RAZÃO PARA ESCREVER – Escrevo para traduzir
a mim mesmo e a minha vida: o que fui, fiz, a trajetória que percorri. Escrevo para
me entender e a razão pela qual estou aqui, de onde procedo e para onde sigo.
Escrevo para ir além de mim mesmo, perceber o outro no que sou e tudo posso
ser. Escrevo para decifrar e comungar com a Natureza, o que está por trás dela
e o que sou diante da sua imensidão. Escrevo para transcender minha própria
pequenez diante da infinitude e identificá-la entre a porção do que sou
mergulhado na grandeza do universo. Escrevo para aprender a vida e todas as
coisas ao meu redor, e ir além e entender ou desvelar os mistérios por trás de
cada expressão. Escrevo porque quero mergulhar o mais fundo possível na
essência da vida e por todas as coisas, com fito de saber onde estou e qual o
meu papel no mundo e na existência. Escrevo para descobrir o que há de
verdadeiro dentro de mim, o que de mais original possua e possa ter acesso a
minha real essencia, distinguindo o que é de verdadeiramente meu, do que é
produto da cultura que recolhi e me molda e me fez ser o que sou aos olhos dos
outros. Escrevo na busca de ser eu mesmo, essensialmente a minha parcela real
da criação como participante dessa passagem. Escrevo porque preciso me construir,
me desfazer, e me refazer, ao mesmo tempo para que me sinta inteiro e não
pedaços dos fragmentos muitos que sou. E assim me traduzir por completo e me
inteirar o mais que puder, mesmo conscio de minha incompletude, mas que este
seja pleno no volume que sou, no tamanho e forma, não apenas restos que se
agregaram e se desagregaram continuamente. Escrevo para superar minha própria
fraqueza e todos os fracassos, para revolver minhas entranhas e virar pelo
avesso, para, assim, entender a mim mesmo e meus próprios paradoxos; para
refletir do que gosto e não, para ouvir o dentro e discernir o de fora, para
iluminar meu próprio caminho, ascender e ser melhor que sou. Escrevo para
descobrir o que é inquestionavelmente melhor em mim e descobrir-me em quantos
sou, quais são e o que fazer deles depois da descoberta do um e o que tenho a
fazer e aprender no que me resta de vida. Escrevo porque ainda me resta algo
que não fiz e precisa ser feito. Escrevo para registarar o que de fato é o meu
tempo e o meu espaço, o que fiz e o que tenho a fazer; o que errei e devo
corrigir, o que usufrui e devo retribuir, o que olvidei e devo dar maior
atenção, o que trilhei e o que me resta para trilhar, o que passou e devo
retornar, o que mais persistir e como devo seguir adiante. Escrevo, por fim,
porque não sei fazer outra coisa. E admitir que é a minha forma solitária de me
comunicar e ter contato com o universo. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.
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DITOS & DESDITOS - Se cuidarmos dos momentos, os anos
cuidarão de si mesmos. Certamente é muito mais generoso
perdoar e lembrar do que perdoar e esquecer. Foi dito, com
que verdade não sabemos, que todos os estudiosos de Cambridge chamam a cifra de
algo, e todos os estudiosos de Oxford a chamam de nada. Pensamento da escritora anglo-irlandesa Maria
Edgeworth (1768-1849). Veja mais aqui.
ALGUÉM FALOU - Nenhuma
circunstância no mundo natural é mais inexplicável do que a diversidade de
forma e cor na raça humana. A disposição moral da idade aparece no refinamento
da conversa. Nem
sempre é possível chegar a um acordo antes de dormir, mas é possível dormir de
maneira amorosa e pacífica, sabendo que o problema pode ser resolvido no amor
mais tarde.
Pensamento da cientista e escritora escocesa Mary Somerville (1780-1872).
A CONDESSA - [...] Pessoas intensamente egoístas são
sempre muito decididas quanto ao que desejam. Eles não desperdiçam suas energias
considerando o bem dos outros. [...] Não desejo ser um covarde como o pai da humanidade e jogar a culpa sobre
uma mulher.
[...] A fraqueza fatal da mulher é desejar
simpatia e compreensão [...] É preciso orar primeiro, mas depois é preciso ajudar-se. Deus não se importa com covardes
[...] O que amamos uma vez, amamos para
sempre. Haverá alegria no céu por aqueles
que se arrependem, mas não haverá perdão para eles na terra?
[...] Ele se enganou, como os homens mais
inteligentes costumam cometer, ao subestimar a crueldade das mulheres. [...] Ela era como uma rainha que vê o solo virgem do seu reino
invadido e devastado por um traidor. Qualquer outra coisa ela teria perdoado: infidelidade,
indiferença, crueldade, quaisquer pecados de capricho ou paixão da
masculinidade, mas quem deveria perdoar isso? O pecado não estava sozinho contra ela; era contra todas as leis de decência
e verdade que ela havia sido ensinada a considerar sagradas; foi contra todos aqueles grandes
mortos, que jaziam com a cruz no peito e as espadas ao lado, de quem ela
recebeu e valorizou as tradições de honra e pureza de raça. Foram aqueles cavaleiros mortos que ele bateu na boca e zombou,
gritando para eles: 'Vejam! seu lugar é meu; meus filhos reinarão em seu lugar. Eu manchei sua raça para sempre; pois todo o meu sangue flui com o
seu!' A grandeza de uma raça é algo muito superior ao mero orgulho. Seus instintos são nobres e supremos. As suas obrigações não são
inferiores aos seus privilégios; é uma grande luz que flui para trás
através das trevas dos tempos, e se por essa luz você não guiar seus passos,
então você será três vezes amaldiçoado, segurando aquela lâmpada de honra em
suas mãos. Assim ela sempre pensou, e agora ele havia quebrado a lâmpada na
poeira [...] O mundo nunca deixa ninguém na ignorância ou em paz. [...]. Trechos extraídos da obra Wanda, Countess
von Szalras (B. Tauchnitz, 1883), da
escritora e ativista anglo-italiana Ouida
(Maria Louise Ramé, - 1839-1908). Veja mais aqui e aqui.
DIGNO É O CORDEIRO MORTO POR NÓS - À beira de um pasto numa confusão de pedras, \ obscurecido pela grama alta e pela flora, \ a pegada do horror fendida e desenhada. \ Ela tinha um nome lindo: liberdade. \ Muito pequenininho. Não comercializável, leve o balido da nova vida. \Ele adorava a boca dela, os pezinhos vestidos de pregas. \ Ao ouvi-la chorar, ele a pegou pelo caule da garganta dela \ em seus braços grossos e escorregadios de
orvalho. \ E ele, uma alma governada, ombros largos \ com olhos como Blake, lamentou quem te criou, \ cuidou você em hidromel e flores, \ enquanto ele a despedaçava. \ O celeiro estava queimando um inferno indiferente, \ engolindo donzelas em seus casacos encaracolados. \ O campo e a queda ficaram vazios como o coração. \ Ele chamou seu deus ofegante \ abandonamos as fazendas que abatemos, \ cortou o cordão, incinerou nossos pequeninos. \ Fizemos isso por amor, fizemos isso pelo homem, \ o espinheiro e o cuco, as trilhas de Cumbria. \ Fizemos isso por um lindo nome. liberdade, \ baa baa baa, nada que você pudesse identificar. Poema da
cantora, compositora, poeta e artista visual estadunidense Patti Smith.
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O MISTÉRIO DA CONSCIÊNCIA: SOB A LUZ - Iniciei este livro citando o nascimento e o momento
de sair à luz como metáforas sugestivas para a consciência. Quando o self surge
na mente pela primeira vez, e para sempre desse momento em diante, dois terços
de cada dia vivido, sem nenhuma pausa, saímos à luz da mente e nos tornamos
conhecidos por nós mesmos. E agora que a memória de tantas dessas ocasiões
criou as pessoas que somos, podemos até mesmo nos imaginar atravessando o palco
sob a luz. Tudo começa modestamente, nosso ser vivo em seu sentido mais simples
relacionando-se com algo simples dentro ou fora dos limites do corpo. E então a
luz se intensifica e, à medida que seu brilho aumenta, mais o universo se
ilumina. Mais do que nunca, objetos de nosso passado podem ser vistos com
clareza, primeiro separadamente, depois ao mesmo tempo; mais objetos de nosso
futuro e ao nosso redor são intensamente iluminados. Sob a luz crescente da
consciência, a cada dia mais coisas vêm a ser conhecidas, com mais detalhes e
ao mesmo tempo. De seus princípios humildes a seu estado presente, a
consciência é uma revelação da existência — uma revelação parcial, devo
acrescentar. Em algum ponto de seu desenvolvimento, com a ajuda da memória, do
raciocínio e, mais tarde, da linguagem, a consciência também se torna um meio
de modificar a existência. Toda criação humana remonta àquele momento de
transição em que começamos a manipular a existência guiados pela revelação
parcial dessa própria existência. Só criamos um sentido do bem e do mal, assim
como normas de comportamento consciencioso, a partir do momento em que tomamos
conhecimento de nossa própria natureza e de outros como nós. A própria
criatividade — a habilidade para gerar novas ideias e artefatos — requer mais
do que a consciência pode fornecer. A criatividade requer uma memória fecunda
para fatos e habilidades, uma sofisticada memória operacional, excelente
capacidade de raciocínio, linguagem. Mas a consciência está sempre presente no
processo da criatividade, não só porque sua luz é indispensável, mas porque a
natureza de suas revelações guia o processo da criação, de um modo ou de outro,
com maior ou menor intensidade. Curiosamente, tudo o que inventamos, seja o que
for, de normas éticas e jurídicas a música e literatura, ciência e tecnologia,
é diretamente determinado ou inspirado pelas revelações da existência que a
consciência nos proporciona. Ademais, de um modo ou de outro, em um grau maior
ou menor, as invenções exercem um efeito sobre a existência assim revelada;
alteram-na, para melhor ou para pior. Existe um círculo de influências —
existência, consciência, criatividade —, e o círculo se fecha. O drama da
condição humana advém unicamente da consciência. Obviamente, a consciência e
suas revelações permitem que criemos uma vida melhor para nós mesmos e para
outros, mas o preço que pagamos por essa vida melhor é alto. Não é só o preço
do risco, do perigo e da dor. É o preço de conhecer o risco, o perigo e a dor. Pior ainda: é o preço de
conhecer o que é o prazer e de conhecer
quando ele está ausente ou é inacessível. Assim, o drama da condição
humana advém da consciência porque diz respeito ao conhecimento obtido em uma
troca que nenhum de nós fez: o custo de uma existência melhor é a perda da
inocência sobre essa mesma existência. O sentimento do que acontece é a
resposta a uma pergunta que nunca fizemos, e é também a moeda de uma troca
faustiana que nunca poderíamos ter negociado. A natureza fez isso por nós. Mas
drama não é necessariamente tragédia. Em certa medida, de várias maneiras imperfeitas,
individual e coletivamente, temos meios para guiar a criatividade e, com isso,
melhorar a existência humana em vez de piorá-la. Isso não é fácil de realizar;
não há diretrizes a seguir, os êxitos podem ser pequenos, o malogro é provável.
Entretanto, se a criatividade for dirigida com sucesso, mesmo modestamente,
permitiremos à consciência, mais uma vez, cumprir seu papel de regulador
homeostático da existência. Conhecer contribuirá para ser. Tenho até alguma
esperança de que compreender a biologia da natureza humana contribuirá com seu
quinhão nas escolhas a serem feitas. Seja como for, melhorar as condições da
existência é precisamente a finalidade da civilização, a principal consequência
da consciência; e, por no mínimo 3 mil anos, com recompensas maiores ou
menores, melhorar é o que a civilização vem buscando. A boa notícia, portanto,
é que já começamos. O MISTÉRIO DA CONSCIÊNCIA – O livro O mistério da consciência, do médico
neurologista e neurocientista português, António Rosa
Damásio, trata da busca pela compreensão uma das áreas mais nebulosas do
conhecimento, abordando acerca da consciência humana. A partir do seu livro O
Erro de Descartes, o autor apresenta a sua revolucionária teoria do enigma da
consciência, como sendo o maior desafio da filosofia e das ciências da vida,
descrevendo como a consciência abriu caminho para o surgimento de realizações
humanas como a arte, a ciência, a tecnologia, a religião, a organização social,
por meio de uma pesquisa sobre o cérebro e da complexidade de todo ser humano,
sua adaptação ao ambiente, sua sobrevivência e os conflitos consigo mesmo que
se realiza com um sistema complexo que articula imaginação, criatividade e
planejamento que fazem surgir a consciência. O livro aborda questões como a
transição da inocência, a consciência moral, as qualidades sensoriais simples,
o comportamento frente à mente e o cérebro, a neurobiologia molecular,
reflexões sobre dados neurobiológicos e neuropsicológicos, o self e o
proto-self, sentir e conhecer, a emoção e o sentimento, homeostasia, a função
biológica das emoções, atenção e comportamento intencional, memória, a biologia
do conhecimento, o mapeamento dos sinais do corpo, o sistema
somático-sensitivo, o sistema nervoso central, o espaço operacional, a
neurologia da consciência, anatomia e neuroanatomia, imagens, padrão neural,
representações, sistemas subjacentes a mente, entre outros importantes
assuntos. Veja mais aqui.
REFERÊNCIA
DAMÁSIO, Antonio. O mistério
da consciência. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
PREÂMBULO
– Primeiro eu conheci o poeta Eduardo Proffa por intermédio do poetamigo e
artista visual Tchello D´Barros. Tal fato se deu por ocasião da minha
participação no programa Alagoas Frente e Verso, capitaneado pelo amigo
jornalista João Marcos Carvalho, na Rádio Difusora de Alagoas. Conversamos,
trocamos ideia e de lá fomos para um bar na Ponta Verde e a conversa rolou
solta com muita birita e poesia.
JAN
CLÁUDIO – O cantor e compositor Jan Claudio eu conheci quando participamos da
criação da Cooperativa da Música de Alagoas (Comusa). Mas foi num show que ele
fez no Palco Aberto que conheci de fato a arte desse talentosíssimo artista.
ENTRE
AMIGOS - Um dia vi um trabalho da dupla Jan Claudio & Eduardo Proffa.
Mandaram ver, sucesso que aplaudi de pé. Esse trabalho resultou no
elogiadíssimo show, cd e dvd Entre amigos.
NÓ
NA GARGANTA – Agora a dupla está mandando ver no projeto Nó na Garganta com
leituras e releituras de músicas e poesias de artistas alagoanos. Trata-se do
show Alagoando, uma proposta poético-musical de resgate de pérolas da cultura
caeté. No repertório músicas de Carlos Moura, Claudio Pinto,
Djavan, Herman Torres, Jacinto Silva, Junior Almeida, Mácleim, Marcos Vagareza,
Osman, Renata Peixoto, Ricardo Guima, Roberto Barbosa, Rômulo Melo, Toinho
Antunes, Toni Augusto e Wilson Miranda. Na parte poética estarão obras de Ari
Lins Pedrosa, Arriete Vilela, Diógenes Tenório, Jayme de Altavilla, Jorge
Cooper, Lêdo Ivo, Marlon Silva, Noaldo Dantas e Vera Romariz. Também, não sei
por que cargas d´águas acharam esses artistas de me incluírem entre os grandes
da poesia alagoana. Acredito que seja porque fiz uns versos duma acontecência
que se deu envolvendo a música Internet Coco do espetacular Mácleim. Da minha
parte, sinto-me honrado além da conta por isso, manifestando aqui a minha
gratidão. Mas não é por isso que estou falando da dupla: os caras são bons
mesmos.
ALAGOANDO – Segundo os autores Jan &
Proffa: “[...] Por ser um espetáculo musical impregnado de literatura,
apresenta-se como desafio maior proporcionar a sintonia entre a palavra cantada
- a música, e a declamação dos textos – a poesia”. Por isso avisam que o show
se realizará mensalmente pelos restaurantes e bares maceioenses, culminando com
o fechamento da temporada em um grande espetáculo no teatro. De antemão eu
digo: imperdível. Parabéns, Jan Claudio & Eduardo Proffa.
SERVIÇO: SHOW ALAGOANDO
Quando: 1º de fevereiro,
às 20hs
Onde: Baioke Petiscaria
Baiana
Informações: 8114.2217 /
9675.9123
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Maria Callas, Psicodrama, Gestão de PME,
Responsabilidade Civil & Acidentes de Trabalho aqui.
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Arte & Entrevista de Luciah Lopez aqui.
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Constitucional, Autismo, Business & Marketing aqui.
Big Shit Bôbras, Zé Corninho & Mark
Twain aqui.
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Direito Constitucional & União Estável aqui.
Betinho, Augusto de Campos, SpokFrevo
Orquestra, Frevo & Rinaldo Lima, Tempo de Morrer, The Wall & Graça
Carpes aqui.
Dois poemetos em prosa de amor pra ela aqui.
Agostinho, Psicodrama, Trabalhador
Doméstico, Turismo & Meio Ambiente aqui.
Dois poemetos ginófagos pra felatriz aqui.
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Imagem, Direito de Arrependimento & Privacidade aqui.
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Educação aqui.
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CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Leitora Tataritaritatá!!!
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.