
RÁDIO
TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio
Tataritaritatá
especiais com a música do cantor e compositor Raimundo
Fagner:
O quinze, Eternas Ondas e A arte; a panista Karin
Fernandes
interpretando Shajarat al-Hayah tanmow fi al-Sahra Yahi, de
Tatiana Catanzaro, Seresta, para piano e orquestra, de Camargo Guarnieri, Nó,
de Sergio Kafejian & Concerto Romântico de Radamés Gnattali; do compositor estadunidense de
música minimalista Morton Subotnick: The Last Dream of the Beast,
Axolotl & Ascent
into Air; e da cantora Sônia Mello: Desejo, Aurora/Minha Voz, Começo meio e fim, Proposta
& Outra vez. Para conferir é só ligar o som e curtir.
PENSAMENTO DO DIA – Eu,
que sou cega, posso dar uma sugestão aos que vêem – um conselho àqueles que
deveriam fazer completo uso do dom da vida: servi-vos dos vossos olhos como se
amanhã fosseis cegar. O mesmo princípio é valido para o restante dos sentidos. Ouvi
a música das vozes, o canto de uma ave, os poderosos acordes de uma orquestra
como se amanhã fossem vbítima de surdez. Tocai em tudo o que desejais tocar,
como se amanhã viésseis a ficar privados da faculdade do tato. Aspirai o
perfure das flores, sobejai com deleite os vossos alimentos, como se amanhã perdêsseis
o olfato e o paladar. Pensamento da escritora, conferencista e ativista
social estadunidense Helen Keller
(1880-1968), ela foi a primeira pessoa surda e cega a conquistar um
bacharelado. Veja mais aqui e aqui.
O POETA & O ASSOMBRO – [...] "Ninguém
poderá ser chamado de poeta", escreve o influente crítico italiano
Minturno na década de 1550, se não se sobressair no poder de provocar assombro"
Para Aristóteles, o assombro está associado ao prazer como fim da poesia, e na Poética
ele
examina as estratégias pelas quais os poetas trágicos e épicos empregam o maravilhoso
para provocar assombro. Também para os platônicos o assombro é um elemento
essencial na arte, pois é um dos principais efeitos da beleza. Nas palavras de
Plotino, "Este é o efeito que a Beleza deve sempre induzir, assombro e
pasmo deleitoso, desejo e amor, e um terror que seja prazeroso." No século
XVI . o neoplatônico Francesco Patrizi define o poeta como O
"criador
do maravilhoso", e afirma que o maravilhoso está presente quando os homens
ficam "estupefatos, arrebatados em êxtase". Patrizi chega ao ponto de
considerar o maravilhamento uma faculdade especial da mente, uma faculdade que
na verdade é mediadora entre a capacidade de pensar e a capacidade de sentir. [...]. Trechos
da obra As possessões maravilhosas (Edusp,
1996), do teórico e critico literário estadunidense Stephen Greenblatt.
MIRAMAR – [...] À minha
frente, o mar sem-fim estendia-se, azul, claro e belo. As ondas calmas
brincavam com as perolas que o sol lançava. Um vento agradável me envolveu. [...]
Estava quase me entregando à melancolia,
quando ouvi um barulho no quarto, olhei, era Zohra arrumando minha cama com
lençois e cobertas. [...] Contemplei
sua estonteante beleza camponesa. [...]. Trecho do romance Miramar (Berlendis e Vertecchia, 2003),
do escritor egípcio & Prêmio Nobel de Literatura de 1988, Naguib Mahfuz (1911-2006), contando a
história de seis personagens exilados pelas circunstancias em Alexandria, no
início dos anos 1960, em hotel antes refinado, agora pobre e decadente,
administrada por uma envelhecida proprietária e uma linda jovem ajudante,
Zohra, cujas relação com os hóspedes refletem a realidade social e política do período
e das transformações da sociedade egípcia seguida à revolução de 1952.
O PODER OCULTO DA MULHER BONITA
[...]
Qualquer um religioso
Querendo experimentar
Fazer uma procissão,
Sem a mulher ajudar,
Chegando no meio do caminho,
O santo fica sozinho
Sem ter quem o carregar.
A mulher indo no meio,
Como é acostumada,
Anima-se todo mundo,
Ali não falta mais nada...
Da minha parte eu garanto
Que o povo carrega um santo
Que pesa uma tonelada!
Poema do poeta
popular paraibano João Martins de Athayde (1880- 1959). (Xilogravura de Airton Marinho). Veja mais
aqui.
Veja mais:
&
A ARTE RICHARD DIEBENKORN
A arte
do pintor estadunidense Richard
Diebenkorn (1922-1993).