ofendido, as raízes dos problemas sexuais e reprodutivos, nascimento e antes, morte e além, além da terapia, o legado da psicologia profunda, organização de terapia, entre outros assuntos. Veja mais aqui, aqui e aqui.

RESPONSABILIDADE CIVIL POR CRIMES AO MEIO AMBIENTE – A realização de um trabalho acadêmico sobre esta temática requer uma abordagem acerca de meio ambiente e sustentabilidade, sobre direito ambiental, fundamentação conceitual e seus princípios norteadores, tratar sobre a responsabilidade civil, observando-se a responsabilidade pelos danos ambientais. Veja mais aqui e aqui.

ORAÇÃO DO JUSTO JUIZZé Bilola não se emenda de jeito nenhum. Na sua insistente carreira à vereança do seu município, ele sempre se mete em camisa-de-onze-varas. Ô bicho enrolado esse, todo dia tudo dá errado pras bandas dele. Se tem bronca, Zé Bilola tá no meio. Dito e feito. Já estava eu acostumado de vê-lo toda sexta-feira - já umas sete sextas encarreadas, avalie! -, do cabra lá ajoelhado na maior devoção: “Justo juiz de Nazaré, filho da Virgem Maria que em Belém fostes nascido, entre as idolatrias, eu vos peço, senhor, pelo vosso sexto dia, que meu corpo não seja preso, nem ferido, nem morto, nem nas mãos da justiça envolto. Pax Tecum, Pax Tecum, Pax Tecum. Cristo assim disse aos discípulos. Se os meus inimigos vierem para me prender, terão olhos, não me verão; terão ouvidos, não me ouvirão, terão boca, não me falarão. Eu, José, com as armas de São Jorge, serei armado; eu, José, com a espada de Abraão, serei coberto; eu, José, com o leite da Virgem Maria, serei borrifado; eu, José, com sangue do meu senhor Jesus Cristo, serei batizado; eu, José, na arca de Noé, serei arrecadado; eu, José, com as chaves de São Pedro, serei fechado onde não me possam ver, nem ferir, nem matar, nem sangue do meu corpo tirar. Eu, José, também vos peço, senhor, por aqueles três cálices bentos, por aqueles três padres revestidos, por aquelas três hóstias consagradas, que consagrastes no terceiro dia, desde as portas de Belém até Jerusalém, que com prazer e alegria, eu, José, seja guardado também de noite, como de dia, assim como andou Jesus Cristo no ventre da Virgem Maria. Deus donate, paz, na guia, Deu te dê a companhia que Deus deu sempre à Virgem Maria, desde a casa santa de Belém a Jerusalém. Deus é teu pai, a Virgem Maria tua mãe; com as armas de São Jorge serás armado, com a espada de São Tiago, eu, José, serei guardado para sempre. Amém!”. Como era frequente flagrá-lo toda sexta nessa penitência, resolvi acompanhar tudo para saber do sucedido. – Que é que tá havendo, Zé? -, perguntei-lhe logo ao vê-lo levantar-se. Aí, ele disse: - Homi, seu minino, a coisa tá preta pra minha banda. Nem Padre Bidião quiria mai sabê di eu. Tive que buscá recuço longi, fechá o coipo cum uma hóstia custurada na popa da bunda e essa oração qui tenho qui fazê toda sexta ajoeiado pra mi livrá das malidicença. Curioso, perguntei: - E tá dando certo, Zé? -. Ele franziu o cenho, fez uma careta danada e sapecou: - Hômi, pelo sim, pelo não, to cumpletano hoji 7 sexta de reza, é o mandamento. Daqui pru diante é que vô sabê si num me inrolo mai em trapaiada. Quero sê certo e mi indireitá, mai a peitica da doidice num me dexa siguir direito. Num sei qui tenho qui minha boca num fica fechada, só digo besteira e me lasco todo. Pelo meno com o coipo fechado e aima rezada, mermo fazendo merda, me livro das raiva dos outros. Meió assim, né? Quando perguntei: - Quantos votos você teve na última eleição, Zé? -, aí foi pior, o cara se agoniou, coçou o quengo, se espremeu de ficar de cócoras, em enrolou todo e se lamentando muito espinafrou: - Não era a hora, esse povim num sabe que sô o ideá deles, destá. Ah, veja mais no Big ShitBôbras


SERPENTE DE ASAS – Vixe! Se serpente tivesse asa o que seria da gente, hem? Pois é, mas que tem gente que é uma verdadeira cobra que cria asas e anda atanazando a vida da gente, ah, isso tem de montão. Nem parece a inofensiva lenda da Serpente de Asas. Confira no Brincarte.



LITERATURA PERNAMBUCANA – A primeira reunião da literatura pernambucana foi realizada ao longo dos sete anos de existência do blog Varejo Sortido. É uma homenagem aos escritores do meu estado. Confira lá no Varejo Sortido.



ENTREVISTAS DO MÚSICA, TEATRO & CIA – Está destacado num post as entrevistas realizadas com gente do melhor time da música, do teatro, da dança e tataritaritatá. Confira no Música, Teatro & Cia




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