Foto: Givanilton Mendes, na quadra do Colégio
Diocesano, Dia Mundial da Poesia, em 1976.
GRATIDÃO AOS PROFESSORES
Ilustrando o que eu já contei aqui, tudo, então, começa
com minha tia-prima saudosa Sonia Cabral Ferraz, responsável por minha
alfabetização ainda criança peralta, afastado que fui por causa do achocolatado
no recreio do Grupo José Bezerra. Toda tarde, lá na casa de Pai Lula &
Carma, ela se dedicava a me ensinar as primeiras letras e administrando minha inheta
algazarra e a mania de grandeza já revelada de gastar cadernos por dia. É que
ela tão dedicada me apresentava as vogais e consoantes, e eu, com a minha já
desastrada forma de me expressar maior que meu próprio tamanho, usava a página
inteira do caderno para exercitar na escrita. Quer dizer, para copiar cada
letra eu me expandia cheio das pregas a desenhá-la ocupando a página inteira do
caderno. Imagine quantos cadernos eu consumia por dia, mesmo tendo ela a
preocupação de pacientemente me fazer apagá-las, vez que, não fosse isso, meu
pai e parentes teriam que comprar uma fábrica de cadernos para dar vencimento ao
meu disparate.
Daí, ao ser matriculado na Escola Fraternidade
Palmarense, deu-se os ensinamentos com a maravilhosa professora Hilda Galindo
Correia, aquela mesma responsável pela minha iniciação literária descabida,
resultando na publicação das minhas primeiras quadrinhas no suplemento Júnior,
do Diário de Pernambuco.
Dos exames de Admissão até repetir o segundo ano no
Ginásio Municipal dos Palmares, tive excelentes professores. Os de Português:
Elias Sabino de Oliveira, João José do Nascimento, Mariazinha Quaresma e a responsável
por minha formação intelectual, afetiva, humana e que dedicou momentos
preciosos do seu tempo para me encaminhar pra ser gente que preste pra alguma
coisa, a professora e bibliotecária Jessiva Sabino de Oliveira. Também Brivaldo
Leão de História, Edson Matos de Francês, bem como os demais que testemunharam minhas
presepadas saindo da infância pra adolescência.
Os terceiro e quarto anos do ginasial eu concluí no
Colegio José Ferreira Gomes que funcionava no horário noturno, no mesmo prédio
do Ginásio Municipal. Lá encontrei o meu amigo Tininho, o Joventino de Melo
Filho, que apesar de ser professor de Matemática, foi uma das pessoas mais importantes
na minha vida e que foi responsável por minha formação educacional, literária e
musical. Além dos outros professores, destaco a figura humana e boníssima de
Lael Borba de Carvalho, o King, meu professor de Inglês, figura das mais
queridas na minha estima.
Fui então pro Colégio Diocesano e lá Inalda
Cavalcanti, Erivan Félix, João da Silva e José Duran y Duran, além do bispo que
era diretor, Dom Acácio Rodrigues Alves, deram asas à minha imaginação,
proporcionando espaço para que eu e minha trupe pudéssemos fazer recitais de
poesia, shows musicais, apresentações de teatro e melodramas, enfim, foram eles
que muito contribuíram para que eu me dedicasse às artes. Culpa deles mesmo. Também
o professor Pedro Victório Paiva que era meu professor de Física e substituto
no cartório da mãe dele, Dona Dulce, que foi outro que nos momentos de fuga nos
afazeres do Fórum e nos espaços da escola, me iniciou na Filosofia com seus
ensinamentos científicos, afora aprofundar meus conhecimentos na música erudita.
Além disso, devo contar as tardes de finais de semana na casa do amigo José
Duran y Duran que dedicou atenção especial para minha formação na arte espanhola,
sobretudo a Literatura, Teatro e Artes Plásticas.
Foto: Wilson Fotografias, durante apresentação de
show musical no auditório do Colégio Nossa Senhora de Lourdes, em 1977.
Depois de três anos no Diocesano, fui concluir o 2º
grau no Colégio Nossa Senhora de Lourdes, depois até me tornando professor de
Literatura, Filosofia e Sociologia. Lá, enquanto estudante concluinte do científico,
a Madre Maria do Espírito Santo manteve a abertura de todo espaço para
comentimento das minhas aspirações artísticas, possibilitando que eu e minha
trupe fizéssemos shows, recitais e exposições de poemas e pinturas. Entre os
professores, destaco a figura estimada e folclórica do professor e vizinho
Barbosa que era professor de Desenho, mas que atuou ministrando aulas de Matemática,
Física, Química, OSPB, Moral e Cívica, Religião e que, um dia, abriu a porta e
sapecou na maior animação: “Vamos aprendê ingrês qui portugueis nós já sabe!”.
Daí fui pro curso de Letras na Famasul onde, ainda
estudante, fui incubido pela professora titular da cadeira, de ministrar aulas
de Literatura Brasileira e Portuguesa aos sábados, fato que me levou a ser
mesmo antes de concluir o curso, professor em diversas escolas de Palmares,
Novo Lino e Joaquim Nabuco. Lá aprendi Latim com o professor Helmut Raimundo
Gress. Fui, então, concluir o curso em Recife, depois fazer Relações Públicas
na Esurp e Jornalismo na Unicap, cursos não concluídos. Mas foi na Faculdade de
Direito que conheci um professor que me influenciou positivamente: Ivan Brandão,
de Sociologia. Pude privar da sua amizade dentro e fora da faculdade, o que me
valeu ter tino e discernimento para melhor me aprumar artística e
profissionalmente.
Foto: Luiz Gulú Santos Braga, na varanda da sua
casa, em 1975.
Claro que não foram somente os professores da
educação formal quem contribuíram de verdade. Além deles, devo colocar no rol
dos gurus as pessoas do meu parente poeta Afonso Paulo Lins, do meu parente e
figura das mais queridas que é o advogado Paulo Roberto Cabral de Souza, o
saudoso poeta e advogado Eliseu Pereira de Melo, o empresário Gilsádio Santana
que dias e noites dedicava seu tempo para me falar das atividades teatrais
palmarenses, sobretudo de Hermilo Borba Filho, bem como dos da minha a trupe de
birita e vida, com quem aprendi e, consequentemente, ensinamos uns aos outros,
como Fernando Bigodinho Melo Filho, Marquinhos Cabral, Vavá de Aprígio, Mauricinho Melo Júnior, Luiz
Gulu dos Santos Braga, Célio Carneirinho, os compadres Javanci Bispo e Sandra
Lustosa, Ozi dos Palmares, Zé Ripe, Chico Âneglo Meyer, Mazinho Jucimar
Siqueira, Marco Hippie, Juareiz Correya, Wilson Fotografias, Paulo Profeta, o
saudoso Givanilton Mendes, o pianista Sérgio David e, principalmente, meu pai,
Rubem que era um boêmio poeta que vivia a dar colorido a tudo que eu queira de
Literatura e Música.
A todos esses mestres, a minha gratidão.
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