AOS
PROFESSORES DE GRAMÁTICA PORTUGUESA
[...]
essas regiões nevoentas da análise lógica a que tanto gostam de guindar-se os
professores brasileiros. É um dos defeitos do nosso ensino gramatical a importância
excessiva que se dá nas classes a isso que se chama análise lógica. Certo que é
necessário saberem os alunos o que é um sujeito, um complemento, certo que também
é bom que eles saibam distinguir proposições principais e subordinadas, e vejam
que estas acessórias ou subordinadas não são mais que o desdobramento de um dos
membros de outra proposição e se apresentam como equivalente de um substantivo,
de um adjetivo ou de um advérbio: proposições substantivas, adjetivas,
adverbiais – nomenclatura que te a duplicada vantagem de evitar termos novos e
de fazer da análise lógica uma continuação natural da análise gramatical. Qualquer
outra terminologia que se adote para a classificação das proposições
dependentes levanta discussões entre os professores [...] Passar daí será nos
embrenharmos no intricado labirinto das sutilezas da análise. A análise lógica pode
ser de muito préstimo, se a praticarmos como aprendizado da estilística, como
meio de conhecermos a fundo os recursos da linguagem e de nos familiarizarmos
com todas as suas variedades. (Mario Barreto, em 1916).
MARIO
BARRETO – O filólogo brasileiro Mário Castelo
Branco Barreto, nasceu no Rio de Janeiro a
17 de março de 1879 e, atropelado por uma bicicleta, faleceu na terra natal,
depois de prolongados padecimentos, a 9 de setembro de 1931. Formou-se em
Direito, em 1902, possuindo formação filológica, de base românica, tratou com
segurança fatos relacionados com o francês, o espanhol e o italiano. Era Catedrático
de Português no Colégio Militar, colaborou em vários jornais do Rio e em algumas
revistas nacionais, respondendo a questões de linguagem propostas por
consulentes de todo o País. Entre as suas obras estão Estudos da Língua Portuguesa (1903), Novos Estudos da Língua Portuguesa (1911), Novíssimos Estudos da Língua Portuguesa (1914), Fatos da Língua Portuguesa (1916), De Gramática e de Linguagem (1922), Através do Dicionário e da Gramática (1927), Últimos Estudos (1944) e Cartas
Persas, de Montesquieu (1923). Dele ainda foi publicado o Índice Alfabético e Crítico da Obra de Mário
Barreto, pela Fundação Casa de Rui Barbosa em 1981. Veja mais aqui.
FONTES:
BARRETO, Mario. Factos da língua
portuguesa. São Paulo: Presença, 1982.
GARCIA, Othon. Comunicação em
prosa moderna. Rio de Janeiro: FGV, 2004.
PENHA, João Alves. Filólogos Brasileiros. Franca:
Ribeirão Gráfica, 2002.
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mais sobre:
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de Popó, Joseph Conrad, Maria Clara
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