sexta-feira, julho 10, 2015

MILTON SANTOS, PROUST, ARISTÓFANES, CLEÓPATRA, VÉRONIQUE GENS, CLEVANE, PISSARRO, STARK NAKED ORCHESTRA & CORDEL TATARITARITATÁ!!!!!!


extravagância e desvario tributário maometano de Anastácio que cobrava emolumentos até pelo ar que se respirava, além de andar indignado com o calhamaço de lei emperrando tudo e não mais que letras mortas, o excesso de tributação numa cascata de dívidas, razão pela qual já andava alinhado com a Desobediência de Henry Thoureau. Foi aí que começou a martelar no meu quengo o mote: vamos aprumar a conversa! No pelejado nasceu a vinheta xoteada Tataritaritatá que prometia coisa maior mais pra frente. Os anos se passaram e nem se esboçava nada a respeito, anotando aqui e ali uma ideia que pulava do quengo em qualquer taco de papel que se ajuntava nos bolsos. Tome ano. Foi quando em 2008, muitos e muitos anos martelando na ideia, parei e resolvi juntar os pedaços de papel com a tuia de anotações e aprumei a conversa na construção do que findou sendo uma martelada – o objetivo era mesmo compor um martelo agalopado montado no mote: vamos logo aprumar essa conversa, pô, vamolá & tataritaritatá! – e num folheto de cordel preu mandar ver meu esgoelamento numa violada de 12 cordas pra cima e pra baixo. Assim foi, assim ficou sendo. Confira aqui.

Bather in the Woods, do pintor impressionista francês Camille Pissarro (1830-1903). Veja mais aqui.

Curtindo Nuit d'étoiles (Mélodies française – Erato, 2000), da soprano francesa Véronique Gens interpretando canções de Claude Debussy, Gabriel Faure e Francis Poulene.

O MUNDO COMO FÁBULA, COMO PERVERSIDADE E COMO POSSIBILIDADE - O livro Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal (Record, 2000), do geógrafo e professor Milton Santos (1926-2001), trata de temas como o mundo como fábula, como perversidade e como possibilidade; o mundo tal como nos fazem crer: a globalização como fábula, o mundo como é: a globalização como perversidade, o mundo como pode ser: uma outra globalização, a produção da globalização, a unidade técnica, a convergência dos momentos, o motor único, a cognoscibilidade do planeta, um período que é uma crise, uma globalização perversa, a tirania da informação e do dinheiro e o atual sistema ideológico, a violência da informação, fábulas, a violência do dinheiro, as percepções fragmentadas e o discurso único do “mundo”, competitividade, consumo, confusão dos espíritos, globalitarismo, a competitividade, a ausência de compaixão, o consumo e o seu despotismo, a informação totalitária e a confusão dos espíritos, do imperialismo ao mundo de hoje, globalitarismo e totalitarismos, a violência estrutural e a perversidade sistêmica, o dinheiro em estado puro, a competitividade em estado puro, a potência em estado puro, a perversidade sistêmica, da política dos Estados à política das empresas, sistemas técnicos, sistemas filosóficos, tecnociência, globalização e história sem sentido, as empresas globais e a morte da política, três definições da pobreza, a pobreza “incluída”, a marginalidade, a pobreza estrutural globalizada, o papel dos intelectuais, o que fazer com a soberania, o espaço geográfico: compartimento e fragmentação, a compartimentação: passado e presente, rapidez, fluidez, fragmentação, competitividade versus solidariedade, a agricultura científica globalizada e a alienação do território, a demanda externa de racionalidade, a cidade do campo, compartimentação e fragmentação do espaço: o caso do Brasil, o papel das lógicas exógenas, as dialéticas endógenas, o território do dinheiro, o dinheiro e o território: situações históricas, metamorfoses das duas categorias ao longo do tempo, o dinheiro da globalização, situações regionais, efeitos do dinheiro global, verticalidades e horizontalidades, a busca de um sentido, a esquizofrenia do espaço, ser cidadão num lugar, o cotidiano e o território, uma pedagogia da existência, limites à globalização perversa, os limites da racionalidade dominante, o imaginário da velocidade: técnica e poder, do relógio despótico às temporalidades divergentes, Just-in-time versus o cotidiano, um emaranhado de técnicas: o reino do artifício e da escassez, papel dos pobres na produção do presente e do futuro, cultura popular, cultura de massas, a precedência do homem e o período popular, a centralidade da periferia, alienação da nação ativa, a dissolução das ideologias, a pertinência da utopia, um novo mundo possível, a humanidade como um bloco revolucionário, a nova consciência de ser mundo, entre outros assuntos. Da obra destaco o trecho inicial O mundo como fábula, como perversidade e como possibilidade & O mundo tal como nos fazem crer: a globalização como fábula: Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido. Haveria nisto um paradoxo pedindo uma explicação? De um lado, é abusivamente mencionado o extraordinário progresso das ciências e das técnicas, das quais um dos frutos são os novos materiais artificiais que autorizam a precisão e a intencionalidade. De outro lado, há, também, referência obrigatória à aceleração contemporânea e todas as vertigens que cria, a começar pela própria velocidade. Todos esses, porém, são dados de um mundo físico fabricado pelo homem, cuja utilização, aliás, permite que o mundo se torne esse mundo confuso e confusamente percebido. Explicações mecanicistas são, todavia, insuficientes. É a maneira como, sobre essa base material, se produz a história humana que é a verdadeira responsável pela criação da torre de babel em que vive a nossa era globalizada. Quando tudo permite imaginar que se tornou possível a criação de um mundo veraz, o que é imposto aos espíritos é um mundo de fabulações, que se aproveita do alargamento de todos os contextos (M. Santos, A natureza do espaço, 1996) para consagrar um discurso único. Seus fundamentos são a informação e o seu império, que encontram alicerce na produção de imagens e do imaginário, e se põem ao serviço do império do dinheiro, fundado este na economização e na monetarização da vida social e da vida pessoal. De fato, se desejamos escapar à crença de que esse mundo assim apresentado é verdadeiro, e não queremos admitir a permanência de sua percepção enganosa, devemos considerar a existência de pelo menos três mundos num só. O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; o segundo seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro o mundo como ele pode ser: uma outra globalização. O mundo tal como nos fazem crer: a globalização como fábula. Este mundo globalizado, visto como fábula, erige como verdade um certo número de fantasias, cuja repetição, entretanto, acaba por se tornar uma base aparentemente sólida de sua interpretação (Maria da Conceição Tavares, Destruição não criadora, 1999). A máquina ideológica que sustenta as ações preponderantes da atualidade é feita de peças que se alimentam mutuamente e põem em movimento os elementos essenciais à continuidade do sistema. Damos aqui alguns exemplos. Fala-se, por exemplo, em aldeia global para fazer crer que a difusão instantânea de notícias realmente informa as pessoas. A partir desse mito e do encurtamento das distâncias – para aqueles que realmente podem viajar – também se difunde a noção de tempo e espaço contraídos. É como se o mundo se houvesse tornado, para todos, ao alcance da mão. Um mercado avassalador dito global é apresentado como capaz de homogeneizar o planeta quando, na verdade, as diferenças locais são aprofundadas. Há uma busca de uniformidade, ao serviço dos atores hegemônicos, mas o mundo se torna menos unido, tornando mais distante o sonho de uma cidadania verdadeiramente universal. Enquanto isso, o culto ao consumo é estimulado. Fala-se, igualmente, com insistência, na morte do Estado, mas o que estamos vendo é seu fortalecimento para atender aos reclamos da finança e de outros grandes interesses internacionais, em detrimento dos cuidados com as populações cuja vida se torna mais difícil. Esses poucos exemplos, recolhidos numa lista interminável, permitem indagar-se, no lugar do fim a da ideologia proclamado pelos que sustentam a bondade dos presentes processos de globalização, não estaríamos, de fato, diante da presença de uma ideologização maciça, segundo a qual a realização do mundo atual exige como condição essencial o exercício de fabulações. [...] Veja mais aqui.

EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO – O romance À sombra das raparigas em flor (1918), do escritor francês Marcel Proust (1871-1922), é o segundo volume da obra cíclica Em busca do tempo perdido, é o mais lírico dos seus livros, contando a história do narrador já adolescente, conhece as moças na estância balneária, sofrendo do desamor pela paixão não correspondida, interessando-se por uma nova jovem do grupo, sob os vícios nefandos da anormalidade sexual e psicológicas, as decepções, entre outras fases passadas pelo jovem narrador. Da obra destaco o trecho inicial: Quando se cuidou de receber ao jantar, pela primeira vez, o Sr. De Norpois, tendo minha mãe lamentado que o professor Cottard estivesse viajando e que ela própria tivesse deixado completamente de frequentar Swann, pois ambos teriam sem dúvida interessado o antigo embaixador, meu pai respondeu que um conviva eminente, um sábio ilustre, como Cottard, jamais poderia fazer má figura num jantar, ao passo que Swann, com sua ostentação, sua mania de alardear aos quatro ventos as suas relações, era um vulgar fanfarrão que o marquês de Norpois sem dúvida teria achado, conforme sua própria expressão, "nauseante". Ora, a resposta de meu pai necessita de algumas palavras de explicação, já que algumas pessoas talvez se lembrem de um Cottard bastante medíocre e de um Swann de extrema delicadeza, em matéria mundana, primor de modéstia e discrição. Mas, pelo que diz respeito a este, ocorrera que o "filho de Swann", e também o Swann do Jockey, adquirira uma personalidade nova (e que não deveria ser a última), a de marido de Odette. Afeiçoando às humildes ambições dessa mulher o instinto, o desejo e a habilidade de que sempre fora dotado, empenhara-se em construir, bem por baixo da antiga, uma posição nova e apropriada à companheira que a ocuparia com ele. Ora, mostrava-se aí um novo homem. Visto que (sempre continuando a frequentar sozinho os amigos pessoais, aos quais não queria impor Odette quando não lhe pedissem espontaneamente para conhecê-la) era uma segunda vida que ele começava em comum com sua mulher, em meio a criaturas novas, ainda se compreenderia que, para avaliar o nível destas e, consequentemente, o prazer de amor-próprio que poderia sentir em recebê-las, ele se servisse, como ponto de comparação, não das pessoas mais brilhantes que formavam sua sociedade antes do casamento, mas das relações anteriores de Odette. Porém, mesmo quando se sabia que era com funcionários deselegantes, com mulheres de má fama, adorno dos bailes de ministérios, que ele desejava ligar-se, ficava-se espantado por ouvi-lo proclamar em alto e bom som (ele que outrora e, mesmo ainda hoje, dissimulava tão graciosamente um convite de Twickenhamou do Palácio de Buckingham) que a mulher de um subchefe de gabinete viera fazer uma visita à Sra. Swann. Dir-se-á talvez que aquilo se devia a simplicidade do Swann elegante não passara nele de uma forma mais requintada de vaidade e que, como certos judeus, o antigo amigo de meus pais pudera frequentar, de cada vez, os estágios sucessivos por onde haviam passado os membros de sua raça, desde o mais ingênuo esnobismo e a patifaria mais grosseira, até a mais fina polidez. Mas o motivo principal, aplicável à humanidade como o era que nossas próprias virtudes não são algo livre, flutuante, de que consegue a disponibilidade permanente; elas acabam por se associar tão estreitamente à nosso espírito, às ações perante as quais nos impusemos o dever de  executar que, se nos aparece uma atividade de outra ordem, esta nos pega totalmente prevenidos e sem que tenhamos sequer a ideia de que poderia nos valer praticar essas mesmas virtudes. Swann, solícito para com essas novas relações, citando-as com orgulho, era como aqueles grandes artistas modestos, ou sozinhos que, se, no fim da vida, se dedicam à culinária ou à jardinagem, exigência de ingênua satisfação com os elogios conferidos a seus pratos ou platibandas; quais não admitem a crítica que aceitam facilmente quanto a suas obras então que, ofertando de graça uma de suas telas, não podem perder quarenta sons no dominó sem mau humor. [...]. Veja mais aqui e aqui.

NÓS DOIS: AMOR TRANSCENDENTAL & EROTIKINHA – A poeta, psicóloga, ilustradora, palestrista, oficineira e jornalista potiguar radicada em Minas Gerais, Clevane Pessoa de Araújo Lopes, autora de diversos livros de poesias e contos, bem como mais de vinte e dois e-books infantis, memórias, ensaios e poesias. Ela atua como consultora de teatro, revisora de textos e roteirista de peças teatrais, participando de recitais, saraus, leituras e performances. Em 2007 ela comemorou 50 anos de Poesia, então premiada com o título Poeta Honoris Causa, do Clube Brasileiro de Língua Portuguesa e, em 2009, Doutora Honoris Causa em Filosofia. Em 2011, lançou pela Editora Abrace de poesias e ilustrações Lírios sem Delírios. Além disso, ela participa de diversas academias e associações literárias, reunindo pDificuldades espiraladas, impedimentos, nãos, quantos obstáculos interpostos à beleza de um amor eternal! Machucaduras de outrem deviam sobrepor-se à sua ternura, mas todas as barreiras, todas as diferenças, apontadas, impostas, desmancharam-se qual papel de seda nas águas de suas intenções. Ficaram firmes, mesmo afastados. A distância não diminuía seu bem, as lembranças derradeiras faziam-se jubilosas quais se fossem as primeiras. Olor no ar: abriram-se os botões de rosas, pareciam em debut todas as roseiras. A paixão era forte e leda, para aqueles jovens conformados mas esperançosos em sua procura por dias mais ditosos. Outrora, quantos casais eram separados, por causa de diferenças sociais, barreiras de cor, de religiões, quando podavam seus desejos! Escreviam-se, às escondidas, sentiam a presença do ser amado, quase ouviam seus sussurros nas longas noites de espera... Ele, uma doença tropical encurtou a estadia aqui na Terra. Chega a noticia, quando ela seria obrigada a casar-se com alguém determinado pelos pais. Fica noiva e todos os linhos bordados são de lágrimas molhados, ou pintalgados do sangue dos dedos picados, tão trêmula e triste andava... Então, exausta, adoece. Cada rosa do amor antigo, mais floresce. Febril, sente o doce beijo ardente de quem sequer beijara. Esvai-se em saudade. Vai-se antes do tempo redimensionado. E ao chegar à outra dimensão, encontra à sua espera o bem amado, ela, o ser que ele mais amava... E no abraço de espíritos sentem o amor consagrado perenal e transcendente, muito maior que suas vidas aqui na terra não juntas construídas, E entendem que não existe a morte para um amor desse quilate! Ouvem a música angelical. sabem-se parte de um plano mais amplo , belo, transcendental. Felizes por completo, afinal! Também o seu belo poema Nós dois: Perpassa-me com teu olhar de laser... Umedece-me os poros, cada ponto de contato e de encontro, com tua própria umidade... Apascenta minhas mamas túmidas, fontes de leite... Percorre-me os invisíveis caminhos que apenas tu, conheces... Ondeio-me ao teu carinho... Suor, saliva, sabor... Abalos e tremores decretam estado geral de alerta... O desejo, sentinela treinada e insone... Para meu total deleite, o vulcão em erupção derrama-se na superfície sequiosa, faz abrir-se o mais fechado botão de rosa, ao calor intenso... Faz romper-se o invólucro tornado inútil, desfaz, refaz, entontece... depois, o sono absoluto e necessário conduz ao Alto e depois devolve à terra... Mesmo que seja em sonho, é qual antes, de verdade... Nós dois... Por fim, o seu belíssimo Erotiquinha: Quando gozogozo, bêbada do uso-ozo com gosto de anis, grito, arfo, fremente. De mim mesma, corro. Por um triz, não morro. Eu, pequena bacia d'água. Você, chafariz. Veja mais aqui, aqui e aqui.

(Uma rua de Atenas. À esquerda, a casa de Estrepsíades, velho agricultor obrigado pela guerra a deixar o campo e passar a residir em Atenas; à direita, um casebre diminuto, sujo, arruinado, que obriga o Pensamental de Sócrates. À extrema esquerda, uma estátua de Poseidon. Em frente da casa de Sócrates, contrabalançando com herma, há um fogão cheio de panelas, com um comprido e fino cano de chaminé e um letreiro que diz: Modelo do Universo, Segundo o Princípio da Convecção. Diante da casa de Estrepsíades há duas camas, uma ocupada pelo próprio Estrepsíades, a outra por Feidipides. Perto, estendidos no chão, dormem e roncam fortemente vários escravos. Está quase amanhecendo) ESTREPSÍADES - (mexendo-se agitado, depois atirando para um lado as cobertas e sentando-se na cama, e bocejando) Aaaaaaaaaaauuuuuuuuuuu! Zeus, Todo-Poderoso, que infindável E monstruosa noite! Quando o dia Nascerá finalmente? Eu juraria Há muito tempo ter ouvido o canto Do galo. E o que se dá com esses escravos? Roncando ainda assim. Que desaforo! Pelos deuses! As coisas por aqui Eram bem diferentes, certamente Nos velhos tempos, antes dessa guerra! Maldita guerra! Arruinou Atenas. Não se pode sequer, de agora em diante, Chibatear sem dó nossos escravos, Pois, se o fizermos, os escravos fogem E vão se apresentar aos espartanos. (apontando para Feidipides) O caso é ainda pior, embora incrível, Com este meu filho, moço irresponsável, Preguiçoso sem par e incorrigível. Vede como ele dorme aconchegado Sob cinco cobertas. Muito bem! Se é isto que queres, vou dormir também. Não tem graça: dormindo, e eu acordado. (Enfia-se de novo debaixo das cobertas por um momento, depois as empurra e senta-se de novo na cama) Não consigo dormir. Malditas dívidas! Não me deixam sequer piscar os olhos. (Voltando-se para Feidipides) Tudo por tua causa, filho ingrato. Teus malditos cavalos, tuas selas, Arreios, jaezes e chicotes, E rabos de cavalo, ainda por cima! Estou falido, arruinado, pobre. O que vai ser de mim no fim do mês, Quando todas as dívidas vencerem? (Acorda Xântias, brutalmente, com pontapés) Vai depressa uma lâmpada acender E o meu livro de contas trazer. (O escravo se levanta, acende uma lamparina de luz muito fraca e traz o livro de escrituração) Vou ver aqui nas contas quanto devo. (Lendo em voz alta) A Pásias a importância de trezentos... Isto tudo? Para o que terá sido? Ah! Agora me lembro! Estou lembrado: O cavalo capão que eu lhe comprei. Acho que era melhor me ter capado! FEIDIPIDES - (sonhando alto) Filo! Estás me traindo sem-vergonha! Corre seguindo bem a tua pista! ESTREPSÍADES - É isto! Essa mania de cavalos É o que está arrasando a minha vida. Pensa que está correndo até no sonho. FEIDIPIDES - (sonhando alto) Quantas voltas ainda para o fim? ESTREPSÍADES – Teu pobre pai se encontra mesmo às voltas! (Voltando ao livro de escrituração) Agora vamos ver, depois de Pásias Qual a seguinte dívida contraída. [...] Veja mais aqui.

CLEÓPATRA – (Imagens: Pôster do filme + imagens de Elizabeth Taylor & a pintura The Death of Cleopatra, 1874, by Jean Rixens) - A generosa, voluptuosa, culta, sedutora, fulgurante, orgulhosa e ousada rainha Cleópatra VII (69.aC – 30 aC) que assumiu o poder aos 17 anos de idade, admirada por suas qualidades de estadista, inteligência, energia, sentido de grandes projetos e, também, paciência e tenacidade. Cresceu no meio do tumulto e angústia da guerra e da invasão, conheceu a humilhação da ocupação estrangeira, a arrogância e a brutalidade dos romanos, os caprichos rústico da população mestiçada de Alexandria, a docilidade e resignação dos camponeses submissos. Nutria simpatias pelas virtudes ancestrais, harmonia com os elementos e amor pela paz dos egípcios, por isso pertencia ao Egito por inteligência e coração: seu sonho era livrar seu povo da tirania estrangeira. Sua vida e tragédia foram contadas no drama biográfico histórico Cleópatra (1963), dirigido por Rouben Mamoulian (1897-1987) e pelo cineasta Joseph L. Mankiewicz (1909-1993), com roteiro baseado na obra do escritor e jornalista Carlo Mario Franzero (1892-1986). O filme foi protagonizado pela sempre bela e premiada atriz inglesa Elizabeth Taylor (1932-2011). Veja mais aqui.

IMAGEM DO DIA
Imagem:  o ensaio e o concerto da Stark Naked Orchestra – orquestra feminina japonesa que após a abertura do concerto em um teatro lotado no Japão, todas se desnudam e executam seus instrumentos completamente despidas. No final a maestrina vai aos prantos com os aplausos da plateia.


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A lenda do açúcar e do álcool, Educação não é privilégio de Anísio Teixeira, História da Filosofia de Wil Durant, a música de Yasushi Akutagawa, Não há estrelas no céu de João Clímaco Bezerra, Cumade Fulosinha & Menelau Júnior, a pintura de Madison Moore, João Pirahy & Pulsarte aqui.

E mais:
Sorria, Canto geral de Pablo Neruda, A desobediência civil de Henry David Thoreau, O feijão e o sonho de Orígenes Lessa, Revolução na América do Sul de Monteiro Lobato & Brincarte do Nitolino, a pintura de Amedeo Modigliani, a música de Sebastião Tapajós, Marcelo Soares aqui.
Psicologia social e educação, a poesia de Pablo Neruda, a pintura de Amedeo Modigliani, a música de Yasushi Akutagawa, a arte de Regina Espósito & Ju Mota aqui.
Recitando Castro Alves: Navio Negreiro aqui.
Devagar e sempre, A monadologia de Leibniz, Estudo do poema de Antônio Cândido, Meu país de Dorothea Mackellar, A arte da comédia de Lope de Vega, o ativismo de Emma Goldman, a arte de Gilvan Samico, a música de Alceu Valença, a xilogravura de Amaro Francisco Borges, Brincarte do Nitolino & a pintura de Nina Kozoriz aqui.
A vida dupla de Carolyne & sua cheba beiçuda, Psicologia da arte de Lev Vygotsky, a poesia de William Butler Yeats, A República de Platão, a pintura de Raphael Sanzio & Boleslaw von Szankowski, a música de Leonard Cohen, o cinema de Paolo Sorrentino & World Erotic Art Museum - WEAM aqui.
Divagando na bicicleta, Onde andará Dulce Veiga de Caio Fernando Abreu, Os elementos de Euclides de Alexandria, O teatro e seu duplo de Peter Brook, a música de Billie Myers, a fotografia de Alberto Henschel, a pintura de Jörg Immendorff & Oda Jaune aqui.
A conversa das plantas, Memória da guerra de Duarte Coelho, a poesia de Cruz e Sousa, Arquimedes de Siracusa, a música de Natalie Imbruglia, a arte de Hugo Pratt & Tom 14 aqui.
Leitoras de James leituras de Joyce, a fotografia de Humberto Finatti, a arte de Henri Matisse & Wayne Thiebaud aqui.
Incipit vita nuova, As raízes árabes da arte nordestina de Luís Soler, A divina comédia de Dante Alighieri, a música de Galina Ustvolskaya, a pintura de Jack Vetriano & Paul Sieffert, as gravuras de Gustave Doré & a arte de Luciah Lopez aqui.
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CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Imagem: Nude Woman Reading, do artista plástico e ilustrador estadunidense Howard Chandler Christy (1873 – 1952).
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