A arte da pintora art déco polaca Tamara de Lempicka (1898-1980). Veja mais aqui e aqui.
O QUE SOU NO SORRISO DELA - O que sou no sorriso daquela que mais se
parece uma obra de arte da Tamara de Lempicka e que me fiz inteiro navegante incauto no
que é da criação do homem e da mulher, porque ela me sorri estampada com as
vestes de festa, como quem se rende de véspera ansiosa que seja nela o que de
mim já não sou. Dela os olhos sedosos & a língua sedenta aveludada lambendo
os lábios fisgados no meu sexo inchado e teso para mitigar a sua esfomeada
paixão na enseada do que se diz de amor e se faz no escuro do quarto. O que sou
na sua boca voluptuosa & as pernas robustas entreabertas: Vem! Não se
intimida e se aproxima tingindo meus músculos com a saliva de sua língua
devotada no contorno da glande saboreando o meu lingan e mais lambe e geme e chupa o sorvete rijo e abocanha
engolindo fundo e mais se delicia esfregando o yone cheio fuviante na minha perna. O que sou entre seus seios
fartos na doçura acre de sua carne eriçada e tépida a implorar oferecida e
tentadora com todas as confissões de amor. O que sou nos seus quadris e mais me
agiganto atrabiliário mordendo a sua carne, o seu perfumado corpo e
desmascarando todos os seus disfarces de favorita aos meus galanteios, como se
fosse elevada para semear em mim todos os seus dotes e eu possa alcançar a
fonte dos seus desejos salutares a ferver feitiços e a ronronar com a pele
arrepiada pelas deleitosas convulsões latejantes dos seus toques. É tudo que
sou e se vira de costas com todos os prazeres da fortuna e me dá de presente o
que rebola como se rogada a me alojar inclemente no que deveras cobiço e
recorro por vontade própria a sua pose de corça desembaraçada e arregaço jaez na
alada garupa de égua esmerada pro meu galope na sua suavidade e sem se
contrapor para que eu desfrute independente do seu consentimento auspicioso
toda adornada de dengo, cativante e represada pela minha posse de sua nudez
enluarada manhosa enlaçada para me fazer escorregar firme no que sou nas suas
pernas majestosas pela fartura do seu prazer e a me fazer maior deslizando entre
suas coxas roliças e eu me perca na convulsão de sua alma afogueada e nos
estertores de sua carne robusta dos milagres mais voluptuosos para que eu voe
com lambidas na seiva do seu ventre escancarado e a revolvê-la como se eu
folheasse atento os seus cem mil capítulos e nela recolhesse os aforismos mais
apaixonados e ela chove em mim torrenciais orgasmos para me apropriar de seus aquedutos
insulares e me apropriar de sua carne untada por meu sêmen e de comum acordo com
seus gemidos com a minha fúria penetrante no ápice de sua trêmula descarga
impressionante de prazer. © Luiz Alberto Machado. Direitos
reservados. Veja mais aqui e aqui.
DITOS
& DESDITOS – Deus não nos deu (neste estado de
existência) mais do que poderes muito limitados de expressão de nossas idéias e
sentimentos. Religião para mim é ciência, e ciência é
religião. Nessa verdade profundamente sentida está o segredo de
minha intensa devoção à leitura das obras naturais de Deus. É lê-lo. Sua vontade – Sua inteligência; e isso novamente é aprender a obedecer e seguir (com o
melhor de nosso poder) essa vontade! Pois aquele que lê, que interpreta a Divindade com um
coração verdadeiro e simples, então obedece e se submete em atos e sentimentos
como por impulso e instinto. Ele não pode deixar de fazê-lo. Pelo menos é o que me parece. Pensamento da
escritoria e matemática britânica Ada
Lovelace (1815-1859). Veja mais aqui.
ALGUÉM
FALOU: Certamente tenho preconceito contra a escravidão, pois
sou uma inglesa, para quem a ausência de tal preconceito seria vergonhosa....
Pensamento da escritora e atriz britânica Fanny
Kemble (1809-1893). Veja mais aqui.
CONNECTOME & QUEM SOMOS - [...] Nenhuma estrada, nenhuma trilha pode penetrar nesta floresta. Os longos e delicados galhos de suas árvores estão espalhados
por toda parte, sufocando o espaço com seu crescimento exuberante. [...] Estudar um objeto tão complexo quanto o
cérebro pode parecer quase inútil. Os bilhões de neurônios do cérebro se assemelham a
árvores de muitas espécies e têm muitas formas fantásticas. Apenas os exploradores mais determinados [...] Os elos individuais da cadeia são pequenas moléculas chamadas
nucleotídeos, que vêm em quatro tipos indicados pelas letras A, C, G e T. Seu
genoma é a sequência inteira de nucleotídeos em seu DNA, ou equivalentemente
uma longa sequência de letras desenhadas desta quatro letras [...] A razão é simples: os genes sozinhos não podem explicar como seu cérebro
se tornou do jeito que é. [...]. Trechos extraídos da obra Connectome:
How the Brain's Wiring Makes Us Who We Are (Mariner Books, 2012), do neurocientista Sebastian Seung.
DO MORTO AO PIOR - [...] Deitei-me
diante da tua lareira e falei contigo sobre a tua vida. - disse. Não tinha nada
a ver com o assunto. -Humm… Sim. Fizemos isso. - Recordo o nosso duche juntos.
- Também fizemos isso. - Fizemos tanta coisa. - Ah… pois. Está bem. - Se não
tivesse tanta coisa para fazer aqui em Shreveport, sentir-me-ia tentado a
visitar-te para te recordar como gostaste de cada uma dessas coisas. - Se bem
me lembro - afirmei -, também gostaste. - Ó, sim. - Eric, preciso de desligar.
Tenho de ir trabalhar. - Ou de entrar em combustão espontânea. O que
acontecesse primeiro. [...]. Trecho extraído da obra From Dead to Worse (Recorded Books, 2008),
da escritora estadunidense Charlaine
Harris. Veja mais aqui.
CANÇÃO CIGANA - Se o vento
soprar vagueia o cigano. / lenço vermelho, camisa colorida, cabelo penteado
liso com pomada, / empacota seus pertences, deve fazer uma cama para a criança:
/ pano enrolado na cintura e no pescoço, amarrado acima, abaixo. / Dormir bem
nas minhas costas, pequena cigana! / vagamos por florestas escuras, campos
ruins, campos bons, belo país, país verde, o vento está sempre zumbindo. / A
árvore fica à sombra do caminho, e meu amor chora em meus sonhos. / Bagas
derrubam os galhos. Seus membros doem de caminhadas, embrulhe na árvore,
balança a criança cigana. / Mulberry pode nos ensinar algo: carrega o berço,
carrega as bagas, também há mato seco / - Eu sei fazer fogo. a chama arde
brilhantemente, um pote se encontra em algum lugar da panela para a colheita
céu azul acima. / Empacote no galho rapidamente, só balança, criança cigana! / Amor
de amora, adormeça, pequena cigana! Você vai vagar por florestas escuras campos
ruins, campos bons, você não se importa com nenhum país / O azul celeste está
em toda parte. / Você nasceu no mato e no mato, quase te perdi no musgo. / Como
as sementes que voam você vai sair da sua mãe? / órfão de pai, órfão de mãe,
wandre mas o mundo é grande! / Contos de fadas assustadores, canções engraçadas
/ Eu canto para você de novo e de novo. / Minúscula alma, amora querida, há
bons biscoitos em todos os lugares. / Às vezes vem um vento ruim não tema,
criança cigana. / O galho seco dá fogo, quase te aquece até a primavera. / A má
colheita geme o agricultor, / A seca torna sua vida amarga. / Você se importa?
Sem chance. / Há sombras em todos os lugares. / vagando por florestas escuras,
campos ruins, campos bons, você não se importa com nenhum país / O azul celeste
está em toda parte. / O judeu vem pela floresta olhe em volta e grite: pare! / Você
encontra uma beleza aqui não pergunte muito, pegue. / Você nasceu no mato e no
mato, quase te perdi no musgo. / Como as sementes que voam você vai sair da sua
mãe? / órfão de pai, órfão de mãe, apenas vagueia, o mundo é grande! Poema do
poeta húngaro Mihály Babits
(1882-1941). Veja mais aqui.