DITOS & DESDITOS - Deus fez o
homem, e então disse: Posso fazer melhor. E fez a mulher. A verdade, toda a
verdade, nada além da verdade. Os homenzinhos são dissolvidos nele. Se há ouro,
a verdade o faz brilhar mais forte. . . .A verdade, mesmo na boca de um
informante, um espião, um suborno, pode se tornar maior do que qualquer um que
tente destruí-lo. A verdade sobrevive. Pensamento da escritora e jornalista
estadunidense Adela Nora Rogers St. Johns (1894–1988).
ALGUÉM FALOU: As
florestas são como uma grande biblioteca, na qual, até agora, posso fazer pouco
mais do que olhar para as fotos, embora agora estou ocupado aprendendo o
alfabeto de sua língua, para que eu possa algum dia ler o que essas fotos
significam... É uma opinião geralmente recebida de que já há muitos livros no
mundo. Não posso, no entanto, subscrever qualquer instituição que se propõe a
alterar este estado de coisas, porque não encontro nenhum consenso de opinião
quanto aos quais são os livros supérfluos. Pensamento da etnógrafa e
escritora britânica Mary Kingsley
(1862-1900). Veja mais aqui.
OUTRAS FALAS: O pior
sentimento que se pode oferecer a uma mulher é a piedade. Se amas, perdoa; se
não amas, esquece... Pensamento da escritora austríaca Vicki Baum (1915-1960), pseudônimo de Hedwig
Baum.
NOITE DAS ALMAS – [...] Vejo você
enxugando os olhos com um lenço na chuva cinzenta da noite. Infelizmente, você não
tem quatro costas para girá-lo para todas as janelas. Você segue o mesmo
caminho várias vezes, olhando para baixo o tempo todo. Mas quando alguém
pergunta o que você está procurando, você responde timidamente:
"Nada!" Somente quando uma criança pequena, na mão de uma joaninha,
cruza seu caminho, você não consegue se controlar e, como uma criança, confia
insuspeitamente seu desejo a um transeunte que está caminhando ao seu lado. [...] Não escrevo sobre pessoas vivas. Eles existem de qualquer maneira, então não faria nenhum
sentido. Escrevo sobre pessoas
que não existem. Eu mesma as invento para ter alguma companhia na minha
solidão. Ter alguém para me
ajudar. Mesmo uma pessoa
fictícia é melhor do que ninguém. [...] É um tipo
especial de beleza em algumas mulheres idosas, comovente, quase abstrata, que
se torna evidente naquelas poucas que finalmente aceitaram que não são mais
mulheres, mas apenas humanas. [...] Trechos extraídos da obra Hingede öö (1991), do escritor estoniano Karl Ristikivi (1912-1977), que é composto de três partes: A Casa
de um Homem Morto, de um breve interlúdio intitulado Carta
à Sra. Agnes Rohumaa e " ( As Sete Testemunhas, uma narrativa
em primeira pessoa cuja primeira parte o protagonista sem nome entra em algo
parecido com uma sala de concertos em Estocolmo um pouco antes da meia-noite na
véspera de Ano Novo e se encontra em um labirinto de salões e escadarias,
conhecendo pessoas das quais se sente alienado. A segunda parte é escrita como
uma resposta do autor a uma carta enviada por uma leitora fictícia, Sra. Agnes
Rohumaa, que expressou sua insatisfação com o romance depois de ler a primeira
parte e o autor se sente obrigado a responder e justificar sua escrita. A
última parte descreve um julgamento no qual sete testemunhas são chamadas para
depor, cada uma por um dos sete pecados capitais, com um detalhe: a última
testemunha é a protagonista. Além dessa obra, o autor possui uma coleção de
poemas durante a sua vida, A Jornada de um Homem.
DOIS POEMAS - APERFEIÇOAMENTO E FUTURO, NOBRES
TAREFAS DO HOMEM: Caia, caia, ó templos poderosos no chão: / Não em sua
ascensão esculpida / É o verdadeiro exercício / Do poder mais brilhante da
natureza humana encontrado. / É na esperança elevada, na labuta diária, / Está
na linha dos talentosos, / Em cada pensamento distante divino, / Que desce o
Céu para iluminar nosso solo comum. / Está no grande, no amável e no
verdadeiro; / Está no pensamento generoso, / De tudo que o homem fez, De tudo o
que ainda resta para o homem fazer. CAFÉS EM DAMASCO: languidamente / O vento da
noite sopra / Dê a redondeza do jardim, / Quando Clara Barrada fluiu / Com um
som sonolento. / Não faça alaúde doze arrepios / Você pode encontrar esse tipo
de música, / Como um rio errante, / Em um vento errante. / Há um muçulmano que
estou disposto a apoiar, eu sonho / seu mundo interior, / Inteiro enquanto ou
vapor perfumado / Para vocês cachos de fumaça, / Para a ascensão do café, / Uva
escura do sul; / Ou tubo de polimento de cereja, / Com sua boca âmbar, / Foi
resfriado passando pela água, / Ruído fluindo, – / Perfumado pela filha do
verão, / Rosa apaixonada de junho. / Por qual subiu espírito assombrado / São
os sonhos que se erguem, / De terras distantes e vidas encantadas, / E com
profundos olhos negros. / Assim, com a ajuda de um doce sonho, / Flutue você a
jusante da vida; / O céu concede toda a nossa existência / Pode ser um sonho! Poemas da escritora britânica Letitia Elizabeth
Landon (1802-1838). Veja mais aqui e aqui.