terça-feira, setembro 16, 2008

GIDE, RUBEM ALVES, WALTER BENJAMIN, BUÑUEL, LEQUEU, CRENÇA, FECAMEPA & FABOS


 
A arte do desenhista e arquiteto francês Jean-Jacques Lequeu (1757-1826).

CRENÇA - É preciso respeitar de vez a vida no amor que traz a paz que é tão bem-vinda. Amar para se ter além do passional e o coração valer o ser humano universal. É preciso respeitar as diferenças e não se equiparar ao que é hostil nas desavenças. Lutar contra a mantença desigual que forja o algoz na força do poder irracional. Se entregar agora, todo dia e a noite inteira, testemunhar assim as coisas verdadeiras. Colher a lágrima do olhar mais desolado para irrigar a sede do carinho devastado. É preciso ter no olhar a flor da vida, trazer a luz do sol nas mãos amanhecidas. E perceber o amor no menor gesto natural para valer o sonho mais presente mais real. E afinal poder sorrir como quem vai feliz viver, a manter a crença e o seu proceder na paz. Semear a vida no ideal de colher o que virá depois pra ser alegria imensa para um mais dois, mais! Viver a vida pelo que foi e será, é e será! (Crença, letra & música de Luiz Alberto Machado). © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.


DITOS & DESDITOS - Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais. Pensamento do psicanalista, educador, teólogo e escritor Rubem Alves (1933-2014). Veja mais aqui.

VIOLÊNCIA – [...] a violência na instauração do direito tem uma função dupla, no sentido de que a instauração do direito almeja como seu fim, usando a violência como meio, aquilo que é instaurado como direito, mas no momento da instauração não abdica da violência; mais do que isso, a instauração constitui a violência em violência instauradora do direito – num sentido rigoroso, isto é, de maneira imediata – porque estabelece não um fim livre e independente da violência (Gewalt), mas um fim necessário e intimamente vinculado a ela, e o instaura enquanto direito sob nome de poder (Macht). A instauração do direito é instauração de poder e, enquanto tal, um ato de manifestação imediata da violência. A justiça é o princípio de toda instauração divina de fins, o poder (Macht) é o princípio de toda instauração mítica do direito. [...] a violência mítica é violência sangrenta exercida, em favor próprio, contra a mera vida [...]. É falsa e vil a proposição de que a existência teria um valor mais alto do que a existência justa, quando existência significar nada mais do que a mera vida – e é esse o sentido do termo na referida reflexão. Mas a proposição contém uma verdade poderosa, se “existência”, ou melhor, “vida” [...] significar a condição de composto irredutível do “homem”. Se a proposição quer dizer que o não-ser do homem é algo de mais terrível do que o ainda-não-ser (portanto, necessariamente, mero) do homem justo. A proposição referida acima deve sua plausibilidade a essa ambiguidade. Pois o homem não se reduz à mera vida do homem, tampouco à mera vida nele mesmo, nem à de qualquer de seus outros estados e qualidades, sim, nem sequer à singularidade de sua pessoa física. Tanto mais sagrado é o homem (ou também aquela vida nele que existe idêntica na vida terrena, na morte e na continuação da vida), tanto menos o são os seus estados, a sua vida corpórea, vulnerável a outros homens. O que é que distingue essencialmente essa vida da vida das plantas e dos animais? Mesmo que estes fossem sagrados, não o seriam pela mera vida neles, nem por estarem na vida. [...] Por fim, dá motivo para reflexão o fato de que aquilo que aí é dito sagrado é, segundo o antigo pensamento mítico, o portador assinalado da culpa: a mera vida. Trechos extraídos da obra Escritos sobre mito e linguagem (Duas Cidades/34, 2013), do filosofo alemão Walter Benjamin (1892-1940). Veja mais aqui.

POBRES TRABALHADORES – [...] Pobres trabalhadores! Enganados e além do mais pisados! O trabalho é uma maldição, Saturno. Abaixo o trabalho que temos que fazer para ganhar a vida! Esse trabalho não nos honra, como dizem; só serve para encher a pança dos porcos que nos exploram. Em compensação, o que fazemos por prazer, por vocação, enobrece o homem. Seria preciso que todos pudéssemos trabalhar assim. Olhe para mim: não trabalho. Que me enforquem, não trabalho, e você vê, vivo mal, mas vivo sem trabalhar . [...] Trecho extraído da obra Meu último suspiro (Nova Fronteira, 1982), do controvertido cineasta espanhol Luis Buñuel (1900-1983). Veja mais aqui.

O POETA – [...] O Poeta é aquele que contempla. E o que ele quer? - O Paraíso. [...] as aparências são imperfeitas: elas balbuciam as verdades que elas encobrem; o Poeta, à meia-palavra, deve compreender, então, redizer essas verdades [...]. Trecho extraído da obra Le Traité du Narcisse - Théorie du Symbole (Ottawa, 1978), do escritor francês Prêmio Nobel de Literatura de 1947, André Gide (1869-1951). Veja mais aqui.


A arte do desenhista e arquiteto francês Jean-Jacques Lequeu (1757-1826).


FABOS & CIA
SERÁ QUE UM FABO VIROU MULHER? - Gente, impressionante! A gente sabe de cor e salteado que Fabo não só fabrica bosta, como distribui gratuitamente cagadas por ai. Mas essa foi demais. Descobri um que ou virou mulher, ou tem mulher querendo ser uma espécie deletéria dessa: Fabo fêmea. Sei não, tai a foto dela e a url. Se ele não tem juízo, eu não sei; mas que tem coragem para querer ser uma fabricante de bosta, ah, isso tem! Ou será um traveco, hem? Hum.... sei não. Fabo que é Fabo, tem saída pra tudo, até pra cagada, né?




EXPANSÃO DA BOSTEIRA - Agora o Fabo inspirou até linha de produtos! Verdade, gente! De tanto soltar peidos a fole e deixar a cagada bombástica impune em todas as situações, o Fabo agora foi promovido a marca empresarial: Fabo Bombas. Não é zona não, trata-se de uma organização empresarial que atua no mercado desde 1991, desenvolvendo bombas centrífugas em aço inoxidável e projetos especiais para adaptar as bombas aos diversos processos e especificações das industriais, negociando bombas de todos os tipos: centrifugas, sanitárias auto aspirante ou de anel líquido, além do medidor de vazão. Já imaginou: agora o Fabo está todo pabo! Tem medidor de vazão de alta-tecnologia! Soltou o PUM dá pra prever a desgraceira. Coisa séria mesmo, tanto que valeu essa propaganda gratuita. Ué, já que toda merda vai pro horário eleitoral gratuito, porque uma empresa inspirada nos nossos fabricantes de bostas não pode ser destacada aqui? Ora, ora, convenhamos.




CAGADA GLOBALIZADA: O FABO VIRA MUNDIAL - Ah, tem Fabo agora na Itália! A expansão das cagadas fabísticas já chegaram, por exemplo, na Italia com formato multinacional que atua no ramo de fitas adesivas e afins na região que compreende a França, a Espanha, a Alemanha, a Russia e Inglaterra. É meu amigo, até a cagada vai pra frente, menos o cagador, né? Vamos nessa!




FABO SORTUDO - Agora o Fabo não é só mais brasileiro mesmo. Só foi inventado aqui, agora é do planeta. Além do mais, tem fabricante de bosta sortudo na vida. Pelo menos, né? Depois que o padre Bidião tornou seus plenos poderes divinatórios de verdade e anda por aí de disco voador, dia sim, dia não, ele faz uma gracinha e contempla um abostalhado entre seus fiéis em, pelo menos, projeto de gente de verdade. Teve um que acertou em cheio e foi-se pros Estados Unidos na maior. Só mudou de nome: Lefabian Williams, mas mantem-se Fabo. Mas agora é um rapper americano que já virou produtor e tá metendo bronca na estagnada, sem graça e velha música norte-americana. Tem gente que nasce com o cu pra lua de tanta sorte. Outros, nem tanto, né?




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