CARÍSSIMOS
OUVINTES, A VOZ AO CORAÇÃO – Caríssimos
ouvintes, salve, salve! Saúdo a todos porque a vida segue pra quem vai ou já
chegou. Saúdo a todos como quem sabe que somos tudo que já fomos à perspectiva
do amanhã. Independentemente do que sonhamos ou fazemos, do que professamos ou
cremos, agora somos um, a minha entrega pro seu abrigo: corrente de rio que vai
pro mar. A minha esperança, a sua expectativa: caminhos que se cruzam na curva
do tempo. A sua audição, a minha razão de viver. Nesse momento, a nossa
comunhão. E se tudo se parece muito às pressas e perece com um simples piscar
de olhos, é porque a vida é breve e está por trás de todo acontecimento, seja
ele tão fugaz quão maçante, assaz comovente ou edificante, sem ter como
mensurar o que foi pro que será, basta ter consigo a maravilha de viver. Nem tudo
é só céu azul: há nuvem pra chuva e sombra pro mormaço. Nem tudo sob a nossa
vontade: quando se erra a mão ao semear, o fruto pode não ser o que se espera. Nem
tudo é só o visível: é no invisível que está a alma de todas as coisas. Por isso,
todo dia, seja manhã de segunda ou sábado, o ar que respiro faz um trajeto: da
inspiração nos pulmões à percepção do dito ao ouvido. Todo dia, seja tarde de
terça ou sexta, o que se pronuncia da voz pro ânimo. Todo dia, se noite de
quarta ou quinta, dos lábios a língua traduzida em sentidos de vida e de sonhos.
E de madrugada, seja de domingo a domingo, a fonação que não é apenas uma voz
bonita, porquanto esmaece aqui, tinge ali e mostra o caminho a quem possa não
saber um palmo abaixo do queixo e não se queixa se o queijo saqueado entre entender
e olvidar. Não apenas uma voz maviosa, todavia um facho de sentimentos, um
feixe de emoções: todas as cores do timbre solidário e da dicção afetiva - o
que se tem pra falar na entrega do coração de quem fala ao de quem ouve. Essa a
nossa interação: o prazer da labuta pra satisfação de quem escuta. E vou de Milton&Tunai:
caríssimos ouvintes, obrigado pela valiosa atenção dispensada. Nossa programação
se encerra agora, mas de teimosa volta amanhã. © Luiz Alberto Machado. Veja
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