VAMOS APRUMAR A CONVERSA? CADÊ
O PADRE BIDIÃO? (Imagem
do artista plástico Rolandy Silvério)– Foi o amigo Marcos Alexandre Martins
Palmeira quem, num dia do maior desalinhamento dos planetas e das incidências
mais insólitas que possa acometer qualquer cristão, me apresentou ao Padre
Bidião. Não fosse ele, eu morreria na maior das mais agudas das ignorâncias,
não tomando conhecimento do Evangelho, dos clones e de nada das grandes
realizações dessa extraordinária figura religiosa que já contei aqui e tenho
muito pra contar. Não só o padre, como foi ele quem me apresentou à Manguaba, o
verdadeiro cinema transcendental alagoano, paragem inspiradora que me fez
compor o frevo em homenagem às comunidades de Pilar e Marechal Deodoro – a Madalena
do Sul, primeira capital da comarca de Alagoas. Também foi por ele que conheci
figuras que passaram a personagens vivinhos das minhas contações, como o
ocrídio Mamão, o intrépido Afredo Bocoió, o etiquetado Beliar, o culinarista e
florista Jaime Lombreta-boca-de-frô, o radialista extraordinário
Fernando-Bráulio-cabeça-de-bilau, o Miguel Onço Palmeira, o lobisomem zonzo, a
dupla presepeira Tolinho & Bestinha, o defunto do dedo azul, toda trupe do
Big Shit Bôbras e lá vai mais teibei! (não bastando ter sido ele que levou o Doro a ser o que virou, destá!). Isso tudo é o resultado de muitos anos de
pileques, doideiras, mungangas, fuleragens – deixa eu contar, 10, 20, vinte e
dois anos de insanidades e desvarios -, justificados pelos mais diversos
apelidos que o rapaz amealhou (de Larry leurel – em homenagem aos Patetas -,
doidim, maluquim e por aí vai, de até a família dele me advertir que ele seria
uma má companhia para mim), para caracterizá-lo como um sujeito que não bole
bem das bolas no quengo, como diz o nosso amigo Junior Au-au. Ah, mas se não
fosse ele, eu não teria escrito o Lobisomem Zonzo, o Alvoradinha, nem os frevos
da Folia Caeté, nem o sacado o mote de Desnorteio, muito menos conhecido as
risíveis figuras dos doutores Deraldo e Gelsinho, o Dr. Sebastião – o homem de
punho forte -, o cesarino Dennys, o Didi-papa-cu, o barbeiro Ocride, o profeta
Clóvis e outros tantos amalucados dos rincões miguelense e pilarense. Deveras,
foi outro sujeito que chegou junto, na horagá e que devo muito e das boas – vixe,
tô aumentando o rol dos meus credores na lista infinda da minha Serasa das
amizades. Apois é, não fosse a inafastável erudição psicológica inata da Dona
Liciene e a intervenção providencial da fisioterapeuta de doido Daniele-Daninha, o cabra estaria desajustando
a órbita dos planetas e dando muito trabalho à humanidade. Sujeito bom, cabra
dos a favor e dos momentos periclitantes, meritório, indubitavelmente, da minha
mais eterna gratidão. (Eita! Agora que me dei conta que ia contar a mais nova
do Padre Bidião e findei enrolando! Ah, é que pra mim todo dia é dia do amigo e
de cultivar a amizade. Depois eu conto do Padre Bidião, prometo). E vamos
aprumar a conversa conferindo mais dele aqui e mais aqui.
Curtindo o dvd Ikebanas Musicais (Teatro Paulo Autran, 2012), do grupo Mawaca.
HISTÓRIA
SOCIAL DA CRIANÇA E DA FAMÍLIA – O livro História
social da criança e da família (LTC,
1981), do historiador e filósofo francês Philippe
Ariès (1914-1984), aborda sobre os temas do sentimento da infância, as idades
da vida, a descoberta da infância, o traje das crianças, história dos jogos e
brincadeiras, do despudor à inocência, os sentimentos da infância, a vida escolástica,
jovens e velhos escolares da Idade Média, origem das classes escolares, as
idades dos alunos, os progressos da disciplina, escola e duração da infância,
família, família medieval e moderna, sociabilidade, entre outros assuntos. Da
obra destaco o trecho As idades da vida: Um homem do século XVI ou XVI, ficaria
espantado com as exigências de identidade civil que nós nos submetemos com
naturalidade. Assim que nossas crianças começam a falar, ensinamos- lhes seu
nome, o nome de seus pais e sua idade. Ficamos muito orgulhosos quando
Paulinho, ao ser perguntado sobre sua idade, responde corretamente que tem dois
anos e meio. De fato, sentimos que é importante que Paulinho não erre: que
seria dele se esquecesse sua idade? Na savana africana a idade é ainda uma
noção bastante obscura, algo não tão importante a ponto de não poder ser
esquecido. Mas em nossas civilizações técnicas, como poderíamos esquecer a data
exata de nosso nascimento, se a cada viagem temos de escrevê-la na ficha de
policia do hotel, se a cada candidatura, a cada requerimento, a cada formulário
a ser preenchido, e Deus sabe quantos há e quantos haverá no futuro, é sempre
preciso recordá-la. Paulinho dará sua idade na escola e logo se tornará Paulo, a
turma X. Quando arranjar seu primeiro emprego, junto com sua carteira de
trabalho, receberá um número de inscrição que passará a acompanhar seu nome. Ao
mesmo tempo, e até mesmo mais do que Paulo N., ele será um numero, que comecará
por seu sexo, seu ano e mês de nascimento. Um dia chegará em que todos os
cidadãos terão seu número de registro: esta é a meta dos serviços de
identidade. Nossa personalidade civil já se exprime com maior precisão através
de nossas coordenadas de nascimento do que através de nosso sobrenome. Este, com
o tempo, poderia muito bem não desaparecer, mas ficar reservado à vida
particular, enquanto um número de identidade, em que a data de nascimento seria
um dos elementos, o substituiria para o uso civil [...]. Veja mais aqui, aqui e
aqui.
O
SOL TAMÉM SE LEVANTA – O romance O
sol também se levanta (The Sun Also Rises, 1926), do escritor estadunidense Ernest
Hemingway (1899-1961), trata sobre um grupo de expatriados sediados em Paris, inspirado
no próprio círculo de escritores e artistas frequentado pelo autor, uma geração
perdida que vagava pela cidade sem transformar nada, mas cheia de ambição,
retratando o cotidiano desses boêmios após o término da Primeira Guerra
Mundial. A ação se desenrola com a paixão do protagonista e narrador da
história que trabalha como repórter e se apaixona por uma mulher de personalidade fútil, que trata os
homens como simples objetos e envolve-se com vários deles, apesar de ser
comprometida. Da obra destaco o trecho do capítulo XVI: No dia seguinte, de
manhã, chovia. Um nevoeiro vindo do mar cobria as montanhas. Não se podia ver o
seu cimo. O planalto estava sombrio e triste e a forma das arvores e das casas
havia mudado. Saí da cidade para observar o tempo. O mau tempo vinha do mar,
por cima das montanhas. Na praça as bandeiras molhadas pendiam dos mastros
brancos e as bandeirolas de encontro às fachadas das casas pendiam também
úmidas. A garoa ininterrupta transformava-se às vezes em chuva pesada, fazendo
toda a gente correr a refugiar-se nas arcadas e formando poças de água na
praça. As ruas estavam molhadas, escuras, desertas. E, contudo, a festa
continuava, sem pausa. Apenas, punha-se ao abrigo. A multidão invadira os
lugares cobertos das arenas e todo o mundo fora assistir aos concursos de
cantores e dançarinos bascos e navarreses. Em, seguida, os cantores de Val
Carlos, com seus trajes característicos, tinham dançado na rua, ao som oco e
úmido de tambores. Os chefes dos grupos os precediam, montados em seus grandes
cavalos de patas pesadas, com seus trajes molhados, e as gualdrapas dos cavalos
também gotejantes da chuva. A multidão se reunira no café e os dançarinos
entraram por sua vez, sentaram-se, com as pernas brancas, enfaixadas, sob a
mesa. Sacudiam a água de seus gorros de guizos e estendiam as vestes vermelhas
sobre as cadeiras para secar. Lá fora chovia a cântaros. Deixei meu grupo no
café e voltei ao hotel, para barbear-me antes de jantar. Ia começar, quando
bateram à porta do meu quarto [...]. Veja mais aqui e aqui.
ESPELHO CONVEXO – No livro Espelho Convexo (Movimento/INL, 1973), da poeta mineira Celina Ferreira, encontro o poema
Espelho e face: Procuro no espelho / a
face remota. / Não aquela que é visível. / A que o vidro não comporta. / Retiro-a,
sem medo, / descubro-a, ignota. / Não a face que percebo / em mim mesma,
superposta. / Mas imagem lúcida, / clara e luminosa, / que cada dia enterrara /
sob a face que está morta. Também o poema Espelho: O tempo foi destruído / na fina face do espelho. / O ontem virou agora
/ o amanhã chegou mais cedo. / (Capto imagens / perdidas. / Brilho em pânico, /
presa de um cristal / único.) / O tempo foi redimido, / distância não é
segredo. / Mas o mistério profundo / é a pátima do espelho. E o poema
homônimo que dá título à obra: Que reino
lúcido, / liso e perfeito, / que se aprofunda / na superfície / do meu segredo!
/ Vejo-me: o duplo / de mim, liberto / no mundo líquido, / água, azulejo. / Move-se
o duplo / sou eu que o vejo? / Elfo, no estanho / azul do espelho. / Colo meu
rosto / à face esquiva / que me repete, / grave e precisa, / na densa tela / de
prata líquida. / Beijo meu beijo / que me hostiliza, / mergulho os olhos / nos
olhos duros / que me fustigam. / Além, meu duplo / zomba de mim. / Ri do meu
riso / se me duplico / no seu sorriso / cúmplice e afim. / Eros e Anteros, / eu
e meu duplo / no mundo, espelho / no mundo, espelho / que não tem fim. Veja
mais aqui.
O TEATRO E SEU DUPLO – O livro O teatro e seu duplo (Martins Fontes, 1993), do poeta, ator,
dramaturgo e diretor de teatro francês Antonin Artaud (1896-1948),
aborda temas como teatro e a cultura, encenação e a metafísica, teatro alquímico,
teatro de Bali, oriental e ocidental, obras-primas, o teatro e a crueldade,
linguagem, atletismo afetivo, entre outros assuntos. Da obra destaco o trecho
Neutro feminino masculino: Quero experimentar
um feminino terrível. O grito da revolta pisoteada, da angústia armada em guerra
e da reivindicação. É como a queixa de um abismo que se abre: a terra ferida grita,
mas vozes se elevam, profundas como o buraco do abismo, e que são o buraco do abismo
que grita. Neutro. Feminino. Masculino. Para lançar esse grito eu me esvazio. Não
de ar, mas da própria potência do ruído. Ergo à minha frente meu corpo de homem.
E, lançando sobre ele o "olho" de uma horrível mensuração, ponto a ponto
forço-o a entrar em mim. O ventre, primeiro. É pelo ventre que o silêncio deve começar,
à direita, à esquerda, no ponto dos estrangulamentos herniários, onde operam os
cirurgiões. Masculino, para fazer sair o grito da força, apoiar-se-ia primeiro no
ponto dos estrangulamentos, comandaria a irrupção dos pulmões na respiração e da
respiração nos pulmões. Aqui, infelizmente, acontece o contrário e a guerra que
quero fazer vem da guerra que fazem contra mim. E em meu Neutro há um massacre!
Você compreende, há a imagem inflamada de um massacre que alimenta minha guerra.
Minha guerra se alimenta de uma guerra, e cospe sua própria guerra. Neutro. Feminino.
Masculino. Existe nesse neutro um recolhimento, a vontade à espreita da guerra,
e que fará sair a guerra, com a força de seu abalo. O Neutro às vezes é inexistente.
É um Neutro de repouso, de luz, de espaço enfim. Entre duas respirações, o vazio
se amplia, mas então ele se amplia como um espaço. Aqui é um vazio asfixiado. O
vazio apertado de uma garganta, onde a própria violência do estertor obstruiu a
respiração. É no ventre que a respiração desce e cria seu vazio de onde volta a
arremessá-lo para o alto dos pulmões. Isso significa: para gritar não preciso da
força, preciso apenas da fraqueza, e a vontade partirá da fraqueza, mas viverá,
a fim de recarregar a fraqueza com toda a força da reivindicação. [...] Veja
mais aqui, aqui e aqui.
LOVE
CRIMES
– O suspense Love Crimes (Crimes de
amor, 1992), do diretor Lizzie Borden, conta a história de uma assistente de
promotora distrital que tenta seduzir e prender um psicopata predador sexual em
série, que se identifica como um fotografo famoso. Para tanto, ela se disfarça
numa professora reprimida que se deixa fotografar nua para seduzi-lo e levá-lo
para prisão, juntamente com uma tenente que está acompanhando o caso. Enquanto
ela age, o assassino atua para humilhá-la e desejando matá-la. Essa é uma das
películas que fui levado a assistir por causa da belíssima atriz estadunidense Sean Young que é a protagonista estrela
do filme, nada mais tendo por destaque que a sua presença na fita. Veja mais aqui.
A premiadíssima soprano estadunidense Catherine Malfitano (1997)
interpretando a dança dos sete véus da ópera Salomé, Op. 54, de Richard Strauss, baseada na obra de Oscar Wilde,
com a Orchestra of the Covent Garden
Opera London, regie Luc Bondy.
PROGRAMA
TATARITARITATÁ – O programa Tataritaritatá
que vai ao ar todas terças, a partir das 21 (horário de Brasilia), é comandado
pela poeta e radialista Meimei Corrêa na Rádio Cidade, em Minas Gerais. Confira a
programação desta terça aqui. Na programação: Hermeto Pascoal, Charlotte
Gainsbourg, Egberto Gismonti, Chico Buarque, All Jarreau, Milton Nascimento, Pink
Floyd, Djavan, Sonia Mello, Elisete Retter, Franco do Valle, Rosana Simpson, João
Pinheiro, Lilian Pimentel, César Weber, Ricardo Machado, Marisa Serrano, Beto
Saroldi, Jarbas Barros, Santanna O Cantador, Mazinho, Zé Ripe&Paulo Profeta,
Wilfried Berck, Cat Stevens, Romeo Santos, Henry Mancini & Lola Albright, Kim
Carnes, Chris Cornell, Raphael Veronese, Martina McBride, Sandi Patty, Kim
Waters, & muito mais. Veja mais aqui.
Veja mais sobre:
Se não vai de um jeito, vai de outro, A marcha da insensatez de Barbara
Tuchman, Eduque com carinho de Lidia Natalia Dobrianskyj Weber, a música de Kyung-Wha
Chung, a pintura de Joan Miró & Eugène Leroy, a arte de Anna Dart &
Eugene J. Martin,.a poesia de Bárbara Lia, a fotografia de Faisal Iskandar,
Revista Poética Brasileira & Mhário Lincoln aqui.
E mais:
O übermensch de Nietzsche, Processo
civilizador de Norbert Elias, O caminho dos sonhos de Marie-Louise von
Franz, Simon Bolívar, sonetos de Lope de Vega, a
música de Saint-Saëns & Denise Duval, Salomé de Oscar Wilde, o
cinema de Carlos Saura, a arte de Sarah Bernhardt, a pintura de Ernst Hochschartner & Janet Agnes Cumbrae Stewart
aqui.
Eu etiqueta de Carlos
Drummond de Andrade, Formação
da Literatura Brasileira de Antônio Cândido, a
música de Adolphe-Charles Adam, a pintura
de Antonio Bedotti Organofone, a arte de
Benedito Pontes & a poesia de Ana Mello aqui.
Robimagaiver &
pipoco da porra aqui.
Dr. Ciuça Gorda & os cavaleiros do
pós-calipso do nó cego,
As aporias de Zenão de Eleia, os sonetos
de Francesco Petrarca, O teatro situação de Jean-Paul Sartre, Viridiana de Luis
Buñuel & Silvia Pinal, a escultura de Denise Barros, a música de Carlos Santana, a pintura de Max Liebermann & Georgy Kurasov
aqui.
Sou mato, sou mata, sou Mata Atlântica, A hora
dos ruminantes de José J. Veiga, Técnicas
de teatro popular de Augusto Boal, a
música de Peter Scartabello, a arte de Patricia Galvão – Pagu & Pristine
Cartera, a pintura de Georges Rouault
& Tom Fedro aqui.
O desenlace da paquera entre Melzinha
& Brothão, Aracelli, meu amor de José Louzeiro, Violência doméstica &
sexual de Lucidalva Mª do Nascimento, a música
de Geraldo Azevedo & Neila Tavares, Violência contra a mulher, a arte de Yukari
Terakado, Nina Kuriloff & Geneviève Salamone, Marcha das Vadias, Todo homem que maltrata uma mulher não merece jamais
qualquer perdão aqui.
Sujeito, indivíduo, quem?, Principios fundamentais de Filosofia,
Folhas da relva de Walt
Whitman, Ecce homo de Friedrich Nietzsche, Bailarina de Claudio Adrian Natoli,
a música de Emmanuelle Haïm, a arte de Emerson
Pingarilho & Kate Wiloch, Sally Trace, a pintura
de Lasar Segall & Carolyn Anderson aqui.
Se não deu e fedeu, só na outra, meu!, A
literatura fantástica de Tzvetan Todorov, 47 contos de Juan Carlos
Onetti, a poesia de Carlos Drummond de Andrade, a
música de Yann Tiersen, a fotografia de JR, a pintura de Asha Carolyn
Young, a xilogravura de Marcelo Soares, a arte
de Luiz Paulo Baravelli, Kenny Cole & Tom Wesselmann aqui.
O sisifismo da semana, Tempo
& expressão literária de Raúl H. Castagnino, Quingunbo & a
poesia norte-americana, a pintura de Mary
Addison Hackett & Alain Bonnefoit., a
música de Paulinho da Costa & Meghan Lindsay, a arte de Steve Hester & Robert Rauschenberg, a arte urbana de Nina Moraes & Trampo aqui.
Faça seu
TCC sem Traumas: livro, curso & consultas aqui.
Fecamepa –
quando o Brasil dá uma demonstração de que deve mesmo ser levado a sério aqui.
Cordel
Tataritaritatá &
livros infantis aqui.
História da mulher: da antiguidade ao
século XXI aqui.
Palestras: Psicologia, Direito &
Educação aqui.
A croniqueta de antemão aqui.
Livros Infantis do Nitolino aqui.
&
Agenda de Eventos aqui.
Imagem: Blue blanket – oil on wood, do artista plástico Miles Mathis.
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
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