A arte
do desenhista franco-belga René Follet, o REF (1931-2020), Veja mais aqui.
DITOS & DESDITOS - Os
outros veem você como você se vê. Equilíbrio não significa
evitar conflitos, envolve a força para tolerar emoções dolorosas e ser capaz de
lidar com elas. Fantasias
inocentes estão sempre presentes e sempre ativas em todo indivíduo, existindo
desde o começo da vida. É uma função do eu. De fato, não podemos traduzir a
linguagem do inconsciente para a consciência sem empresta-lhe palavras do nosso
domínio consciente. Quem come do fruto do conhecimento, é sempre expulso de
algum paraíso. Pensamento da psicanalística austríaca Melanie Klein
(1882-1960). Veja mais aqui.
ALGUÉM FALOU: Liberdade não pode
simplesmente significar fazer o que mais lhe impressionar no momento: dessa
maneira você é escravo de qualquer capricho ou fantasia passageira. A
verdadeira liberdade envolve controle sobre sua vida como um todo, aprendendo a
fazer planos, promessas e decisões, a assumir a responsabilidade pelas
consequências de suas ações. A razão impulsiona sua pesquisa para entender o
mundo, pressionando você a perguntar por que as coisas são como são. Por razões
teóricas, o resultado dessa busca se torna ciência; por razões práticas, o
resultado é um mundo mais justo. Crescer significa perceber que não é o melhor
momento da vida e resolver saborear cada segundo de alegria ao seu alcance.
Você sabe que cada um deles passará e não o experimenta mais como traição. Se a
vida é um presente, quanto mais você participa, mais agradece. Uma grande
função das artes é manter os ideais vivos em uma cultura que ainda não os
realiza. Tudo o que for necessário para obter clareza, você deve começar com os
olhos abertos. Pensamento da
filósofa estadunidense Susan Neiman. Veja mais aqui.
EDUCAÇÃO PÓS-GUERRA – [...] De modo geral, qualquer pessoa
que não pertença exatamente ao grupo perseguidor é uma vítima em potencial [...] Se os homens não fossem indiferentes
uns aos outros, Auschwitz não teria sido possível, os homens não o teriam
tolerado. Os homens, sem exceção, sentem-se hoje pouco amados porque todos amam
demasiado pouco. A incapacidade de identificação foi, sem dúvida, a condição
psicológica mais importante para que pudesse suceder algo como Auschwitz entre
homens de certa forma educados e inofensivos. [...]. Trechos extraídos da obra Educação e emancipação (Rio de
Janeiro, 1995), do filósofo e musicólo alemão, Theodor W. Adorno (1903- 1969). Veja mais aqui.
SUAVE PAIXÃO – [...] Ela
adorava a festa anual que a revista onde trabalhava oferecia aos funcionários e
suas famílias, na época do Natal O imenso salão era decorado com luzes
coloridas e em todo canto podia ser sentido o aroma agradável dos pãezinhos e
das tortas de morango. Havia outra festa nos escritórios da Elegance, no Dia de
Ação de Graças, que ela também esperava ansiosa, mas a do Natal, a qual participava
em companhia da amiga, era sua favorita. A maioria dos parentes dos
funcionários estava presente. Todo ano, Jason McCready, o presidente da
Elegance, alugava o salão de festas do hotel mais prestigiado de Boston para
receber seus 161 convidados, vestidos a rigor. Nessa noite, os homens trajavam
smoking e as mulheres vestidos longos. Champanhe, vinho e licor eram servidos
aos adultos e para as crianças, coquetel de frutas, além de refrigerantes à
vontade. Numa sala ao fundo, tinham sido colocados vários fornos microondas,
fornos convencionais e toda a parafernália necessária a uma festa daquele
porte. Garçons eram contratados para atender a todos. Havia, também, uma sala
com televisão, videocassete e o aparelho de som, de onde vinha a música que Caryn
estava ouvindo naquele momento. Na entrada, cada funcionário retirava, de
dentro de um chapéu, um papel com o nome da pessoa para quem daria o presente
que havia levado. A árvore de Natal já estava devidamente montada e uma pessoa
era encarregada de colocar embaixo dela todos os brinquedos que McCready sempre
comprava nessa ocasião, para entregar aos filhos de seus funcionários. — Ei,
menina, você está muito quieta! Isto é uma festa, lembra-se? Caryn arregalou os
olhos. Depois, sorriu. Logo que começara a trabalhar na Elegance, ela ficava
ressentida toda vez que June, a diretora de vendas da revista, a chamava de
menina. Mas depois começou a perceber que June usava aquela palavra com
carinho. Depois de alguns meses de convivência, ambas tinham se tornado amigas
inseparáveis. E já haviam se passado cinco anos. [...]. Trechos extraídos
da obra Suave paixão (Círculo de
Livro, 1994), da escritora estadunidense Heather
Pozzessere.
UM DÍSTICO POÉTICO - A lei que eu sou não me
subjugará. Escrevo para que a morte não tenha a última palavra. do poeta
grego e Prêmio Nobel de Literatura de 1979, Odysséas Elýtis (1911-1996).
Veja mais aqui.
PAIXÃO (Imagem: arte de Ísis Nefelibata) -
Falar em química da paixão e do amor em nossos dias, confronta a
dicotomia da racionalidade com a emotividade. Principalmente pela atitude
experimentalista e pelo sucesso tecnológico que propiciaram um desigual
conforto humano. Contudo, enquanto o conforto passa a ser a razão da saga
humana hoje, engendrou-se o desconforto para o conhecimento, que impôs a si
mesmo limites metodológicos e restrições de incidência, que o paralisaram em
campos onde o experimento não pode operar. Nesses campos do amor e da paixão, a
ciência cotidiana não entra e os considera o limbo da metafísica, o exagero da
imaginação artística e a perfumaria opressora dos mitos superados. Dessa forma,
falar de amor e de paixão em tempos de banalização e vulgarização das relações
afetivas e sexuais, requer um exercício ético sem preconceitos. Se no interior
da própria ciência, a razão se autotematiza, no cotidiano, a opacidade
continua. Há um mundo operatório que dá conta dos interesses e racionaliza as
correlações de força vigentes, mantendo e justificando as disparidades,
aquietando as consciências, criando virtualidades consoladoras e simulacros
generosos, galvanizando as atenções e os esforços. Para um mundo limpo, tão
limpo como as máquinas, cuja sujeira é permitida por não ter o odor e a
organicidade dos seres vivos, uma razão limpa, sem as instabilidades do afeto e
os riscos da paixão. Enquanto isso, uma corrente inglória e contumaz, insiste
na afetividade em detrimento do mecanicismo desumano. Para que essa razão
analítico-instrumental sobreviva, será sempre preciso separá-la do afeto. A
inteligência mais alta é aquela que tem a eqüidistância dos eunucos e a limpidez
da água destilada. Isto significa uma muralha construída entre a razão e a
paixão, entre a cognição e a afetividade, a se tomar a terminologia piagetiana.
O mundo do dado, como se insurgindo, não cansou, na história, de mostrar que
onde a razão brilha, há uma coexistência com a paixão, onde ela desvela, ali
está morando o afeto. Isso pode ser observado, tanto individual, quanto
coletivamente.
A paixão, em Nietzsche, martela e fragmenta,
atingindo a transmutação de todos os valores. Em Marx, subverte, denunciando a
injustiça das estruturas econômicas e sociais. Em Freud, revela o inconsciente;
e, no feminismo, desprivatiza o privado para denunciar a desigualdade entre os
sexos. E isso quer dizer que não há Einstein sem a paixão pelo Universo, nem
Mozart, sem a paixão pela Música, nem Marx, sem a paixão pelos desvalidos, nem
Picasso, sem a paixão pela forma, cor e textura, nem movimentos sociais, sem a
paixão pela transformação. Daí, conforme Gutiérrez (1998:80), "(...)
paixão é criatividade: sem paixão não há poema, quadro, catedral, transformação
social ou literatura. E é da paixão amorosa que trata a literatura,
especialmente a romântica". Em Goethe, com Werther, é a mais alta
representação do amor impossível, do amor infinito e da morte. Onde a paixão é
excesso, transgressão. E que as transgressoras, adúlteras, ou não, como as
heroínas na história da ópera, sofrem sempre algum tipo de punição. A paixão
sem qual o mundo é insípido, a paixão que alimenta e fecunda e sem a qual se
perde a própria flor da vida, tendo as características do que, para Kant, é o
sublime, pois em termos kantianos o sublime é noturno, tempestuoso, misterioso.
Mas afastar a razão da paixão é útil para efetivar uma dominação sutil: a
dominação que estimula a produção com a diminuição de angústias e tensões, a
dominação dos controles mais fáceis, dada a previsibilidade dos seres com
sentimentos pequenos e pouco intensos, a dominação da criação de necessidades
para amortecer dúvidas e tecer existências lineares, que procuram se apropriar
de mercadorias, em si, desnecessárias. Além disso, nessa teia de poderes
estabeleceu-se uma outra dualidade: a do amor, de um lado, e o da paixão, de
outro. Para o amor foram carreadas todas as qualidades superiores: o amor é
construtivo, o amor é solidário, o amor é doação, o amor é o sentimento da
união serena e estável.
À paixão foram reservados os estigmas do
descontrole, da traição, da agressividade, da infelicidade, da imprevisão e da
destruição. Assim, a paixão se tornou fonte de atos perigosos, como, no âmbito
penal, o homicídio passional.
O amor-paixão que move o ser humano para
pontos cruciais, que o lança para os abismos, ou que o abre para iluminações, é
entrega plenificadora ou destruidora. Seu sentido plenificador ou destruidor
está dependente do valor, está ligado aos projetos, está demarcado por
trajetórias individuais, sociais ou culturais. Ele é demasiadamente humano. Por
isso, é perigoso para a sociedade de controle. Somente humano. No entanto, é
preciso entender que o amor e a paixão fazem parte da vida humana porque estão
sempre presentes nos sentimentos humanos. Para os poetas arrebatados a paixão
não é, sente-se! E sente-se a cada momento, a cada beijo, a cada carinho, a
cada sofrimento. Paixão é o que se cria fechados no mundo onde se balbucia
palavras divinas que os beijos inocentemente interrompem! Paixão é a
contemplação mística de olhar os olhos enobrecidos de prazer, de vida. Por isso
e muito mais, a química do amor e da paixão é muito estudada hoje, pois o corpo
produz substâncias que são como drogas que agem na pessoa quando está
apaixonada.
Numa primeira tentativa conceitual empírica,
a paixão pode ser entendida como um sentimento que desestrutura o indivíduo,
pois ele deixa de lado o seu próprio eu para satisfazer as vontades e desejos
do outro. Isso porque o apaixonado se anula, esquece de si mesmo para viver a
vida do outro. Afasta-se dos amigos, da família e as vezes da própria
sociedade. Ou seja, a paixão é a forma de amor que recusa o imediato e foge do
próximo: aspira à distância e a inventa na medida de sua necessidade, para
melhor se renovar e se exaltar. Esta definição está conforme com os preceitos
do filosofo francês Denis de Rougemont, autor de "Os mitos do amor". A
paixão, por outro lado, é uma projeção narcisística: ama-se, no outro, a
projeção de si mesmos, enquanto o casamento, por seu lado, elimina o aspecto
nascisístico da relação (Bolsanello, 1979). O apaixonado projeta e enxerga no
outro tudo que ele deseja ter ou ser. A paixão não dura a vida toda. Ela chega
numa encruzilhada onde encontra dois caminhos a seguir: acabar ou
transformar-se num grande amor. Por outro lado, Jung (1980), observa que o
encontro de duas personalidades é como o contato de duas substâncias químicas:
se houver alguma reação, ambas serão transformadas. Por isso, entende-se que a
paixão é aquela euforia, aquele tormento, as noites insones e os dias
inquietos. Em êxtase ou tomados pela apreensão, sonhando acordados durante os
afazeres, esquecendo as coisas, perdendo a noção do espaço, ficando sentados ao
lado do telefone ou planejando o que vamos falar, obcecados, ansiando pelo
próximo encontro com a pessoa amada. Sob esse entorpecimento, o riso deixa
tonto, enfrenta-se riscos absurdos, diz-se tolices, ri-se demais, revela-se
segredos bem guardados, conversa-se a noite inteira, anda-se pela madrugada e,
o tempo todo, abraçam-se e beijam-se, esquecidos do mundo inteiro enquanto
estão tomados pela febre e sem fôlego, plenos de êxtase (Fisher, 1995). Numa
outra visão, Freud considerou a paixão como um desejo sexual bloqueado ou
postergado. Daí, muitos consideraram a paixão uma experiência mística,
intangível, inexplicável e até sagrada, que desafia as leis da natureza e a
investigação científica. Há toda uma mística, desde Iansã, que é o orixá de um
rio conhecido como Níger, cujo nome original em iorubá é Oyá. Deusa da espada
do fogo, dona da paixão, Iansã é a rainha dos raios, dos ciclones, furacões,
tufões, vendavais. Orixá do fogo, guerreira e poderosa. Mãe dos eguns,
guia dos espíritos desencarnados, senhora do cemitério. Orixá da provocação e
do ciúme. Paixão violenta, que corrói, que cria sentimentos de loucura, que
cria o desejo de possuir, o desejo sexual. É a volúpia, o clímax. Ela é o
desejo incontido, o sentimento mais forte que a razão. A frase "estou
apaixonado" tem a presença e a regência de Iansã, que é o orixá que faz
com que os corações batam com mais força e cria nas mentes os sentimentos mais
profundos, abusados, ousados e desesperados. É o ciúme doentio, a inveja suave,
o fascínio enlouquecido. É a paixão propriamente dita. É a falta de medo das
conseqüências de um ato impensado no campo amoroso. Iansã rege o amor forte,
violento. Oyá é também a senhora dos espíritos dos mortos, dos eguns. É a deusa
dos cemitérios. É ela que servirá de guia, ao lado de Obaluaiê, para aquele
espírito que se desprendeu do corpo. É ela que indicará o caminho a ser
percorrido por aquela alma. Comanda a falange dos Boiadeiros. Embora tenha sido
esposa de Xangô, Iansã percorreu vários reinos. Foi paixão de Ogum, Oxaguian,
Exu. Conviveu e seduziu Oxóssi, Logun-Edé e tentou, em vão, relacionar-se com
Obaluaiê. Em Ifé, terra de Ogum, foi a grande paixão do guerreiro. Aprendeu com
ele e ganhou o direito do manuseio da espada. Em Oxogbo, terra de Oxaguian,
aprendeu e recebeu o direito de usar o escudo. Deparou-se com Exu nas estradas,
com ele se relacionou e aprendeu os mistérios do fogo e da magia. No reino de
Oxóssi, seduziu o deus da caça, aprendendo a caçar, tirar a pele do búfalo e se
transformar naquele animal com a ajuda da magia aprendida com Exu. Seduziu o
jovem Logun-Edé e com ele aprendeu a pescar. Iansã partiu, então, para o reino
de Obaluaiê, pois queria descobrir seus mistérios e até mesmo conhecer seu
rosto, mas nada conseguiu pela sedução. Porém, Obaluaiê resolveu ensinar-lhe a
tratar dos mortos. De início, Iansã relutou, mas seu desejo de aprender foi
mais forte aprendeu a conviver com os eguns e controlá-los. Partiu, então, para
Oió, reino de Xangô, e lá acreditava que teria o mais vaidoso dos reis, e
aprenderia a viver ricamente. Mas, ao chegar ao reino do deus do trovão, Iansã
aprendeu muito mais. Aprendeu a amar verdadeiramente e com uma paixão violenta,
pois Xangô dividiu com ela os poderes do raio e deu a ela o seu coração. O fogo
é o elemento básico de Iansã. O fogo das paixões, da alegria, o fogo que
queima. E aqueles que dão uma conotação de vulgaridade a essa belíssima e
importantíssima divindade africana, são dignos de pena e mais dignos ainda, do
perdão de Iansã. Doroty Tennov, em 1960, identificou uma constelação de
características comuns à condição de se estar apaixonado, um estado que ela
chama de envolvimento, alguns psiquiatras chamam de atração e outros de paixão
(Fisher, 1995). O primeiro aspecto dramático dessa condição é seu início, o
momento em que outra pessoa começa a assumir um significado especial. Depois, a
paixão vai se desenvolvendo segundo um padrão característico, que começa com o
pensamento invasivo. No começo, esses pensamentos invasivos ocorrem de maneira irregular.
Mas se detém nos aspectos mais triviais da pessoa amada e a aumentar
desproporcionalmente sua importância em um processo que Tennov denomina de
cristalização (Fisher, 1995). A cristalização é distinta da idealização, pois a
pessoa apaixonada na verdade percebe os pontos fracos da pessoa a quem
idolatra. As duas características mais importantes que aparecem nas divagações
dos informantes apaixonados de Tennov são duas sensações esmagadoras: a
esperança e a dúvida (Fisher, 1995). A timidez, o medo da rejeição, a ansiedade
e o desejo de reciprocidade, são outras sensações importantes da paixão. Acima
de tudo, há um sentimento de desamparo, uma sensação de que essa paixão é
irracional, involuntária, não-planejada e incontrolável. Dessa forma, a paixão passa
a ser um conjunto de intensas emoções que se desencadeiam sobre as pessoas e as
inundam, deixando-as à mercê dos caprichos da outra pessoa, em detrimento de
tudo o que os rodeia, incluindo o trabalho, a família e os amigos. E este
mosaico de sensações involuntárias só está parcialmente relacionada ao sexo
(Fisher, 1995). A paixão, ainda, pode ser desencadeada, em parte, por um dos
traços mais primitivos - o olfato. Cada pessoa tem um cheiro diferente. Todos
têm um odor pessoal, tão característico como a voz, as mãos, o intelecto
(Fisher, 1995). O corpo humano pode produzir os mais poderosos afrodisíacos
olfativos. Tanto os homens quanto as mulheres têm glândulas apócrinas nas
axilas, em volta dos mamilos e na virilha, que se tornam ativas na puberdade. A
secreção dessas glândulas difere daquela das glândulas ecrinas, que se
encontram na maior parte do corpo e produzem um líquido inodoro, porque seu
exudato, junto com as bactérias existentes na pele, produz o cheiro acre e
azedo da transpiração (Fisher, 1995). Os odores masculino ou feminino podem
provocar fortes reações físicas e psicológicas. O cheiro de um homem ou de uma
mulher podem trazer à tona muitas lembranças. Despertada a paixão, o cheiro da
pessoa amada, torna-se um afrodisíaco, um estímulo contínuo ao relacionamento
amoroso. Certo distanciamento é essencial para a paixão. Em geral, as pessoas
não se apaixonam por alguém que conhece bem. O mistério é muito importante para
o amor romântico. As dificuldades também parecem despertar essa loucura. É a
caçada. Se uma pessoa é difícil de ser conquistada, isso desperta o interesse
das outras. A ocasião também desempenha um papel importante na paixão. Via de
regra, sente-se atraído por pessoas similares, tendendo a procurar pessoas
semelhantes, o que os antropólogos chamam de união positiva entre iguais
(Fisher, 1995). É a constelação de fatores que aparecem de uma vez, incluindo o
momento oportuno, os obstáculos, o mistério, as semelhanças, um mapa amoroso
coincidente, e até os cheiros certos, que torna a pessoa suscetível a se
apaixonar. Esse violento distúrbio emocional que se chama paixão ou atração
pode começar com uma pequena molécula chamada feniletilamina, ou FEA. Conhecida
como a amina da excitação. A FEA é uma substancia existente no cérebro que
provoca as sensações de exaltação, alegria e euforia. No aspecto biológico, os
impulsos são os mesmos, com manifestações orgânicas concretas. A falta de
controle desses impulsos faz a diferença, influenciando os aspectos psicológico
e social, muito ligados. Na raça humana centros cerebrais superiores dominam
sobre os centros sexuais e o sexo reprodução muitas vezes se curva perante a
complexidade do sexo prazer e o do sexo amor. Os feromônios, certos odores nas
fêmeas de animais, começam a ser estudados na espécie humana e já se conhece um
pouco sobre uma detecção inconsciente dessas substâncias que estimulam a
produção de outras substâncias cerebrais como a ocitocina, na hipófise,
responsável pela produção de leite, contrações do parto e uma espécie de fome
epidérmica: uma agradável sensação desencadeada pelas carícias em qualquer
região do corpo. A ocitocina facilita a ação dos feromônios durante o contato
mãe-bebê logo após a parto estabelecendo a memória olfativa. Estas lembranças
precoces ficam registradas de modo indelével na mente e vão influenciar todos
os relacionamentos futuros, funcionamento na sociedade e capacidade de receber
e dar carinho. Este argumento é reforçado pela psicologia da evolução. Não há
dúvidas que processos complexos como as fantasias e palácios são mais
relevantes no estabelecimento dos encontros e, acima de tudo, o amor ágape é o
grande amálgama divino indissolúvel pelo imperfeito homem, mas uma reflexão é
para que os casais redescubram as agradáveis e inebriantes sensações
proporcionadas pelos seus hormônios. O excesso de aromas oriundos dos banhos
aromáticos, óleos, perfumes podem mascarar os feromônios. Portanto, não se deve
subestimar ação hormonal: muitos casais enfrentam desgastes relacionais
profundos durante a gestação ou menopausa por desconhecerem as alterações
físicas provocadas pelos hormônios. Jovens maridos, que tinham um
relacionamento prazeroso, muitas vezes, sentem-se desprezados durante a
gestação pois as esposas já não parecem tão interessadas neles. O casal
se distancia e surgem mágoas. O problema é facilmente superado quando
informamos que a gestante fica com o desejo sexual diminuído principalmente
devido a elevação passageira da prolactina, um hormônio que estimula a
lactação. A resposta sexual é normal desde que o marido continue a procurar a
intimidade. Por isso, para o terapeuta familiar Robert Neuburger, a paixão
altera a percepção da realidade por causa do o abandono da vigilância. Segundo
ele, a paixão invade, pode fazer com que a pessoa negligencie os filhos, o
trabalho, tudo. A paixão se organiza dentro da ansiedade e da urgência. O
sentimento primordial é a necessidade absoluta do outro. E esse estado
precede o encontro com a pessoa que vai se transformar no objeto da paixão.
Corresponde à necessidade de se sentir vivo. Geralmente, as pessoas se
apaixonam quando estão se sentindo mal, insatisfeitas consigo mesmas e com os
outros. Nessas situações, uma paixão faz a pessoa sentir que está vivendo
intensamente. Claro que não se pode negligenciar a escolha da pessoa por quem
se vai ficar apaixonado, mas o mecanismo passional vem antes. É acionado quando
se começa a desejar algo que traga uma nova energia vital. A paixão toca no que
existe de mais profundo na existência de cada um. É uma autoterapia excelente e
um antidepressivo muito eficaz, vez que ela está ligada à vida e à morte. Ter
amado passionalmente permite aceitar a morte. Mas não se deve ultrapassar a
dose. Há um aspecto mortífero na paixão. Os apaixonados tendem a ir além de
suas forças, com uma percepção alterada da realidade. O resto do mundo não
existe mais, e isso não pode durar para sempre. Depois, tudo vai depender da
maneira como a pessoa aterrissa: devagarinho, com lembranças maravilhosas, ou
com amargor e arrependimento. A menos que a paixão se transforme em amor
duradouro. O namoro, por exemplo, é um dos modos que o ser humano encontrou no
decorrer de sua existência para descobrir-se como ser sensível, capaz de trocar
emoções, sentimentos, carícias, em relação a si mesmo e ao outro. É um fenômeno
conhecido por todos, podendo ser "rapidinho" descompromissado, como o
"ficar", ou duradouro, envolvendo compromissos até de fidelidade. A
adolescência materializa e demarca o seu aparecimento. E a morte, o seu fim.
Com isso, diz-se que o ato de cativar, inspirar amor, atrair, namorar, só cessa
com a finitude: a morte. Ocorre por infinitas razões: atração sexual,
afinidades, paixão, curiosidades, carência afetiva, medo de ficar só entre
tantos outros motivos, até buscando vivenciar essa forte emoção. O enamoramento
é um estado de ser, que lança a uma experiência extraordinária, transgressora.
Graças à transgressão desencadeada pela força de Eros, o deus do amor e do
movimento para a mitologia grega, a libido para a psicanálise, encontra-se o
fenômeno da mestiçagem entre os mais variados tipos étnicos. Nesses momentos de
enamoramento, os envolvidos se percebem possuídos por uma emoção, uma força
nascente, uma revelação diante do objeto de desejo, que os mobilizam a um
renascimento, a uma redescoberta física, sexual, emocional e psíquica. É que a
paixão tende a superar a diversidade existente entre as duas pessoa, razão de
ser do próprio desejo. O interesse pelo outro está focado no que o apaixonado
atribui ao outro de diferente. Assim, passa-se a atribuir ao eleito do desejo
uma qualidade singular, o que é revelado pela intensidade e intimidade erótica
que adquirem o seu gesto, seu toque, seu cheiro e suas carícias. Carícias erotizam
para sempre o corpo. Nesses momentos, o desejo de estar no corpo do outro
permite mergulhar no fantástico mundo da criatividade, liberar os horizontes do
imaginário e, numa viagem sem fronteiras, possibilitar à pessoa amada o seu
desvelar. Essa viagem de descoberta é vivida a dois, pois, ao permitir o
desvelar-se da pessoa amada, desvelam-se também diante dela. Nessa fusão se
completam e, por instantes, experimentam a eternidade. São momentos de beleza
incontestável . O êxtase, a magia se presentificam. Outro aspecto interessante
do enamoramento é a percepção alterada da duração do tempo: as horas passam em
minutos e os minutos estendem-se como se fossem horas. O encontro ocorre quando
os dois conseguem operacionalizar o tempo. Há, portanto, uma preparação
criativa, uma predisposição para viver o extraordinário, as festas, os
espetáculos não ocorrem todos os dias. Nessa fantástica e instável caminhada
existencial, Eros mostra-se sempre paradoxal: não oferece certezas e tampouco
garantia de estabilidade, e continuidade. Ao se permitir viver o processo de
enamoramento, portanto, estão-se expostos a serem invadidos por fortes ventos
que, por certo, irão desestabilizar a fusão , e a tão sonhada completude , que
se atribui ao outro o poder de possibilitar-se a viver. Afinal, sonhos são
estados de ser dos mortais. Com certeza: um consolo, um prêmio pela nossa
condição de mortais. A sedução é o ponto de partida para se atingir a paixão. O
outro completa, atrai e, a partir daí inicia a paixão. A palavra sedução é
muitas vezes, utilizada com uma conotação negativa. No entanto, dentro de
certos limites, a sedução é um processo normal e desejável nos relacionamentos
humanos. A sedução é um jogo que tem como principal característica a formação
de um sentimento diferente de todos os outros, que vai prendendo o seduzido sem
que ele perceba. Existem, pois, diferentes maneiras de se praticar a sedução,
como: fingir que não está percebendo a intenção do outro ou fingir preferências
comuns. Na realidade o apaixonado não busca o outro, busca a si mesmo. O olhar
sedutor transcende os limites do simples olhar, é um olhar colorido, cheio de
promessas. Todo ser humano de uma maneira ou de outra se sente incompleto e
deseja buscar em outra pessoa o que lhe falta. A paixão, a sedução, não se liga
a matemática, não tem idade. A intensidade da emoção sentida durante a fase da
paixão, por si só justifica qualquer conseqüência negativa sofrida mais tarde.
A paixão da qual nasce o ciúme é o desejo de posse. É fato estranho que a emoção
mais sublime conhecida pelo homem, e, bem asism, pelo animais, é o amor. As
maiores coisas realizadas pelo homem, são feitas devido aos impulsos do amor.
Contudo, o própiro amor pode criar expressões de duas paixões muito opostas, a
saber, a paixão de dar e partilhar aquilo que se ama, e a paixão de possuir e
controlar a coisa amada. Não há dúvidas que processos complexos como as
fantasias e palácios são mais relevantes no estabelecimento dos encontros e,
acima de tudo, o amor ágape é o grande amálgama divino indissolúvel pelo
imperfeito homem, mas uma reflexão é para que os casais redescubram as
agradáveis e inebriantes sensações proporcionadas pelos seus hormônios. O
excesso de aromas oriundos dos banhos aromáticos, óleos, perfumes podem
mascarar os feromônios. Portanto, não se deve subestimar ação hormonal: muitos
casais enfrentam desgastes relacionais profundos durante a gestação ou
menopausa por desconhecerem as alterações físicas provocadas pelos hormônios.
Jovens maridos, que tinham um relacionamento prazeroso, muitas vezes, sentem-se
desprezados durante a gestação pois as esposas já não parecem tão interessadas
neles. O casal se distancia e surgem mágoas. O problema é facilmente
superado quando informamos que a gestante fica com o desejo sexual diminuído
principalmente devido a elevação passageira da prolactina, um hormônio que
estimula a lactação. A resposta sexual é normal desde que o marido continue a
procurar a intimidade. Por isso, para o terapeuta familiar Robert Neuburger, a
paixão altera a percepção da realidade por causa do o abandono da vigilância.
Segundo ele, a paixão invade, pode fazer com que a pessoa negligencie os
filhos, o trabalho, tudo. A paixão se organiza dentro da ansiedade e da
urgência. O sentimento primordial é a necessidade absoluta do outro. E
esse estado precede o encontro com a pessoa que vai se transformar no objeto da
paixão. Corresponde à necessidade de se sentir vivo. Geralmente, as pessoas se
apaixonam quando estão se sentindo mal, insatisfeitas consigo mesmas e com os
outros. Nessas situações, uma paixão faz a pessoa sentir que está vivendo
intensamente. Claro que não se pode negligenciar a escolha da pessoa por quem
se vai ficar apaixonado, mas o mecanismo passional vem antes. É acionado quando
se começa a desejar algo que traga uma nova energia vital. A paixão toca no que
existe de mais profundo na existência de cada um. É uma autoterapia excelente e
um antidepressivo muito eficaz, vez que ela está ligada à vida e à morte. Ter
amado passionalmente permite aceitar a morte. Mas não se deve ultrapassar a
dose. Há um aspecto mortífero na paixão. Os apaixonados tendem a ir além de
suas forças, com uma percepção alterada da realidade. O resto do mundo não
existe mais, e isso não pode durar para sempre. Depois, tudo vai depender da
maneira como a pessoa aterrissa: devagarinho, com lembranças maravilhosas, ou
com amargor e arrependimento. A menos que a paixão se transforme em amor
duradouro. O namoro, por exemplo, é um dos modos que o ser humano encontrou no
decorrer de sua existência para descobrir-se como ser sensível, capaz de trocar
emoções, sentimentos, carícias, em relação a si mesmo e ao outro. É um fenômeno
conhecido por todos, podendo ser "rapidinho" descompromissado, como o
"ficar", ou duradouro, envolvendo compromissos até de fidelidade. A
adolescência materializa e demarca o seu aparecimento. E a morte, o seu fim.
Com isso, diz-se que o ato de cativar, inspirar amor, atrair, namorar, só cessa
com a finitude: a morte. Ocorre por infinitas razões: atração sexual, afinidades,
paixão, curiosidades, carência afetiva, medo de ficar só entre tantos outros
motivos, até buscando vivenciar essa forte emoção. O enamoramento é um estado
de ser, que lança a uma experiência extraordinária, transgressora. Graças à
transgressão desencadeada pela força de Eros, o deus do amor e do movimento
para a mitologia grega, a libido para a psicanálise, encontra-se o fenômeno da
mestiçagem entre os mais variados tipos étnicos. Nesses momentos de
enamoramento, os envolvidos se percebem possuídos por uma emoção, uma força
nascente, uma revelação diante do objeto de desejo, que os mobilizam a um
renascimento, a uma redescoberta física, sexual, emocional e psíquica. É que a
paixão tende a superar a diversidade existente entre as duas pessoa, razão de
ser do próprio desejo. O interesse pelo outro está focado no que o apaixonado
atribui ao outro de diferente. Assim, passa-se a atribuir ao eleito do desejo
uma qualidade singular, o que é revelado pela intensidade e intimidade erótica
que adquirem o seu gesto, seu toque, seu cheiro e suas carícias. Carícias
erotizam para sempre o corpo. Nesses momentos, o desejo de estar no corpo do
outro permite mergulhar no fantástico mundo da criatividade, liberar os
horizontes do imaginário e, numa viagem sem fronteiras, possibilitar à pessoa
amada o seu desvelar. Essa viagem de descoberta é vivida a dois, pois, ao
permitir o desvelar-se da pessoa amada, desvelam-se também diante dela. Nessa
fusão se completam e, por instantes, experimentam a eternidade. São momentos de
beleza incontestável . O êxtase, a magia se presentificam. Outro aspecto
interessante do enamoramento é a percepção alterada da duração do tempo: as
horas passam em minutos e os minutos estendem-se como se fossem horas. O
encontro ocorre quando os dois conseguem operacionalizar o tempo. Há, portanto,
uma preparação criativa, uma predisposição para viver o extraordinário, as
festas, os espetáculos não ocorrem todos os dias. Nessa fantástica e instável
caminhada existencial, Eros mostra-se sempre paradoxal: não oferece certezas e
tampouco garantia de estabilidade, e continuidade. Ao se permitir viver o
processo de enamoramento, portanto, estão-se expostos a serem invadidos por
fortes ventos que, por certo, irão desestabilizar a fusão , e a tão sonhada completude
, que se atribui ao outro o poder de possibilitar-se a viver. Afinal, sonhos
são estados de ser dos mortais. Com certeza: um consolo, um prêmio pela nossa
condição de mortais. A sedução é o ponto de partida para se atingir a paixão. O
outro completa, atrai e, a partir daí inicia a paixão. A palavra sedução é
muitas vezes, utilizada com uma conotação negativa. No entanto, dentro de
certos limites, a sedução é um processo normal e desejável nos relacionamentos
humanos. A sedução é um jogo que tem como principal característica a formação
de um sentimento diferente de todos os outros, que vai prendendo o seduzido sem
que ele perceba. Existem, pois, diferentes maneiras de se praticar a sedução,
como: fingir que não está percebendo a intenção do outro ou fingir preferências
comuns. Na realidade o apaixonado não busca o outro, busca a si mesmo. O olhar
sedutor transcende os limites do simples olhar, é um olhar colorido,
cheio de promessas. Todo ser humano de uma maneira ou de outra se sente
incompleto e deseja buscar em outra pessoa o que lhe falta. A paixão, a
sedução, não se liga a matemática, não tem idade. A intensidade da emoção
sentida durante a fase da paixão, por si só justifica qualquer conseqüência
negativa sofrida mais tarde. A paixão da qual nasce o ciúme é o desejo de
posse. É fato estranho que a emoção mais sublime conhecida pelo homem, e, bem
asism, pelo animais, é o amor. As maiores coisas realizadas pelo homem, são
feitas devido aos impulsos do amor. Contudo, o própiro amor pode criar expressões
de duas paixões muito opostas, a saber, a paixão de dar e partilhar aquilo que
se ama, e a paixão de possuir e controlar a coisa amada. O amor é uma
experiência consumptiva. Mergulha-se euforicamente nesta deliciosa tortura onde
freqüentemente é difícil manter a concentração. Outros estudiosos identificaram
algumas substâncias responsáveis pelo amor: dopamina, feniletilamina e
ocitocina. Estes produtos químicos são todos relativamente comuns no corpo
humano, mas são encontrados juntos apenas durante as fases iniciais do flerte.
Ainda assim, com o tempo, o organismo vai se tornando resistente aos seus
efeitos e toda a loucura da paixão desvanece gradualmente, quando a fase de
atração não dura para sempre. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui & aqui.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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VEJA
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& Dianne Wiest aqui.
Violeta
Parra, Denis Diderot, Cyro dos Anjos, István
Szabó, Leo
Putz, Marieta Severo, Erika Marozsán & Ida
Rubinstein aqui.
AQUÁRIO (21 de janeiro – 19 de fevereiro) - UM LERO INTRODUTÓRIO – você, amiga aquariana, que é da lua e do ar, inteligente, generosa, criativa, franca, original, sensível, independente, dinâmica e voltada para os problemas humanitários, protegida por ninguém menos que Jesus Cristo – tá podendo, hem? – e que além de ser conectada com o todo-poderoso conta, ainda, com a proteção de Oxalá e de Iemanjá, pode? Privilégio maior que esse, minha filha, nem aqui nem na China, viu? O seu símbolo é o aguadouro e é representado por Hebe ou Ganimedes que, conforme conta a lenda, durante a Assembléia dos Deuses do Olimpo, eram os responsáveis por derramarem nas taças o néctar da eterna juventude e da mortalidade. Chocante, hem? Seu anjo da guarda é o arcanjo Uriel. Por isso você pode ter o carisma de uma Carmen Miranda, a beleza de uma Carolina Ferraz, atleta como a Daiane dos Santos, cobiçada como a Jennifer Aniston, encantadora como a Maitê Proença, injustiçada como a Olga Benário Prestes, inconseqüente como a Paris Hilton, ou dar uma de Sabrina Sato no Pânico, da Sandy no meio dumas darks louconas na MTV, de Shakira numa solenidade, ou de uma Yoko Ono para os Beatles, isso porque é fascinada por artes e tecnologia, além de ser vista como uma excêntrica, calculista, futurista, inovadora, farrista, toda do contra, metida a besta, extremamente individualista, quase narcisista, chata de galocha e tem umas recaídas constantes de dar tudo o que tem, sem contar com a mania de prometer mais do que deve por querer sempre ajudar quem pede ajuda. Cuidado, minha nega, desse jeito não vai sobrar nem o palito de você mesma, viu? Se tiver simancol terá fortes propensões ao sucesso! Um detalhe: não minta que o cu apita, sacou? Você pode não resistir a uma leve conferência no detector.
Porém, este será um ano positivo. Se vacilar, pode virar negativo, né? Cuidado com o envolvimento desavisado com entidades assistenciais: tem sujeitinho sujo metido à politicagem doido para dar um golpe daqueles de torar tudo. E você pode ficar em maus lençóis. Evite sempre agir por impulsos, contenha a sua impulsividade. Também evite situações que possam deixar você indefesa ou indecisa, pode ser o fim da picada.
O azul será predominante para sua condução na vida principalmente por estimular a sua sinceridade e espiritualidade.
AMOR – Invista sempre em surpresas e novidades. Viva a mil por hora. E se o carinha não acompanhar, mande ele pegar a fila ou o beco. Se ele der na trave, mande pastar. E se for insistente, mande ele largar do seu pé, senão, dê um chute bem dado na bunda desse salafrário e arrume outro. Se não der, compre um boneco inflável e vá pra galera. Faça loucuras na cama, tudo o que aprouver. Mas não se entusiasme muito com isso, vai ter uma hora que a monotonia pode rondar e você chegue a sentir falta de um calor macho para esquentar seus pés e a perseguida. Lute sempre pela sua liberdade, isso é imprescindível. Assim, deixe tudo rolar e a tanga voar. E para ter sorte no amor mantenha uma mandala desenhada dentro de todas as suas calcinhas. Isso manterá você sempre fuviando e ao mesmo tempo protegida contra doenças venéreas e propagandas enganosas. No mais, fodas & fodas & fodas a fole.
Imagem: Polyenos et Chrisis, de Agostino Carracci. -TRABALHO – em 2016 você precisa ser prática e cônscia dos seus direitos e deveres. Siga à risca. E use da criatividade e originalidade que lhe é pecualiar. Também da diplomacia. Busque sempre a satisfação profissional. Se estiver insatisfeita com o salário, chute o balde, desça das tamancas, rode a baiana e mande tudo para pqp. Seja rápida e tome decisões acertadas. Do contrário, aguente tudo caladinha. Seja flexível. Cuidado, você pode estar sendo vigiado e isso para você é o mesmo que matá-la. Maior dureza! Para melhorar seu salário você pode fazer o seguinte: pegue um lenço azul, um vestido azul bem depravado, 1 uma linha azul para segurar as coisas que estiverem caindo, sua carteira de trabalho – de repente não tem como se limpar, né? – e rode a bolsinha na primeira esquina mais movimentada da parada. Então, vá como quem não quer nada, passe tudo como se estivesse com a faca nos dentes e desmascare todos os algozes atrozes que lhe apurrinham e andam demarcando seu território. Não se precipite, dê o bote na hora certa. Seja irreverente e mostre que vencer uma batalha pode não ser a vitória, mas o começo doutra batalha. Faça cada vez melhor, você pode, você é. Agora é só olhar pro futuro e se mantenha livre para voar.
SAÚDE – mantenha o equilibrio físico e emocional. Para isso, na lua cheia pegue 1 litro de água, 2 velas, 1 vermelha e a outra azul, 1 turmalina azul, 1 incenso violeta para dar um contraste em tudo, 1 punhado de manjericão, 1 sondalita, ponha tudo num copo, remea e sacuda dentro do liquidificador. Deixe uns 3 minutos no zoadeiro. Depois tome e espere a coisa acontecer. Faça sempre massagem no plexo solar. E quando sair de qualquer lugar nunca olhe para tras. Faça exercícios, ande pulando numa perna só e cuide da saúde!
VIDA - A sua filantropia vai dar o que falar. Drible a insegurança, valorize suas qualidades, bata nos peitos e diga: sou a maior! E mande ver! Na lua cheia pegue 1 cristal, 7 folhas de salgueiro, 7 pétalas de orquideas, 7 flores de margarida, arrebenta-cavalo, fedegoso e toros de bambu, 7 flores brancas, 7 roxas, 7 incensos de mirra, 7 moedas – com um detalhe: cada uma delas, cada dia da semana, você pega faz, na ordem, como se fosse supusitório durante a noite. Quando acordar, retire e ponha no meio da tranqueira, são 7 dias, 7 moedas. Depois disso, junte tudo por 7 dias num papel de seda de branca melado de mel, 1 fita branca, ponha tudo isso num pacote só de cor azul, remexa, plante bananeira, equilibre nos seios, depois no ventre, faça embaixadinhas, depois deite o pacote na nuca, cuspa e mije em cima, deixe bem sapecado e bote para enxugar numa janela do lado do leste da sua casa por 3 dias encarreados de sol a sereno. Depois faça 7 pedidos e repasse o pacote para 7 pessoas de seu vinculo de amizade. Depois que amolegarem bem muito, acenda uma vela de sétimo dia e queime refazendo o seu pedido com toda força para Jesus Cristo, Oxalá e Iemanjá. Tudo isso para ficar muito azul e ter boas vibrações. Além duma sorte da porra, viu? Seu número da sorte é 13. Mas também pode apostar no 31, no 5, no 40, no 68, no 77, tudo que tiver 3 e 7 e seus similares estarão no plano de sua fortuna. Para tanto faça sempre uso dos salmos 2, 3, 12, 44 e todos os outros na hora de aperreio que logo tudo virará bonanza na horinha. Não viva só no mundo dos sonhos. E lembre-se da simpatia da virada do ano, faça bem direitinho conforme manda o figurinho. E não se faça de abestada e vote em mim nas próximas eleições, senão um vento ruim vai rondar sua vida de nunca mais você se livrar do azar e da desgraça. Assinado, Doro.
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