
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje
na Rádio Tataritaritatá especiais com a música do
cantor, compositor e ativista estadunidense de causas humanitárias e sociais Stevie
Wonder: Live at last: A Wonder summer’s
night; da musicista especializada em Viola de Gamba, integrante do Conjunto de
Música Antiga da Universidade Federal Fluminense (UFF) e coordenadora dos
cursos de extensão em Música, KristinaAugustin interpretando Bach em
parceria com Mário Orlando; do violonista e compositor inglês Stanley Myers (1930-1993):
Kaleidoscope, Catavina & Echoes; da harpista, cantora e compositora Cristina Braga interpretando Stairway
to heaven, Love parfait, No silêncio na chuva, Bem e mal, Brasileirinho e Ária
de Emília. Para
conferir é só ligar o som e curtir.
O LUCRO OU AS
PESSOAS - As conseqüências
econômicas dessas políticas têm sido as mesmas em todos os lugares e são exatamente
as que se poderia esperar: um enorme crescimento da desigualdade econômica e
social, um aumento marcante da pobreza absoluta entre as nações e povos mais
atrasados do mundo, um meio ambiente global catastrófico, uma economia global
instável e uma bonança sem precedente para os ricos. Diante desses fatos, os
defensores da ordem neoliberal nos garantem que a prosperidade chegará
inevitavelmente até as camadas mais amplas da população – desde que ninguém se
interponha à política neoliberal que exacerba todos esses problemas! No final,
os neoliberais não têm como apresentar, como não apresentam de fato, a defesa empírica
do mundo que estão construindo. Ao contrário, eles apresentam – ou melhor,
exigem uma fé religiosa na infalibilidade do mercado desregulado, que remonta a
teorias do século 19 que pouco têm a ver com o nosso mundo. O grande trunfo dos
defensores do neoliberalismo, no entanto, é a alegada inexistência de
alternativas.
[...] As hordas são uma
visão aterradora: “elas incluíam sindicatos, lobistas ambientais e dos direitos
humanos e grupos de pressão que se opõem à globalização” – quer dizer, a
globalização na forma particular exigida pelo “público interno”. A horda
turbulenta subjugou as estruturas de poder patéticas e impotentes das ricas
sociedades industriais. Ela é dirigida por “movimentos marginais que defendem
posições extremadas” e possui uma “boa organização e sólidas finanças” que a capacitam
“a manejar a sua grande influência com a mídia e com os membros dos parlamentos
nacionais”.
[...] Mesmo sabendo que
o poder e o privilégio com certeza não vão descansar, as vitórias populares
devem ser inspiradoras. Elas ensinam lições sobre o que se pode conquistar
mesmo quando a desigualdade das forças em luta é tão bizarra quanto à do
confronto em torno do AMI. É verdade que são vitórias defensivas. Mas elas
impedem, ou pelo menos adiam, o enfraquecimento ainda maior da democracia e a
transferência de mais poderes para as mãos das tiranias privadas em rápido
processo de concentração, que querem administrar os mercados e se constituir
num “Senado virtual” que dispõe de diversos meios de frustrar o desejo popular
de usar as formas democráticas em benefício do interesse do público: a ameaça
da fuga de capitais, a transferência das unidades de produção, o controle da
mídia e outras formas de coação. Devemos prestar muita atenção ao medo e ao
desespero dos poderosos. Eles compreendem muito bem o alcance da “arma definitiva”
e só esperam que aqueles que buscam um mundo mais livre e justo não adquiram
essa mesma compreensão e a coloquem efetivamente em uso. Trechos da obra O lucro ou as pessoas (Bertrand Brasil,
2002), do filósofo, linguista, cientista cognitivo e ativista
político norte-americano, Noam Chomsky. Veja mais aqui e aqui.
O ESCRITOR, A FAMA
E A SOCIEDADE - [...] Se
tivesse recebido ao menos uma linha, uma linha de caráter pessoal com uma das
notas de recusa, ter-se-ia sentido mais animado. Mas nenhum dos editores dera
tal prova de sua existência. E ele só podia concluir que não havia seres
humanos do lado de lá, mas rodas, apenas rodas, bem lubrificadas, acionando a
máquina para um funcionamento perfeito. [...]. Trecho da obra Martin Eden (Nova
Alexandria, 2003), do escritor, jornalista e ativista estadunidense Jack
London (1876-1916). Veja mais aqui.
HOLLYWOOD - Para ganhar o pão, cada
manhã / vou ao mercado onde se compram mentiras. / Cheio de esperança / ponho-me
na fila dos vendedores. Poema do dramaturgo, encenador e poeta
alemão Bertolt Brecht
(1898-1956), extraído de O duplo
compromisso de Bertolt Brecht, do livro O
arco-íris branco (Imago, 1997), de Haroldo de Campos. Veja mais aqui.
BIBLIOTECA FENELON BARRETO
Conversando com o público
nos eventos da Biblioteca Fenelon Barreto, coordenado pelo diretor João
Paulo Araújo.
Veja mais:
A música de Stevie Wonder aqui.
O talento musical de Cristina Braga aqui.
&
A ARTE JULES DE BRUYCKER
A arte do pintor, desenhista, artista gráfico
e ilustrador belga Jules De Bruycker
(1870-1945).