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segunda-feira, novembro 13, 2017

JUNG, GOURMONT, ERICA JONG, MARIA BLANCHARD, JOHANNES ITTEN, ADRIANO SALES & SÃO BENEDITO DO SUL

A CANÇÃO DO POEMA QUE NÃO FIZ - Imagem: The lute player (1917-1918), da pintora espanhola Maria Blanchard (1881-1932). - O poema que não fiz era só uma canção que se perdeu, nada mais. Eu queria cantá-lo voz em eco das tripas coração, alma na boca. Só não fiz e se perdera, mudo e só, no meio da madrugada, o poema que eu não fiz se fez silêncio e não foi feito quando deveria ser, passou e não mais. O poema que não fiz deu sinal de vida, brotou por um triz e não se fez, desceu pelo ralo e se perdeu. Hoje sinto falta como se fosse uma lembrança que se esquece e quase nem sei porquê, ora bolas, de sentir que não escrevi o que deveria ter dito e feito. Pra quê mesmo? Ora, ora. Sei lá, só sei que o poema que não fiz fugiu entre os dedos, escorreu peito abaixo e esqueci cantar na voz rouca, o peso dos anos nas costas e mais que inventei pra cantar. O poema que não fiz era uma canção só feita de sóis e de lás sustenidos do que eu tinha esquecido por tantos bemóis, pedaços de infância, segredos adolescidos, adulteza incerta e se foi vento como aquela que ama e partiu pra não voltar. O poema que não fiz era um verso só na agonia das entranhas, atravessado na angústia e o perdi na ladeira, quando eu ia pro céu sem saber que ela se foi pra não mais voltar, me deixando sozinho na esquina do escuro e sem saber nada mais nada, alma penada que perdeu rumo e viés. O poema que não fiz era a canção que deixei de fazer com um verso que teimava em poema na flor do pensamento e quase não dizia de nada nem de mim, nem de nada, era sussurro do dia se valendo da noite, a tarde desfeita em quimeras que sequer sonhei, quando ela foi embora e não mais voltou para eu perder a noção da estrada, dos quadrantes, pontos cardeais, até os acordes da canção se foram com ela pra mim que perdera a posse no erro da veia como quem não tem nem onde cair morto. A canção que eu não fiz doía muito e sangrou no caminho até me nocautear e quase morrer de tão grande em mim de não caber na voz e nenhum tom, apenas solada por melodia que me encantava pronto pra solfejar e dizer o que era de alma e coração, e perder os sentidos de mais nada saber. A canção que não fiz era o poema incompleto e aos trapos, enviezado no peito com o aceno dela de que não mais voltaria e a me engasgar o adeus na garganta e a voz que se rasga e se espanta pra não mais cantar, tão tarde a canção que eu fiz e perdi no poema esquecido do verso dissolvido no adeus de quem ama pra sempre amar porque tudo fizera o amor o poema em canção. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.

RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá especiais com o saudoso arranjador, maestro, compositor e multi-instrumentista Moacir Santos (1926-2006): Ouro negro & Coisas; com a multifacetada cantora, guitarrista, compositora, atriz & performer argentina Érica Garcia: Amorama & El Cerebro; do compositor holandês Jacob de Haan: Concerto d’ Amore, Ross Roy, Utopia & Pacifi Dream; e do grupo vocal e instrumental de pesquisa e recriação muscial Mawaca: Canto da Floresta & Gayatri Mantra. Para conferir é só ligar o som e curtir.

PENSAMENTO DO DIA - [...] Meu amigo, já faz alguns séculos que as escolas têm estado a envenenar-vos a sensibilidade e a asfixiar-vos a inteligência [...], pensamento do poeta e dramaturgo francês Rémy de Gourmont (1858-1915), que também expressou: [...] a volúpia é uma criação do homem, uma arte delicada que só uns poucos dominam com perfeição, como a música ou a pintura. [...] o homem associa suas ideias, não de acordo com a lógica, ou com exatidão comprovável, mas de acordo com seus desejos e interesses. [...]. Veja mais aqui.

SÃO BENEDITO DO SUL – O distrito de São Benedito do Sul foi criado pela Lei municipal 24, datada de 20 de outubro de 1899, com a denominação de São Benedito, integrando território do município de Quipapá. O Decreto-Lei estadual 952, de 31 de dezembro de 1943, mudou a denominação para Iraci. A Lei estadual 4980, de 29 de dezmebro de 1963 – data de criação do município -, elevou o distrito à categoria de município autônomo, com a denominação de São Benedito do Sul, com sua instalação ocorendo em 13 de maio de 1964. Administrativamente o município está formado pelos distritos sede e Igarapeba e pelos povoados da Usina Periperi e do Engenho Soberana. Anualmente, no dia 13 de maio, o município comemora sua emancipação política, conforme a Enciclopédia dos Municípios do Interior de Pernambuco (FIAM/DI, 1986). Veja mais aqui.

O TAO E OS OPOSTOS - [...] porque as coisas do mundo interior estão sempre a influenciar-nos poderosamente rumo à inconsciência, é essencial a qualquer pessoa que tenha a intenção de fazer progressos na autocultura objetivar os efeitos da anima e, depois, tentar compreender quais são os conteúdos subjacentes a eles. É dessa maneira que o individuo se adapta e adquire proteção contra o invisível. Não haverá adaptação sem que se façam concessões aos dois mundos. Da ponderação entre os reclamos dos mundos interior e exterior, ou melhor, dos conflitos existentes entre eles, surge o possível e o necessário. Nossa mente ocidental, infelizmente, carente que é de qualquer espécie de cultura a esse respeito, ainda não conseguiu idear um conceito, nem mesmo um nome, para a “união dos opostos em um caminho mediano”, esse item mais fundamental da experiência interior que bem pode, com todo o respeito, ser justaposto ao conceito chinês do Tao. [...]. Trecho extraído das Obras completas (Colected works – Vozes, 2000), do psicoterapeuta suíço Carl Gustav Jung (1875-1961). Veja mais aqui e aqui.

MEDO DE VOAR – [...] mas o grande problema era como fazer com que o feminismo se harmonizasse com a fome insaciável de corpos masculinos. Não era fácil. Ademais, ao passar do tempo mais claro se fornava que os homens, na essência, tinham pavor às mulheres. Alguns em segredo, outros abertamente. O que podia ser mais lancinante do que uma mulher libertada, de olho em cacete murcho? As maiores questões da história empalidecem, em comparação com esses dois objetos quintessenciais, a mulher eterna e o cacete murcho. [...]. Trecho extraído da obra Medo de voar (Artenova, 1975),da escritora e educadora estadunidense Erica Jong. Veja mais aqui

PALMARES
Terra dos poetas
Que nas manhãs de agosto
Encobre-se por uma cortina branca
De névoa e garoa
Cortada pelo imponente Rio Una
Impávido e colossal
Terra das belas praças
Árvores belas
E clima interiorano
Com tantos motivos
Dá-me vontade rimar:
Com meus pensamentos estranhos
Deito em bancos da Praça Paulo Paranhos
Deleza que incendeia na Praça Ismael Gouveia
Em rimas que se estendem
Longo seria o poema
Pois infinita é sua beleza.
Poema extraído do livro Eu-poesias em vias (Rascunhos, 2015), de Adriano Sales, Veja mais aqui.

Veja mais:
A poesia de Manoel de Barros aqui, aqui, aqui e aqui.
A arte de Almeida Junior aqui.
A literatura de Robert Louis Stevenson aqui.
A arte de Camille Pissarro aqui.
O pensamento de Agostinho de Hipona aqui e aqui.
A arte de Ludovico Carracci aqui.
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A ARTE DE JOHANNES ITTEN
A arte do pintor, escritor e professor suíço Johannes Itten (1888-1967).

quarta-feira, julho 26, 2017

ARQUÉTIPOS DE JUNG, MOACIR SANTOS, CONTRAPONTO DE HUXLEY, JACOB DE HAAN, MAWACA, ÉRICA GARCIA, JENNY SAVILLE & MARIE JOHNSON HARRISON

OS AVÓS SÓ BOTAM A PERDER – Imagem: Art by Marie Johnson Harrison - Vivi momentos felizes de muitas aventuras na minha infância com os meus avós. O primeiro neto que apareceu no meio de uma penca de tios e tias, pronto, virava eu o xodó e o centro das atenções, manhando dengoso no meio da maior plateia, isso no de menos. Na garupa do cavalo, meu avô Arlindo me levou por vales, rios e canaviais. Quando não, por ser o administrador de engenhos de cana de açúcar do Rio Grande Norte até terras no sul de Minas Gerais, eu podia gabola beiçudo impressionar os matutos com minhas invencionices e trelas de menino tagarela, tudo abestalhado com o meu poder de inventar pinóias cada uma pior que a outra: esse menino bebeu água de chocalho. Essa e muitas outras aventuras nos engenhos só paravam de mesmo quando meu avô ia pra casa dele em Água Preta, eram dias de reinação na bodega sortida de vó Benita, coisa de levar carão o dia todo e esperar pelos acalantos e histórias de trancoso que ela mandava ver pra me amedrontar arrepiado embaixo do cobertor. Os acalantos e histórias dela era coisa de ciúmes nos cabarés, soldados que se perderam, mães que se vingaram, mortes e brigas de famílias, afora coisas do outro mundo e presepadas de espíritos zombeteiros. Quando eu não tremia de medo, morria de rir, e ela mais ainda, até se esquecia das horas contando cada coisa. Findavam as férias e eu de volta pra casa, eram os tempos de ganhador aberto: Pai Lula mesmo todo dia trazia um Mané Gostoso, uma peteca, ioiô, cavalo de pau, boneco de barro, brinquedos de plásticos, doces, biscoitos, confeitos e guloseimas regionais, afora me atiçar com piadas e adivinhações que me premiavam independente de que eu acertasse ou não. Ganhava de todo jeito. Às vezes me levava pra casa dele e lá eu virava artista de cinema com Carma que me recepcionava com o sorriso mais lindo do universo. Depois eu puxava conversa e parava todo movimento da casa, Carma atenta às minhas leseiras, me tratando como um homenzinho que mais queria aparecer que crescer. Oxe, eu ficava contando coisas engraçadas só pra ver a risada de Carma, quando não me ressentia pra ela da minha mãe que não deixava eu brincar no quintal com minha irmã nem com meus primos, me amarrava no pé da mesa, não podia botar o pé descalço no chão, nem chacoalhando na água, nem atrepar no pé de fruta, nem no muro, nem por cima do quintal do vizinho, nem comer chocolate, vixe, ela não deixa, Carma, não deixa! E Carma ria me abraçando e me oferecendo doces e bolos os tantos. O melhor de tudo de todos os meus aprontamentos com meus avós, era que quanto mais eu folgava nas peraltices, mais eles me davam corda para mandar ver nas presepadas. Pois é, os avós botam mesmo tudo a perder, como eu que sou perdido de não prestar mais. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.

OS ARQUÉTIPOS E O INCONSCIENTE DE JUNG
[...] Uma existência psíquica só pode ser reconhecida pela presença de conteúdos capazes de serem conscientizados. Só podemos falar, portanto, de um inconsciente na medida em que comprovarmos os seus conteúdos. Os conteúdos do inconsciente pessoal são principalmente os complexos de tonalidade emocional, que constituem a intimidade pessoal da vida anímica. Os conteúdos do inconsciente coletivo, por outro lado, são chamados arquétipos. [...] Estou convencido de que o depauperamento crescente dos símbolos tem um sentido. O desenvolvimento dos símbolos tem uma conseqüência interior. Tudo aquilo sobre o que nada pensávamos e a que, portanto, faltava uma conexão adequada com a consciência em desenvolvimento, foi perdido. Tentar cobrir a nudez com suntuosas vestes orientais, tal como fazem os teósofos, seria cometer uma infídelidade para com a nossa história. Não caímos no estado de mendicância para depois posar como um rei indiano de teatro. Mais vale, na minha opinião, reconhecer abertamente nossa pobreza espiritual pela falta de símbolos, do que fingir possuir algo, de que decididamente não somos os herdeiros legítimos. Certamente somos os herdeiros de direito da simbólica cristã, mas de algum modo desperdiçamos essa herança. Deixamos cair em ruínas a casa construída por nosso pai, e agora tentamos invadir palácios orientais que nossos pais jamais conheceram. Aquele que perdeu os símbolos históricos e não pode contentar-se com um substitutivo, encontra-se hoje em situação difícil; diante dele o nada bocejante, do qual ele se aparta atemorizado. Pior ainda: o vácuo é preenchido com absurdas idéias político-sociais e todas elas se caracterizam por sua desolação espiritual. Mas quem não consegue conviver com esses pedantismos doutrinários vê-se forçado a recorrer seriamente à sua confiança em Deus. Embora em geral se constate que o medo é ainda mais convincente. Tal medo decerto não é injustificado, pois onde o perigo é maior, Deus parece aproximar-se. É perigoso confessar a própria pobreza espiritual, pois o pobre cobiça e quem cobiça atrai fatalidade. Um drástico provérbio suíço diz: "Por detrás de cada rico há um demônio e atrás de cada pobre, dois". Da mesma forma que os votos de pobreza material, no cristianismo, afastavam a mente dos bens do mundo, a pobreza espiritual renuncia às falsas riquezas do espírito, a fim de fugir não só dos míseros resquícios de um grande passado, a "Igreja" protestante, mas também de todas as seduções do perfume exótico, a fim de voltar a si mesma, onde à fria luz da consciência, a desolação do mundo se expande até as estrelas. Já herdamos essa pobreza de nossos pais. [...] Nosso intelecto realizou tremendas proezas enquanto desmoronava nossa morada espiritual. Estamos profundamente convencidos de que apesar dos mais modernos e potentes telescópios refletores construídos nos Estados Unidos, não descobrirem nenhum empíreo nas mais longínquas nebulosas; sabemos também que o nosso olhar errará desesperadamente através do vazio mortal dos espaços incomensuráveis. As coisas não melhoram quando a física matemática nos revela o mundo do infinitamente pequeno. Finalmente, desenterramos a sabedoria de todos os tempos e povos, descobrindo que tudo o que há de mais caro e precioso já foi dito na mais bela linguagem. Estendemos as mãos como crianças ávidas e, ao apanhá-lo, pensamos possuí-lo. [...].
Trechos extraídos da obra Os arquétipos e o inconsciente coletivo (Vozes, 2000), do psicoterapeuta suíço Carl Gustav Jung (1875-1961), trazendo fundamentações teóricas que descrevem arquétipos específicos num estudo sobre as relações deles com o processo de individualização e da psicoterapêutica. Veja mais aqui & aqui.

Veja mais sobre:
Do raiar do dia aos naufrágios crepusculares, Sempre poesia de Helena Kolody, História dos hebreus de Flavio Josefo, Metafísica do real & virtual de Michael R. Heim, Yanomâmi de Milton Nascimento & Fernando Brant, a fotografia de André Brito, a pintura de George Grosz & Fernando Rosa, a arte de Rollandry Silvério & a poesia de Carla Torrini aqui.

E mais:
Os avós aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.
Envelhecer não é o fim do mundo aqui.
Alter ego, Arquétipo de criança de Carl Jung, Eminência parda de Aldous Huxley, A flauta roubada de Cassiano Ricardo, a literatura de George Bernand Shaw, Laranja Mecânica, o cinema de Stanley Kubrik, a música de Gilson Peranzzetta & Mauro Senise, a pintura de Jean Baptiste Camille Corot & Demócrito Borges, Brincarte do Nitolino & Rachel Lucena Colégio Fator aqui.
Terceira idade & envelhecimento, Aldous Huxley, a música de Armando José Fernandes, a pintura de Camille Corot, a poesia de Ivaldo Gomes & o blog de Mônica e Monique Justino aqui.
A mútua colheita do amor aqui.
Vade-mécum: enquirídio, um preâmbulo para o amor aqui.
Por onde é que anda o Doro, hem?, Teatro & ciência de Bertolt Brecht, Ziraldo, Revolução de Florestan Fernandes, Canto primeiro de Basílio da Gama, a música infantil de Adriana Calcanhoto, Olga Benário Prestes, Rainha Margot & Isabelle Adjani, Clube Literário de Andrelândia, a pintura de Cristoforo Munari, a arte de Rollandry Silvério & Brincarte do Nitolino aqui.
Segura o jipe!, a prima da Vera & a pintura de Pedro Cabral aqui.
De heróis, mitos & o escambau, a pintura de Alphonse Eugène Felix Lecadre & Aldemir Martins aqui.
Todo dia, a primeira vez, a arte de Gilvan Samico & a pintura de Paul Mathiopoulos aqui.
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CONTRAPONTO DE HUXLEY
[...] Era sempre demasiado fácil para ele dispensar os outros. Gostava muito de se fechar no fundo de seu próprio silêncio. Mas podia ter aprendido a se exteriorizar mais, se não sobreviesse aquele horrível acidente. [...] - Eu quisera que Phillip tivesse ido à guerra. Não por motivos belicosos ou patrióticos. Mas porque se me pudessem garantir que ele não morreria nem ficaria mutilado, teria sido tão bom para ele […] Podia ter-lhe quebrado a concha, podia tê-lo libertado de sua própria prisão. Liberdade sob o ponto de vista emocional, porque o seu intelecto já é bastante livre. [...] Duma maneira abstrata sabes que a música existe, e que é bela; mas não partas daí para fingir, ao escutar Mozart, que estás num arrebatamento que não sentes. Se procedes assim, transformas-te num desses esnobes musicais idiotas que se encontram na casa de Lady Edward Tantamount. Incapazes de distinguir Bach de Wagner, babando-se de êxtase quando os violinos se fazem ouvir. O mesmo se passa exatamente com Deus. O mundo está cheio de esnobes religiosos perfeitamente ridículos. Pessoas que não estão verdadeiramente vivas, que nunca praticaram um ato verdadeiramente vital, que não têm relação viva com coisa alguma; criaturas que não têm o menor conhecimento pessoal ou prático do que é Deus. Mas andam pelas igrejas, rosnam suas orações, pervertem e destroem a totalidade de sua existência sem brilho, agindo de acordo com a vontade duma abstração arbitrariamente imaginada a que resolveram dar o nome de Deus. [...] Tudo será incrível, se pudermos tirar a crosta de banalidade evidente que os nossos hábitos põem nas coisas. Todo objeto, todo acontecimento contêm em si uma infinidade de profundezas dentro de outras profundezas [...]
Trechos extraídos da obra Contraponto (Globo, 2014), do escritor inglês Aldous Huxley (1894-1963). Veja mais aqui, aqui & aqui.

RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje é dia de especiais com o saudoso arranjador, maestro, compositor e multi-instrumentista Moacir Santos (1926-2006): Ouro negro & Coisas; com a multifacetada cantora, guitarrista, compositora, atriz & performer argentina Érica Garcia: Amorama & El Cerebro; do compositor holandês Jacob de Haan: Concerto d’ Amore, Ross Roy, Utopia & Pacifi Dream; e do grupo vocal e instrumental de pesquisa e recriação muscial Mawaca: Canto da Floresta & Gayatri Mantra. Para conferir é só ligar o som e curtir.

A ARTE DE JENNY SAVILLE
A arte da pintora britânica Jenny Saville. Veja mais aqui.

terça-feira, julho 21, 2015

ARIÈS, ARTAUD, HEMINGWAY, MAWACA, MALFITANO, CELINA FERREIRA, SEAN YOUNG, ORLIK, MILES MATHIS & PADRE BIDIÃO!


VAMOS APRUMAR A CONVERSA? CADÊ O PADRE BIDIÃO? (Imagem do artista plástico Rolandy Silvério)– Foi o amigo Marcos Alexandre Martins Palmeira quem, num dia do maior desalinhamento dos planetas e das incidências mais insólitas que possa acometer qualquer cristão, me apresentou ao Padre Bidião. Não fosse ele, eu morreria na maior das mais agudas das ignorâncias, não tomando conhecimento do Evangelho, dos clones e de nada das grandes realizações dessa extraordinária figura religiosa que já contei aqui e tenho muito pra contar. Não só o padre, como foi ele quem me apresentou à Manguaba, o verdadeiro cinema transcendental alagoano, paragem inspiradora que me fez compor o frevo em homenagem às comunidades de Pilar e Marechal Deodoro – a Madalena do Sul, primeira capital da comarca de Alagoas. Também foi por ele que conheci figuras que passaram a personagens vivinhos das minhas contações, como o ocrídio Mamão, o intrépido Afredo Bocoió, o etiquetado Beliar, o culinarista e florista Jaime Lombreta-boca-de-frô, o radialista extraordinário Fernando-Bráulio-cabeça-de-bilau, o Miguel Onço Palmeira, o lobisomem zonzo, a dupla presepeira Tolinho & Bestinha, o defunto do dedo azul, toda trupe do Big Shit Bôbras e lá vai mais teibei! (não bastando ter sido ele que levou o Doro a ser o que virou, destá!). Isso tudo é o resultado de muitos anos de pileques, doideiras, mungangas, fuleragens – deixa eu contar, 10, 20, vinte e dois anos de insanidades e desvarios -, justificados pelos mais diversos apelidos que o rapaz amealhou (de Larry leurel – em homenagem aos Patetas -, doidim, maluquim e por aí vai, de até a família dele me advertir que ele seria uma má companhia para mim), para caracterizá-lo como um sujeito que não bole bem das bolas no quengo, como diz o nosso amigo Junior Au-au. Ah, mas se não fosse ele, eu não teria escrito o Lobisomem Zonzo, o Alvoradinha, nem os frevos da Folia Caeté, nem o sacado o mote de Desnorteio, muito menos conhecido as risíveis figuras dos doutores Deraldo e Gelsinho, o Dr. Sebastião – o homem de punho forte -, o cesarino Dennys, o Didi-papa-cu, o barbeiro Ocride, o profeta Clóvis e outros tantos amalucados dos rincões miguelense e pilarense. Deveras, foi outro sujeito que chegou junto, na horagá e que devo muito e das boas – vixe, tô aumentando o rol dos meus credores na lista infinda da minha Serasa das amizades. Apois é, não fosse a inafastável erudição psicológica inata da Dona Liciene e a intervenção providencial da fisioterapeuta de doido Daniele-Daninha, o cabra estaria desajustando a órbita dos planetas e dando muito trabalho à humanidade. Sujeito bom, cabra dos a favor e dos momentos periclitantes, meritório, indubitavelmente, da minha mais eterna gratidão. (Eita! Agora que me dei conta que ia contar a mais nova do Padre Bidião e findei enrolando! Ah, é que pra mim todo dia é dia do amigo e de cultivar a amizade. Depois eu conto do Padre Bidião, prometo). E vamos aprumar a conversa conferindo mais dele aqui e mais aqui

Imagem: Ruhende, do pintor tcheco Emil Orlik (1870-1932). Veja mais aqui.

Curtindo o dvd Ikebanas Musicais (Teatro Paulo Autran, 2012), do grupo Mawaca.

História social da criança e da família (LTC, 1981), do historiador e filósofo francês Philippe Ariès (1914-1984), aborda sobre os temas do sentimento da infância, as idades da vida, a descoberta da infância, o traje das crianças, história dos jogos e brincadeiras, do despudor à inocência, os sentimentos da infância, a vida escolástica, jovens e velhos escolares da Idade Média, origem das classes escolares, as idades dos alunos, os progressos da disciplina, escola e duração da infância, família, família medieval e moderna, sociabilidade, entre outros assuntos. Da obra destaco o trecho As idades da vida: Um homem do século XVI ou XVI, ficaria espantado com as exigências de identidade civil que nós nos submetemos com naturalidade. Assim que nossas crianças começam a falar, ensinamos- lhes seu nome, o nome de seus pais e sua idade. Ficamos muito orgulhosos quando Paulinho, ao ser perguntado sobre sua idade, responde corretamente que tem dois anos e meio. De fato, sentimos que é importante que Paulinho não erre: que seria dele se esquecesse sua idade? Na savana africana a idade é ainda uma noção bastante obscura, algo não tão importante a ponto de não poder ser esquecido. Mas em nossas civilizações técnicas, como poderíamos esquecer a data exata de nosso nascimento, se a cada viagem temos de escrevê-la na ficha de policia do hotel, se a cada candidatura, a cada requerimento, a cada formulário a ser preenchido, e Deus sabe quantos há e quantos haverá no futuro, é sempre preciso recordá-la. Paulinho dará sua idade na escola e logo se tornará Paulo, a turma X. Quando arranjar seu primeiro emprego, junto com sua carteira de trabalho, receberá um número de inscrição que passará a acompanhar seu nome. Ao mesmo tempo, e até mesmo mais do que Paulo N., ele será um numero, que comecará por seu sexo, seu ano e mês de nascimento. Um dia chegará em que todos os cidadãos terão seu número de registro: esta é a meta dos serviços de identidade. Nossa personalidade civil já se exprime com maior precisão através de nossas coordenadas de nascimento do que através de nosso sobrenome. Este, com o tempo, poderia muito bem não desaparecer, mas ficar reservado à vida particular, enquanto um número de identidade, em que a data de nascimento seria um dos elementos, o substituiria para o uso civil [...]. Veja mais aqui, aqui e aqui.

O SOL TAMÉM SE LEVANTA – O romance O sol também se levanta (The Sun Also Rises, 1926), do escritor estadunidense Ernest Hemingway (1899-1961), trata sobre um grupo de expatriados sediados em Paris, inspirado no próprio círculo de escritores e artistas frequentado pelo autor, uma geração perdida que vagava pela cidade sem transformar nada, mas cheia de ambição, retratando o cotidiano desses boêmios após o término da Primeira Guerra Mundial. A ação se desenrola com a paixão do protagonista e narrador da história que trabalha como repórter e se apaixona por uma  mulher de personalidade fútil, que trata os homens como simples objetos e envolve-se com vários deles, apesar de ser comprometida. Da obra destaco o trecho do capítulo XVI: No dia seguinte, de manhã, chovia. Um nevoeiro vindo do mar cobria as montanhas. Não se podia ver o seu cimo. O planalto estava sombrio e triste e a forma das arvores e das casas havia mudado. Saí da cidade para observar o tempo. O mau tempo vinha do mar, por cima das montanhas. Na praça as bandeiras molhadas pendiam dos mastros brancos e as bandeirolas de encontro às fachadas das casas pendiam também úmidas. A garoa ininterrupta transformava-se às vezes em chuva pesada, fazendo toda a gente correr a refugiar-se nas arcadas e formando poças de água na praça. As ruas estavam molhadas, escuras, desertas. E, contudo, a festa continuava, sem pausa. Apenas, punha-se ao abrigo. A multidão invadira os lugares cobertos das arenas e todo o mundo fora assistir aos concursos de cantores e dançarinos bascos e navarreses. Em, seguida, os cantores de Val Carlos, com seus trajes característicos, tinham dançado na rua, ao som oco e úmido de tambores. Os chefes dos grupos os precediam, montados em seus grandes cavalos de patas pesadas, com seus trajes molhados, e as gualdrapas dos cavalos também gotejantes da chuva. A multidão se reunira no café e os dançarinos entraram por sua vez, sentaram-se, com as pernas brancas, enfaixadas, sob a mesa. Sacudiam a água de seus gorros de guizos e estendiam as vestes vermelhas sobre as cadeiras para secar. Lá fora chovia a cântaros. Deixei meu grupo no café e voltei ao hotel, para barbear-me antes de jantar. Ia começar, quando bateram à porta do meu quarto [...]. Veja mais aqui e aqui.

ESPELHO CONVEXO – No livro Espelho Convexo (Movimento/INL, 1973), da poeta mineira Celina Ferreira, encontro o poema Espelho e face: Procuro no espelho / a face remota. / Não aquela que é visível. / A que o vidro não comporta. / Retiro-a, sem medo, / descubro-a, ignota. / Não a face que percebo / em mim mesma, superposta. / Mas imagem lúcida, / clara e luminosa, / que cada dia enterrara / sob a face que está morta. Também o poema Espelho: O tempo foi destruído / na fina face do espelho. / O ontem virou agora / o amanhã chegou mais cedo. / (Capto imagens / perdidas. / Brilho em pânico, / presa de um cristal / único.) / O tempo foi redimido, / distância não é segredo. / Mas o mistério profundo / é a pátima do espelho. E o poema homônimo que dá título à obra: Que reino lúcido, / liso e perfeito, / que se aprofunda / na superfície / do meu segredo! / Vejo-me: o duplo / de mim, liberto / no mundo líquido, / água, azulejo. / Move-se o duplo / sou eu que o vejo? / Elfo, no estanho / azul do espelho. / Colo meu rosto / à face esquiva / que me repete, / grave e precisa, / na densa tela / de prata líquida. / Beijo meu beijo / que me hostiliza, / mergulho os olhos / nos olhos duros / que me fustigam. / Além, meu duplo / zomba de mim. / Ri do meu riso / se me duplico / no seu sorriso / cúmplice e afim. / Eros e Anteros, / eu e meu duplo / no mundo, espelho / no mundo, espelho / que não tem fim. Veja mais aqui.

O TEATRO E SEU DUPLO – O livro O teatro e seu duplo (Martins Fontes, 1993), do poeta, ator, dramaturgo e diretor de teatro francês Antonin Artaud (1896-1948), aborda temas como teatro e a cultura, encenação e a metafísica, teatro alquímico, teatro de Bali, oriental e ocidental, obras-primas, o teatro e a crueldade, linguagem, atletismo afetivo, entre outros assuntos. Da obra destaco o trecho Neutro feminino masculino: Quero experimentar um feminino terrível. O grito da revolta pisoteada, da angústia armada em guerra e da reivindicação. É como a queixa de um abismo que se abre: a terra ferida grita, mas vozes se elevam, profundas como o buraco do abismo, e que são o buraco do abismo que grita. Neutro. Feminino. Masculino. Para lançar esse grito eu me esvazio. Não de ar, mas da própria potência do ruído. Ergo à minha frente meu corpo de homem. E, lançando sobre ele o "olho" de uma horrível mensuração, ponto a ponto forço-o a entrar em mim. O ventre, primeiro. É pelo ventre que o silêncio deve começar, à direita, à esquerda, no ponto dos estrangulamentos herniários, onde operam os cirurgiões. Masculino, para fazer sair o grito da força, apoiar-se-ia primeiro no ponto dos estrangulamentos, comandaria a irrupção dos pulmões na respiração e da respiração nos pulmões. Aqui, infelizmente, acontece o contrário e a guerra que quero fazer vem da guerra que fazem contra mim. E em meu Neutro há um massacre! Você compreende, há a imagem inflamada de um massacre que alimenta minha guerra. Minha guerra se alimenta de uma guerra, e cospe sua própria guerra. Neutro. Feminino. Masculino. Existe nesse neutro um recolhimento, a vontade à espreita da guerra, e que fará sair a guerra, com a força de seu abalo. O Neutro às vezes é inexistente. É um Neutro de repouso, de luz, de espaço enfim. Entre duas respirações, o vazio se amplia, mas então ele se amplia como um espaço. Aqui é um vazio asfixiado. O vazio apertado de uma garganta, onde a própria violência do estertor obstruiu a respiração. É no ventre que a respiração desce e cria seu vazio de onde volta a arremessá-lo para o alto dos pulmões. Isso significa: para gritar não preciso da força, preciso apenas da fraqueza, e a vontade partirá da fraqueza, mas viverá, a fim de recarregar a fraqueza com toda a força da reivindicação. [...] Veja mais aqui, aqui e aqui.


IMAGEM DO DIA
A premiadíssima soprano estadunidense Catherine Malfitano (1997) interpretando a dança dos sete véus da ópera Salomé, Op. 54, de Richard Strauss, baseada na obra de Oscar Wilde, com a Orchestra of the Covent Garden Opera London, regie Luc Bondy.

PROGRAMA TATARITARITATÁ – O programa Tataritaritatá que vai ao ar todas terças, a partir das 21 (horário de Brasilia), é comandado pela poeta e radialista Meimei Corrêa na Rádio Cidade, em Minas Gerais. Confira a programação desta terça aquiNa programação: Hermeto Pascoal, Charlotte Gainsbourg, Egberto Gismonti, Chico Buarque, All Jarreau, Milton Nascimento, Pink Floyd, Djavan, Sonia Mello, Elisete Retter, Franco do Valle, Rosana Simpson, João Pinheiro, Lilian Pimentel, César Weber, Ricardo Machado, Marisa Serrano, Beto Saroldi, Jarbas Barros, Santanna O Cantador, Mazinho, Zé Ripe&Paulo Profeta, Wilfried Berck, Cat Stevens, Romeo Santos, Henry Mancini & Lola Albright, Kim Carnes, Chris Cornell, Raphael Veronese, Martina McBride, Sandi Patty, Kim Waters, & muito mais. Veja mais aqui

Veja mais sobre:
Se não vai de um jeito, vai de outro, A marcha da insensatez de Barbara Tuchman, Eduque com carinho de Lidia Natalia Dobrianskyj Weber, a música de Kyung-Wha Chung, a pintura de Joan Miró & Eugène Leroy, a arte de Anna Dart & Eugene J. Martin,.a poesia de Bárbara Lia, a fotografia de Faisal Iskandar, Revista Poética Brasileira & Mhário Lincoln aqui.

E mais:
O übermensch de Nietzsche, Processo civilizador de Norbert Elias, O caminho dos sonhos de Marie-Louise von Franz, Simon Bolívar, sonetos de Lope de Vega, a música de Saint-Saëns & Denise Duval, Salomé de Oscar Wilde, o cinema de Carlos Saura, a arte de Sarah Bernhardt, a pintura de Ernst Hochschartner & Janet Agnes Cumbrae Stewart aqui.
Eu etiqueta de Carlos Drummond de Andrade, Formação da Literatura Brasileira de Antônio Cândido, a música de Adolphe-Charles Adam, a pintura de Antonio Bedotti Organofone, a arte de Benedito Pontes & a poesia de Ana Mello aqui.
Robimagaiver & pipoco da porra aqui.
Dr. Ciuça Gorda & os cavaleiros do pós-calipso do nó cego, As aporias de Zenão de Eleia, os sonetos de Francesco Petrarca, O teatro situação de Jean-Paul Sartre, Viridiana de Luis Buñuel & Silvia Pinal, a escultura de Denise Barros, a música de Carlos Santana, a pintura de Max Liebermann & Georgy Kurasov aqui.
Sou mato, sou mata, sou Mata Atlântica, A hora dos ruminantes de José J. Veiga, Técnicas de teatro popular de Augusto Boal, a música de Peter Scartabello, a arte de Patricia Galvão – Pagu & Pristine Cartera, a pintura de Georges Rouault & Tom Fedro aqui.
O desenlace da paquera entre Melzinha & Brothão, Aracelli, meu amor de José Louzeiro, Violência doméstica & sexual de Lucidalva Mª do Nascimento, a música de Geraldo Azevedo & Neila Tavares, Violência contra a mulher, a arte de Yukari Terakado, Nina Kuriloff & Geneviève Salamone, Marcha das Vadias, Todo homem que maltrata uma mulher não merece jamais qualquer perdão aqui.
Sujeito, indivíduo, quem?, Principios fundamentais de Filosofia, Folhas da relva de Walt Whitman, Ecce homo de Friedrich Nietzsche, Bailarina de Claudio Adrian Natoli, a música de Emmanuelle Haïm, a arte de Emerson Pingarilho & Kate Wiloch, Sally Trace, a pintura de Lasar Segall & Carolyn Anderson aqui.
Se não deu e fedeu, só na outra, meu!, A literatura fantástica de Tzvetan Todorov, 47 contos de Juan Carlos Onetti, a poesia de Carlos Drummond de Andrade, a música de Yann Tiersen, a fotografia de JR, a pintura de Asha Carolyn Young, a xilogravura de Marcelo Soares, a arte de Luiz Paulo Baravelli, Kenny Cole & Tom Wesselmann aqui.
O sisifismo da semana, Tempo & expressão literária de Raúl H. Castagnino, Quingunbo & a poesia norte-americana, a pintura de Mary Addison Hackett & Alain Bonnefoit., a música de Paulinho da Costa & Meghan Lindsay, a arte de Steve Hester & Robert Rauschenberg, a arte urbana de Nina Moraes & Trampo aqui.
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Fecamepa – quando o Brasil dá uma demonstração de que deve mesmo ser levado a sério aqui.
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CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Imagem: Blue blanket – oil on wood, do artista plástico Miles Mathis.
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CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
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VERA IACONELLI, RITA DOVE, CAMILLA LÄCKBERG & DEMOROU MUITO

    Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som dos álbuns Tempo Mínimo (2019), Hoje (2021), Andar com Gil (2023) e Delia Fischer Beyond Bossa (202...