O VELHO CHICO – Venho do mar e meu corpo é veleiro de sonhos no amanhecer. E vou pelo rio que é terra, terra que é água dos surubins e que me lava a alma e me faz renascer. Venho com minha atlântica lavada na alegria de viver e atravessar o país desterrado do chão – sou estrangeiro rouco no meio das algaravias das areias de Piaçabuçu, Propriá, Penedo, Angicos e dou de cara em Petrolina com Geraldinho entoando O Ciúme de Caetano, acenando pra Juazeiro. O meu coração é a encruzilhada entre o cabrunco de Sergipe, os filés de Alagoas, os axés da Bahia e as folias de Pernambuco. E meus conterrâneos me dão por Garabombo mesmo insistindo que sou daqui e na nossa língua, e não sei se no Japão alguém pode viver como eu. Sou o gesto anímico do continente americano que não é considerado América, mas resto dela, as sobras e o lixo. E nas margens todo aparato da tecnologia da barbárie no reinado da prótese: toda pressa no marasmo, tudo glamour de museu por vitrine, tudo devastado pra exumação. Os óbices foram muitos na travessia, quase intransponíveis e sucessivos. E se tornaram vetores que me fizeram melhor no coração e na vida (LAM). Veja mais aqui & aqui.
PENSAMENTO DO DIA - Se enfeiou o tempo, saiba: a vida é pra viver! (LAM). Veja mais aqui.
EPÍGRAFE - Quando iniciamos a vida, cada um de nós recebe um bloco de mármore e as ferramentas necessárias para convertê-lo em escultura. Podemos arrastá-lo intacto a vida toda, podemos reduzi-lo a cascalho ou podemos dar-lhe alguma forma. (Richard Bach). Veja mais aqui.
QUANDO TODO DIA É SEGUNDA-FEIRA - Quando chega a segunda – o Dia Internacional da Ressaca -, não adianta remoer os seus botões e se trancar no departamento da vergonha! Nada disso! Contemple o Sol brilhando na manhã e insista, persista, resista e persevere! Afinal, pra você ser feliz só depende de você mesma! Tome nota. (LAM). Veja mais aqui.
ENTENDENDO O RISCADO - Quando a coisa entorna na volta da urucubaca, não adianta ficar no ai-jesus ou acuda qualquer santo de plantão! Respire fundo, conte até dez, mude de jeito e mande ver na resiliência que, se até agora não deu certo, é porque o devotado já caiu da parede. Destá. (LAM), Veja mais aqui.
SOLILÓQUIO DO UMBIGOCENTRISMO - Ela tem um gato – Rick, uma fofura de felino; tem Tobi, uma gracinha de cão. Ela ama a natureza, protetora dos animais e reza todo dia pela paz. Família? Só no retrato. Amigos? Quanto mais ela pensa no ser humana, mais estima a sua solidão. (LAM). Veja mais aqui.
ARTERAPIA: DICAS PARA EMPRESAS: [...] a habilitação acadêmica, por
si só, não é suficiente para preparar o educador para realizar um trabalho de
qualidade nesse campo de ensino. Em alguns casos, os profissionais com formação
acadêmica trazem, para os espaços educacionais informais, vivencia e atitudes próprias
da escola formal que não adaptam a essa esfera pedagógica, dificultando a sua atuação.
A realidade observada aponta para a necessidade de os cursos de licenciatura em
Artes elaborarem currículos mais adequados a realidade do mercado de trabalho e
que ofereçam conhecimentos e treinamentos que habilitem os alunos a atuar
adequadamente em espaços especiais, e não apenas nas escolas regulares. Como
foi mencionado, os cursos, de forma geral, não estão reconhecendo um campo de
trabalho em franca expansão para o professor de artes [...] São atividades que, ao cabo de poucos meses,
podem dar origem a um produto que poderá ser levado a publico, apreciado e
divulgado. Diante de um ‘espetáculo’, a comunicação com o público e mais
imediata, ha uma interação social maior. Diferentemente, as artes visuais são meios
de expressão realizados, na maioria das vezes, individualmente, e a comunicação
com o público e mais subjetiva, sutil e menos imediata. Além desses fatores,
resultados com a qualidade estética a ser exibida publicamente tardam mais a
aparecer, e via de regra, não tem o mesmo impacto televisivo que as bandas, os
grupos de dança ou teatro. Aparecer na mídia apoiando um projeto para meninos
ou meninas pobres tornou-se uma estratégia de marketing para determinadas
empresas. Quem apoia projetos de caráter social aparece bem no mercado, recebe aprovação
da sociedade; significa que essa empresa, pessoa física ou jurídica, está
cumprindo com sua responsabilidade social e positivo para imagem da empresa
[...]. Trechos extraídos da obra O ensino de artes
em ONG’s (Cortez, 2008), de Lívia Marques Carvalho.
A CALDEIRA DO DIABO – [...] — Mas em honra a quem Peyton Place recebeu seu nome, ou devido a quê? —
Um sujeito que construiu um castelo por aqui, antes da Guerra de Secessão. Um
sujeito chamado Samuel Peyton — explicou Corey, relutante. [...] — Você já reparou qual é a mulher que mais
põe defeitos numa mulher jovem e bonita, que anda por aí se divertindo para
valer? É a mulher que está velha demais, gorda e feia demais para estar
fazendo, ela própria, a mesma coisa. E, quando alguém dá um grande pontapé em
tudo, quem é que berra mais alto? Aquele que sempre quis fazer a mesma coisa,
mas não teve coragem. […]. Trechos extraídos da obra A caldeira do diabo
(Nova Cultural, 1996), da escritora estadunidense Grace Metalious. Veja mais aqui e aqui.
ISIS NEFELIBATA - Entre os poemas de Ísis Nefelibata, destaco o poema O seu caralho: uma oração pra ele: "Eu sou digna apenas que entreis em minha morada, os canais que lhe estão abertos, são seus, mas tu não me dizes uma palavra para me salvar. Rendo-te ainda assim, o meu corpo, a minha alma, para que me protejas e me condenes, para que me absolva no seu pau, me faça pecar mais em nossa alcova, me lavando com sua porra benta que me fará mais elevada, mais santa e pecadora, mais puta e sonhadora, mais safada e sugadora desta vela que vive acesa pelo culto do teu mastro de toda a minha salvação eterna. Amém, foda-me mais". Veja mais aqui.
DORO – Como eu digo num samba bossanovista que fiz, Doro é um menino bom, só cheio de nó pelas costas. Se nada
pra ele dá certo, é que ele é enrolado e trata de viver das suas sandices a dar
burros n´água. É do jeitinho, cagado e cuspido, que escrevi, aprontando
das suas pra cima e pra baixo. Nada mais a declarar.
DEU CHABÚ – Bastou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
Joaquim Barbosa, se pronunciar favorável à candidatura avulsa, ou seja, do
candidato não ter mais a necessidade de se filiar a qualquer partido que se diz
de verdade ou de mentirinha, logo Doro pôs as catracas pra funcionar e danou
mãos à obra na sua candidatura, vociferando as injustiças que foi vítima:
- Sempre fui limado pelo TRE e sacaniado pelus partido que
num paçam duma reunião dum magote de çalafráros qui só empodreci a política
onesta e dicente dos que ção di bem. Agora sô incandidato sem partido e vô
ganhá, podem inscrevê aí nos seu cadernu que vou dá lavage em tudinho. O povo é
a voize di Deus e como Deus tá comigo – com aval do Padi Bidião -, o povo tumém
tá cumigo.
AS PROPOSTAS DE CAMPANHA DO DORO – Estão todas as
propostas do revoltado no seu Brógui e também aqui no Tataritaritatá.
Entre elas estão: a de que ao ser eleito tomará logo no primeiro dia de seu
governo a decisão de elevar o salário mínimo para 2 mil reais mensais,
corrigido de 3 em 3 meses, até alcançar o piso de 12 mil reais que é o que
ganha no mínimo um deputado, segundo ele. Outra iniciativa dele que angariou
simpatia, foi a de logo em seguida da decisão do salário mínimo, revogará e
erradicará todos os pagamentos de salários, jetons, comissões, caixa-dois e
outras remunerações para prefeitos, secretários, vereadores, deputados
estaduais e federais, senadores, presidentes, ministros e todos os
comissionados e dirigentes das autarquias da administração direta e indireta,
economia mista e o escambau. Promete também revogar totalmente toda a estrutura
e política tributária, reduzindo todos os impostos a apenas 1 com a alíquota
definida em 1% de todas as transações, trambicagens, explorações e
comercializações de quaisquer produtos, serviços e atividades que gerem renda
ou lucros. Entende ele que com estas medidas acabará com a corrupção, a
sonegação e com a profissionalização da cafajestagem política, possibilitando
direcionar suas ações para as prioridades da educação, saúde e segurança de
todo cidadão brasileiro. Ele defende mais que no seu governo, para concorrer e
participar de qualquer cargo eletivo na administração pública terá que ser por
força do voluntariado e sem ganhar um mínimo tostão sequer, quando só estarão
representando o povo aqueles que realmente se interessem pelo coletivo e
desejam desenvolver a sua vida política pela solidariedade e participação em
geral.
A CARTA DO FULEIRO INDIGNADO DORO – Essa carta do que se
diz vitimado por minhas loas, petas e patranhas, foi escrita em 26 de dezembr0o
de 2004, publicada no Usina de Letras e reenviada agora com o objetivo de me
lembrar de suas astúcias. Confira a seguir suas ilustres e amiudadas letras:
Repúmbrica
do Brasiu, dia de hoje do mês e ano vigentes, a quem mai interessá possa.
Incelentíssimo
Luiz Aberto Machado,
Istou
puto da vida e injuriado com o sinhô.
Quano
cunheci o sinhô, aiguns ano atrás, pencei qui fosse um daqueles gente de bem.
Mai, num é, inganei-mi cum a cô da xita.
O
sinhô foi a indecpição qui consiguiu me deixá mais raso qui bosta de cachoro
num pinico enfuleirado.
Arriconheço
qui o sinhô me ajudou muito, tanto com aigum trocado de minxaria pro sustento e
necessidades estuporadas, quanto na chegada no auxílio da parentada.
E
pru causa disso o sinhô mi inrolô e consigiu arrancá de mim as minhas
estripulias qui já tão na conta do arripendimento e perdoado pela santa mão do
Padi Bidião, esse sim, hômi de deus e di aima iluminada.
Mas,
sinhô Luiz, isso num dá ao sinhô o direito de fazê eu passá as humiações e
mangação qui tô seno acochado em todo canto que vô, por causa das sua
invencionice comigo no seu buqui fajuto.
Quano
contei minhas estóras foi pra sirvir de exempro e não pra o seu enriquecimento
inlícito à custa dum trabaiadô decenti, crente em deus e indedicado cuma eu
sou.
Sei
e tô sabeno qui o sinhô tá inricando mermo com a minha disgraça.
O
sinhô qué acaba cumigo? Só seno.
Até
minha muié, a Marcialita, tá cum riso frouxo na cara pro causa dos seus
inscritos. E ninguém mai confia neu. Só zombaria e disse-me-disse.
Se
eu asoubessi qui era assim, eu mermo tinha iscrevido minha biografia, pois sô
inscritor meiór qui o sinhô é e pensa.
Num
mando agora o sinhô se lascar proqui sou inducado e num quéru me abaixá ao seu
níve.
Maisi,
tô aprovidenciano adevogado pra acioná o sinhô na injustiça pumbrica prá mi
indenizá pro tudo de dano morá e pessoá qui instou sofreno por sua causa.
Destá,
deus tá veno qui vou tomá cada centavu qui o sinhô ganhá nas minhas costela.
Como
eu mermo digo: chapéu de otáro é marreta. Mas o sinhô quis me fazê de otáro,
mas o otáro será o sinhô, seu fio da puta!
Tumbém
vô me ajuntar ao Tolinho e ao Bestinha qui estão tumbém murdido dos poicos cum
o sinhô, pra genti aprontá uma do sinhô nunca mai se metê a besta pro banda da
genti. E aviso mai: eu mermo vô inscrever, poi sô inscritor dos bom, não cuma
as poicaria que o sinhô iscreve a meu respeito e dos outros, e vô mostra quem é
gente de bem, trabaiador e decenti qui o sinhô num é, amostrano qui Doro é Doro
e não as cafajestice qui o sinhô inventô nas sua inrolação.
E
vô ajudá a Tolinho e Bestinha a fazê sua caveira, amostrano seus pôdes, suas
safadices e maloqueragi, pro sinhô vê quanta canoa eu faço com um só pau.
Aguardi e verá, seu sinhô duma pinóia. Aí vai vê o que é maribondo azuretado
inchando seu cuiões. Podi imprepará suas midida num caixão: será a vorta do
enterro pras suas bandas, viu? Destá.
Açaçinado
a rogo: Doro, o murdido e injicado.
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Pra
saber viver não basta morrer, Leonardo
Boff, Luchino Visconti, Emerson &
Lake & Palmer, Núbia Marques, Felicitas, Pedro Cabral, Psicodrama
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de Cordel: História da princesa da Pedra Fina, de João Martins de Athayde aqui.
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de Jozi Lucka aqui.
Robimagaiver:
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DE AMOR POR ELA
Leitora parabenizando o Tataritaritatá!
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